Campo magnético fraca aumentou a vida há 590 milhões de anos

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Campo magnético fraca aumentou a vida há 590 milhões de
anos
Natureza
Um pequeno colapso no campo magnético da Terra pode ter alimentado a evolução da vida complexa
em nosso planeta durante o Período Ediacarano, de acordo com estudos de achados de cristal.
Um dos principais fatores para a vida na Terra é o campo magnético do nosso planeta, que nos protege
da radiação solar prejudicial. Isso é o que separa a Terra de Marte e Vênus.
Assim, a maioria dos cientistas costumava acreditar que um campo magnético forte suportava a vida na
Terra.
No entanto, teorias evolutivas recentes desafiaram a ideia, sugerindo que as flutuações no campo
magnético da Terra podem ter tido um efeito positivo na evolução da vida. E agora, evidências podem ter
sido encontradas.
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O campo magnético da Terra é conhecido há muito tempo por ser instável às vezes, mas a maioria dos
cientistas acreditava que a exposição constante à radiação e ao vento solar era prejudicial para o início
da vida.
De acordo com outros especialistas, a atmosfera da Terra e vastos oceanos podem ter protegido a vida
pré-histórica, mesmo que o campo magnético fosse fraco.
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Este pode ter sido o caso durante o Período Ediacarano, quando pequenos organismos com corpos
moles e criaturas semelhantes a plantas prosperaram há 600 a 240 milhões de anos.
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O mistério do oxigênio pode ter sido resolvido
Registros fósseis recentes mostraram que as formas de vida evoluíram rapidamente 575-565 milhões de
anos atrás devido a um aumento significativo nos níveis de oxigênio atmosférico e oceânico.
No entanto, permaneceu um mistério por que o aumento do oxigênio ocorreu, e o mistério colocou os
cientistas da Universidade de Rochester no caminho da nova descoberta.
Eles investigaram cristais de plagioclase, que são minerais comuns encontrados na crosta terrestre que
preservam evidências da força do campo magnético ao longo da história da Terra.
Durante o Período Ediacarano há mais de 570 milhões de anos, organismos complexos
semelhantes a esponjas primordiais, lesmas e anêmonas do mar se originaram nos
oceanos. A maioria das espécies foi extinta, mas abriu o caminho para a subsequente
explosão cambriana.
? Peter Trusler (tradução)
Especificamente, eles examinaram cristais de plagioclase de uma formação rochosa de 591 milhões de
anos no Brasil que continha minerais magnéticos microscópicos.
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Eles puderam observar que o campo magnético da Terra era significativamente mais fraco durante a
formação dos cristais, na verdade, era o mais fraco de sempre, com cerca de 30 vezes menos
intensidade do que hoje.
Os dados foram comparados com outros cristais formados dois bilhões de anos antes, e as evidências
combinadas mostraram que o campo magnético da Terra enfraqueceu ao longo de um período de 26
milhões de anos 591-565 milhões de anos atrás.
Isso é consistente com um aumento de oxigênio 575-565 milhões de anos atrás.
De acordo com os pesquisadores, o campo magnético fraco pode ter causado níveis mais altos de
hidrogênio para escapar para o espaço, fazendo com que os níveis de oxigênio subissem na Terra e
abrindo caminho para uma variedade de formas de vida complexas prosperarem.
A pesquisa foi publicada na revista Communications Earth & Environment.
https://www.nature.com/articles/s43247-024-01360-4