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RASPAGEM MANUAL E RASPAGEM ULTRASSONICA

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE ILHÉUS  
           
Camila L. S. Turella
RASPAGEM MANUAL E RASPAGEM ULTRASSÔNICA
	
Ilhéus - BA
2024
Camila L. S. Turella
RASPAGEM MANUAL E RASPAGEM ULTRASSÔNICA
Trabalho apresentado no curso de graduação Odontológica do Centro de Ensino Superior de Ilhéus.
Orientador: Ledson Nogueira
Ilhéus - BA
2024
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	RASPAGEM SUPRA E SUBGENGIVAL	5
3.	RASPAGEM MANUAL	6
4.	RASPAGEM ULTRASSÔNICA	7
5.	COMPARATIVO: RASPAGEM MANUAL X RASPAGEM ULTRASSÔNICA	7
6.	CONCLUSÃO	9
REFERÊNCIAS	10
1. INTRODUÇÃO
A periodontite é a principal causa de perda dentária na população adulta mundial e afeta a nutrição, a qualidade de vida e a autoestima das pessoas, além de acarretar grande impacto socioeconômico. O tratamento periodontal visa controlar a gengivite e a periodontite, evitar a progressão da doença, que leva à perda dentária, manter a dentição funcional por toda a vida, preservar a autoestima e melhorar a qualidade de vida.
O biofilme é reconhecidamente o agente etiológico da doença periodontal, que é a sexta doença mais prevalente em humanos, atingindo cerca de metade da população mundial, participando também da sua progressão. Removê-lo junto com cálculos e obter uma superfície uniforme e lisa, a fim de eliminar o “cemento infectado”, tem sido uma etapa importante no tratamento da periodontite desde a década de 1970. Espera-se que, idealmente falando, esse método seja eficiente, rápido, seguro e de fácil aceitação, tanto pelo paciente como pelo profissional que o executa. Tecidos periodontais e dentários sadios não devem ser danificados ou removidos durante a raspagem. Atualmente, raspadores manuais e o aparelho de ultrassom são os instrumentos comumente utilizados no debridamento das superfícies radiculares. 
Os aparelhos de ultrassom destinados ao debridamento são populares devido à sua praticidade e mínima exigência de esforço; todavia, vale lembrar que a utilização de pontas inapropriadas (fora das especificações técnicas do fabricante) podem tornar o método ineficaz, demorado e inseguro. Com o tempo de uso, as pontas sofrem desgaste em sua extremidade e devem ser substituídas conforme as instruções de cada fabricante. Além de garantir o conforto, eles não removem o cemento excessivamente e economizam tempo de trabalho em comparação aos instrumentos manuais. Há um número crescente de dentistas que preferem fazer a raspagem só com aparelhos ultrassônicos. No entanto, a necessidade de alisamento radicular permanece enfatizada nas visões convencionais da mecânica do tratamento periodontal.
2. RASPAGEM SUPRA E SUBGENGIVAL
 
A raspagem supra e subgengival é um procedimento realizado com o intuito de retirar o tártaro dos dentes e da gengiva, além de tratar e prevenir processos infecciosos na gengiva. Esse é um procedimento importante, pois o tártaro pode causar inflamações sérias como a gengivite e a periodontite. O tártaro, ou cálculo dental, é formado pelo excesso de placa bacteriana na superfície dos dentes que foi calcificada. 
Pode ser dividido em dois tipos: o supragengival, que fica na parte visível dos dentes e próxima às gengivas. Apresenta consistência dura, áspera e coloração amarelada, e o subgengival, que não é visível a olho nu, visto que está localizado abaixo da borda das gengivas. 
A raspagem pode ser realizada de duas formas:
· Raspagem supragengival: neste procedimento, é feita a retirada do tártaro mais visível do dente. A remoção é realizada por instrumentos manuais, como os extratores de tártaro ou com o uso de um ultrassom odontológico.
· Raspagem subgengival: neste tipo de raspagem, é retirado o tártaro que está abaixo da linha da gengiva. A remoção é feita com o uso de cureta, sem lesionar a gengiva. Nos casos mais graves, pode ser feita curetagem para a remoção do tecido necrosado. Para garantir a eficácia e prevenir infecções, é recomendado que o indivíduo faça uso de medicamentos após a raspagem subgengival. 
	A raspagem supra e subgengival é indicada para os seguintes casos: acúmulo de tártaro nos dentes; inflamações na gengiva; retração gengival, quando a raspagem é indicada para melhorar a estética e prevenir infecções; Periodontite. 
	A raspagem deve ser realizada conforme a indicação do dentista. É importante que o indivíduo preste atenção a qualquer alteração nas gengivas. Caso elas fiquem mais sensíveis e sangrem com facilidade, pode ser indicada a raspagem. Mesmo que a pessoa não apresente nenhum desconforto, é fundamental ir regularmente ao dentista. Pelo menos a cada seis meses ao ano, para que seja feita uma avaliação dos dentes e das gengivas. Caso o indivíduo tenha condição de saúde bucal mais precária ou tenha histórico de periodontite, sensibilidade dental, diabetes ou tabagismo, a visita ao dentista deve ser feita em um intervalo menor. 
	A melhor forma de prevenir os tártaros e outras doenças periodontais é por meio de higienização bucal eficiente. Por isso, deve-se escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia e utilizar o fio dental após as refeições. A raspagem supra e subgengival também é indicada como medida de prevenção e de manutenção para a saúde bucal.
3. RASPAGEM MANUAL
A remoção mecânica dos cálculos pode ser feita através de instrumentos manuais, como as curetas e os raspadores.
Entre as dificuldades associadas à remoção de cálculos manualmente, a literatura cita os limites de sensibilidade tátil do operador, a incerteza sobre a precisão e a eficácia de instrumentos manuais, a quantidade de tempo necessária para atingir os objetivos terapêuticos e os danos não controlados à raiz (riscos e degraus que aumentam a rugosidade superficial). 
Irregularidades são conhecidas por favorecer a colonização bacteriana e o acúmulo do biofilme, além de contribuir para a retenção de cálculo, e, portanto, não são desejáveis. 
Entende-se, assim, que os resultados obtidos de uma raspagem realizada por raspadores (curetas) manuais dependem do operador. Pesam bastante a sua capacidade de avaliar a qualidade do instrumento manual e habilidade em mantê-lo adequadamente afiado. Esses fatores estão diretamente ligados ao grau de eficiência do debridamento e também influem no risco de causar danos à superfície radicular e aos tecidos periodontais adjacentes. Além dessas competências, a destreza manual, desenvolvida por treinamento específico e pela prática ao longo do tempo, contribui para que o profissional alcance eficiência e precisão na remoção de depósitos mineralizados sobre a superfície radicular sem causar danos indesejáveis.
4. RASPAGEM ULTRASSÔNICA
Os aparelhos de ultrassom destinados ao debridamento são populares devido à sua praticidade e mínima exigência de esforço; todavia, vale lembrar que a utilização de pontas inapropriadas (fora das especificações técnicas do fabricante) podem tornar o método ineficaz, demorado e inseguro. Com o tempo de uso, as pontas sofrem desgaste em sua extremidade e devem ser substituídas conforme as instruções de cada fabricante. Além de garantir o conforto, eles não removem o cemento excessivamente e economizam tempo de trabalho em comparação aos instrumentos manuais. Porém, não são todos os pacientes que podem se submeter à raspagem com ultrassom. Por exemplo, pessoas que utilizam marca-passo não podem, porque a ferramenta pode acabar alterando o ritmo do aparelho.
	Há um número crescente de dentistas que preferem fazer a raspagem só com aparelhos ultrassônicos. No entanto, a necessidade de alisamento radicular (envolve a raspagem cuidadosa da raiz do dente com o objetivo de reduzir a inflamação, alisando as áreas irregulares e impedindo o crescimento da placa e da película bacteriana) permanece enfatizada nas visões convencionais da mecânica do tratamento periodontal. 
5. COMPARATIVO: RASPAGEM MANUAL X RASPAGEM ULTRASSÔNICA
1 – Ambos os métodos testados (raspagem manual x ultrassônica) são eficientes em remover cálculo. 
2 – Curetas manuais:
a. Removem mais tecido dentário. 
b. Exigem mais destreza do operador (treinamento)para:
i. Afiar
ii. Instrumentar a raiz (remover biofilme + cálculo, obtendo superfície lisa)
c. Causam menor rugosidade superficial após instrumentação (menos danos).
d. Levam mais tempo.
e. Exigem mais esforço por parte do operador.
f. Têm maior eficiência na remoção de cálculo em bolsas profundas (acima de 5 mm).
g. Têm menor aceitação por parte do paciente (em relação ao ultrassom).
h. Eficiência na redução de patógenos periodontais. 
3 – Ultrassom:
a. Piezoelétrico:
i. Exige esforço mínimo do operador.
ii. Remove cálculo de forma eficiente (até 5 mm).
iii. Eficiência na redução de patógenos periodontais.
iv. Têm menor tempo de execução.
v. Têm maior aceitação por parte do paciente.
vi. Têm menor dano à superfície instrumentada.
6. CONCLUSÃO
A melhor forma de prevenir as doenças periodontais é por meio de higienização bucal eficiente. Por isso, deve-se escovar os dentes, pelo menos, três vezes ao dia e utilizar o fio dental após as refeições. 
A raspagem supra e subgengival também é indicada como medida de prevenção e de manutenção para a saúde bucal.
O objetivo da raspagem é tratar as bolsas periodontais infectadas, reduzir a inflamação da gengiva e a perda óssea, seja ela feita manualmente ou com o ultrassom.
Krishna R. afirma que, “até o momento, não há evidências fortes o suficiente para comprovar que um método é melhor do que outro, apenas dados que ajudam os clínicos a entender melhor a questão. O assunto ainda carece de realização de ensaios clínicos aleatórios de longa duração”.
REFERÊNCIAS 
https://conexao.odontoprev.com.br/raspadores-manuais-x-aparelhos-ultrassonicos-ed29/
https://drsergiocaetano.com.br/raspagem-supra-e-subgengival/
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