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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO CIÊNCIAS CONTÁBEIS Aluno: Leonardo de Almeida Dantas Ribeiro Matrícula: 2230200411 Disciplina: Empreendedorismo Salvador/Ba 2024 Questão: Varejistas aumentam o preço de produtos na Black Friday Se você é empreendedor, lembre-se de que todos avaliarão se o seu discurso está alinhado à prática empresarial. Coerência é a chave para a construção da confiança com o cliente e, uma vez perdida, dificilmente será recuperada. A Black Friday é uma ação comercial feita com o objetivo de impulsionar as vendas de produtos, com a oferta de várias promoções e descontos. O indicativo dessa ação é o feriado de ação de graças dos EUA, que ocorre sempre na quarta quinta-feira do mês de novembro, sendo o dia seguinte (sexta-feira) o dia da Black Friday, momento em que os consumidores vão às ruas para aproveitar os preços. No Brasil, a Black Friday ganhou força em 2012, sendo um dia de ótimas vendas para todo o comércio. Porém, nem tudo são flores na Black Friday, pois muitas empresas aumentam seus preços abusivamente antes dessa data para, depois, tentar passar a falsa impressão de oferta de descontos. Em 2020, a JBL aumentou mais de 600 produtos em quase 60%; a Americanas aumentou o preço de milhares de produtos em 40%; e a Asus aumentou mais de 200 produtos em mais de 70%. Vale ressaltar que tais preços não são cobrados pelos fabricantes, mas sim pelas lojas varejistas. 1. Na qualidade de empreendedor, você acha válida essa estratégia para aumentar as vendas? Você consideraria essas práticas antiéticas? 2. Você adotaria quais outras práticas para atrair e reter seus clientes? 3. Quais os impactos dessas ações dos varejistas na credibilidade da marca? 4. Mesmo sendo empresas grandes e com estrutura estratégica definida, por que tais práticas ainda são utilizadas? Procedimentos para elaboração: Trabalho salvo em formato PDF. Formato ABNT. Capa. De duas a três páginas de conteúdo. Referências no final. Resolução: 1) Na qualidade de empreendedor, você acha válida essa estratégia para aumentar as vendas? Você consideraria essas práticas antiéticas? Prontamente a resposta para primeira pergunta é não, absolutamente não. Vejamos: Primeiramente, como bem pontou Ricardo Pomeranz, professor e pesquisador do Núcleo de Varejo e Retail Lab da ESPM, além de diretor do Índice de Satisfação do Varejo (INSV), em um artigo publicado no site Grandes Empresas, Pequenos negócios: “...O varejista tem de aproveitar a Black Friday para conseguir o novo cliente, e não para fazer mais vendas. Quando ele baixa o preço, ele pode comprometer um pouco seu lucro, mas adquire um cliente novo.”, Ou seja, partindo desta premissa, a Black Friday é uma ação de captura de demanda só deste ponto a estratégia já é uma furada. No entanto, o problema é maior, e aqui que respondemos a segunda pergunta, a pratica de aumentar os preços em momento anterior a Black Friday, além de antiético é tipificado como crime. O Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 67 reza: “Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: Pena Detenção de três meses a um ano e multa” 2) Você adotaria quais outras práticas para atrair e reter seus clientes? Muito embora concorde com a afirmação de que a Black Friday é uma ação para novas demandas, não podemos negligenciar os clientes antigos e ativos. Assim, minha primeira estratégia seria montar um contato direto com esta clientela: Seja por meio de promoções para fidelizados, seja por meio de avisos por e-mail sobre as ofertas exclusivas, ou seja, dar a sensação a este cliente de que ele possui uma prioridade. Para clientela nova, após traçar objetivos, investiria em uma campanha de atraente e ofertas que chamassem atenção deste público – delimitado pela minha análise prévia de estratégia e objetivos. 3) Quais os impactos dessas ações dos varejistas na credibilidade da marca? Os Varejistas precisam ter como máxima que o consumidor, em sua imensa maioria, possui amplo acesso a informações. Além disto, saber que o público que compra na Black Friday é um público que pesquisa. Hoje os clientes possuem aplicativos como o “Zoom” de monitoramento de preços, assim, cabe ao varejista que ele seja transparente. O impacto da perda de credibilidade em uma marca pode gerar prejuízos incalculáveis, é preciso saber que manter um padrão de comprometimento do início ao fim do relacionamento de compra, possibilita um retorno em próximas vezes. 4) Mesmo sendo empresas grandes e com estrutura estratégica definida, por que tais práticas ainda são utilizadas? Sem dúvida, para as grandes marcas a prática de tais atos não refletem perante ao lucro que elas conquistam. https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Varejo/noticia/2021/12/varejo-em-2022-4-fatores-que-devem-ditar-o-rumo-das-compras.html Outro fator que contribui bastante é o caráter irrisório das indenizações e multas impostas a estas grandes marcas. Muito embora a pratica seja criminosa, a certeza impunidade impulsiona a pratica delituosa. Além do mais, as indenizações impostas pela justiça possuem valores irrisório, sem possuir nenhuma característica pedagógica – para inibir que estas atitudes continuem sendo tomadas. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS SÉ, L. Saiba como fugir dos 6 principais erros cometidos pelas empresas na Black Friday. Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Banco-de- ideias/Varejo/noticia/2022/10/saiba-como-fugir-dos-6-principais-erros-cometidos-pelas- empresas-na-black-friday.html>. Acesso em: 10 jun. 2024. ARAÚJO, R. Estratégias de marketing para a Black Friday. Disponível em: <https://empreender.com.br/estrategias-de-marketing-black-friday/>. Acesso em: 13 jun. 2024.