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UNIDADE 1 | EMPREENDEDORISMO DA ORIGEM À NECESSIDADE
no seu quadro, aproveitando seu potencial. Voltando ao estudo, as empresas 
perceberam que os funcionários que saíam criavam negócios maiores que elas 
próprias, e estas empresas tomavam boa parte do mercado que anteriormente era 
da empresa que desligou esses funcionários. 
Foi a partir daí que as empresas passaram a trabalhar para atrair 
estes talentos empreendedores, e passaram a oferecer meios para manter os 
empreendedores nas organizações. Neste sentido, Drucker (2014) apresenta 
quatro diretrizes que considera necessárias para se obter uma administração 
empreendedora e, consequentemente, atrair e reter os talentos empreendedores 
na organização.
A primeira diz que a organização deve ser receptiva à inovação e ver a 
mudança como uma oportunidade e não como ameaça. A empresa deverá se 
organizar para fazer o trabalho árduo do empreendedor. Para manter o clima 
empreendedor será necessária a criação de diretrizes e práticas. Neste caso, a 
inovação torna-se o melhor meio para preservar a organização, e será o alicerce 
para a segurança e sucesso no trabalho de cada administrador.
Como segunda diretriz cita a mensuração sistemática, ou, pelo menos, 
a apreciação do desempenho da empresa empreendedora e inovadora se 
torna obrigatória. Além, é claro, do aprendizado integrado para melhorar o 
desempenho, aprender com os erros e acertos. É chegado o momento de avaliar 
seus produtos, serviços, processos, mercado, canais de distribuição, ou seja, tudo 
o que vem sendo feito e verificar o seu ciclo de vida e tomar decisões do tipo parar 
de produzir tal produto e criar algo novo para substituí-lo, ou simplesmente 
parar de gastar forças e recursos com algo não mais lucrativo.
A terceira diretriz é que a administração empreendedora requer práticas 
específicas no que diz respeito à estrutura organizacional, como: provisão de 
pessoal, gerência, remuneração, incentivos e recompensas.
E a quarta diretriz, a existência de “nãos”, coisas que não devem ser 
feitas na administração empreendedora. Drucker (2014) adverte que não se deve, 
por exemplo, misturar unidade administrativa com unidade empreendedora. 
Também não se deve inovar despendendo tempo em algo já existente, tampouco 
a empresa tentar tornar-se empreendedora se mudar suas diretrizes básicas, 
empreendedorismo não pode ser uma ação secundária.
Outra mudança importante na organização é a da cultura organizacional, 
pois que também deve estar voltada à cultura empreendedora. Tanto que Hisrich 
et al. (2009, p. 92) diferenciam a cultura tradicional da cultura empreendedora, 
onde a cultura tradicional tem por diretrizes: “aderir às instruções recebidas, 
não cometer erros, não fracassar, não tomar a iniciativa e esperar por instruções, 
ficar no seu lugar e proteger a retaguarda”. Tornando-se um ambiente restritivo, 
que não favorece a criatividade, a flexibilidade e até mesmo a independência, 
não permite que sejam assumidos os riscos, que é uma das fontes geradoras

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