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AO JUÍZO DE DIREITO DA … VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA/CE AO JUÍZO DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________ DO ESTADO ______ Para efeito da peça a ser entregue, o caso concreto identifica a Comarca???? MARIA HELENA, estado civil, profissão, inscrita sob o CPF n° …, com o endereço eletrônico …, residente e domiciliada à Rua …, n° …, bairro …, CEP …, Fortaleza/CE, irmã de CARLOS ROBERTO, falecido no dia XX de março de 2024, inscrito sob o CPF n° …, com o endereço eletrônico …, com domicílio à Rua …, n° …, bairro …, CEP …, Fortaleza/CE, vêm a presença de V. Exa., apresentar AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS, em face da CLÍNICA…, CNPJ …; Anderson …, Anestesiologista, inscrito sob o CPF n° …, com o endereço eletrônico …, residente e domiciliadO à Rua …, n° …, bairro …, CEP …, Fortaleza/CE. Espólio de Carlos Roberto (qualificação), representado por Maria Helena na condição de inventariante do de cujos, por intermédio de seus advogados, conforme instrumento de procuração vêm a presença de V. Exa., na forma do artigo 319 do Código de Processo Civil, apresentar AÇÃO DE INDIENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS Em face da CLINICA (qualificação da PJ) e de Anderson, (qualificação)........ DOS FATOS CARLOS ROBERTO contratou uma Clínica para a realização de uma cirurgia para a correção da síndrome da apneia obstrutiva do sono. Foi constatado, por meio de exame cardiológico prévio, que o paciente possuía risco cirúrgico 1 e 2. Em seguida, em março de 2002, o paciente - que era diagnosticado como obeso e com hipertrofia de base de língua - que foi induzido a anestesía, procedimento feito pelo anestesiologista Anderson. Em sequência sofreu choque anafilático, o que resultou em sua morte. Consta-se que o tanto o Sr. Carlos quanto aos seus respectivos familiares, não foram devidamente informados acerca dos riscos da cirurgia, nem pelo anestesiologista Anderson e nem pelo o cirurgião Dr. Gustavo. Tendo sido explicitamente violado o dever de informação ao paciente, sendo este de suma importância em face de ser um procedimento arriscado - por se tratar de uma cirurgia - e pelo quadro de risco previamente aferido pela clínica. Por mim, essa parte esté ok. Vamos ouvir os comentários do professor, certo? Se precisar agente ajusta. DO DIREITO Acho que devemos começar pelos pressupostos do código civil para estabelecem o direito {a reparação do dano, para depois entrarmos nas hipóteses do CDC sobre a sonegação de informações. Em seguida mantemos as indicações da jurisprudência. Se o professor seguir a linha da professora de estágio 2, não devemos reproduzir a citação dos dispositivos e das jurisprudências, mas apenas referenciar os artigos e números das decisões. Extrai-se, do caso em tela, que ao se omitir uma informação de cunho imprescindível para a vida do Sr. Carlos, a Clínica e o anestesiologista Sr. Anderson, feriram e violaram o art. 6, III e VIII do CDC e o art. 15 do CC, vê-se: “Art. 6º São direitos básicos do consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências” “Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.” Dessa maneira, infere-se que os recorridos não cumpriram tal dever quando omitira todos os detalhes quanto aos riscos da cirurgia supra citada - violação direta ao Código de Defesa do Consumidor, não havendo também, nenhum documento constando a assinatura do falecido demonstrando ciência, quanto menos concordância perante o alto risco cirúrgico. Apesar de não ter sido apresentada essas informações e da não concordância por nenhum familiar para que se seguisse para o procedimento. O mesmo se seguiu, no que resultou no falecimento do Sr. Carlos. Além das violações já expostas, também há a violação no Código de Ética Médica, em ser art. 22, pleiteando a vedação médica: “É vedado ao médico: Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte.” Portanto, por se tratar de uma cirurgia eletiva, a exceção que este artigo trás é incompatível ao caso concreto, sendo apenas admitido o teor inicial. Revela-se ainda, escorreita decisão oriunda do STJ: “A Quarta Turma do STJ decidiu (REsp 1.540.580) que, na relação médico-paciente, a prestação de informações corretas e suficientes sobre o diagnóstico, a proposta de tratamento e os riscos existentes em eventuais procedimentos cirúrgicos constitui direito do paciente e de seus representantes legais.” Por fim, não havendo documento probatório e não havendo consentimento dos familiares, não se tratando de risco iminente, é devido o direito de indenização aos seus familiares frente a essa imperícia médica. Tal direito está acostado sob o art. 186 do Código Civil: “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Tal art. cabe-se perfeitamente nesta ação, no qual a requerente busca sanar , mesmo que não seja possível em sua totalidade, a perda de um ente familiar por omissão médica. https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1719802&num_registro=201501551749&data=20180904&formato=PDF https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1719802&num_registro=201501551749&data=20180904&formato=PDF DOS PEDIDOS Ante exposto, roga-se por: I- Deferimento da justiça gratuita para a requerente. II- Condenação dos requeridos para o pagamento de compensação em indenização por danos morais e materiais, face a omissão de prestar informações imprescindíveis do irmão da autora, no valor de R$50.000,00. Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os fatos alegados, especialmente prova documental, testemunhal e depoimento pessoal das partes. Nesses termos, pede e espera deferimento. Fortaleza/CE, 22 de março de 2024. OAB/CE XX.XXX OAB/CE XX.XXX