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Contexto histórico RN Expansão marítima: grandes navegações (Portugal x Espanha – disputa de territórios) Mercantilismo era a prática econômica da monarquia europeia para conseguir novos territórios. Pacto colonial: colônia só podia comprar e vender (comércio) com sua metrópole (Portugal). Rompido em 1908, Dom João abre as portas. Portugal e Espanha – tratados e limites -Bula Intercarta (1493) 100 léguas de Cabo Verde -Tordesilhas (1494) 370 léguas de Cabo Verde Período Pré-colonial (1500-1530) Presença de navegadores antes de 1500 (Alonso de Hojeda - Delta do Rio Açu em 1499, Diogo de Lepe, Vincente Rinzón). 1500 – Cabral aporta no Brasil • Índio do litoral: Tupy-guarany, contato com Cabral • Brasil – Portugal: pigmento de cor de brasa do pau-brasil; Indígenas: Terra de pindorama (palmeira) • 1501 – expedição exploradora de Gaspar de Lemos em Touros (litoral do RN) • Marco de Touros: Cruz da Ordem de Cristo dos reis de Portugal e escudo de armas de Portugal; Original; marco de posse mais antigo do Brasil. Feito de mármore. Significava posse. • Abandono e desinteresse – Brasil não apresentava possibilidades econômicas: não havia com quem fazer comércio nem metal; envio de expedições costeiras Invasões estrangeiras • Brasil usado como escala; posição privilegiada do RN - ponto de abastecimento • Franceses aproveitam abandono para explorar pau-brasil (pau de quinta) no litoral – apoio dos tupis-guaranis; lidam melhor com os índios, demonstravam apenas fazer negócio, não impunham nada, nem tomar terra/mulheres, faziam propaganda negativa dos portugueses que queriam colonizar e impor costumes aos indígenas. 1533 – 1534 – Conquista da capitania • D. João III: Capitanias hereditárias (15) – Portugal sem capital usa donatários para fazer o investimento inicial • Holandeses investem na empresa açucareira exigindo direito de refinar e distribuir o produto. • Rio Grande: uma das maiores, 100 léguas. João de Barros (nunca pisou no RN) e Aires da Cunha (morre em naufrágio na primeira tentativa de colonização em 1535) • Rio dos Tapuias – Rio Potengi – Rio do camarão; potiguar – tribo potiguares = comedor de camarão • 1535 – primeira tentativa de colonização: Aires da Cunha e filhos de João de Barros tentam desembarcar na foz do rio Ceará-Mirim, rechaçados por índios potiguares aliados aos franceses. • 1550: franceses se limitam a explorar pau-brasil. Expulsos do RJ em 1567 (perseguição religiosa), voltam-se para o nordeste firmando aliança com indígenas (escambo) = resistência dos índios ao convívio com portugueses • 1555 - segunda tentativa: filhos de João de Barros, também fracassa. Período colonial – capitania da coroa (1530-1815) • 1549 - Portugal institui governo-geral • 1571 – convertida para capitania real, abandono até final do século XVI • 1580-1640: União Ibérica (Portugal e Espanha mesmo Rei – Felipe II) • Necessidade de conquista por segurança (invasores) – franceses, Jean Jacques Rffaut • 1596 e 1597 – Cartas Régias: Ordem Filipina para colonizar capitania do Rio Grande e pacificar indígenas, construir fortaleza para consolidar conquista (construir forte, fundar cidade, expulsar franceses, usava RN como base p atacar PB) • Expedição de conquista: Manuel Mascarenhas Homem (capitão Mor de PE), Feliciano Coelho (capitão Mor de PB), Jerônimo de Albuquerque (sobrinho de Duarte Coelho, donatário de PE, depois capitão da fortaleza) mar e terra • Jesuítas, franciscanos, indígenas (PE e PB) Tupi e negros da Guiné. Expedição terrestre pega varíola – Jerônimo escapa e se junta a Mascarenhas Homem • 25/12/1597 – expedição aporta no rio Potengi • Construção do Forte: início 06/01/1598 – Marco da colonização, possibilitou conquista e colonização do restante do norte e nordeste. 1614 – projetada planta, padre Jesuíta Gaspar de Samperes, conclui em 1628 • 1599 – Pacificação indígenas, consolida colonização e expulsa franceses. Padres jesuítas Gaspar de Samperes, Francisco Pinto e o mestiço Jerônimo de Albuquerque, indígenas Pau Seco e Mar Grande – em Filipéia (atual João Pessoa) • 25/12/1599: Fundação da cidade do Natal – polêmica: Manuel Mascarenhas Homem, João Rodrigues Colaço (capitão Mor do Forte), Jerônimo de Albuquerque • Centro de Natal era atual Praça André de Albuquerque, Praça vermelha, antiga Catedral. • Primeiro bairro: Santos Reis; Pobreza – poucos habitantes • Igrejas – 1ª Nossa Senhora da Apresentação, 2ª Nossa Senhora do Rosário dos presos, 3ª Igreja do Galo. Colonização e povoamento • 1600 – Capitão Mor João Rodrigues Colaço substituto de Jerônimo de Albuquerque 1ª Sesmaria para povoamento, concedida por Mascarenhas Homem (polêmicas e contestações) • 1603 – 1º engenho de cana Várzea de Cunhaú, Canguaretama • Engenhos Cunhaú (Canguaretama), Uruaçu (São Gonçalo) e Ferreiro Torto (Macaíba) – sociedade elitista; expansão do açúcar faz crescer ocupação do solo e demanda pelo gado na segunda metade do século XVII • Solo arenoso: pouco potencial canavieiro • Gado levado para o interior ocupando espaço 1633 – 1654: Presença holandesa (batava, flamenga) • Coroa portuguesa se vê obrigada a implementar política de colonização para assegurar o domínio sobre a colônia • Holandeses dominam quase todo o nordeste açucareiro por quase 2 décadas. Comercializavam açúcar na Europa • Empresa açucareira instalada com capital holandês em troca de refinar e comercializar (século XVI a XVII) • 1580 - Felipe II proíbe relações comerciais com Holanda (prejudicada) • Holandeses invadem nordeste. Companhia das Índias Ocidentais (WIC) em 1621: monopólio • 1625 – 1ª incursão no Rio Grande (1628,1630 e mais duas em 1631) – adentram por Cunhaú • Fazem saques de gado; aliança com Janduís (inimigos dos potiguares), Jacob Rabe • 1631 – incursão tenta desembarcar no Rio Potengi e é impedida pela artilharia da Fortaleza; param em Genipabu e saqueiam povoado • 1633 – Mathijs Van Keulen. Desembarcam em Ponta Negra, duas frentes (mar e terra) Cercam o Forte. Batalha dura 3 dias, tomam a fortaleza. • Fortaleza vira Castelo de Ceulen e Natal, Nova Amsterdã • Capitania abandonada – facilidade pra holandeses • Causas da invasão: Garantir comércio do açúcar (escoamento), ponto estratégico, defender posições, rebanho bovino que abastecia PE, • Tomam o engenho Ferreiro torto: proprietário Francisco Coelho – Massacre • 1637: Maurício de Nassau governador – conquista do nordeste. No Rio Grande só destruição, violência e terror. Tavares de Lyra: triste lembrança • Não vão para o interior; Rio Grande subordinada a PB • 1640 – Holandeses tinham feito acordo com portugueses após dissolução da União Ibérica para deixar o Brasil em 10 anos • Nassau pressionado a aumentar impostos é demitido: início da insurreição Pernambucana • Estratégia de convivência: propriedade dos engenhos respeitada, empréstimo em dinheiro para reconstrução e compra de escravos; imposto de exportação reduzido; liberdade de culto • 1644 – partida de Nassau: holandeses perseguem católicos, trazendo tensão religiosa da Europa • Massacres para desestimular resistência – Insurreição Pernambucana (fim da tolerância religiosa), Guerra dos 30 anos na Europa Massacre de Cunhaú – julho 1645 • Engenho Cunhaú: principal centro econômico, também tomado com ajuda de janduís. Tinha gado, peixes e farinha de mandioca (abastecimento de tropas) • Engenho Cunhaú: Mais importante do Rio Grande. Irmãos Antônio e Matias de Albuquerque (sesmaria doada por Jerônimo de Albuquerque) – vendida pela Companhia, depois da invasão, a Jarris Garstman (1º governador holandês do Rio Grande) e Baltasar Wintgens (conselheiro) • 1645 – Cunhaú pertencia a Gonçalo Ribeiro. Jacob Rabe manda colonos para a capela. Índios janduís/tapuias matam a todos (70 pessoas), inclusive padre André de Soveral (73 anos) feito em pedaços. Proprietário levado para CasteloCeulen (Forte); • Colonos se refugiam nas margens do Rio Potengi e são atacados até rendição • Diminuição da população – migram para PB • 30 canonizados Massacre de Uruaçu – outubro 1645 • 80 pessoas mortas, inclusive ancião João Lostão Navarro, Mathias Moreira (coração arrancado pelas costas) • Assassinato de prisioneiros • Ataque indígena Tapuia ao povoado e população • Antes do massacre habitantes se recusam a consolação de pastor protestante – tortura dos que não renunciam a fé católica • Requintes de crueldade – reúnem comunidade na igreja, fecham as portas e índios matam todos • Reação luso-brasileira: atacam flamengos, destroem propriedades, assassinam funcionários • 1646 – Jacob Rabe é morto a tiros e golpes de espada, janduís pedem justiça à Companhia, é negado • Holanda aumenta cobrança de impostos • Causas da expulsão: conflitos de interesse entre senhores de engenho e comerciantes holandeses; crescente dívida dos senhores de engenho com a Companhia; resistência cultural; conflitos religiosos (portugueses católicos, holandeses calvinistas); apoio da Inglaterra • Economia açucareira afetada pela guerra de expulsão dos holandeses; expansão territorial para os sertões (pecuária) – revolta indígena em larga escala • Expansão da pecuária para os sertões implicou na expulsão dos índios das ribeiras dos rios • Consequência: Guerra dos Bárbaros Sublevação indígenas • Terços (expedições armadas), sertanismo de contrato – bandeirante Domingo Jorge Velho - bandeiras de apresamento indígena (vendia índios como escravos, fim com a expulsão dos holandeses) e bandeiras de prospecção de pedras preciosas • Gado/pecuária cria área de atrito com índios • Lucros do açúcar baixam • Antônio Vaz Gondim (1656 – 1662) governador: retoma obra colonizadora • 1660 – D. Vasco Mascarenhas: regimento geral regulamenta ação dos capitães Mores • Grupos indígenas • Potiguares: potiguares legítimos, paiaguós, jundiás, guaraíras – habitavam o litoral (nação tupi-guarani) • Tapuias: não pertencentes a tupi-guarani. Cariris, viviam no interior (ariús ou areias, panatis, curemas, icós, pebas, caicós, paiacus, pajéus, janduís, moxorós..) • Rebelião indígena: atacam fazendas, incendeiam, matam o gado • 1687 – levante tapuia ganha radicalidade Guerra dos Bárbaros ou Confederação dos Cariris • Tentativa do governo de pacificar índios rebelados no interior. Durou meio século, aniquilou indígenas • Causas: expansão portuguesa pelo interior (sertão); conflito com indígenas do sertão (Tapuias), que se levantaram contra a colonização e a ocupação das terras via sesmarias (grandes lotes de terra doados pela coroa aos colonos) • 1688 – terço dos paulistas – Domingos Jorge Velho • Indígenas massacrados, sobreviventes aldeados • influência na formação cultural do sertão (o caboclo) • Conflito entre jesuítas e milícias que reprimiam a revolta • Terço dos paulistas permanece por 36 anos (1688-1724) • paz com índios necessária para concretizar processo de colonização (final do século XVII) – Capitão Mor Bernardo Vieira de Melo e jesuítas • Consequências: consolidação e expansão do domínio português; dizimação das tribos e caboclização • Interior prestou-se a criação de gado vacum Início da colonização • Agropecuária, caça, coleta, pesca • Importância do ciclo do gado • Interiorização da colonização – o caminho do gado e dos ribeiros • Surgimento de vilas: Currais Novos e Pau dos Ferros • Missão Jesuítica: educação e catequese dos nativos Consolidação da colonização • cana-de-açúcar: litoral • Algodão: interior (contexto da guerra de independência dos EUA – Guerra de secessão) • Dependência da política externa • Mão de obra: indígena, negra • Período de colônia se encerra em 1822 com independência 1817-Revolução Pernambucana no RN (questão tributária) • RN governado por José Inácio Borges: traído por André de Albuquerque que assume o poder • Governo revolucionário de 1817: • destaque: André de Albuquerque Maranhão (sr do engenho Cunhaú) – governo provisório; • Causas: declínio econômico do sistema açucareiro; instalação das elites locais • Presença de frei Miguelinho (seminário de Olinda) • Movimento elitista (pouca participação popular), separatista, liberal e republicano – clero e maçonaria • Não abolicionista: elite açucareira precisava de mão de obra escrava • reação monárquica: fuga de revolucionários; André Albuquerque ferido prisioneiro no forte, morre. Corpo levado nu e algemado para túmulo na Igreja Matriz de Nª Senhora da Apresentação (antiga catedral) – praça André de Albuquerque • Prisão e morte dos revoltosos • Consequências: José Inácio Borges volta ao poder (até 1821); independência administrativa e econômica de PE (evitar rebeliões futuras) e jurídica da PB (recebe juiz próprio – criação de comarca); autonomia judicial e fiscal. 1822 – 1889 RN Império • 1821: Inácio substituído por junta Constitucional provisória (partidários da independência ex participantes de 1817) – instabilidade política; até 1824 • 1822 – Independência do Brasil: conduzida pela elite (proprietários rurais); sem participação popular; manteve escravidão; implantou monarquia; manteve unidade territorial; • RN adota papel meramente adesista (a favor) – notícia chega 4 meses depois. • Província do RN – domínio das oligarquias (Sertão – gado/algodão; Litoral – cana-de-açúcar) • Guerra do Paraguai: voluntários da pátria – muitos recrutados à força; presidente Olinto Meira no RN, 2.000 homens, 1.200 morreram Economia no RN século XIX • Açúcar: cresce na 1ª metade do século, 2ª metade decadência • Cera de Carnaúba: Chapéus e esteira de palha, vela • Pecuária: oficinas de charque; afetada pelas secas; 1844-1846; sertanejos dependentes da agricultura • algodão: auge em 1860 (guerra civil americana); 1865 fim da guerra - decadência • Portos: dinamização Natal, Macau, Areia Branca; exportação • Sal: litoral norte, pouca qualidade, Macau, Areia Branca, Grossos • Ferrovia: construída em 1880; Natal - Nova Cruz • Empresas importadoras, exportadoras e têxtil Revoltas Sociais • Banditismo: quadrilhas, ataques a vilas; Jesuíno Brilhante (Robin Hood) - 1879 • Quebra-quilos: contra o sistema métrico decimal; ataque a feiras, estabelecimentos comerciais. Imposto do chão (expor na feira); novos impostos, novas regras de recrutamento - 1872 • Motim das mulheres (Mossoró): novas medidas de recrutamento; rasgam lista de sorteio • Revolta do ronco da abelha: contra censo geral de nascimentos e óbitos; receio de tomarem pobres como escravos; ataque a vilas e engenhos; 1855 • Formação da província: figura dos presidentes – 1º Tomás de Araújo Pereira • 1822 – 1931: Primeiro reinado • 1824 confederação do Equador no RN: liberais x conservadores; sem choque militar; grupos prós e contra Imperador; controle por parte do governo provincial; demissão de Tomás de Araújo • 1831-1840: Período regencial • 1840-1889: Segundo Reinado Movimento abolicionista • Economia: poucos escravos – pecuária tem demanda reduzida de mão de obra em comparação com açúcar • 1850 – Lei Euzébio de Queiroz: extingue tráfico negreiro; aumenta tráfico interprovincial; reduz ainda mais a quantidade de escravos no RN (vendidos para o sul) • Clubes abolicionistas • quilombos no RN (Sibaúma, Traíras) • Mossoró (perfil comercial): 1883 pioneirismo (espetáculo Alto da Liberdade) – 5 anos antes da Lei Áurea (1888) – influência do abolicionismo cearense • Sociedade Libertadora Mossoroense (Spartacus) • Poeta Segundo Wanderley, Almino Afonso; Poetisa Nísia Floresta, padre João Maria; Juvino Barreto • Mudança no perfil econômico do RN • Gado, algodão (seridó), cana-de-açúcar – comércio de exportação • Secas em 1844, 1846, 1867 – crise da pecuária • variações econômicas: açúcar (novos engenhos), salinas, algodão (crisenos EUA guerra de secessão) – pequenas fábricas têxteis (linha e saco de açúcar) • Desenvolvimento urbano de Natal • Ribeira: cais do porto, cidade alta • Surto do algodão e comércio: 1775-1785 Independência dos EUA-76 e 1861-1865 Guerra de secessão nos EUA – surgimento e crescimento da cotonicultura no RN; crescimento comercial – Macaíba e Mossoró; fim do surto e decadência • Modernização estrutural: ferrovias (capital inglês) O RN REPÚBLICA (1889-Hoje) Movimento republicano 1889-1930 • Imprensa republicana: Jornal O Jaguarari (Manuel Brandão) 1851, revista O Eco Miguelinho (Joaquim Fagundes) 1874 • 1871: adesão de senhores de engenho, fazendeiros, comerciantes (fragilidade dos partidos Liberal e Conservador na província. • A República (01/07/1889 – Pedro Velho de Albuquerque Maranhão) • 1889: Manifesto “O povo” – Centro Republicano Seridoense • Transição pacífica, participação de civis • Pedro Velho de Albuquerque Maranhão: líder, funda o jornal “A República”; governa provisoriamente 1889 1º presidente do estado (20 dias)– tendência autoritária, concentrava poder; fundação do Partido Republicano Norte riograndense; manutenção dos interesses das elites rurais • Nomeação, pelo Governo Provisório, do Dr. Adolfo Afonso da Silva Gordo - desprestígio – instabilidade, 9 nomeações de governadores • Pedro Velho derruba dois governadores em menos de 1 ano; em 1891 derruba Miguel Castro; eleito indiretamente em 1892 - 1896 • Reprodução dos vícios do Império; corrupção eleitoral (sistema elitista e fraudulento), clientelismo, coronelismo (guarda Nacional, patentes, coronel) • 1894: República da Espada (Presidentes eram Marechais) • 1895 – 1930: Oligarquias (fazendeiros) • Economia: Continuidade da estrutura econômica do final do Império; pouco desenvolvimento (bases agrárias e exportadores) República Velha (1889-1930) • Fundação e controle de partido republicano por grupo oligarca • Clientelismo, coronelismo, nepotismo, corrupção, violência • 1889 – Proclamação da República • 1889 – 1924: família Albuquerque Maranhão (açúcar, litoral) • 1893 – 1902 Deputado federal: Augusto Severo (pai da aviação no RN: pax dirigível – morre 1902) • A partir de 1924: família Bezerra de Medeiros (algodão, interior) • algodão em crise ou alta contrária dos EUA (Independência e Secessão – crises no EUA, alta no RN) • Declínio com praga do bicudo Período Oligárquico • Famílias com força oligárquica no RN: voto de cabresto, clientelismo, uso da máquina estatal e eleitoral, uso da força para afastar concorrentes, fraudes • Albuquerque Maranhão (sal e açúcar, 1889-1921): primeiras décadas; primeiros governadores da família ou ligados a ela • 1892-1896: Pedro Velho – Primeiro governador Republicano • 1895 – primeira eleição direta: eleito Ferreira Chaves • 1896-1900: Ferreira Chaves – aliado de Pedro Velho; Crise do encilhamento (quebra da bolsa, desvalorização da moeda); conchavo com Pedro Velho; Construção de açudes em Martins e Pau dos Ferros; Iniciou teatro Carlos Gomes; 1898 – movimento messiânico na Serra de João do Vale (sertanejos largavam seus afazeres para seguir pregações de João Ramalho – ação policial). Casuísmo político: altera constituição estadual redução de idade para presidência do Estado de 35 para 25 (Alberto Maranhão 26 anos) • 1900-1904: Alberto Maranhão - Mediocridade, continua prática nepotista e empreguista; Questão de Grossos: RN x CE - disputa por território litoral indústria salineira, oficina de charque (monopólio precisava do sal); intervenção do Ministro Rui Barbosa (razão ao RN) prova historicamente a fronteira; morte de Augusto Severo 1902 • 1904-1906: Tavares de Lyra – banco de Natal, rico em realizações; urbanização de natal, praça Augusto Severo, pavimentação, saques ao comércio pelos flagelados; Assume Ministro de Justiça • 1907-1908: Antônio de Melo e Souza – Estadista do Capió; recuperação do cais Tavares de Lyra, continua implantar iluminação pública; alteração constitucional mandato de 4 para 6 anos. • 1908-1913: Alberto Maranhão – livre da tutela de Pedro Velho; repleto de realizações; incentivador das artes; teatro Carlos Gomes; Reforma da capital (Belle Èpoque), modernização (energia, bonde, água, esgoto); moderniza ensino primário uma escola em cada comarca, escola mista em municípios; Modernização da capital (Ribeira), Natal: linhas eletrificadas, bondes elétricos, substitui encanamento de água, rede telefônica, reforma e amplia Vila Cincinato (residência do governador); Conclusão e reforma do teatro (Mecenas Potiguar); fábricas de gelo, frigoríficos e cerâmicas; hospital; interior: estradas carroçáveis; contas em desordem, excesso de funcionários, atraso no pagamento; Política das Salvações (combate a oligarquias) José da Penha lança candidatura de Leônidas Hermes (filho de Hermes da Fonseca) 1912-1914: Ponte de Igapó – Não ligava nada porque não havia linha férrea; 1916: passagem ferroviária; 1944: adaptação para carros; 1968: governo Walfredo Gurgel constrói ponte de concreto, final dos anos 80 ampliada por Geraldo Melo • 1914-1920: Ferreira Chaves – equilibrar governo.; reduziu funcionários, cancela contratos, crescimento da economia, incentivos fiscais, setor salineiro; secas de 1915-1919; 1ª Guerra; desmonte da oligarquia Albuquerque Maranhão, decadência do açúcar, ascensão do algodão • 1921-1924: Antônio de Melo e Souza – ênfase educação e saúde; escola profissional Frei Miguelinho, Escola de Farmácia (1º curso superior) Bezerra de Medeiros (algodão, 1924-1930): • 1924-1927: José Augusto – reurbanização, Comissão de Saneamento de Natal; remodelação da cidade, água, esgoto, saúde; reforça poder de suas bases (algodão e pecuária); Serviço estadual do Algodão, fazendas de sementes. Estação experimental do Seridó passagem da coluna Prestes (juntava pessoas para ir contra governo da República velha); combate ao cangaço Lampião em Mossoró; obras de saneamento em Natal • Lampião ameaça invadir Mossoró, pedindo dinheiro para não invadir; é montada uma resistência (polícia + voluntários); mulheres evacuadas; Igreja Santa Luzia como ponto central; bando recebido a balas (espetáculo Chuva de balas no país de Mossoró); Cangaceiro Jararaca capturado, obrigado a cavar própria cova; • 1928-1930: Juvenal Lamartine (último da República Velha) – diversificação da produção agrícola; salva banco de natal da falência; Revolução de 30 (interrompe o governo, é deposto inicia período dos interventores); perseguição a opositores; 1ª mulher eleita no Brasil Alzira Teixeira Soriano norte riograndense; 1ª mulher a votar no Brasil (mossoroense Celina Guimarães); Aeroclube de Natal • Omar O’gray e Jácomo Palumbo Revolução de 30: ascensão de Getúlio vargas • Contribui para fim da República Velha – Início da Era Vargas • causas: rompimento da política do café com leite (SP café e MG leite sempre no poder) • indicação de Julio Prestes para sucessão presidencial (era para ser Antônio Carlos de Andrade SP) – Washington Luis (MG) estava no poder • formação da aliança liberal (RS+MG+PB): Chapa Getúlio Vargas e João Pessoa (assassinado – acusam Washington Luis) – estopim do movimento armado; Café Filho refugiado na PB • No RN governador era Juvenal Lamartine Bezerra de Medeiros (seridó) – apoia candidato de Washington Luís (deposto), Julio Prestes, contra Aliança Liberal de Getúlio vargas; persegue quem apoia Aliança Liberal; deposto foge para RJ deixando o poder. Assumem interventores • Violentas perseguições aos oposicionistas • Café Filho (volta ao BR e assume liderança da Revolução) PSP: entusiasta e apoia Revolução, liderança sindical do porto de natal – vice-presidente de Vargas, presidente após suicídio de Vargas (inaugura hidrelétrica de Paulo Afonso -Bahia) Período Interventorial 1930-1935 • Instabilidade política. Interventores no RN: maioria militar (pressão dasoligarquias estaduais – afastados do poder) • Irineu Joffily (1930-janeiro 1931); Aluísio Moura (jan 1931-julho 1931); Cascardo (julho 1931- junho 1932); Bertino Dutra (junho 1932 – agosto 1933); Mário Câmara (agosto 1933-outubro 1935); Café Filho secretário de Segurança Pública; • Afastamento temporário das oligarquias do poder; violenta perseguição aos ligados; correligionários nomeados para cargo público • Câmara e Assembleia fechados para consolidar novo sistema; junta militar provisória – ação repressiva (homens elencados por Varga), censura a oposição. • 1934: CF; eleições indiretas; Rafael Fernandes (ligado à oligarquia Bezerra de Medeiros) Intentona comunista de 1935 • Objetivou derrubar governo Vargas e instalar governo comunista • líder Luís Carlos Prestes (cavaleiro da esperança) • ANL (Aliança Nacional Libertadora) – Getúlio determina fechamento em 1935 • Eclodiu em Recife, Natal (levante do 21º batalhão dos caçadores – tomam e prendem militares), RJ • governador Rafael Fernandes Gurjão (demissão em massa, extingue Guarda Civil, favorece participação popular) -foge para PB • Governo comunista em Natal – 4 dias; Jornal A Liberdade: edição única; violência contra burgueses, falta de apoio popular. • Rafael volta ao poder: prisão e processo dos participantes • episódio Serra do Doutor (Dinarte Mariz reúne sertanejos para resistência) • radicalização política, confronto entre grupos de oposição (comunistas, integralistas, cafeístas, perrés), alta politização nos sindicatos Segunda Guerra • 41 – 42: instalação de bases militares americanas no RN – Parnamirim Field (maior base aérea da II Guera fora dos EUA); rampa para hidroaviões • 43 – encontro conferência do Potengi (Vargas e Roosevelt), envio da força expedicionária brasileira; Base Naval pelo Almirante Ari Parreiras; oleoduto porto de Natal à Base aérea de Parnamirim • posição estratégica do RN (esquina do Brasil) – mais próximo da África; abastecer tropas aliadas • Rota Natal-Dakar (defesa Atlântico Sul) • 30 mil militares norte-americanos; black-outs (evitar ataque aéreo) e chiclets, coca-cola; dólar (economia dinamizada, aumento do custo de vida); Grande Hotel e cabaré Maria Boa; bailes (artistas de Hollywood) • Consequências gerais: Estruturais (bases, oleodutos, estradas, prédios); Econômicas (dinâmica, comercial e serviços); Socioculturais (cotidiano, padrões de consumo, jeans, fast-food, esportes, vocabulário, miscigenação) • Fim do conflito: decadência RN na república populista • Principais governadores: • José Augusto (1947-1951) – faculdade de direito • Dix Sept Rosado (1951) – morre em acidente aéreo; assume Sylvio Pedrosa (1951-1956): construção do Atheneu, prédio da PM e reaparelhamento da corporação • Dinarte Mariz (1956-1961) – oligarquia do seridó (algodão), criação da UFRN, instalação do corpo de Bombeiros Governo Aluízio Alves – PSD • Deputado Federal 1946 (mais jovem do Brasil) - intermédio de Dinarte Mariz (líder UDN) • 1960 rompe com Dinarte – candidata contra Djalma Marinho (candidato de Dinarte) • maior expoente do populismo no RN – bacurau (pássaro de hábitos noturnos, comícios varavam a noite); • cruzada da esperança (PSD, TTB, PDC) • campanha política radical, apelo ao fanatismo, passeatas, comícios relâmpagos, Caminhões da esperança; 1ª pesquisa de intenção de votos; símbolos, cores (Aluízio Verde x Djalma vermelho), vigílias • criação da Cosern (luz de Paulo Afonso), Telern, Caern, Colégio Padre Miguelinho, Instituto Kennedy e Cidade da Esperança (1º conjunto habitacional da América Latina) – recurso do fundo norte-americano, Aliança para o Progresso (Kennedy); violenta perseguição dos opositores Governo Djalma Maranhão (1961-1964) – prefeito de Natal • Governo popular • Campanha “De pé no chão também se aprende a ler” • Alfabetização + cidadania (método Paulo Freire) • Incentivou construção de casas populares, cultura popular e folclore local • Golpe militar: cassado e preso, exilado no Uruguai (morre em 1971) • Golpe militar de 64: acusado de atividade subversiva, cassado e exilado • Aluízio Alves (1961-1966) x Dinarte Mariz (UDN); Dinarte 1969 cassação de Aluízio por corrupção, abuso de poder econômico e atos subversivos contra a revolução; 1973 absolvido filia- se ao MDB (oposição do regime militar) Regime militar no RN 1964-1985 • Monsenhor Walfredo Gurgel: eleito antes do golpe (última eleição direta antes do AI3 – 1966- 1971; seguidor do Aluizismo, construção do Hospital que recebe seu nome, Colégio Winston Churchill, Biblioteca Câmara Cascudo e Ponte de Igapó • Adesão Dinarte Mariz e Aluízio Alves ao ARENA • Cortez Pereira (eleito indiretamente 1971-1975): Governador biônico (eleito indiretamente pelo AI3); apoio de Dinarte Mariz; restaura nome do Palácio do Governo Palácio Potengi; desenvolve polos agroindustriais para evitar êxodo rural; Projeto das Vilas Rurais (produção e beneficiamento da castanha de caju, bicho da seda, projeto camarão, projeto coqueirão (coco); paz com os Alves Nova elite: a oligarquia Maia • Apoio do Regime militar – enfraquece grupos locais • Tarcísio Maia (1975-1979) - vinculado ao ARENA; imobilização dos projetos irregulares do governo anterior; indústrias; Secretarias da indústria e do comércio, Trabalho, Bem-estar Social e dos Transportes e Obras Públicas; Implantação da via costeira; • Lavoisier Maia (1979-1983)-conjuntos habitacionais; indicação de José Agripino para a prefeitura de natal; aliado do funcionalismo público; greves de professores; seca; reabertura política fim do regime militar; rompimento da paz entre Alves e Maia. • José Agripino Maia (1983-1986)- reabertura política; primeira eleição direta (1982 campanha de baixo nível x Aluízio Maia); vinculado ao PDS (sucessor da ARENA); período de estiagem continua; profunda crise econômica, projetos na área social, Terra Verde, Vilarejo, Crescer • Dados econômicos do período: crescimento econômico e falta de liberdade política, urbanização e industrialização; Natal capital e polo econômico; setor têxtil; • Repressão no RN; perseguição a comunistas e opositores; prisão de Djalma Maranhão e assessores • 1987 - 1991: Geraldo Melo (PMDB-Alves) x João Faustino (PFL-Maias)- Geraldo Novos tempos, novos ventos (oligarquia Maia fora do poder depois de 12 anos) • 1991: Aluízio Alves (PMDB) x Agripino Maia (PDS) – Agripino 1991-1994 Nova república • Geraldo Melo (1987-1991) • José Agripino (1991-1994) – Fernando Freire vice assume para Agripino concorrer ao Senado • Garibaldi filho (1995-2002) - 1º governador reeleito no RN, privatização da Cosern (1997) • Wilma de Farias (2003-2010) – Projeto “Casa da Gente”, construção da adutora de Mossoró, reeleita – Iberê Ferreira de Souza vice assume para Wilma se candidatar a Senado • Rosalba Ciarlini (2011-2015) • Robinson Farias (2015-2019) • Fátima Bezerra (2019-atual)