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Patologia Adulto e Idoso_resumos (1)

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Patologia Cardíaca
Questões:
· Conceito de ciclo cardíaco, fração de ejeção, débito cardíaco.
Ciclo cardíaco- o ciclo cardíaco é um padrão contínuo de eventos que ocorre para que o sangue seja bombeado pelo corpo, no sistema cardiovascular. Consiste em quatro fases que ocorrem no intervalo de um batimento, incluindo a sístole e a diástole cardíacas.
Fração de ejeção- é a fração volumétrica de fluido ejetado de uma câmara a cada contração. Geralmente, associada ao ventrículo esquerdo do coração.
FE = Volume sistólico (VS)/ Volume diastólico final (VDF)
Débito cardíaco- é a quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto. Também representa a quantidade de sangue que flui através da circulação. Homens= 5,6l/min; Mulheres= -10% a -20% l/min.
DC = Volume de ejeção (VE) × Frequência/min.
· Fatores de tensão arterial, Tensão arterial média.
Tensão arterial (TA) = DC × Resistência cardíaca
TAM = Tensão arterial diastólica (TAD) + (Tensão arterial sistólica (TAS) - TAD)/3
· Ensino à pessoa doente, ECG, Ecocardiograma, prova de esforço.
ECG – Eletrocardiograma formas de prevenir e diagnosticar DCV
· Conceito de insuficiência cardíaca (IC), mecanismos de compensação da IC
IC - Complexo funcional e clínico, correspondente à falência cardíaca, por débito insuficiente para as necessidades.
Os mecanismos de compensação têm como objetivo manter o débito cardíaco. Estas compensações podem ser neurohumorais, aumentando a força da contração muscular aumentado assim a frequência cardíaca, morfológicas pela hipertrofia concêntrica (aumento da espessura relativa da parede ventricular e da massa cardíaca; resposta ao de pressão) ou excêntrica (aumento da massa cardíaca com elevação do volume da cavidade ventricular; resposta ao volume), ou por dilatação, por esvaziamento insuficiente ( frequência cardíaca).
· Manifestações de IC
A insuficiência cardíaca pode levar à hipoperfusão orgânica com hipóxia ou até mesmo à congestão venosa pulmonar e sistémica. A IC pode ser de natureza sistólica (levando à ↓ perfusão arterial) ou de natureza diastólica (levando ao congestão venosa). A IC Sistólica pode aparecer devido à hipertensão arterial, em caso de doença isquémica cardíaca, a valvulopatias ou a miocardiopatias/miocardites. Já a IC Diastólica, pode aparecer devido à IC Sistólica, à cor pulmonale, a valvulopatias ou a shunt intrapulmonar.
Patogenia da IC:
↓ Débito cardíaco
↓ Perfusão renal
 Activação SRA
 Renina
 Aldosterona
 Reabsorção de Na, H20
 Volume extracelular
 Volume intravascular
 Sobrecarga cardíaca: falência 
 Congestão pulmonar
 Congestão venosa 
Edemas 
· Doença isquémica cardíaca (DIC). Síndrome coronário. Causas e fatores de agravamento.
DIC - designa a presença de um fluxo de sangue e oxigénio inadequado a uma parte específica do organismo. Pode ocorrer em qualquer local, como o coração. Pode ter como causa a isquemia, que consiste na relação entre a necessidade e o fornecimento de O2.
Síndrome coronário - conjunto de sinais e sintomas relacionados à obstrução de uma artéria coronária que pode ser causado por um infarto agudo do miocárdio ou por uma angina instável (que consiste no baixo abastecimento de oxigénio e nutrientes ao músculo cardíaco). É sempre uma emergência médica e tem como sinais/manifestações: dor torácica no local do coração (precordial), sudorese (transpiração), náusea, vómitos, palpitações e dificuldade em respirar (dispneia).
Fatores de risco de ambos:
Fatores genéticos; 
HTA (Hipertensão Arterial);
Diabetes;
Colesterol LDL;
Fumo;
Sedentarismo;
Consumo de álcool.
· Síndrome coronário agudo. Manifestações. Emergência.
respondido anteriormente 
· Valvulopatias.
As valvulopatias correspondem a doenças que afetam as válvulas cardíacas, impedindo a sua abertura e/ou o encerramento adequados. Pode ocorrer nas 4 válvulas, na válvula mitral, na válvula aórtica, na tricúspide e na bicúspide. As valvulopatias mais perigosas ao organismo são as que acontecem ao nível das válvulas mitral e aórtica. Estas valvulopatias podem ocorrer por estenose (resistência no esvaziamento e hipertrofia) ou por insuficiência (regurgitação e dilatação). 
· Endocardites.
É uma infeção da camada interior do coração (endocárdio). A endocardite ocorre, de um modo geral, quando uma bactéria ou um microrganismo proveniente de outro local do organismo (como a cavidade oral) se espalha pela corrente sanguínea e adere a áreas lesadas do endocárdio. Podem causar febre, mal estar, embolias sistémicas ou até mesmo erosão valvular. Se não for tratada a tempo pode causar destruição das válvulas tornando-se assim fatal.
· Cardiomiopatias.
Anormalidades primárias/secundárias do miocárdio. Podemos estar perante uma cardiomiopatia dilatada, hipertrófica ou restritiva. Em caso de cardiomiopatia dilatada, estamos perante um caso onde não há uma contração eficaz do miocárdio, este quadro pode dar origem a coágulos de sangue, pois o sangue circula mais vagarosamente dentro das cavidades cardíacas. Pode ter causas vírias ou tóxicas (álcool, carências vitamínicas, toma de citostáticos). Em caso de cardiomiopatia hipertrófica, esta tem origem congénita e está associada a casos de morte súbita durante a prática de exercício físico devido às irregularidades cardíacas que provoca. Resulta de uma disposição anormal das células dos músculos cardíacos que, ao evoluírem crescem e endurecem, prejudicando definitivamente a capacidade do coração bombear sangue de forma eficaz, pois aumentam a espessura da parede e tronam as cavidades do coração mais pequenas. Na maioria dos casos, afeta o ventrículo esquerdo, elemento principal na tarefa de bombear sangue para o resto do corpo. E por último, em caso de cardiomiopatia restritiva, esta está mais associada a idosos e surge na sequência de uma grande rigidez do músculo cardíaco prejudicando a sua elasticidade e o normal relaxamento entre batimentos (↓Capacidade ventricular; ↓ Preenchimento diastólico).
· Pericardites.
Pericardite é a inflamação do pericárdio, geralmente com acúmulo de líquido. Pode ser causada por muitos distúrbios (ex: infeção viral ou bacteriana, infarto do miocárdio, trauma, tumores e doenças metabólicas), mas com frequência é idiopática. Os sintomas incluem dor ou compressão torácica exacerbada muitas vezes por respiração profunda. O débito cardíaco pode ser significativamente reduzido se houver tamponamento cardíaco ou pericardite constritivo (impede o preenchimento diastólico passivo das câmaras cardíacas). 
· Prevenção das DCV. Fatores de risco.· Excesso de peso e obesidade
· Diabetes (consumo excessivo de açúcar)
· Hipercolesterolemia (colesterol elevado)
· Hipertrigliceridemia (triglicerídeos elevados) 
· Hipertensão arterial (Pressão arterial elevada -> uso abusivo de sal)
· Hábitos tabágicos (inclui o fumo passivo)
· Uso abusivo de álcool 
· Conservação da saúde. Atividade física. Peso. Alimentação. 
Hipertensão Arterial
Questões:
· O que é a hipertensão arterial (HTA)?
A hipertensão arterial (HTA) caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias, acima dos valores considerados normais, que ocorre de forma crónica. É uma doença assintomática e afeta cerca de 25% da população.
· Quais são os valores recomendados de TA?
A pressão arterial ou tensão arterial (TA) é a força que o sangue faz sobre a parede das artérias, durante a sua circulação, e resulta em duas medidas: sistólica ou “máxima” (aparece em primeiro lugar e mede a força com que o coração se contrai e “expulsa” o sangue do seu interior) e diastólica ou “mínima” (é o segundo valor e diz respeito à medição da pressão quando o coração relaxa entre cada batimento). A tensão arterial tem como valores normais 130/80 mm Hg (E Soc Hypertension, 2003) ou 120/85 mm Hg (7 US JNC, 2003)
TA = DC (Débito cardíaco) × R (Resistência vascular periférica)
· Quais as condições ótimas de avaliação da TA?
Na hora da avaliação da pressão arterial o doente deve sentar-se em silêncio com as costas apoiadas durante cinco minutos e o braço apoiado ao nível do coração.Não consumir cafeína durante a hora que precede a leitura e não fumar durante os 30 minutos anteriores. O paciente não deve ter consumido estimulantes adrenérgicos exógenos, tais como fenilefrina em descongestionantes ou gotas oftálmicas para dilatação pupilar. A avaliação deve ser realizada num ambiente bastante quente. 
· Quais são as dimensões adequadas da manga de insuflação?
O comprimento da manga de insuflação deve ser de 80 por cento e a largura da manga deve ser de pelo menos 40 por cento da circunferência do braço.
· Como se comporta o valor da TA ao longo do dia?
A tensão arterial varia durante o dia, tendo um aumento durante a manhã/início do dia e tendo uma diminuição à noite/fim do dia. Apresenta algumas variações durante as 24 horas devido á prática de exercício físico ou à exposição a situações de stress que façam aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial. 
· Quais são as consequências da HTA sustentada?
A HTA sustentada/sistêmica pode levar ao aumento do batimento cardíaco/ aumento da frequência cardíaca, falta de ar (dispneia), dor no peito, tonturas e pode despoletar algumas doenças tais como AVC, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca e renal. Pode levar também à aceleração da aterogénese (formação de ateromas), a hemorragias cerebrais e levar à arteriosclerose hialina e hiperplástica.
· Qual a fisiopatologia da formação da placa de ateroma?
Ateromas são placas compostas essencialmente por lípidos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos sanguíneos levando, progressivamente, à diminuição do diâmetro dos vasos podendo chegar à sua obstrução total e ocasionando, possivelmente, isquemia teciduais. A placa de ateroma forma-se da seguinte forma: 
1. Ocorre lesão do endotélio do vaso - o qual pode ocorrer devido à hipertensão, entre outros.
2. A partir da lesão vai-se acumulando lípido calcogênio na túnica íntima do vaso, a qual fica oxidada desencadeando uma reação em cadeia. 
3. Monócitos são atraídos ao local de inflamação onde se transformam em macrófagos que fagocitam os lípidos, que lhes dão um aspeto esponjoso, e assim, passam a ser designados por células espumosas. 
4. Plaquetas reconhecem o colagénio do endotélio lesado e ficam ativas. 
5. Os macrófagos e as plaquetas estimulam a migração e proliferação para a camada íntima. 
6. O ateroma provoca a perda da elasticidade das artérias, causando o aumento da pressão sanguínea.
 
· Como se previne a HTA?
Inicialmente deve-se melhorar os hábitos de vida suspendendo os hábitos tabágicos, optando por uma dieta mais equilibrada (gorduras de origem animal), iniciar ou aumentar a prática de exercício físico e evitar ou suspender o consumo de álcool. Deve-se ter um maior controlo do peso e deve-se ter um maior controle da TA. Seguidamente, como prevenção secundária, recorrer a fármacos para assim evitar episódios de HTA ou evitar regressão no que toca á suspensão de hábitos prejudiciais á saúde e potenciadores de HTA. Por fim, pode-se recorrer a tratamentos de EAM (enfarte agudo do miocárdio) como forma de prevenção de futuros episódios.
· Como se procede ao tratamento não farmacológico da HTA?
O tratamento não farmacológico passa por um maior controle do peso e da TA, uma melhor dieta, diminuição no consumo de sal, ao aumento da atividade física, evitando assim, fatores de risco que potenciem a HTA.
Diabetes Mellitus
Questões: 
· Qual é a função da insulina?
A insulina tem como principais funções, o transporte transmembranário de glicose e AA (aminoácidos), a formação de glicogénio (no fígado e no rim). É também responsável pela conversão de glicose triglicerídios, na síntese de ácidos nucleico, na Síntese proteica e por último, tem um papel na Lipogénese
· Quais as causas da DM?
A diabetes, é uma doença originada da carência absoluta ou relativa da resposta secretora da insulina. Pode também ser causada por hiperglicemia. 
· Que tipos de DM?
Existem cerca de 3 tipos de Diabete Mellitus, a DM tipo 1, a DM tipo 2, a DM Gestacional (ocorre durante a gravidez), DM Pancreatectomia, DM Endocrinopatias e DM Iatrogénica.
· Como se manifesta?
A DM manifesta-se causando complicações tais como Hiperglicemia, Polidipsia, Poliúria, emagrecimento, fadiga, entre outros.
· Como se deteta?
Deteta-se a partir de um diagnóstico realizado ao nível da concentração de glicose no sangue (glicemia) juntamente com a deteção dos sintomas. Num período normal, deteta-se DM caso a glicemia > 200mg/dL e no estado de jejum (8h) deteta-se caso glicemia > 126 mg/dL
· Quais são as complicações agudas? Fisiopatologia e evolução?
As complicações agudas são a Cetoacidose e o Coma hiperosmolar. A Cetoacidose diabética é uma complicação aguda caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica. Pode também causar náusea, vómito, poliúria, sede, dor abdominal, dispneia, secura de pele e mucosas, desidratação e lentificação. O Coma hiperosmolar é uma complicação da diabetes em que a elevada concentração de glicose no sangue o que resulta em elevada osmolaridade sem cetoacidose significativa. Os sintomas mais comuns são sinais de desidratação, fraqueza, cãibras nas pernas, problemas na visão e um estado alterado de consciência. A condição desenvolve-se ao longo de dias a semanas. Entre possíveis complicações/evoluções estão crises epiléticas, coagulação intravascular, isquemia mesentérica, coma e pode levar até à morte. 
· Quais são as complicações tardias? Fisiopatologia e evolução?
Dentro das complicações tardias temos a Microvascular, a Macrovascular entre outras complicações como dermatológicas, gastrointestinais (GI) e geniturinárias (GU). As complicações Microvascular da diabetes relaciona-se a complicações ao nível dos pequenos vasos sanguíneos, tais como retinopatia (afeta os pequenos vasos da retina), a nefropatia (afeta os vasos ao nível dos rins) e neuropatia (lesão dos nervos periféricos). Já as complicações Macrovascular da diabetes relaciona-se a complicações ao nível dos grandes vasos sanguíneos, tais como a aceleração da arteriosclerose, enfarte agudo do miocárdio (EAM), arteriopatia periférica (prejudica a circulação sanguínea nas pernas, podendo levar à amputação) e doenças cerebrovasculares. 
· Como se previnem?
A terapêutica para esta complicações passa por uma intervenção nutricional, prática de exercício físico, intervenção farmacológica ou pode até passar por ser necessário um transplante pancreático. 
· Qual é o tratamento não farmacológico?
O tratamento não farmacológico passa por intervenções nutricionais e pela prática de exercício físico. 
· Qual é o tratamento farmacológico? ADO? Insulinas?
O tratamento farmacológico envolve a ação de antidiabéticos orais (ADO) tais como a Metformina, a Incretinas, a Sulfonilureias, Inibidores de absorção de glicose e Glitazonas. Este tratamento envolve também a administração de insulina.
· Como se faz o Autocontrole?
Passa por adotar uma dieta equilibrada e por aumentar o exercício físico. Após uma educação que apele á responsabilização, o paciente de monitorizar atentamente os níveis de glicose no sangue a partir do uso de medidores de glicose, abordando o médico caso haja alguma alteração nos valores.
Patologia Vascular Arterial
Questões:
· Qual é a diferença histológica entre as artérias e as veias? 
· É importante conhecer o sexo nas Doenças Vasculares? 
· Porque é necessário palpar os pulsos femoral, poplíteo e tibial posterior na Patologia Arterial? 
· Interessa ou não examinar a pele para diagnóstico das doenças vasculares?
· O tabagismo tem importância nas doenças arteriais? 
· A dor na Patologia arterial é sempre igual? 
· É importante na Patologia Arterial saber se o Doente é Diabético? 
· O Ecodoppler arterial é um bom meio de diagnóstico na Patologia Arterial e Venosa?
· A circulação venosa profunda é sempre igual? 
· A insuficiência das veias comunicantes contribui para o aparecimento devarizes?
· A terapia por compressão é importante no tratamento das úlceras venosas? 
· O uso de meias elásticas é sempre necessário?
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