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Psoríase: Características e Tratamento

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Saúde do Adulto e Idoso 
Psoríase
PSORÍASE 
 Mais frequente entre a 3ª e 4ª década de vida, sendo uma doença em que um 
desequilíbrio imunológico (Th1 para produzir TNF e Th17 para produzir IL17) induz ao 
quadro clínico característico. Ocorre uma aceleração do ciclo germinativo, com 
aumento da proliferação e encurtamento do tempo de renovação celular. 
 Tipo 1: Se inicia antes dos 40 anos, com presença de incidência familiar e associação 
com HLA. 
 Tipo 2: Oposto do tipo 1. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Ocorre placas e pápulas eritemato descamativas esbranquiçadas localizadas nas 
superfícies de extensão do corpo, com uma tendência a quadros simétricos. 
 Nas unhas, pode ocorrer pitching ungueal (unha em dedal - depressões puntiformes 
na unha), além de hiperqueratose subungueal e mancha de óleo. O acometimento 
ungueal muito frequentemente acompanha quadros de artrite (artrite psoriásica). 
CURETAGEM METÓDICA DE BROCK 
 Consiste em uma raspagem com a cureta ou espátula, que induz uma descamação branca (sinal da vela), sendo patognomônico de psoríase. 
 Ao final, se continuar a descamação, tem-se hemorragias puntiformes (sinal do orvalho sanguíneo - ocorre devido à proeminência das papilas dérmicas com vasos 
sanguíneos). 
SINAL DE KEBNER 
 Ocorre o surgimento de lesões em áreas de traumas recorrentes, porém não é 
específico da psoríase. 
AGRAVANTES CLÍNICOS 
 Drogas (suspensão de corticoide sistêmico - efeito rebote); 
 Estresse; 
 Álcool; 
 Hipocalcemia; 
 Variações climáticas (ressecamento da pele piora o quadro e maior radiação UV 
melhora os quadros). 
PSORÍASE VULGAR 
 Acomete regiões como cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região sacral, sendo quadros simétricos com número variável de lesões. 
 A descamação no couro cabeludo geralmente é mais espessa, além de ultrapassar a linha frontal de implantação do cabelo e possuir um aspecto mais localizado 
(critério que a diferem da dermatite seborreica). 
PSORÍASE INVERTIDA 
 Acomete regiões de dobras, ocorrendo uma menor quantidade de escamas e maior eritema localizado. 
 Importante diferenciar do intertrigo, uma vez que que a psoríase invertida ocorre uma placa hiperemia (intertrigo é hiperemia no mesmo nível da pele). 
PSORÍASE EM GOTAS (GUTATA) 
 Acomete mais crianças e adolescentes principalmente devido a infecção Streptococcica. Cursa com pápulas eritematosas descamativas disseminadas pelo 
corpo, predominantemente no tronco. Curetagem de Brock e sinal da vela positivos. 
PSORÍASE ERITRODÉRMICA 
 Ocorre um eritema e descamação generalizados, que pode ocorrer 
por efeito rebote de corticoide a orais ou por AIDS. Pode evoluir com 
hipotermia, distúrbios hidroeletrolíticos e comprometimento sistêmico. 
PSORÍASE PUSTULOSA 
 Ocorre a formação de pústulas assépticas decorrentes de inflamação, podendo ser localizadas ou generalizadas (Von Zunbusch – decorrente de efeito rebote de corticoide, necessitando de internação hospitalar). 
 Nas formas localizadas, tem-se uma evolução benigna, podendo ocorrer várias regiões do corpo, como a acrodermatite (dedos) e a palmar (palmas das mãos). 
ARTRITE PSORIÁSICA 
 Mais comum em pacientes com lesões disseminadas, sendo uma monoartrite ou oligoartrite de caráter assimétrico. Acompanha Fator Reumatóide e FAN negativos 
(afastam os quadros de Lúpus e Artrite Reumatóide como diagnósticos diferenciais), porém com VHS positivo. 
FORMAS ATÍPICAS 
 Pode ocorrer ao redor dos olhos, bocas e genitais (na criança) ou em forma de 
eczema (no idoso). Pode ocorrer, também, uma forma de hiperqueratose plantar. 
DIAGNÓSTICO DAS PSORÍASES 
 É clínico (lesões, Brock e sinais), porém pode ser necessária a confirmação 
histopatologia (observa-se achado como acantólise, hiperqueratose, paraqueratose, 
agranulose e alongamento/fusão dos capilares, micro abcessos neutrofílicos). 
TRATAMENTO DAS PSORÍASES 
 O tratamento tópico de opção são os corticoides tópicos, queratoliticos, ureia, AAS e tacrolimus (opção para crianças e casos de ocorrência em genitais). Pôde-se realizar 
também, a fototerapia (função imunomoduladora). 
 O tratamento sistêmico, em casos graves ou não respondentes ao tópico, consiste no 
uso de acicretina (proscrita em mulheres em idade fértil), metotrexato, ciclosporina e 
imunobiológicos (anti TNF e anti IL).

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