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Perguntas de Patologia do Adulto e do Idoso

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Perguntas de Patologia do Adulto e do Idoso 
 
Heart Failure: 
1. Conceito de ciclo cardíaco, fração de ejeção, débito cardíaco. 
Þ Ciclo cardíaco- o ciclo cardíaco é um padrão contínuo de eventos que ocorre para que o sangue seja bombeado pelo 
corpo, no sistema cardiovascular. Consiste em quatro fases que ocorrem no intervalo de um batimento, incluindo a 
sístole e a diástole cardíacas. 
Þ Fração de ejeção- é a fração volumétrica de fluido ejetado de uma câmara a cada contração. Geralmente, associada ao 
ventrículo esquerdo do coração. 
o FE = Volume sistólico (VS)/ Volume diastólico final (VDF) 
• Débito cardíaco- é a quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto. Também representa a 
quantidade de sangue que flui através da circulação. Homens= 5,6l/min; Mulheres= -10% a -20% l/min. 
o DC = Volume de ejeção (VE) × Frequência/min. 
 
2. Fatores de tensão arterial, Tensão arterial média. 
Fatores: Idade, Raça, sexo, hereditariedade, obesidade, consumo excessivo de álcool tabagismo, alimentação e 
consumo excessivo de sal. 
 
Tensão arterial normal: 
o Sistólica: 120-129; 
o Diastólica: 80-854. 
Tensão arterial (TA) = DC × Resistência cardíaca 
TAM = Tensão arterial diastólica (TAD) + (Tensão arterial sistólica (TAS) - TAD)/3 
 
3. Ensino à pessoa doente, ECG, Ecocardiograma, prova de esforço. 
ECG – Eletrocardiograma à formas de prevenir e diagnosticar DCV 
 
4. Conceito de insuficiência cardíaca (IC). Mecanismos de compensação da IC: 
IC - Complexo funcional e clínico, correspondente à falência cardíaca, por débito insuficiente para as necessidades. 
Os mecanismos de compensação têm como objetivo manter o débito cardíaco. Estas compensações podem ser neuro 
humorais, aumentando a força da contração muscular aumentado assim a frequência cardíaca, morfológicas pela 
hipertrofia concêntrica (aumento da espessura relativa da parede ventricular e da massa cardíaca; resposta ao # de 
pressão) ou excêntrica (aumento da massa cardíaca com elevação do volume da cavidade ventricular; resposta ao # 
volume), ou por dilatação, por esvaziamento insuficiente (# frequência cardíaca). 
 
5. Manifestações de IC? 
A insuficiência cardíaca pode levar à hipoperfusão orgânica com hipóxia ou até mesmo à congestão venosa pulmonar e 
sistémica. A IC pode ser de natureza sistólica (levando à ↓ perfusão arterial) ou de natureza diastólica (levando ao # 
congestão venosa). A IC Sistólica pode aparecer devido à hipertensão arterial, em caso de doença isquémica cardíaca, a 
valvulopatias ou a miocardiopatias/miocardites. Já a IC Diastólica, pode aparecer devido à IC Sistólica, à cor pulmonale, 
a valvulopatias ou a shunt intrapulmonar. 
 
Patogenia da IC: 
↓ Débito cardíaco 
↓ Perfusão renal 
# Ativação SRA 
# Renina 
# Aldosterona 
# Reabsorção de Na, H20 
# Volume extracelular 
# Volume intravascular 
# Sobrecarga cardíaca: falência 
# Congestão pulmonar 
# Congestão venosa 
Edemas 
 
6. Doença isquémica cardíaca (DIC). Síndrome coronário. Causas e fatores de agravamento. 
DIC - designa a presença de um fluxo de sangue e oxigénio inadequado a uma parte específica do organismo. Pode 
ocorrer em qualquer local, como o coração. Pode ter como causa a isquemia, que consiste na relação entre a 
necessidade e o fornecimento de O2. 
Síndrome coronário - conjunto de sinais e sintomas relacionados à obstrução de uma artéria coronária que pode ser 
causado por um infarto agudo do miocárdio ou por uma angina instável (que consiste no baixo abastecimento de 
oxigénio e nutrientes ao músculo cardíaco). É sempre uma emergência médica e tem como sinais/manifestações: dor 
torácica no local do coração (precordial), sudorese (transpiração), náusea, vómitos, palpitações e dificuldade em 
respirar (dispneia). 
 
Fatores de risco de ambos: 
o Fatores genéticos; 
o HTA (Hipertensão Arterial); 
o Diabetes; 
o Colesterol LDL; 
o Fumo; 
o Sedentarismo; 
o Consumo de álcool. 
 
7. Síndrome coronário agudo. Manifestações. Emergência. 
respondido anteriormente 
 
8. Valvulopatias. 
As valvulopatias correspondem a doenças que afetam as válvulas cardíacas, impedindo a sua abertura e/ou o 
encerramento adequados. Pode ocorrer nas 4 válvulas, na válvula mitral, na válvula aórtica, na tricúspide e na 
bicúspide. As valvulopatias mais perigosas ao organismo são as que acontecem ao nível das válvulas mitral e aórtica. 
Estas valvulopatias podem ocorrer por estenose (resistência no esvaziamento e hipertrofia) ou por insuficiência 
(regurgitação e dilatação). 
 
9. Endocardites. 
É uma infeção da camada interior do coração (endocárdio). A endocardite ocorre, de um modo geral, quando uma 
bactéria ou um microrganismo proveniente de outro local do organismo (como a cavidade oral) se espalha pela 
corrente sanguínea e adere a áreas lesadas do endocárdio. Podem causar febre, mal estar, embolias sistémicas ou até 
mesmo erosão valvular. Se não for tratada a tempo pode causar destruição das válvulas tornando-se assim fatal. 
 
10. Cardiomiopatias. 
Anormalidades primárias/secundárias do miocárdio. Podemos estar perante uma cardiomiopatia dilatada, hipertrófica 
ou restritiva. Em caso de cardiomiopatia dilatada, estamos perante um caso onde não há uma contração eficaz do 
miocárdio, este quadro pode dar origem a coágulos de sangue, pois o sangue circula mais vagarosamente dentro das 
cavidades cardíacas. Pode ter causas vírias ou tóxicas (álcool, carências vitamínicas, toma de citostáticos). Em caso de 
cardiomiopatia hipertrófica, esta tem origem congénita e está associada a casos de morte súbita durante a prática de 
exercício físico devido às irregularidades cardíacas que provoca. Resulta de uma disposição anormal das células dos 
músculos cardíacos que, ao evoluírem crescem e endurecem, prejudicando definitivamente a capacidade do coração 
bombear sangue de forma eficaz, pois aumentam a espessura da parede e tronam as cavidades do coração mais 
pequenas. Na maioria dos casos, afeta o ventrículo esquerdo, elemento principal na tarefa de bombear sangue para o 
resto do corpo. E por último, em caso de cardiomiopatia restritiva, esta está mais associada a idosos e surge na 
sequência de uma grande rigidez do músculo cardíaco prejudicando a sua elasticidade e o normal relaxamento entre 
batimentos (↓Capacidade ventricular; ↓ Preenchimento diastólico). 
 
11. Pericardites. 
Pericardite é a inflamação do pericárdio, geralmente com acúmulo de líquido. Pode ser causada por muitos distúrbios 
(ex: infeção viral ou bacteriana, infarto do miocárdio, trauma, tumores e doenças metabólicas), mas com frequência é 
idiopática. Os sintomas incluem dor ou compressão torácica exacerbada muitas vezes por respiração profunda. O 
débito cardíaco pode ser significativamente reduzido se houver tamponamento cardíaco ou pericardite constritivo 
(impede o preenchimento diastólico passivo das câmaras cardíacas). 
 
12. Prevenção das DCV. Fatores de risco. 
 
Hipertensão Arterial: 
1. O que é a hipertensão arterial (HTA)? 
A hipertensão arterial (HTA) caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias, acima dos 
valores considerados normais, que ocorre de forma crónica. É uma doença assintomática e afeta cerca de 25% da 
população. 
 
2. Quais são os valores recomendados de TA? 
A pressão arterial ou tensão arterial (TA) é a força que o sangue faz sobre a parede das artérias, durante a sua 
circulação, e resulta em duas medidas: sistólica ou “máxima” (aparece em primeiro lugar e mede a força com que o 
coração se contrai e “expulsa” o sangue do seu interior) e diastólica ou “mínima” (é o segundo valor e diz respeito à 
medição da pressão quando o coração relaxa entre cada batimento). A tensão arterial tem como valores normais 
130/80 mm Hg (E Soc Hypertension, 2003) ou 120/85 mm Hg. 
 
TA = DC (Débito cardíaco) × R (Resistência vascular periférica) 
 
3. Quais as condições ótimas de avaliação da TA? 
Na hora da avaliação da pressão arterial o doente deve sentar-se em silêncio com as costas apoiadasdurante cinco 
minutos e o braço apoiado ao nível do coração. Não consumir cafeína durante a hora que precede a leitura e não fumar 
durante os 30 minutos anteriores. O paciente não deve ter consumido estimulantes adrenérgicos exógenos, tais como 
fenilefrina em descongestionantes ou gotas oftálmicas para dilatação pupilar. A avaliação deve ser realizada num 
ambiente bastante quente. 
 
4. Quais são as dimensões adequadas da manga de insuflação? 
O comprimento da manga de insuflação deve ser de 80 por cento e a largura da manga deve ser de pelo menos 40 por 
cento da circunferência do braço. 
 
5. Como se comporta o valor da TA ao longo do dia? 
A tensão arterial varia durante o dia, tendo um aumento durante a manhã/início do dia e tendo uma diminuição à 
noite/fim do dia. Apresenta algumas variações durante as 24 horas devido á prática de exercício físico ou à exposição a 
situações de stress que façam aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial. 
 
6. Quais são as consequências da HTA sustentada? 
A HTA sustentada/sistêmica pode levar ao aumento do batimento cardíaco/ aumento da frequência cardíaca, falta de 
ar (dispneia), dor no peito, tonturas e pode despoletar algumas doenças tais como AVC, enfarte do miocárdio, 
insuficiência cardíaca e renal. Pode levar também à aceleração da aterogénese (formação de ateromas), a hemorragias 
cerebrais e levar à arteriosclerose hialina e hiperplástica. 
 
7. Qual a fisiopatologia da formação da placa de ateroma? 
Ateromas são placas compostas essencialmente por lípidos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos 
sanguíneos levando, progressivamente, à diminuição do diâmetro dos vasos podendo chegar à sua obstrução total e 
ocasionando, possivelmente, isquemia teciduais. 
A placa de ateroma forma-se da seguinte forma: 
1. Ocorre lesão do endotélio do vaso - o qual pode ocorrer devido à hipertensão, entre outros. 
2. A partir da lesão vai-se acumulando lípido calcogênio na túnica íntima do vaso, a qual fica oxidada 
desencadeando uma reação em cadeia. 
3. Monócitos são atraídos ao local de inflamação onde se transformam em macrófagos que fagocitam os 
lípidos, que lhes dão um aspeto esponjoso, e assim, passam a ser designados por células espumosas. 
4. Plaquetas reconhecem o colagénio do endotélio lesado e ficam ativas. 
5. Os macrófagos e as plaquetas estimulam a migração e proliferação para a camada íntima. 
6. O ateroma provoca a perda da elasticidade das artérias, causando o aumento da pressão sanguínea. 
 
8. Como se previne a HTA? 
Inicialmente deve-se melhorar os hábitos de vida suspendendo os hábitos tabágicos, optando por uma dieta mais 
equilibrada (gorduras de origem animal), iniciar ou aumentar a prática de exercício físico e evitar ou suspender o 
consumo de álcool. Deve-se ter um maior controlo do peso e deve-se ter um maior controle da TA. 
Seguidamente, como prevenção secundária, recorrer a fármacos para assim evitar episódios de HTA ou evitar regressão 
no que toca á suspensão de hábitos prejudiciais á saúde e potenciadores de HTA. Por fim, pode-se recorrer a 
tratamentos de EAM (enfarte agudo do miocárdio) como forma de prevenção de futuros episódios. 
 
9. Como se procede ao tratamento não farmacológico da HTA? 
O tratamento não farmacológico passa por um maior controle do peso e da TA, uma melhor dieta, diminuição no 
consumo de sal, ao aumento da atividade física, evitando assim, fatores de risco que potenciem a HTA. 
Diabetes: 
1. Qual é a função da insulina? 
A insulina tem como principais funções, o transporte transmembranário de glicose e AA (aminoácidos), a formação de 
glicogénio (no fígado e no rim). É também responsável pela conversão de glicose " triglicerídios, na síntese de ácidos 
nucleico, na Síntese proteica e por último, tem um papel na Lipogénese. 
 
2. Quais as causas da DM? 
A diabetes, é uma doença originada da carência absoluta ou relativa da resposta secretora da insulina. Pode também 
ser causada por hiperglicemia. 
 
3. Que tipos de DM? 
Existem cerca de 3 tipos de Diabete Mellitus, a DM tipo 1, a DM tipo 2, a DM Gestacional (ocorre durante a gravidez), 
DM Pancreatectomia, DM Endocrinopatias e DM Iatrogénica. 
 
 
4. Como se manifesta? 
A DM manifesta-se causando complicações tais como Hiperglicemia, Polidipsia, Poliúria, emagrecimento, fadiga, entre 
outros. 
 
5. Como se deteta? 
Deteta-se a partir de um diagnóstico realizado ao nível da concentração de glicose no sangue (glicemia) juntamente 
com a deteção dos sintomas. Num período normal, deteta-se DM caso a glicemia > 200mg/dL e no estado de jejum (8h) 
deteta-se caso glicemia > 126 mg/dL. 
 
6. Quais são as complicações agudas? Fisiopatologia e evolução? 
As complicações agudas são a Cetoacidose e o Coma hiperosmolar. A Cetoacidose diabética é uma complicação aguda 
caracterizada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica. Pode também causar náusea, vómito, poliúria, 
sede, dor abdominal, dispneia, secura de pele e mucosas, desidratação e lentificação. O Coma hiperosmolar é uma 
complicação da diabetes em que a elevada concentração de glicose no sangue o que resulta em elevada osmolaridade 
sem cetoacidose significativa. Os sintomas mais comuns são sinais de desidratação, fraqueza, cãibras nas pernas, 
problemas na visão e um estado alterado de consciência. A condição desenvolve-se ao longo de dias a semanas. Entre 
possíveis complicações/evoluções estão crises epiléticas, coagulação intravascular, isquemia mesentérica, coma e pode 
levar até à morte. 
 
7. Quais são as complicações tardias? Fisiopatologia e evolução? 
Dentro das complicações tardias temos a Microvascular, a Macrovascular entre outras complicações como 
dermatológicas, gastrointestinais (GI) e geniturinárias (GU). As complicações Microvascular da diabetes relaciona-se a 
complicações ao nível dos pequenos vasos sanguíneos, tais como retinopatia (afeta os pequenos vasos da retina), a 
nefropatia (afeta os vasos ao nível dos rins) e neuropatia (lesão dos nervos periféricos). Já as complicações 
Macrovascular da diabetes relaciona-se a complicações ao nível dos grandes vasos sanguíneos, tais como a aceleração 
da arteriosclerose, enfarte agudo do miocárdio (EAM), arteriopatia periférica (prejudica a circulação sanguínea nas 
pernas, podendo levar à amputação) e doenças cerebrovasculares. 
 
8. Como se previnem? 
A terapêutica para esta complicações passa por uma intervenção nutricional, prática de exercício físico, intervenção 
farmacológica ou pode até passar por ser necessário um transplante pancreático. 
 
9. Qual é o tratamento não farmacológico? 
O tratamento não farmacológico passa por intervenções nutricionais e pela prática de exercício físico. 
 
 
 
10. Qual é o tratamento farmacológico? ADO? Insulinas? 
O tratamento farmacológico envolve a ação de antidiabéticos orais (ADO) tais como a Metformina, a Incretinas, a 
Sulfonilureias, Inibidores de absorção de glicose e Glitazonas. Este tratamento envolve também a administração de 
insulina. 
 
11. Como se faz o Autocontrole? 
Passa por adotar uma dieta equilibrada e por aumentar o exercício físico. Após uma educação que apele á 
responsabilização, o paciente de monitorizar atentamente os níveis de glicose no sangue a partir do uso de medidores 
de glicose, abordando o médico caso haja alguma alteração nos valores. 
 
 
Sistema músculo esquelético: 
1. Osso estático? 
2. Osso dinâmico? 
 
3. Como podem os nossos ossos crescer? 
O crescimento dos ossos das crianças depende de placas de crescimento situadas perto do final de todos os ossos 
longos do corpo. Essas placas consistem em células cartilaginosas chamadas condrócitos, que suportam a formação de 
novo tecido ósseo. 
 
4. Formação e reabsorção óssea. 
A reabsorção óssea é uma das partes do processo de remodelação dos ossos, atuando em conjuntocom a formação 
óssea. Estas duas etapas interligadas são intermediadas, respetivamente, pelos osteócitos e osteoblastos, dois tipos de 
células do tecido ósseo. 
 
5. Conceito de osteoporose. 
É uma doença adquirida caracterizada pela massa óssea reduzida, o que leva à fragilidade óssea e à suscetibilidade a 
fraturas = ↓ Massa óssea: > dá porosidade óssea 
• Localizada: osteoporose por desuso de um membro 
• Sistémica: Doença metabólica óssea. 
• Primária: envelhecimento (senil) e Pós menopausa; 
• Secundárias. 
Tanto em homens como em mulheres, começando na terceira ou quarta década de vida (>40 anos), a reabsorção óssea 
começa a ultrapassar a formação óssea. 
6. Fatores de osteoporose? 
 
 
 
7. Imobilização/ sedentarismo. 
 
 
 
 
8. Fraturas, tipo de fraturas: 
o Completas ou incompletas; 
o Fechadas, nas quais o tecido sobrejacente está intacto, ou expostas, nas quais a fratura se estende em direção 
à pele sobrejacente; 
o Cominutivas, nas quais o osso é estilhaçado; 
o Deslocadas, nas quais o osso fraturado não está alinhado; 
o Patológicas, caso a rutura ocorra no local de uma doença prévia; 
o Stress, desenvolve-se lentamente ao longo do tempo como uma coleção de microfraturas associada à 
atividade física aumentada, especialmente com novas cargas mecânicas repetitivas sobre o osso. 
 
9. Fases da consolidação de fraturas: 
A consolidação de fratura ocorre em três fases intimamente integradas e sequenciais: 
1. Inflamatória, durante a qual o tecido necrótico é removido; 
2. Reparatória, quando a rápida síntese de nova matriz ocorre; 
3. Remodelação, na qual a desorganizada matriz da fase de reparo sofre processo de maturação, transformando-
se em estrutura compacta e funcionalmente eficiente. 
 
10. Primeiras abordagens, tratamento. 
• Tratamento das complicações sérias; 
• Alívio da dor; 
• Proteção, repouso, gelo, compressão e elevação (PRICE); 
• Realinhamento (redução) de partes que estão fora do lugar; 
• Imobilização, geralmente com tala ou gesso; 
• Às vezes, cirurgia. 
Fraturas graves e graves lesões e complicações relacionadas, se presentes, são tratadas imediatamente (por 
exemplo, choque ou síndrome compartimental). Sem tratamento imediato, essas lesões podem piorar, tornando-se 
mais dolorosas e tornando a perda de função mais provável. Essas lesões podem causar problemas sérios ou mesmo 
a morte. 
Se as pessoas acharem que têm uma fratura ou outra lesão grave, elas devem ir ou ser levadas ao pronto-socorro. Se 
elas não conseguirem caminhar ou tiverem várias lesões, elas devem ir de ambulância. Até que consigam obter ajuda 
médica, elas devem fazer o seguinte: 
Þ Impedir a movimentação do membro lesionado (imobilizá-lo) e apoiá-lo com uma tala improvisada, tipoia ou 
almofada; 
Þ Elevar o membro, se possível acima nível do coração, para limitar o inchaço; 
Þ Aplicar gelo (envolvido em uma toalha ou pano) para controlar a dor e o inchaço. 
PRICE: 
Þ Proteção; 
Þ Fazer repouso; 
Þ Gelo; 
Þ Compressão (pressão); 
Þ Elevação. 
Se a pessoa com a fratura também tem lesões de tecidos moles, elas podem se beneficiar do PRICE. PRICE é usado 
para tratar músculos, ligamentos e tendões lesionados. 
A proteção ajuda a prevenir mais lesões que poderiam piorar a original. Pode envolver limitar o uso da parte 
lesionada, evitar colocar peso sobre a parte lesionada, usar muletas e/ou usar gesso ou tala. 
O repouso previne mais lesões e pode acelerar a cura. 
Gelo e compressão minimizam o inchaço e a dor. O gelo é colocado em um saco plástico, toalha ou pano e aplicado 
por 15 a 20 minutos por vez, sempre que possível durante as primeiras 24 a 48 horas. Em geral, a compressão é 
aplicada à lesão com uma bandagem elástica. 
Elevar o membro lesionado ajuda a drenar os líquidos para fora da lesão e, desta forma, reduz o inchaço. O membro 
lesionado é elevado acima do nível do coração durante os primeiros dois dias. 
Depois de 48 horas, as pessoas podem aplicar calor periodicamente (por exemplo, com uma compressa quente) por 
15 a 20 minutos por vez. O calor pode aliviar a dor. No entanto, não está claro se calor ou gelo é o melhor e o que 
funciona melhor pode variar de uma pessoa para outra. 
 
11. Vigilância e complicações 
As fraturas podem gerar ou vir acompanhadas de outros problemas (complicações). Entretanto, complicações sérias 
são incomuns. O risco de complicações sérias aumenta se a pele for lacerada ou se os vasos sanguíneos ou nervos 
forem danificados. 
Algumas complicações (como danos em vasos sanguíneos e nervos, síndrome compartimental, embolia gordurosa e 
infeções) surgem durante as primeiras horas ou dias após a lesão. Outras (como problemas com articulações e 
cicatrização) desenvolvem-se com o passar do tempo. 
Danos em vasos sanguíneos: Muitas fraturas causam sangramento visível ao redor da lesão. Em casos raros, o 
sangramento no interior do corpo (sangramento interno) ou de uma ferida aberta (sangramento externo) é 
suficientemente abundante para causar uma queda na pressão arterial com risco à vida (choque). Por exemplo, pode 
haver choque quando fraturas do osso da coxa (fêmur) ou da pélvis causam sangramento interno grave. Se uma 
pessoa estiver tomando um medicamento para evitar a formação de coágulos sanguíneos (um anticoagulante), 
lesões relativamente pequenas podem causar sangramento substancial. 
Uma luxação no quadril ou joelho pode interromper o fluxo sanguíneo para a perna. Assim, os tecidos na perna 
podem não receber sangue suficiente (chamado isquemia) e podem morrer (chamado necrose). Se muitos tecidos 
necrosarem, parte da perna pode ter que ser amputada. Às vezes, fraturas do cotovelo ou da parte superior do braço 
podem interromper o fluxo sanguíneo para o antebraço, causando problemas semelhantes. A interrupção do 
fornecimento de sangue pode não causar nenhum sintoma até várias horas depois da lesão. 
Lesão nervosa: Às vezes, os nervos são distendidos, contundidos ou esmagados quando ocorre fratura em um osso. 
Um golpe direto pode machucar ou esmagar um nervo. Essas lesões geralmente cicatrizam por si ao longo de 
semanas até meses a anos, dependendo da gravidade da lesão. Algumas lesões nervosas nunca saram totalmente. 
Em casos raros, os nervos sofrem rutura, às vezes por fragmentos de ossos afiados. É mais provável os nervos 
sofrerem rutura quando a pele for lacerada. Nervos rompidos não saram por si só e podem ter que ser reparados 
cirurgicamente. 
Embolia pulmonar: A embolia pulmonar é a complicação grave mais comum das fraturas sérias do quadril ou da 
pélvis. Ela ocorre quando um coágulo de sangue se forma em uma veia, se solta (tornando-se um êmbolo), se 
desloca para um pulmão e ali bloqueia uma artéria. Como resultado, o corpo pode não receber oxigênio suficiente. 
Sofrer uma fratura do quadril aumenta consideravelmente o risco de embolia pulmonar pois ela envolve 
Þ Lesão na perna, onde se forma a maioria dos coágulos que causam embolia pulmonar; 
Þ Imobilidade forçada (ter que permanecer na cama) por horas ou dias, diminuindo a velocidade do fluxo 
sanguíneo e, assim, dando a oportunidade de coágulos se formarem; 
Þ Inchaço ao redor da fratura, que também diminui a velocidade do fluxo sanguíneo nas veias 
Cerca de um terço das mortes de pessoas depois de uma fratura do quadril é decorrente de embolia pulmonar. A 
embolia pulmonar é muito menos comum quando a parte inferior da perna é fraturada e é muito rara quando o 
braço é fraturado. 
Embolia gordurosa: A embolia gordurosa ocorre raramente. Ela pode ocorrer quando ossos longos (como o osso da 
coxa) são fraturados e liberam gordura no interior do osso (medula óssea). A gordura pode deslocar-se pelas veias, 
alojar-se nos pulmões e ali bloquear um vaso sanguíneo, causando embolia pulmonar. Consequentemente, o corpo 
não consegue obter oxigênio suficiente, e as pessoas podem sentir falta de ar e dor no peito. Sua respiração pode 
ficar rápida e superficial e sua pele pode ficar salpintada ou azulada. 
 
Síndrome compartimental: Em casosraros, desenvolve-se uma síndrome compartimental. Por exemplo, ela pode 
surgir quando os músculos lesionados incham muito depois de uma fratura de um braço ou de uma perna. Como o 
inchaço exerce pressão nos vasos sanguíneos adjacentes, o fluxo sanguíneo para o membro lesionado fica reduzido 
ou bloqueado. Consequentemente, os tecidos no membro podem ficar danificados ou necrosar e o membro pode ter 
de ser amputado. Sem tratamento imediato, a síndrome pode ser fatal. A síndrome compartimental é mais provável 
de ocorrer em pessoas com certas fraturas da parte inferior da perna, certas fraturas do braço ou uma fratura de 
Lisfranc (um tipo de fratura do pé). 
 
Infeções: Se a pele for lacerada quando um osso é fraturado, a ferida pode ficar infetada e a infeção pode 
disseminar-se para o osso (chamado osteomielite, que é de difícil cura). 
 
Problemas nas articulações: As fraturas que se estendem para uma articulação geralmente danificam a cartilagem 
nas extremidades dos ossos na articulação (chamadas superfícies da articulação). Normalmente, esse tecido macio, 
resistente e protetor permite o movimento suave das articulações. Os danos nas cartilagens tendem a formar 
cicatrizes, causando osteoartrite, a qual torna as articulações rígidas e limita sua amplitude de movimento. O joelho, 
cotovelo e o ombro estão particularmente propensos a enrijecer-se depois de uma lesão, sobretudo em pessoas 
idosas. 
Geralmente, é necessário fisioterapia para prevenir a rigidez e ajudar a articulação a mover-se o mais normalmente 
possível. Muitas vezes, é necessário cirurgia para reparar a cartilagem danificada. Depois de uma cirurgia desse tipo, 
a cartilagem fica menos sujeita a formar cicatrizes e, se isso ocorrer, a cicatrização tende a ser menos grave. 
Algumas fraturas podem tornar a articulação instável, aumentando o risco de lesões repetidas e osteoartrite. O 
tratamento adequado, muitas vezes incluindo gesso ou tala, pode ajudar a evitar problemas permanentes. 
Membros desiguais: Em crianças, se uma placa de crescimento em uma perna sofre uma fratura, a perna afetada 
pode não crescer normalmente e pode ficar mais curta que a outra. As placas de crescimento, que são feitas de 
cartilagem, permitem aos ossos se alongar até as crianças atingirem sua altura total. Se uma fratura não envolver a 
placa de crescimento, ela pode estimular o crescimento do osso a partir do próprio local da fratura. Se estimula o 
crescimento, a perna fraturada pode crescer demais e ficar mais comprida que a outra perna. 
Em adultos, a cirurgia para reparar o osso da coxa pode resultar em uma perna ficando mais comprida que a outra. 
Problemas de cicatrização: 
Às vezes, os ossos fraturados podem não voltar a juntar-se conforme esperado. Eles podem: 
Þ Não voltar a juntar-se (chamado não união); 
Þ Voltar a juntar-se muito lentamente (chamado união retardada); 
Þ Juntar-se na posição errada (chamado má união) 
 
É mais provável que esses problemas ocorram quando: 
• Os ossos fraturados não são mantidos próximos um do outro e não são impedidos de se mover (ou seja, não 
são imobilizados com gesso ou tala). 
• O fornecimento de sangue for interrompido. 
Certos distúrbios, como diabetes e vasculopatia periférica, e certos medicamentos, como corticosteroides, podem 
retardar ou interferir na cura. 
 
Osteonecrose: Quando o fluxo sanguíneo para um osso é interrompido, parte do osso pode morrer, resultando 
em osteonecrose. Certas lesões (como fraturas do escafoide do pulso e fraturas de quadril nas quais os ossos 
quebrados saem do lugar) são mais prováveis de causar osteonecrose. 
 
12. Osteoartrite degenerativa 
a. Fatores para a osteoartrite 
Þ Idade avançada; 
Þ Densidade óssea elevada; 
Þ Predisposição genética; 
Þ IMC>25 Kg/m2; 
Þ Prática desportiva de carga (atletas de alta competição); 
Þ Ocupacional: manipulação de cargas ou permanecer em pé. 
 
b. Manifestações : 
Þ Dor indiciosa; 
Þ Dor mecânica: Dor agudizada/ despertada pelo movimento; 
Þ Alívio com repouso; 
 
c. Prevenção e terapêutica: paracetamol/ Fisioterapia, cirurgia 
Þ Evitar posições que possam sobrecarregar as articulações; 
Þ Usar tênis confortáveis para diminuir impactos; 
Þ Adotar posturas corretas ao sentar e ao levantar; 
Þ Equilíbrio entre atividade e repouso. 
13. Osteomielite: 
Inflamação do tecido ósseo e da medula óssea. 
CAUSA: 
Þ Local (Doença focal isolada); 
Þ Fratura; 
Þ Lesão óssea; 
Þ Extensão de infecção de tecidos moles; 
Þ Hematogénea (bacteriemia). 
14. Dismorfias e miopatias: 
Þ Atrofia; 
Þ Miopatia – fibras musculares não funcionam devido a toxinas (álcool, fármacos); 
Þ Miatenia Gravis (doença autoimune) – afeta a comunicação entre os nervos e músculos. 
Þ Lipoma; 
Þ Liposarcoma; 
Þ Fibrosarcoma. 
 
15. Tumores: 
 
Benignos: 
• Osteoma: Massas exofiticas; 
• Osteoma osteoide: dor; 
• Osteoblastoma: dor 
 
Malignos: 
• Osteossarcoma: massa, dor. 
 
Cartilaginosos: 
• Osteocondroma; 
• Condroma; 
• Condrosarcoma. 
 
16. Artrite úrica: 
A gota é uma forma comum e dolorosa de artrite. Provoca inchaço, vermelhidão, calor e rigidez das articulação. A gota 
surge devido à acumulação de ácido úrico no sangue. Tal acontece se o organismo produzir mais ácido úrico do que 
aquele que consegue eliminar, ou ainda se ingerir demasiado alimentos ricos em purinas, tais como fígado e feijões 
secos. Um outro problema com sintomas similares e muitas vezes confundida com a gota é a pseudo-gota, mas é 
causada pelo fosfato de cálcio e não pelo ácido úrico. 
 
Frequentemente é no dedo grande do pé que surgem os primeiros sinais de gota. Também pode atacar os tornozelos, 
calcanhares, joelhos, pulsos, dedos e cotovelos. 
 
 
Sistema Nervoso Central: 
1. Níveis de consciência: 
 
 
 
 
 
 
2. Pressão intracraniana: 
É a pressão uniforme distribuída no interior do crânio (espaços epidurais e subracnóides, ventrículos cerebrais e seios 
da dura-máter). É determinada pelos volumes de equilíbrio dinâmico do LCR, fluxo sanguíneo cerebral e tecido cerebral. 
3. Edema cerebral: 
É o acúmulo de fluido em excesso dentro e por entre as células que compõem o sistema nervoso central. O problema 
pode surgir numa região delimitada ou pode ocorrer em todo o cérebro, o diagnóstico e tratamento precoce são 
fundamentais para diminuir o risco de sequelas, melhorando o prognóstico. 
Causas: os tumores, acidente vascular cerebral, traumatismo craniano com rutura de vasos, diminuição da 
concentração sanguínea de sódio, isquemia, abcessos, meningite, encefalite, hipoxia e problemas relacionados a locais 
de grande altitude. 
Tipos: 
• Citotóxico (intracelular) - corresponde a uma retenção de água e sódio no interior das células cerebrais em 
razão de uma anomalia no metabolismo celular. É o tipo mais raro; 
• Vasogénico (intersticial)– quando o líquido presente dentro dos vasos migra para o espaço intercelular, como 
uma consequência do aumento da permeabilidade vascular. É o tipo mais comum; 
• Hiperémico- resultado do aumento da quantidade de sangue, que acaba por se concentrar em certos locais, 
ou como resultado da diminuição do retorno vem. 
4. Hidrocefalia: 
É Acúmulo de LCR excessivo dentro do sistema ventricular e faz o cérebro inchar. 
Tipos: 
• Congénita- está presente no nascimento e pode ser causada por quaisquer eventos ou as influências que 
ocorrem durante o desenvolvimento fetal, ou anormalidades genéticas. 
• Adquirida- desenvolve no momento do nascimento ou em algum momento depois. Este tipo pode afetar os 
indivíduos de todas as idades e pode ser causada por ferimento ou doença. 
Pode ser classificada: 
• Comunicante- ocorre quando o fluxo de LCR é bloqueado depois de sair dos ventrículos, que permanecem em 
aberto. 
• Não comunicante- também chamado de “obstrutiva”, ocorre quando o fluxo de LCR é bloqueado ao longo de 
uma ou mais das passagens estreitas que ligam os ventrículos. 
Outros (afetam principalmente os adultos) 
• Ex-vácuo: ocorre quando há um acidente vascularcerebral ou uma lesão traumática causa danos no cérebro. 
Nestes casos pode, na verdade encolher. 
• Pressão normal hidrocefalia (NPH): é um aumento anormal de fluído cerebrospinal em ventrículos do cérebro 
que pode resultar de uma hemorragia subaracnóide, traumatismo craniano, infeção, tumor ou complicações 
da cirurgia. 
5. AVC: 
O acidente vascular cerebral acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, 
provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o 
tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa. 
 
 
Tipos: 
• Hemorrágico- ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Pode acontecer 
dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os 
casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o outro tipo. 
• Isquémico- ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de O2 para células cerebrais, 
que acabam por morrer. Pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). É o mais 
comum. 
Fatores de risco: 
• Hipertensão; 
• Hipercolesterolima; 
• Diabetes Mellitus; 
• Fumar; 
• Consumo de álcool pesado; 
• Uso de anticoncepcional oral. 
6. Hemorragia: 
Hemorragia intracraniana: Tem como principal causa a HTA e tem pico de incidência aos 60 anos. A maioria deve-se a 
sangramento iniciado no parênquima encefálico: Hematoma, Compressão, Isquemia, necrose. 
Hemorragia subaracnoideia: É uma hemorragia dentro do espaço subaracnoideo > entre a pia-máter e a aracnoide 
Causa: má formação vascular ou aneurisma (dilatação anormal dos vasos). 
Manifestações clinicas: 
- Perda de consciência 
- Risco de lesão isquémica devido aos vasoespasmos de outros vasos > No período inicial após a hemorragia - 
25 a 50% morre. 
7. Hematoma: 
Pode ocorrer lesão física no cérebro quando a parte interna do crânio entra em contato forçado com o cérebro. 
Hematoma subdural: O movimento rápido do cérebro durante o trauma pode rouper as veias em ponte que se 
estendem dos hemisférios cerebrais através do espaço subaracnóideo e subdural para os seios durais. Seu rompimento 
produz sangramento no espaço subdural. 
-> causam um aumento da pressão intracraniana, com compressão e lesão do tecido cerebral. Sintomas: confusão, 
deterioração neurológica lentamente progressiva e dor de cabeça 
8. Meningite: 
Processo inflamatório envolvendo as meninges dentro do espaço subaracnoídeo 
Causas: Infeções, irritante não bacteriano introduzido no espaço subaracnoídeo (meningite química), bactérias 
(meningite piogénica aguda), Vírus (meningite piogénica asséptica) ou Tuberculose (meningite piogénica crónica) 
Meningite aguda: A meningite bacteriana aguda é uma inflamação, que se desenvolve rapidamente, das meninges e do 
espaço subaracnoide) quando é causada por bactérias. 
Manifestações Gerais: Febre, astenia, anorexia 
Manifestações Neurológicas (irritação meníngea): Fotofobia, irritabilidade, vómitos, prostração, coma, 
Cefaleia, rigidez da nuca 
 
LCR: aumento pressão, neutrofilia, aumento proteínas, ↓ glicose 
Meningite crónica: É a meningite de desenvolvimento lento que dura quatro semanas ou mais. Muitas infeções e 
doenças que causam inflamação podem causar meningite crônica. Ter um sistema imunológico enfraquecido aumenta 
o risco de desenvolvimento de meningite crônica. 
Manifestações clínicas: cefaleias, mal-estar, confusão mental, vómito. 
 
LCR: aumento monócitos /PMN; Glicose ↓/n; Proteínas #: Exsudato gelatinoso 
Meningite fúngica: A meningite fúngica é uma doença infeciosa causada por fungos. 
Manifestações clínicas: cefaleias, febre, náuseas e vômitos. 
Complicações: - Abcesso -Granuloma 
➢ Meningoencefalite -> infeção do SN Meningite que se espalhou para o cérebro subjacente. 
9. Encefalite: 
É uma inflamação do tecido cerebral que geralmente é causada por uma infeção viral, mas que também pode ser 
provocada por fungos ou bactérias ou uma reação exagerada do sistema imunológico. É mais comum nas crianças, 
idosos ou em pessoas com um sistema imunológico mais enfraquecido. 
Tipos: 
• Viral- causada pelo vírus do herpes simples, que quando se desenvolve por excesso, devido ao sistema 
imunológico enfraquecido, pode afetar o cérebro, causando a encefalite herpética. Normalmente, afeta locais 
do cérebro relacionados com a memória, fala, emoções e comportamento. 
• Autoimune- a causa é desconhecida e surge muitas vezes em pessoas saudáveis. Pode ser causada por cancro 
e até mesmo após infeções no corpo, fazendo com que o anticorpo produzido pelo corpo nessas doenças 
reaja, provocando uma inflamação cerebral. 
• Bacteriana- ocorre quando bactérias invadem o sistema nervoso, atingindo o cérebro, meninges e medula 
espinhal, provocando inflamação e inchaço no tecido cerebral e desenvolvimento dos sintomas como 
alterações na fala, confusão, problemas de memória, paralisias ou convulsões. 
Manifestações clínicas: 
• Sistémicos; 
• Meníngeos – Alterações de humor, memória, comportamento e focais – Confusão, convulsões, delírio, ↓ nível 
de consciência 
10. Doenças degenerativas – Demências: 
Demências Síndromes de perda de 1/+ funções cognitivas, incluindo memória, s/ i do nível de vigilância. 
Causas de demência: 
• Hereditárias; 
• Degenerativas; 
• Infeciosas; 
• Inflamatórias; 
• Tóxicas; 
• Metabólicas; 
• Neoplásicas; 
• Vascular. 
 
Demência de Alzheimer: 
• Início insidioso: Alterações de humor e de comportamento; 
• Curso: 5-10 anos – Mutismo, Imobilidade, Dependência, Intercorrências respiratórias e morte 
No caso do Alzheimer, esta é uma demência bastante comum – principalmente nos idosos, mas também podendo 
atingir os mais novos sendo denominada de Alzheimer Precoce. Desenvolve-se em fases. confinada na cama. 
Age degenerando as células do cérebro, provocando a perda de inúmeras funções. O indivíduo acometido tem perca de 
memória, começado com a perda de memória recente, perde-se em ambientes bem familiares, experiência falta de 
motivação e perda de noção de tempo, não sabendo identificar qual o dia da semana. Chegando à fase mais 
complicada, este pode até mesmo perder-se na própria casa, tem alucinações, problemas na fala, precisa de ajuda para 
se alimentar, tem problemas para caminhar entre outros. 
D. Parkinson: Parkinson é uma doença que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, 
rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. Ocorre devido à degeneração das células 
situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem uma substância dopamina, que 
conduz as correntes nervosas ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os 
sintomas acima descritos. 
Doenças do S. N. Periférico: 
• Desmielinização segmentar; 
• Degenerescência axonal 
o Lesão focal: mecânica, isquémica; 
o Lesão global do axónio. 
• Infiltração por macrófagos; 
• Reabsorção. 
As doenças do sistema nervoso periférico produzem combinações de sintomas motores, sensoriais autónomos. Estes 
sintomas são essencialmente determinados pela classe de fibras nervosas afetadas e pela localização das lesões, em vez 
de pela etiologia do processo. Os sintomas motores incluem o enfraquecimento, atrofia muscular, fasciculações e 
cãibras. Estes dois últimos sintomas motores podem ser descobertos apenas mediante perguntas específicas dirigidas 
ao paciente. Os sintomas sensoriais incluem a perda de certos tipos de sensação e a presença de formigueiro, picadas, 
agulhadas e sensação de queimação. 
As doenças podem ser classificadas em: 
Þ Mononeuropatias - doenças que afetam nervos isolados. Pode afetar qualquer nervo craniano ou de membro. 
Em geral, ocorrem em indivíduos saudáveis, produzem sintomas problemáticos sem incapacitação significativa 
e frequentemente melhoram de um modo espontâneo,com o passar do tempo; 
Þ Polineuropatias – doenças com o envolvimento difuso; 
Apresentam diversas causas como: 
• Alcoolismo; 
• Doenças hereditárias; 
• Infeções; 
• Doenças autoimunes; 
• Exposição a venenos; 
• Trauma ou pressão sobre o nervo; 
• Diabetes; 
• Medicações; 
• Tumores . 
11. Tumores: 
Primários: 
• Células das meninges; 
• Células neuronais; 
• Células da glia. 
Secundários: metástases 
• 25% dos tumores IC; 
• Pulmão, mama, melanoma, rins, tubo digestivo 
Doenças da Mielina: As doenças desmielinizantes do SNC são condições adquiridas caracterizadas pelo dano 
preferencial à mielina anteriormente normal ou não são formadas adequadadamente - leucodistrofias. As doenças 
mais comuns nesse grupo resultam de esclerose múltipla (EM), a infecção viral dos oligodendrócitos, como na 
leucoencefalopatia multifocal progressiva e a lesão causada por fármacos e outros agentes tóxicos. 
Esclerose múltipla (MS): Na EM, o próprio sistema imunitário do corpo ataca e destrói a mielina. Uma vez destruída, 
os axónios deixam de poder transmitir o potencial de ação de um neurónio ao neurónio seguinte ficando assim a 
condução do estímulo nervoso interrompida. 
O termo "esclerose múltipla" é uma referência às lesões, ou escleroses, que ocorrem sobretudo na substância branca 
do cérebro, cerebelo e medula espinal. Em pessoas com EM verifica-se que o LCR tem em elevada quantidade proteínas 
e imunoglobulinas 
12. Epilepsia: 
A epilepsia é uma condição médica em que por um determinado período de tempo, há um mau funcionamento do 
cérebro, causado pela emissão de sinais, descargas ou impulsos elétricos incorretos emitidos pelos neurónios. Essa 
condição é reversível e, após alguns períodos, a pessoa volta ao seu estado normal 
Causas: 
• Malformações congénitas; 
• Metabólicas, tóxicas; 
• Traumáticas; 
• Vasculares; 
• Idiopáticas. 
Tipos: 
• Epilepsia Parcial- essa emissão incorreta de sinais fica limitada a apenas a uma parte do cérebro; 
• Epilepsia Total/generalizada- essa emissão incorreta de sinais afeta o cérebro todo 
Manifestações clínicas: 
Þ Ataque Epilético- crises convulsivas que envolvem espasmos e contrações musculares em todo o corpo, 
salivação excessiva e respiração ofegante; 
Þ Crise de Ausência- a pessoa fica com o olhar fixo e não comunica com as pessoas ao seu redor; 
Þ Crises Parciais Simples- distorções de perceção de si mesmo e a pessoa perde, temporariamente, a habilidade 
de controlar ou ter consciência dos seus movimentos; 
Þ Crise Parcial Complexa- envolve a perda da consciência. 
13. Herniação: 
É o aumento da Pressão Intracraniana (PIC), devido ao aumento do volume de fluidos dentro do crânio pela 
compressão das veias e deslocamento de LCR. 
-> Faz com que o cérebro seja empurrado para o lado e para baixo. 
É uma emergência médica que leva a: 
Þ Vasoconstrição; 
Þ Aumento da TA; 
Þ Colapso Vascular: hipoxia, hipercapnia (aumento de CO2), bradicardia e miose (constrição da pupila); 
Þ Coma. 
Sistema Hematopoiético: 
1. Anemia: 
É definida como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, levando à 
diminuição da capacidade de transporte de oxigénio. A hemoglobina é a substância que o nosso corpo utiliza para 
transportar O2. Existem várias causas para este problema, porém, a anemia causada por deficiência de ferro é muito 
mais comum. O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese das células vermelhas do 
sangue e no transporte do 02 para todas as células do corpo. 
 
2. Policitemia: 
É uma doença causada pelo excesso de células vermelhas (hemácias) no sangue. Esse aumento faz com que o sangue 
fique mais grosso e, por consequência, tenha mais dificuldade para se transportar pelo corpo e chegar aos órgãos. 
 
3. Alterações dos Leucócitos 
 
4. Doenças proliferativas 
5. Alterações do baço e do timo 
 
 
Sistema Endócrino: 
1. O que é o efeito autocrino? 
A secreção autócrina ocorre quando uma célula secreta um mensageiro químico para atuar em seus próprios recetores, 
como por exemplo a produção do fator de crescimento epidérmico 
 
2. O que é o efeito paracrino? 
Parácrino se refere a um hormônio, produzido por uma célula, que age sobre células vizinhas a ela. 
3. O que é o efeito endócrino? 
Quando células precisam transmitir sinais por longas distâncias, elas muitas vezes usam o sistema circulatório como 
uma rede de distribuição para as mensagens que elas enviam. 
 
Função endócrina: 
o Sinalização bioquímica extracelular: Autocrina, Paracrina e Endocrina; 
o Modo de ação: regulação da expressão de genes 
– Ação em recetores celulares 
 - Segundos mensageiros (AMP c) 
 - Mediadores a partir da Membrana celular 
 - Variação de concentrações (Ca) 
» Derivados de AA: dopamina, adrenalina, H. tiroideia 
» Neuropeptídios: GnRF, TRH, Somatostatina 
» Grandes proteínas: Insulina, LH, , PTH 
- Difusão transmembrana (lipossolúveis) " DNA 
» Esteróides: cortisol e estrogéneos 
» Derivados de Vit. A Retinol, Vit D 
Þ Inibição p/ efeito no tecido alvo. 
 
4. O que é uma hormona? 
É uma substância química específica, que são lançadas na corrente sanguínea, atingindo as células dos diversos tecidos 
do corpo, fabricada pelo sistema endócrino ou por neurónios altamente especializados e que funciona como um 
sinalizador celular. 
 
5. Como é feito o controle do sistema hormonal? 
Controle Hormonal: A liberação de hormonas por um órgão endócrino com frequência é controlada por outra 
hormana. Quando o resultado consiste na estimulação da liberação hormonal, o hormônio que exerce esse efeito é 
denominado trófico, como no caso da maioria dos hormônios produzidos e liberados pela adeno-hipófise. 
 
 
 
6. Em que consiste o eixo neuro endócrino? 
O eixo neuro-endócrino/ eixo hipotálamo-hipofisário é o grande responsável pela integração dos sistemas nervoso e 
endócrino no corpo humano, é um sistema de controle de feedback. 
O hipotálamo recebe mensagens virtuais de todas as outras áreas do sistema nervoso central e as utiliza para enviar 
mensagens para a hipófise. Em resposta, a hipófise libera vários hormônios que estimulam certas glândulas endócrinas 
do corpo. As alterações nas concentrações circulantes de hormônios produzidas pelas glândulas endócrinas são 
detetadas pelo hipotálamo, que então aumenta ou diminui seu estímulo sobre a hipófise para manter a homeostase. 
 
7. Qual o efeito de redução de produção hipofisária? 
O hipopituitarismo é uma doença do lobo anterior da hipófise, resultante do mau funcionamento total ou parcial desta 
parte da glândula que resulta na deficiência de um ou mais hormônios hipofisários. Pode haver deficiência de uma ou 
mais das hormonas que aí são produzidas e os sintomas da doença estão relacionados com o tipo de défice hormonal 
existente. 
Os sintomas de hipopituitarismo dependem de qual hormona está deficiente e podem incluir baixa estatura, infertilidade, 
intolerância ao frio, cansaço e incapacidade de produzir leite materno 
 
Hormona deficitária – Sintomas: 
o GH – Atraso do crescimento e baixa estatura nas crianças. No adulto, associada com alterações da composição 
corporal e repercussão na qualidade de vida e alts do metabolismo. 
o Prolactina – Muito raramente manifesta-se por impossibilidade de amamentar após o parto. 
o TSH – Reduz o funcionamento da tiroide e manifesta-se pelo quadro clínico de hipotiroidismo: cansaço, 
intolerância ao frio, confusão, aumento de peso, obstipação, pele seca e pálida. 
o ACTH – Reduz o funcionamento da suprarrenal e manifesta-se por fadiga, fraqueza muscular, perda de peso e 
pressão arterial baixa, sintomas gastrintestinais. 
o Gonadotrofinas (LH e FSH) – Na mulher antes da menopausa, a deficiência causa amenorreia (ciclos menstruais 
ausentes), infertilidade e, por vezes, secura vaginal e dor nas relações sexuais. No homem, a deficiência provoca 
disfunçãosexual eréctil, diminuição da produção de esperma, infertilidade e desaparecimento de alguns 
caracteres sexuais. 
 
 
8. Qual é a ação de cada uma das substâncias produzidas no lobo posterior da Hipófise? 
Por ser constituída de tipos diferentes de células endócrinas, a hipófise é dividida em duas partes: a adenoipófise (ou 
lobo anterior da hipófise) e neuroipófise (lobo posterior da hipófise). 
A neuroipófise é considerada uma expansão do hipotálamo. Ela armazena e secreta dois 
hormônios: ocitocina ou oxitocina e ADH (hormona antidiurético). 
o Ocitocina – Estimulação da contração do músculo liso 
Útero Grávido/Canais lactíferos: Esta hormona atua nas contrações do útero durante o parto, estimulando a expulsão 
do bebê. Em alguns casos, os médicos aplicam esse soro contendo ocitocina na mãe para estimular o parto. Esse 
hormônio também promove a liberação de leite durante a amamentação. 
o ADH (aka vasopressina): Esta hormona atua no controle da eliminação de água pelos rins, portanto tem efeito 
antidiurético, ou seja, é liberado quando a quantidade de água no sangue diminui, provocando uma maior 
absorção de água no túbulo renal e diminuindo a urina. 
Quando o nível desta hormona está acima do normal, ocorre a contração das arteríolas, provocando um 
aumento da pressão arterial, por isso o nome vasopressina. Há casos em que a quantidade de ADH no organismo 
da pessoa é deficiente, provocando excesso de urina e muita sede. A esse quadro damos o nome de diabetes 
insípida. 
 
9. Qual o efeito do excesso de produção de prolactina? 
A prolactina é uma hormona secretada pela adenoipófise e tem como principal função estimular a produção de leite 
pelas glândulas mamárias e o aumento das mamas. 
O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, causando, nas mulheres, alteração menstrual e 
infertilidade. A sua produção em excesso pode ter várias causas como sejam o stress físico e psicológico, a toma de 
determinados medicamentos ou a existência e um adenoma da hipófise produtor de prolactina. 
Habitualmente manifesta-se por produção de leite fora do período pós-parto (galactorreia), alterações dos ciclos 
menstruais ou perda dos mesmos (amenorreia), infertilidade, diminuição do desejo sexual e osteoporose. 
 
10. Qual o efeito de redução da ação da hormona de crescimento? 
A défice de hormonas do crescimento é a deficiência da hormona hipofisária mais comum em crianças e pode ser 
isolada ou acompanhada por deficiência de outros hormônios hipofisários. A deficiência de hormona de crescimento 
tipicamente resulta em crescimento anormalmente lento e baixa estatura com proporções normais. 
O nanismo hipofisário é um defeito no desenvolvimento corporal, provocado por um défice da hormona do 
crescimento, que se traduz numa estatura final inferior à esperada, segundo a etnia, o sexo e os antecedentes 
familiares do indivíduo em causa. 
 
11. Qual o efeito do excesso de produção da hormona do crescimento? 
O hipersomatotropismo, também chamado de acromegalia ou gigantismo, é uma síndrome causada pelo excesso de 
secreção de somatropina, quase sempre decorrentes de adenoma hipofisário. Antes do fechamento das epífises, o 
resultado é o gigantismo. Mais tarde, o resultado é a acromegalia, que produz características faciais e outras distintas. 
 
12. Qual o efeito do excesso de produção de vasopressina? 
É caracterizada por excesso de produção do ADH mesmo quando não há queda da pressão arterial ou desidratação (por 
isso chamada secreção inapropriada), geralmente causada por desordens do sistema nervoso central, neoplasias, 
doenças pulmonares, HIV e medicações. 
 
13. Qual o efeito de redução da ação da hormona tiroideia? 
O hipotiroidismo resulta da falta das hormonas tiroideias condicionando uma diminuição generalizada do metabolismo. 
Na maior parte das vezes tem origem no mau funcionamento da tiroide. No entanto, existem casos onde a origem está 
no cérebro (hipófise ou hipotálamo), local onde se produz e liberta a TSH, que por sua vez estimula a produção de 
hormonas pela tiroide ou a resistência dos tecidos à ação das hormonas. 
A causa mais comum é a Tiroidite de Hashimoto onde o organismo produz anticorpos contra a própria tiroide, 
prejudicando o seu normal funcionamento. Outras causas incluem a cirurgia à tiroide, terapia com iodo radioativo e 
medicamentos que alteram a produção das hormonas da tiroide. 
 
Sintomas: O défice das hormonas tiroideias afeta praticamente todo o corpo e traduz-se por uma grande variedade de 
sinais e/ou sintomas, dependendo da idade de início, do tipo de hipotiroidismo, duração e gravidade da falta de hormonas 
tiroideias. No hipotiroidismo os sintomas geralmente são menos evidentes quando há uma perda gradual da função da 
tiroide. 
 
14. Qual o efeito do excesso de produção da hormona tiroideia? 
O hipertiroidismo define-se como uma perturbação em que a glândula tiróide está hiperativa, e resulta em alterações 
fisiológicas, bioquímicas e clínicas devidas à exposição dos tecidos a concentrações elevadas das hormonas tiroideias. O 
excesso destas hormonas origina um aumento do metabolismo, responsável por muitos dos sintomas e sinais de 
diferentes graus e gravidade. Surge mais nas mulheres e são múltiplas as causas de hipertiroidismo. A mais frequente é 
uma doença autoimune conhecida por bócio difuso tóxico ou Doença de Graves 
 
Sintomas: Os sintomas dependem da duração e gravidade da doença, idade do doente, presença ou ausência de 
manifestações noutros órgãos e da causa de hipertiroidismo. 
 
15. Qual o efeito de redução da ação da hormona paratiroide? 
O hipoparatireoidismo é uma deficiência de paratormônio (ou hormônio paratireoidiano, PTH) que costuma ser 
causado por uma doença autoimune. 
A causa mais comum é devido a uma lesão acidental nas glândulas paratireóides ou cirurgia no pescoço para remoção 
das glândulas tireóides, por exemplo, mas também pode ocorrer por doenças autoimunes ou até mesmo por mal 
funcionamento das glândulas paratireóides. 
Os sintomas do hipoparatireoidismo e incluem formigamento nas mãos ou em torno da boca e cãibras musculares. A 
tetania ocorre em casos graves. Tetania são espasmos musculares dolorosos periódicos. 
 
16. Qual o efeito do excesso de produção de hormona paratiroide? 
O hiperparatireoidismo é uma doença que provoca a produção exagerada da hormona PTH, liberado pelas glândulas 
paratireoides, que se encontram localizadas no pescoço por trás da tireoide. 
O hiperparatireoidismo pode surgir de 3 formas: 
Þ Hiperparatireoidismo primário: quando uma doença das próprias paratireoides provoca uma hipersecreção do hormônio 
PTH; 
Þ Hiperparatireoidismo secundário: surge devido a um distúrbio no metabolismo do corpo, que estimula as paratireoides 
e que provoca diminuição dos níveis de cálcio e fósforo na circulação; 
Þ Hiperparatireoidismo terciário: quando as paratireoides passam a secretar mais PTH por conta própria 
Alguns dos sinais e sintomas mais comuns em casos de hiperparatireoidismo são: 
• Osso frágeis e com maior risco de fraturas e fraqueza muscular; 
• Desenvolvimento de pedras nos rins e aumento da vontade de urinar; 
• Dor constante na barriga; 
• Cansaço excessivo, náuseas, vômitos e perda de apetite. 
Nem sempre o hiperparatireoidismo provoca sintomas, sobretudo nas fases mais iniciais 
 
17. Qual o efeito de < da ação de glucocorticoides? Em que circunstâncias podem ocorrer? 
Doenças suprarrenais 
Infeções, lesão traumática,… 
 
 
18. Qual o efeito do > da ação de glucocorticoides? Em que circunstâncias podem ocorrer? 
 
19. Qual o efeito do hipoaldosteronismo? 
20. Qual o efeito do hiperaldosteronismo? 
 
 
21. Como se manifesta o excesso de catecolaminas? Em que circunstâncias ocorrem? 
As catecolaminas são substâncias essenciais à resposta adrenérgica em nosso organismo. As 
principais catecolaminas são dopamina, epinefrina (adrenalina) e norepinefrina 
 Como se manifesta: 
Þ Aumento da HTA; 
Þ Aumento de risco de AVC infarto agudodo miocárdio; 
Þ Problemas cardíacos e circulatórios; 
Þ Cefaleia (dor de cabeça); 
Þ Palpitações; 
Þ Diaforese (transpiração excessiva); 
Þ Palidez; 
Þ Dispneia; 
Þ Náuseas; 
Þ Ansiedade extrema; 
Þ HAS (hipertensão arterial sistêmica); 
Þ Tremores; 
Þ Choque. 
 
Em que circunstâncias ocorrem 
• Tumor como feocromocitoma; 
• Excesso de sódio; 
• Ansiedade e medo.

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