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Mercado Monetário e Títulos Públicos

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Aula 06
Banco do Brasil (Escriturário-Agente
Comercial) Conhecimentos Bancários -
2022 (Pré-Edital)
Autor:
Amanda Aires, Vicente Camillo,
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
20 de Dezembro de 2021
40181815826 - Flávio Ricardo Cirino
 
 
 
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Mercado Monetário.................................................................................................... 2 
TESOURO PREFIXADO (LTN) ....................................................................................................... 10 
TESOURO SELIC (LFT) ................................................................................................................... 11 
TÍTULOS PRIVADOS NO MERCADO MONETÁRIO ................................................................ 14 
Mercado de Câmbio ............................................................................................... 16 
TAXA DE CÂMBIO ........................................................................................................................ 19 
AUTORIZADOS ............................................................................................................................... 21 
PRINCIPAIS OPERAÇÕES ............................................................................................................ 24 
Operações com Ouro ............................................................................................................... 30 
SISCOMEX....................................................................................................................................... 30 
FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO E À EXPORTAÇÃO: REPASSES DE RECURSOS DO 
BNDES. ............................................................................................................................................. 32 
Questões Propostas .................................................................................................. 34 
Gabaritos ....................................................................................................................................... 44 
Questões Comentadas ............................................................................................ 45 
Considerações Finais ............................................................................................... 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MERCADO MONETÁRIO 
Neste mercado negocia-se, sobretudo, títulos públicos emitidos pelo Tesouro 
Nacional com o objetivo de determinar a taxa de juros e quantidade de liquidez 
da economia. Desta forma, é um mercado que se preocupa com o curto prazo. 
Vimos que o COPOM determina a meta da taxa de juros. O Banco Central busca 
esta meta através das operações com títulos públicos no mercado monetário, nas 
chamadas operações de mercado aberto. 
Bom, já temos algo a discutir. 
O que taxa de juros e títulos públicos têm em comum? 
Os títulos públicos pagam uma remuneração anual ou no prazo de vencimento do 
título. Esta remuneração é chamada de cupom e, na maioria dos casos, é 
determinada antes do lançamento do título. 
Vamos supor que o título público ‘A’ lançado pelo Tesouro Nacional em 2013 pague 
10% de juros anualmente de maneira perpétua. Ou seja, o título paga esta 
remuneração para sempre. 
Portanto, se o valor de lançamento do título é de R$ 1.000,00, o mesmo paga ao 
ano uma remuneração de R$ 100,00. 
Matemática simples, que possui a seguinte expressão: 
𝑷𝒓𝒆ç𝒐 =
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔
 
𝟏. 𝟎𝟎𝟎 =
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎
𝟏𝟎%
 
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎 = 𝟏𝟎𝟎 
No entanto, esta expressão possui uma lógica muito valiosa. 
Como o valor da remuneração paga pelo título é fixa, o preço do título e a taxa de 
juros variam de maneira inversa. 
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Como assim? 
Por exemplo, se a taxa de juros aumentar para 20%, o valor do cupom continua 
sendo de R$ 100,00. E o valor do título, como fica? 
𝑷𝒓𝒆ç𝒐 =
𝟏𝟎𝟎
𝟐𝟎%
 
𝑷𝒓𝒆ç𝒐 = 𝟓𝟎𝟎 
O preço do título diminui. 
Ou seja, a elevação da taxa de juros provoca redução no preço do título. 
Como a lei da oferta e da demanda pode influenciar o preço dos títulos, o Banco 
Central pode comprar ou vender títulos com o objetivo de mudar a taxa de juros. 
Ou seja, caso venda mais títulos que a demanda de mercado, ele reduz o preço 
dos títulos e a taxa de juros aumenta. 
Interessante, não é? 
E, de fato, é exatamente isto que o Bacen faz diariamente a fim de atingir a meta 
da taxa de juros determinada pelo Copom. 
No entanto, os títulos públicos negociados no mercado monetário nem sempre são 
emitidos fisicamente. Eles são, em grande parte, “virtuais”, figurando, de maneira 
eletrônica, como ativo para quem os possui. 
Desta forma, a negociação precisa ser custodiada e liquidada por algo. Este “algo” 
chama-se Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Não por coincidência, 
a taxa de juros determinada nas negociações realizadas neste mercado chama-
se Taxa Selic. 
É importante haver um sistema de custódia e liquidez de títulos pois as partes 
envolvidas na negociação não se conhecem. Como saber, de fato, que a outra 
parte possui um título? Como saber se este título é verdadeiro, ou falso? Como saber 
que a outra parte irá cumprir com suas obrigações de comprador ou vendedor? 
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Todas estas garantias e compromissos são realizados pelo Selic. 
Portanto, relembrando: 
✓ O Tesouro Nacional lança Títulos Públicos para arrecadar recursos e cumprir 
com as despesas públicas 
✓ Os Títulos emitidos são adquiridos pelo setor privado 
✓ Como o preço dos títulos é inversamente relacionado à taxa de juros, o 
excesso/escassez de títulos no mercado monetário (Selic) resulta em variações na 
taxa de juros. 
✓ Caso ocorra excesso de títulos, o preço do mesmo cai e a taxa de juro sobe. 
Caso contrário, havendo escassez de títulos, o valor dos mesmos sobe e a taxa de 
juros cai. 
De forma esquematizada: 
 
 
 
 
 
 
Continuando, podemos definir um pouco melhor o SELIC. 
O Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal 
interna de emissão do Tesouro Nacional. Ou seja, processa a emissão, o resgate, o 
pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um sistema eletrônico 
que processa o registro e a liquidação financeira das operações realizadas com 
esses títulos pelo seu valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, agilidade 
e transparência aos negócios. 
TESOURO 
NACIONAL 
SETOR 
PRIVADO 
BACEN 
Lan
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Títu
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Por seu intermédio, é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto e 
de redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política 
monetária. Veremos logo mais o significado destas transações. 
Como já foi citado, todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente 
na forma eletrônica.O sistema é gerido pelo Banco Central do Brasil e localizado 
na cidade do Rio de Janeiro. 
Além do Banco Central do Brasil e do Tesouro Nacional, podem ser participantes 
do Selic bancos, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores 
mobiliários e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. 
Isto nos remete a algo muito importante: para fazer parte do SELIC é necessário ser 
instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central. Você, caro aluno 
(a) não pode emitir ordens de compra/venda de títulos públicos no SELIC. Caso 
queira participar, deve fazer por meio de intermediário. 
As operações registradas no SELIC são feitas em tempo real, de modo que as ordens 
de compra/venda são executadas imediatamente, mas condicionadas à 
disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor e à 
disponibilidade de recursos por parte do comprador. 
Se a conta do vendedor não apresentar saldo suficiente de títulos, a operação é 
mantida em pendência pelo prazo máximo de 60 minutos ou até às 18h30, o que 
ocorrer primeiro, com exceção de algumas operações previstas no Regulamento 
do Selic. A operação só é encaminhada para liquidação financeira após o 
bloqueio dos títulos negociados, sendo que a não liquidação por insuficiência de 
fundos implica rejeição da operação. 
Muito simples. O comprador deseja adquirir um título. Este, é primeiramente 
bloqueado na conta do vendedor (pois destina-se a esta operação) e depois os 
valores são bloqueados na conta do comprador. O título e os valores são 
transferidos de um para o outro através do sistema. 
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A existência do título no momento da negociação pode ser aguardada por até 60 
min, ou até as 18:30 (o que vier primeiro). A inexistência de fundos para pagamento 
cancela a operação. 
Então, resumindo, o Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida 
pública federal interna de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição, 
processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É 
também um sistema eletrônico que processa o registro e a liquidação financeira 
das operações realizadas com esses títulos pelo seu valor bruto e em tempo real, 
garantindo segurança, agilidade e transparência aos negócios. 
Por seu intermédio, é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto e 
de redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política 
monetária. O sistema conta ainda com módulos complementares para 
especificação dos títulos objeto das operações compromissadas contratadas entre 
o Banco Central e o mercado. 
Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica. 
Além do Banco Central do Brasil e do Tesouro Nacional, podem ser participantes 
do Selic bancos, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores 
mobiliários e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. As 
câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação têm a sua 
participação no Selic definida no Regulamento do Selic. 
Tratando-se de um sistema de liquidação bruta em tempo real (LBTR), a liquidação 
de operações é sempre condicionada à disponibilidade do título negociado na 
conta de custódia do vendedor e à disponibilidade de recursos por parte do 
comprador. Se a conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficiente 
de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo máximo de 60 minutos 
ou até às 18h30, o que ocorrer primeiro, com exceção de algumas operações 
previstas no Regulamento do Selic. A operação só é encaminhada ao STR para 
liquidação da ponta financeira após o bloqueio dos títulos negociados, sendo que 
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a não liquidação por insuficiência de fundos implica sua rejeição pelo STR e, em 
seguida, pelo Selic. 
Bom, mas o mercado monetário não negocia tão somente títulos públicos. Alguns 
títulos privados são negociados, sendo seu registro, liquidação e custódia efetuados 
pela B3 S.A. (função anteriormente realizada pela CETIP S.A., que após fusão 
realizada com a BM&FBOVESPA S.A., se transformou em B3 S.A.)1. 
Mas, o que é a B3 S.A.? 
A B3 S.A. é uma entidade administradora de mercados organizados de títulos ou 
valores mobiliários. Ou seja, ela oferta uma plataforma em que são realizados 
negócios com títulos e valores mobiliários. 
Em seu segmento de títulos, é depositária principalmente de títulos de renda fixa 
privados, títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas 
de responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os relacionados 
com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação 
Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária - Proagro 
e com a dívida agrária (TDA). Na qualidade de depositária, a entidade processa a 
emissão, o resgate e a custódia dos títulos, bem como, quando é o caso, o 
pagamento dos juros e demais eventos a eles relacionados. Existem títulos 
transacionados na B3 que são emitidos em papel, por comando legal. Esses títulos 
são transferidos para a B3 no momento do registro e são fisicamente custodiados 
pelo registrador. As operações de compra e venda são realizadas no mercado de 
balcão. 
Podem participar da B3, no segmento de títulos, bancos comerciais, bancos 
múltiplos, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de 
desenvolvimento, sociedades corretoras de valores, sociedades distribuidoras de 
 
1 No caso de aparecer em questões antigas o termo Cetip S.A., considere que atualmente trata-se da 
B3. S.A. Apenas o nome mudou, pois, as funções continuam as mesmas e, neste sentido, as questões 
antigas permanecem válidas. 
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valores, sociedades corretoras de mercadorias e de contratos futuros, empresas de 
leasing, companhias de seguro, bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros, 
investidores institucionais, pessoas jurídicas não financeiras, incluindo fundos de 
investimento e sociedades de previdência privada, investidores estrangeiros, além 
de outras instituições também autorizadas a operar nos mercados financeiros e de 
capitais. Os participantes não titulares de conta de reservas bancárias liquidam 
suas obrigações por intermédio de instituições que são titulares de contas dessa 
espécie. 
E estas transações entre instituições financeiras são muito importantes, pois resultam 
no chamado sistema interfinanceiro (mercado DI). No mercado DI são negociados 
títulos (chamados de CDI) que possibilitam o fluxo de recursos entre instituições 
financeiras. Assim, se um banco se encontra em situação deficitária, ele pode 
recorrer ao mercado DI, emprestando recursos de um banco superavitário. Estas 
operações ocorrem diariamente e, por isso, movimentam uma grande quantidade 
de recursos, provocando alterações na quantidade de moeda na economia. 
Adiante estes conceitos serão apresentados com mais detalhes. 
No segmento de financiamentos, a empresa oferece serviço de entrega eletrônica 
das informações necessárias para o registro de contratos e anotação dos gravames 
pelos órgãos de trânsito. Opera o SistemaNacional de Gravames (SNG), que 
centraliza as informações de restrições financeiras incidentes sobre veículos, 
fornecendo dados para bancos usuários do sistema. 
Em resumo, a B3 é uma entidade que realiza serviços financeiros de liquidação 
financeira e compensação de ativos, sobretudo, títulos privados. Ou seja, confere 
mais garantia, transparência e liquidez nas transações com ativos privados ao 
garantir o pagamento da transação e a custódia dos ativos em lugar adequado. 
Fazendo uma comparação com a SELIC, enquanto esta serve de ambiente de 
liquidação e custódias de títulos públicos, a B3 faz a mesma função com ativos 
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privados. 
Títulos 
Visto a dinâmica do mercado, assim como as plataformas de negociação (SELIC e 
B3), podemos passar aos títulos. 
Em resumo, são negociados títulos públicos, através do qual deriva-se a Taxa Selic, 
e títulos privados – resultando na Taxa DI. 
Vejamos. 
• Títulos Públicos 
Quando algum Ente do Governo (União, Estado, Munícipio) apura déficit em suas 
contas, pode captar recursos no mercado financeiro. 
Vamos supor que o Governo Federal, no ano de 2017, apurou R$ 100 de receitas 
(impostos, lucros, entre outros), mas teve um total de R$ 150 de despesas. Esta 
diferença de R$ 50 pode ser captada no mercado monetário, através do 
lançamento de títulos públicos. 
O Governo lança o título e, conforme já citado, promete pagar o principal mais 
uma remuneração ao comprador, composto pela iniciativa privada e agentes 
externos. 
O comprador, por sua vez, entrega os recursos ao Governo. Como já sabemos, 
estas transações são realizadas no SELIC. A média das taxas de remuneração 
pagas pelo Governo aos compradores é a tão famosa Taxa Selic. 
Em geral, a venda de títulos públicos, que no âmbito do Governo Federal é feita 
pela Secretaria do Tesouro Nacional, pode ser realizada através de leilões, ou de 
venda direta. 
Nos leilões o Governo divulga as condições do negócio, como quantidade de 
títulos a serem vendidos, valores, vencimento etc. Os interessados em adquirir 
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podem participar dos leilões, adquirindo os títulos desejados nas condições 
estabelecidas. 
Já na venda direta o processo é de tête-à-tête, ou seja, o Governo negocia 
diretamente com o interessado, pactuando diretamente com ele os termos do 
negócio. A venda direta é destinada a negociar valores elevados com poucos 
clientes, ou apenas um. 
Os principais títulos públicos negociados são: 
TESOURO PREFIXADO (LTN) 
 
A LTN é um título prefixado, o que significa que sua rentabilidade é definida no 
momento da compra. A rentabilidade é dada pela diferença entre o preço de 
compra do título e seu valor nominal no vencimento, sempre R$ 1.000,00. Essa 
diferença é conhecida como deságio do título. A LTN possui fluxo de pagamento 
simples, ou seja, o investidor faz a compra e recebe o rendimento apenas uma vez, 
na data de vencimento do título, junto com o valor do principal. A figura abaixo 
ilustra o fluxo de pagamentos da LTN: 
 
Para entender como se calcula a rentabilidade de um título, apresenta-se a seguir 
um exemplo. Suponha que o investidor tenha feito uma compra no Tesouro Direto 
nas seguintes condições: 
Título: LTN 
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Data da compra: 19/12/2006 (liquidação em 20/12/2006) 
Quantidade adquirida: 1,0 título 
Preço do título na data da compra: R$ 788,11 
Data de vencimento: 01/01/2009 
Dias úteis entre a data da liquidação (inclusive) e a data de vencimento (exclusive): 
511 
Aplicando o esquema do fluxo de pagamentos ao exemplo, temos: 
 
Para calcular a rentabilidade bruta da aplicação, basta usar a seguinte fórmula, 
válida para todos os títulos que não fazem pagamento de cupom de juros: 
 
TESOURO SELIC (LFT) 
A LFT é um título pós-fixado, cuja rentabilidade segue a variação da taxa SELIC, a 
taxa de juros básica da economia. Sua remuneração é dada pela variação da 
taxa SELIC diária registrada entre a data de liquidação da compra e a data de 
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vencimento do título, acrescida, se houver, de ágio ou deságio no momento da 
compra. 
A LFT possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a compra e recebe 
o rendimento apenas uma vez, na data de vencimento do título, junto com o valor 
do principal. A figura abaixo ilustra o fluxo de pagamentos da LFT: 
 
 
Para entender como se calcula a rentabilidade da LFT, apresenta-se a seguir um 
exemplo. Suponha que o investidor tenha feito uma compra no Tesouro Direto nas 
seguintes condições: 
 Título: LFT 
Data da compra: 01/10/2007 (liquidação em 02/10/2007) 
Quantidade adquirida: 1,0 título 
Preço do título na data da compra: R$ 3.231,41 
Data de vencimento: 18/03/2009 
Dias úteis entre a data da liquidação (inclusive) e a data de vencimento (exclusive): 
366 
Taxa do título na data da compra: - 0,01% a.a. (ágio) 
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No preço pelo qual o título está sendo ofertado, já se encontra refletido o ágio 
observado no momento da compra. Dessa maneira, não é necessário considerar a 
taxa de -0,01% no cálculo da rentabilidade. Para calcular o valor a ser resgatado 
na data de vencimento do título, primeiramente é aplicado o esquema de fluxo de 
pagamentos ao exemplo: 
 
Como foi dito anteriormente, a LFT é remunerada pela variação da taxa SELIC no 
período. Para calcular quanto irá receber, o investidor deve apenas verificar qual 
o Valor Nominal Atualizado do título na data de vencimento, já que, como o próprio 
nome diz, o Valor Nominal do título é atualizado de acordo com a variação diária 
do índice Selic. Essa informação está disponível no sítio do Banco Central, em 
http://www.bcb.gov.br/?SELICDIA (LFT Código 21). Basta realizar o truncamento5 
em 2 casas decimais do valor encontrado. Nesse caso, o valor a ser recebido é R$ 
3.820,74, equivalente à variação da SELIC de 18,30% no período. 
Para calcular a rentabilidade bruta efetiva da aplicação, é só usar a seguinte 
fórmula, válida para todos os títulos que não fazem pagamento de cupom de juros: 
 
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TÍTULOS PRIVADOS NO MERCADO MONETÁRIO 
Os títulos privados, como o próprio nome sugere, são emitidos por agentes privados, 
como bancos e empresas. Conforme mencionado, estes títulos são negociados, 
custodiados e liquidados na B3 S.A. 
No momento, é necessário definir tão somente os títulos emitidos por bancospara 
a compreensão deste mercado. É que outros títulos privados, como as debêntures, 
commercial papers, entre outros, fazem parte do mercado de capitais (mercado 
de valores mobiliários). 
Os bancos comerciais mantêm contas correntes com depósitos à vista de seus 
clientes, além de realizarem operações bancárias tradicionais, tais como 
pagamentos, recebimentos de duplicatas para seus clientes e assim por diante. 
Como são vários bancos comerciais atualmente me funcionamento no Brasil, eles 
trocam dinheiro entre si. Ou seja, o pagamento de uma fatura feita por um cliente 
com conta corrente no Banco do Brasil a favor de outra pessoa com conta corrente 
na CEF significa que o BB está transferindo dinheiro à Caixa. 
E, diversas operações deste tipo são realizadas diariamente no mercado bancário. 
Agora imagine que determinado banco terminou o dia “devendo” em relação aos 
demais. Ou seja, ele necessita transferir mais dinheiro do que receber aos outros 
bancos naquela data. Do mesmo modo, outro banco apresentou “caixa positivo”, 
pois recebeu mais do que pagou. 
Para que as instituições financeiras equalizem estes saldos e possam cumprir com 
as transferências diárias que realizam, elas emprestam recursos entre si, no 
chamado mercado interfinanceiro. 
As instituições que apresentam sobras de caixa emprestam estes recursos a outros 
que apresentem falta de liquidez. Esta emite um título, chamado de CDI – 
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Certificados de Depósitos Interfinanceiros -, os quais são adquiridos pelas instituições 
superavitárias. 
Evidente que as instituições com falta de caixa pagam uma remuneração a outras 
mais líquidas para utilizar estes recursos. Esta taxa é obtida no próprio mercado, 
chamada Taxa CDI. 
Portanto, temos que o principal título privado emitido e negociado no mercado 
monetário é o CDI, cuja taxa é a basilar do mercado interfinanceiro, influenciando 
todas as demais taxas cobradas pelos bancos em suas operações. 
É só pensar o seguinte. Se o banco empresta muito dinheiro em determinado dia, e 
precisa captar parte destes recursos no mercado interfinanceiro, é fato que taxa 
de juros cobrada nas operações de crédito que fez ao seu cliente é superior à Taxa 
CDI. O banco não irá perder dinheiro, não é? 
 
 
 
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MERCADO DE CÂMBIO 
O mercado de câmbio é o ambiente onde se realizam as operações: 
a. de compra e de venda de moeda estrangeira e as operações com ouro-
instrumento cambial, realizadas com instituições autorizadas pelo Banco Central do 
Brasil a operar no mercado de câmbio, bem como as operações em moeda 
nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, 
domiciliados ou com sede no exterior; 
b. relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e para o exterior 
mediante a utilização de cartões de uso internacional, bem como as operações 
referentes às transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais 
e reembolsos postais internacionais. 
Mesmo que a definição pareça um pouco extensa, lembre-se do seguinte: no 
mercado cambial se realizam as operações de compra e venda de moedas de 
moedas conversíveis e ouro-instrumento cambial, entre residentes e não residentes. 
Moedas conversíveis, como o próprio nome sugere, são aquelas trocadas entre si. 
Por exemplo, o Real é conversível frente ao Dólar, pois os indivíduos que possuem 
reais podem comprar dólares, além de o inverso ser também possível. 
Ouro-instrumento conversível é o próprio ouro (moeda preciosa), mas utilizados 
com a finalidade de pagamento de transações internacionais. O ouro 
comercializado no mercado para confecção de joias não é considerado no 
mercado de câmbio. 
E, adicionalmente, há sempre, de um lado, uma instituição autorizada a operar 
com câmbio (veremos logo mais quais são) e, de outro, residentes e não residentes 
que trocam (convertem) moeda nacional em moeda internacional (ou mesmo 
uma moeda internacional com outra também internacional). 
No mercado cambial se estabelece o valor da taxa de câmbio. 
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A taxa de câmbio é a medida de troca entre as moedas. 
Atualmente, no Brasil, a taxa de câmbio circula entre R$/US$ 2,30 e R$/US$ 2,40. Ou 
seja, com R$ 2,40 é possível adquirir US$1,00. 
Matematicamente, a expressão da Taxa de Câmbio é a seguinte: 
𝑬 =
𝑹$
𝑼𝑺$
 
O parâmetro E (em inglês, exchange) representa a quantidade necessária de Reais 
para comprar 1 Dólar, como já explicado. 
E como este valor é estabelecido? 
Podemos imaginar uma economia composta de compradores de moeda 
internacional (dólar, por exemplo) e vendedores da mesma moeda. No caso de 
escassez de dólares, a referida moeda aumenta de valor comparativamente ao 
real. No caso de excesso, há desvalorização do dólar. 
É a simples Lei da Oferta e Procura aplicada ao mercado de moedas. Assim, se 
muitos procuram o Real, o preço do Real irá se elevar. Se poucos o procuram, irá se 
desvalorizar. 
A única diferença é que uma moeda é cotada em outra. Assim, se estabelece o 
valor do Real em termos de Dólar. Quando há valorização do dólar, a taxa de 
câmbio desvaloriza. Ou seja, o real perde valor frente ao dólar. 
Atenção! apesar de parecer algo contraditório, é assim mesmo que se estabelece 
a taxa de câmbio: valorização do dólar resulta em desvalorização da taxa de 
câmbio, pois a moeda interna perdeu valor frente à moeda internacional padrão. 
Mas, porque faltam, ou sobram, dólares na economia interna? 
Simples! 
As transações econômicas realizadas entre o Brasil e o resto do mundo são 
realizadas, em sua grande maioria, em dólares. Desta forma, o Brasil precisa de 
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dólares para honrar com os pagamentos devidos ao resto do mundo. A importação 
de mercadorias realizada pelo País necessita ser paga em dólares, por exemplo. 
No entanto, o Brasil emite Reais, e não dólares. Desta forma, necessita auferir 
rendimentos em dólares em suas transações econômicas, como, por exemplo, nas 
exportações que realiza. 
Quando o valor de recebimentos em dólares é inferior ao valor de pagamentos, há 
escassez de dólares, o mesmo se valoriza, e a taxa de câmbio desvaloriza, no caso 
de regime de câmbio flutuante. 
As instituições financeiras realizam este intermédio entre compradores e ofertantes 
de divisas. O importador, interessado em realizar o pagamento dos bens que 
importou, se desloca à instituição financeira e compra dólares, pagando na 
operação o valor da taxa de câmbio. 
O mesmo acontece com o exportador. Como possui dólares, mas precisa de reais 
(afinal, as operações internas são realizadas em reais), se dirige à instituição 
financeira ofertando as divisas, pelo que recebe a taxa de câmbio. 
Desta forma, se determina o mercado de câmbio. Os ofertantes (exportadores) 
oferecem divisas e os demandantes (importadores) as compram. As instituições 
financeiras autorizadas a operarno mercado intermediam as operações, e o Banco 
Central regula este mercado. 
Abaixo, o fluxograma resume as operações no mercado cambial: 
 
 
Importador Instituição de 
Câmbio 
Exportador 
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Antes de terminar o tópico, há ainda mais uma importante observação. 
Como já ressaltado no exemplo acima, o excesso/escassez de divisa internacional 
frente à moeda doméstica determina o valor do câmbio. Mas, isto ocorre apenas 
quando o câmbio é puramente flexível, isto é, quando apenas as forças do 
mercado determinam o valor da moeda. 
Mas, existem outras maneiras de se estabelecer a taxa de câmbio, como o regime 
fixo e o intermediário. 
É o que veremos adiante. 
TAXA DE CÂMBIO 
CÂMBIO FIXO 
No regime de câmbio fixo, a Autoridade Monetária (Bacen) se compromete a 
comprar e vender a moeda internacional de referência (dólar) a um preço fixo 
anunciado, considerado como o valor do câmbio. 
Neste tipo de mercado, a oferta e a demanda de divisas é realizada no mercado 
e intermediada pela Autoridade Monetária. O Banco Central compra as divisas 
internacionais ofertadas pelos exportadores e poupadores e as oferta aos 
importadores e devedores (investidores). Até aqui tudo tranquilo! 
O
ferta D
ivisas 
In
tern
acio
n
ais e 
d
em
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d
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o
ed
a 
in
tern
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D
em
an
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In
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tern
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No regime de câmbio fixo, a Autoridade Monetária realiza esta operação ao 
mesmo preço, trocando sempre moeda nacional por internacional na mesma 
relação. 
Vamos entender com um exemplo. 
Em determinado período as exportações foram inferiores às importações em R$ 1 
mil. 
Para manter a taxa de câmbio fixa, a Autoridade Monetária deve ofertar no 
mercado de divisas esta quantidade que faltou para “fechar a conta” . 
Imaginando que o câmbio apresente cotação de 1 (1 dólar adquire 1 real), a 
Autoridade Monetária deve disponibilizar US$ 1 mil para manter a cotação ao nível 
anunciado. 
O que remete a algo importante. A manutenção de taxas fixas de câmbio exige a 
atuação do Banco Central. 
Ou seja, a taxa de câmbio não é determinada pelo mercado, pois o Bacen 
intervém para manter a taxa ao nível determinado. 
A taxa de câmbio fixo contém um problema muito sério. Se o país começar a 
apresentar persistentemente demanda por moeda internacional maior que suas 
receitas em moeda internacional, o Banco Central acaba ficando sem recursos 
para “fechar a conta”. 
Ou seja, ela precisa liberar a taxa de câmbio para que as livres forças de mercado 
a determinem. 
CÂMBIO FLEXÍVEL 
O regime de câmbio flexível (ou flutuante) nada mais é do que resultado da pura 
e simples oscilação da oferta e demanda de divisas no mercado de câmbio. A 
Autoridade Monetária não desempenha qualquer papel, a não ser regular, registrar 
e contabilizar as operações. 
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Como já citado várias vezes, exportadores e poupadores ofertam as divisas 
internacionais, e importadores e devedores (investidores) as demandam. 
A determinação da taxa de câmbio está a cargo do mercado. 
Com menos dólares em relação à moeda doméstica, o dólar valoriza-se frente à 
moeda interna, ou seja, ocorre desvalorização cambial. Do mesmo modo, o 
excesso de dólares frente à moeda doméstica resulta em valorização da taxa do 
câmbio. 
É a Lei da Oferta e Procura aplicada na prática. 
CÂMBIO SUJO 
Já analisamos os dois extremos: puramente flexível e puramente fixo. 
O regime de câmbio sujo é uma variação do regime de câmbio flexível, ou seja, o 
regime é primordialmente flexível desde que movimentos especulativos não 
comprometam a variação “justa” do câmbio. Caso o câmbio se desvie deste valor 
justo, ou, ao menos, justificável, a Autoridade Monetária intervém no mercado para 
conter a volatilidade ou apreciação/depreciação. 
Assim, quando o câmbio começar a variar muito, o Bacen pode intervir no 
mercado para manter a estabilidade cambial. 
 
AUTORIZADOS 
Bom, é evidente que as instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio 
apresentam singular relevância. 
Afinal, as operações no Brasil não podem ser praticadas livremente pelos indivíduos 
e empresas sem a participação de instituição autorizada pelo Bacen. 
Oficialmente, você não pode se dirigir ao seu colega (que possui dólares) e 
comprar dele estas divisas. Obviamente que isto pode ser feito mediante a vontade 
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de ambos, no entanto estas transações são chamadas de paralelas, ou seja, fora 
do mercado oficial de câmbio. 
A Resolução 3.568 de 2008 do Banco Central regulamenta o mercado de câmbio 
no Brasil, afirmando que as pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e 
vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais, de 
qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo contraparte na operação agente 
autorizado a operar no mercado de câmbio. 
A ideia do normativo é clara. Qualquer pessoa (jurídica e física) pode comprar e 
vender moeda estrangeria ou realizar transferências internacionais em reais, sem 
limite de valor, desde que o faça com a intermediação de agente autorizado a 
operar no mercado de câmbio. 
Mas, quem são estes agentes autorizados? Adicionalmente, que tipo de operações 
estão autorizados a realizar? 
Vejamos: 
✓ Bancos e a Caixa Econômica Federal ➔ Todas as operações do mercado de 
câmbio. 
✓ Bancos de desenvolvimento e sociedades de crédito, financiamento e 
investimento ➔ Operações específicas autorizadas pelo Banco Central do Brasil 
✓ Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio ➔ 
Operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100.000,00, 
ou valor equivalente em outras moedas; 
✓ Agências de turismo: compra e venda de moeda estrangeira em espécie, 
cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais 
As instituições estão em preto e as transações marcadas em azul. 
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Os bancos e a CEF estão autorizados a realizar todas as operações no mercado de 
câmbio. 
Já os bancos de desenvolvimento, assim como as sociedades de crédito, 
financiamento e investimento (financeiras) estão autorizados a operar no mercado 
de câmbio em operações específicas a serem autorizadas pelo BACEN. 
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras 
de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio estão autorizadas 
a efetivar operações por conta de seus clientes em até 100 mil dólares. 
Por exemplo, digamos que uma sociedadecorretora receba uma ordem de 
compra de determinada ação no exterior. Desta forma, ela mesma pode realizar a 
operação de câmbio, em até US$ 100 mil, e liquidar a compra de seu cliente fora 
do país. Caso a transação exceda este valor, a operação de câmbio deve ser 
realizada em algum banco comercial ou múltiplo (os quais não possuem limitação 
de valor). 
Por fim, as agências de turismo estão também autorizadas a realizar operações de 
câmbio. Podem comprar e vender moeda estrangeira em espécie, cheques e 
cheques de viagem relativos a viagens internacionais. Ou seja, as transações 
cambiais estão limitadas sua natureza social, que são as viagens internacionais. 
Para ser autorizada a operar no mercado de câmbio, a instituição financeira deve 
(i) indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado de 
câmbio e (ii) apresentar projeto, indicando, no mínimo, os objetivos operacionais 
básicos. 
Este ponto é autoexplicativo. Não obstante, o Banco Central pode cassar, cancelar 
ou revogar as autorizações concedidas a estas instituições, o que nos permite 
concluir que as autorizações, uma vez obtidas, não duram para sempre. 
Por exemplo, caso a instituição autorizada não realize operação de câmbio por 
período de 180 dias, a autorização pode ser cassada. 
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Já sabendo da dinâmica do mercado e das instituições autorizadas, resta saber 
das operações praticadas no mercado de câmbio. 
PRINCIPAIS OPERAÇÕES 
Basicamente há três principais maneiras de se operar com câmbio, de acordo com 
a natureza da operação, que reflete o ponto de vista da instituição autorizada a 
operar no mercado cambial: 
✓ Compra: Acontece quando a instituição compra moeda internacional em 
troca de moeda nacional. Quando você se dirige a um banco e deseja trocar seus 
dólares por reais, você realiza uma operação de compra. 
Apesar de parecer um contrassenso (afinal, você está comprando reais em troca 
de dólares), a denominação da troca é originada pelo ponto de vista da instituição 
cambial, que compra moeda internacional em troca de reais. 
As operações de compra são típicas quando ocorre exportação. O exportador 
recebe em moeda internacional e se dirige a uma instituição autorizada para 
troca-las por moeda doméstica. Isto é, o banco compra moeda externa em troca 
de moeda interna. 
✓ Venda: Aqui ocorre o contrário. A instituição vende divisa internacional e 
recebe em troca moeda doméstica. É o que acontece quando você, por exemplo, 
viaja ao exterior. Precisando de moeda internacional se dirige ao banco, 
oferecendo reais em troca de dólares. A instituição autorizada te vende moeda 
externa em troca de moeda interna. 
✓ Arbitragem: A operação de arbitragem não envolve, em nenhuma das 
pontas da negociação, moeda doméstica. Acontece quando uma instituição 
autorizada troca uma moeda internacional por outra moeda também 
internacional. Por exemplo, quando ocorre a troca de dólares por euros. 
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Como já oportunamente (e exaustivamente) citado, as trocas cambiais são 
derivadas principalmente das exportações, importações e transações financeiras. 
Desta forma, o exportador, ao receber em dólares, precisa de reais para realizar 
suas transações no mercado interno. Assim, dirige-se ao banco e realiza uma 
operação de compra. O importador, realiza o procedimento inverso: necessitando 
de dólares para pagar suas compras internacionais, dirige-se ao banco e realiza 
uma operação de venda, pois o banco vende a ele as divisas necessárias. 
O mesmo acontece com operações financeiras. Digamos, por exemplo, que 
determinado investidor internacional deseja comprar ações de empresas brasileiras 
negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Ele necessita trocar 
seus dólares por reais, realizando uma operação de compra na instituição nacional 
autorizada. Afinal, no Brasil não se pode liquidar transações em dólares, mas tão 
somente em reais. 
É evidente que nem todas as transações cambiais são liquidadas em espécie. Ou 
seja, nem sempre a troca entre uma moeda e outra é feita através da efetiva troca 
entre as moedas. 
Desta forma, é possível classificar as trocas da maneira como são feitas, conforme 
segue abaixo: 
✓ Câmbio Manual: É a operação que envolve a compra e venda de moedas 
em espécie, ou seja, quando a troca se efetua com moedas metálicas e/ou 
cédulas de dinheiro doméstico e de outros países. 
Quando o turista se dirige à casa de câmbio necessitando de dólares em espécie, 
realiza uma operação de câmbio manual. Mais precisamente, uma operação de 
venda de câmbio manual (pois a casa de câmbio está vendendo moeda 
internacional a ele). 
✓ Câmbio Sacado: É a operação que envolve documentos e/ou títulos 
representativos de moeda. Neste tipo de operação se envolve a movimentação 
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de conta bancária representativa de moeda, ou mesmo de um título que 
represente um direito/dever valorizado em moeda internacional. 
Por exemplo, digamos que um exportador realize uma venda ao exterior no valor 
de US$ 10 milhões. Evidentemente que ele não irá ao banco sacar todo este volume 
de dinheiro. Por isso, o exportador pode se dirigir ao banco com o contrato de 
venda que possui e aquele valor a receber que possui em dólares será creditado 
em sua conta em reais. O banco se encarrega de fazer a cobrança do valor no 
comprador no exterior, assim como o câmbio entre as moedas. 
Como visto, não há a troca de cédulas, mas sim crédito em conta. 
Estes conhecimentos são suficientes para adentramos nas operações de câmbio 
em si. 
Abaixo, seguem as modalidades das operações de câmbio: 
Operações Manuais 
Já citamos a definição das operações manuais de câmbio. No entanto, ficou 
faltando (propositalmente) citar quais transações são feitas com o câmbio manual. 
Em geral são realizadas através da troca de moeda doméstica por dólar turismo ou 
através da troca de moeda doméstica por traveller checks. 
A troca de moeda doméstica por dólar turismo é autoexplicativa. O interessado em 
viajar ao exterior se dirige à instituição autorizada a operar com câmbio e adquire 
o dólar turismo, em troca do valor correspondente em reais. 
A cotação dólar turismo é diferente do câmbio comercial (dólar comercial) para 
permitir o ganho da sociedade de câmbio. Ou seja, a instituição pode adquirir dólar 
na cotação comercial (pagando mais barato) e vendê-lo na cotação turismo, que 
é mais cara. Esta diferença origina o ganho da instituição. 
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Os traveller checks constituem outra importante forma de operação manual de 
câmbio. Chamados, em português, de cheques de viagem, correspondem a um 
saldo depositado em moeda estrangeira. 
Ou seja, caso o adquirente prefira levar os cheques de viagem (que também 
assumem a forma de cartão magnético), podem depositar o valor correspondente 
em determinada conta e sacar estes valores no exterior.O cartão magnético, forma mais recente de traveller checks, pode ser creditado 
no Brasil em moeda internacional (por exemplo, em dólares) e, na medida em que 
o adquirente efetua suas compras no exterior, o saldo vai sendo debitado do 
cartão. 
Mesmo os débitos efetuados em país que não utiliza o dólar como moeda corrente 
podem ser feitos com cartões com créditos em dólar. No momento da compra é 
feito o câmbio entre o dólar e a moeda loca. 
É muito semelhante a um celular pré-pago, cujo saldo é creditado para que as 
ligações possam ser efetuadas posteriormente. 
Operações de remessa 
As operações de remessa são realizadas através de ordens (como as feitas pela 
internet), em que o banco nacional vende divisas internacionais a outro banco 
situado no exterior. 
Desta forma, caso você queria transferir, digamos, US$ 1 mil a um parente no 
exterior, pode se dirigir ao banco que possui conta. 
O banco debita de sua conta o valor correspondente em reais mais as taxas 
incidentes na operação e envia estes valores ao banco de destino situado no 
exterior, onde seu familiar pode sacá-lo. 
As remessas adquiriram singular importância a partir da autorização concedida 
pelo CMN para remessas de pequeno valor (até US$ 10 mil, ou equivalente em outra 
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moeda) que podem ser realizadas em correspondentes bancários (agências do 
correio/casas lotéricas). O mesmo vale para as agências de turismo, hotéis, 
pousadas e afins. 
Estas remessas podem ser feitas, por exemplo, com a finalidade de remeter valores 
ao exterior entre pessoas físicas. É o caso do filho que trabalha fora do país e envia 
valores a sua família mensalmente. 
Ele pode converter seus valores em Reais já no exterior e remetê-los para o Brasil. 
Assim, não se faz necessária a conversão cambial no Brasil, pois ela já foi feita no 
exterior. 
O mesmo acontece com pessoas jurídicas que precisam fazer remessas do exterior 
ao Brasil. Imagine o caso do exportador, que recebe em dólares em outro país. Ele 
pode fazer a conversão lá fora e trazer seus recursos já em Reais ao Brasil. 
Adicionalmente, há a possibilidade de realização de remessas do exterior ao Brasil 
Apenas um comentário. Aqui há a movimentação de valores em contas correntes, 
pelo que a operação é considerada de câmbio sacado. 
Contrato de Câmbio 
O objetivo principal do contrato de câmbio é a compra e venda de moeda 
estrangeira, cuja entrega da moeda corresponde à liquidação do contrato. 
O contrato de câmbio é um importante instrumento na realização de importações 
e exportações. Através do contrato de câmbio se estabelecem as características 
e as condições sob as quais se realiza a operação de câmbio entre o vendedor e 
o comprador de divisas nas operações comerciais internacionais. 
Vamos usar o exemplo do exportador. 
O exportador realiza uma venda de bens a outra pessoa situada no exterior e 
pactua a negociação através de um contrato mercantil, no qual há as condições 
da venda, entrega do produto e recebimento. 
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Bom, como a venda foi feita ao exterior, ela foi cotada em moeda internacional. 
Geralmente, como em todos os exemplos da aula, a venda é cotada em dólares 
norte-americanos (US$). 
No entanto, o exportador não pode transitar com dólares no Brasil. Também não é 
viável que ele vá pessoalmente ao exterior receber o valor da venda e o traga ao 
Brasil para realizar o câmbio. 
Desta forma, ele pode se dirigir ao banco e apresentar o contrato de venda que 
pactuou. Com base nas condições deste contrato ele firma um contrato de 
câmbio com a instituição financeira, no qual esta compra os dólares que ele 
recebeu em troca de reais. 
O valor pago pelo comprador, situado no exterior, é depositado em outro banco, 
o qual transfere os valores ao banco brasileiro. 
Desta forma, os valores transitam através de instituições financeiras intermediárias e 
o exportador recebe através do banco situado no Brasil, e não do importador. 
Nos contratos de câmbio, o exportador pode realizar a chamada contratação 
prévia total do câmbio. Isto é, antes mesmo do embarque da mercadoria que 
vendeu ao exterior, ele fecha a cotação cambial e, quase sempre, recebe os 
valores antecipados. Obviamente que, além do serviço de intermediação e 
realização do câmbio, a instituição financeira irá cobrar uma taxa de juros relativa 
ao desconto do título. 
É possível afirmar que, além do contrato de câmbio, há outro contrato de crédito 
implícito na operação. A instituição ganhou pelos dois contratos. 
Do mesmo modo, ele pode realizar a contratação parcial prévia do contrato, ou 
mesmo a contratação posterior (total ou parcial) do contrato. Na primeira, recebe 
apenas parte da venda antecipadamente. Na segunda, recebe total ou 
parcialmente os valores do contrato de exportação posteriormente ao embarque 
da mercadoria. 
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OPERAÇÕES COM OURO 
As operações com ouro são realizadas no mercado de câmbio apenas por 
instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio integrantes do Sistema 
Financeiro Nacional e correspondem à: 
✓ compra de ouro-ativo financeiro da própria instituição; 
✓ compra ou de venda de ouro do ou ao Banco Central do Brasil com essa 
finalidade; 
✓ compra ou de venda de ouro-instrumento cambial entre as instituições 
constantes do caput; ou 
✓ arbitragem com outra instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional 
ou com instituição do exterior, na forma da regulamentação cambial. 
O que precisamos ter em mente nessas transações é que o ouro, nesses casos, é 
considerado um ativo financeiro capaz de liquidar transações realizadas no 
mercado de câmbio. É por isso que o ouro, nesses casos, é chamado de “ouro-
instrumento cambial”. 
Uma vez incorporado à posição de câmbio da instituição, o ouro somente pode 
ser negociado com outra instituição integrante do sistema financeiro autorizada a 
operar no mercado de câmbio, com instituição externa ou com o Banco Central 
do Brasil, observadas as mesmas condições estabelecidas para a negociação de 
moeda estrangeira. 
SISCOMEX 
Por fim, temos que entender o que é o SISCOMEX. 
O Sistema Integrado de Comércio Exterior é a sistemática administrativa do 
comércio exterior brasileiro que integra as atividades afins do Departamento de 
Comércio Exterior (DECEX), da Secretaria da Receita Federal (SRF) e do Banco 
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Central no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das 
operações de exportação e importação. 
O conceito é muito simples e valioso. Quando realizada uma operação de 
comércio exterior (exportação/importação) há diferentes procedimentos 
burocráticos a serem realizados. 
Por exemplo, há a necessidade de desembaraço aduaneiro pela SRF, pois sobre os 
bens transacionados incidem taxas e impostos. Há a necessidade de realização de 
uma operação cambial, convertendo moeda internacional em doméstica,ou o 
inverso – tal operação é autorizada pelo BACEN. 
Bom, seria ótimo se tão somente 1 documento validasse todas estas operações, 
não é? Pois bem, é exatamente isto que ocorre no SISCOMEX. 
Através dos registros eletrônicos que realiza, permite desburocratizar, reduzir custos 
e elevar a eficiência com a emissão de tão somente 1 documento que certifica 
todos os processos necessários para se exportar/importar. O documento de 
exportação é chamado de Registro de Exportação - RE; o de importação, de 
Declaração de Importação – DI. 
O grande atrativo do SISCOMEX é “ligar” todos os envolvidos, como bancos que 
realizam câmbio, a Receita Federal, que certifica o pagamento de tributos 
incidentes, entre outros. 
Estão autorizados a operar no SISCOMEX: 
✓ Agências do BB que operam comércio exterior 
✓ Agências de bancos que operam em câmbio 
✓ Sociedades de Câmbio 
✓ Despachantes Aduaneiros 
✓ Estabelecimento do Exportador/Importador, observadas as limitações 
colocadas 
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✓ Salas de contribuintes da SRF. 
FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO E À EXPORTAÇÃO: REPASSES DE 
RECURSOS DO BNDES. 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social possui linhas de 
financiamento a exportações e importações. A intenção do BNDES com estes 
financiamentos é fomentar a área de comércio exterior e a internacionalização de 
empresas com custos e prazos diferenciados. 
Entre as ações implementadas, destacam-se o aumento da competitividade 
internacional da produção brasileira de bens e serviços de maior valor agregado e 
o crescente estímulo à ação de empresas brasileiras na América do Sul, ampliando 
laços comerciais estratégicos. 
Abaixo, seguem os programas atualmente em vigor neste sentido: 
• BNDES EXIM 
Financiamento à produção de bens e de serviços brasileiros destinados à 
exportação e à comercialização destes itens no exterior. 
Na fase pré-embarque da mercadoria, empresas produtoras e exportadoras, de 
qualquer porte, constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede e 
administração no País podem solicitar o financiamento, ressaltando que empresas 
de pequeno porte possuem condições mais vantajosas em relação às taxas de 
juros vigentes. A ideia deste tipo de operação é adiantar recursos ao produtor 
exportador, no total de até 90% da receita de exportação, dependendo do 
produto ou serviço, antes mesmo deles estarem prontos para embarque (ou até 
mesmo fabricados). 
Na fase pós-embarque, o BNDES apoia a comercialização, no exterior, de bens e 
serviços brasileiros por meio do produto BNDES nas seguintes modalidades: 
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✓ Supplier’s credit: a colaboração financeira consiste no refinanciamento ao 
exportador e ocorre por meio da apresentação ao BNDES de títulos ou documentos 
do principal e juros do financiamento concedido pelo exportador ao importador. 
Esses títulos são descontados pelo BNDES, sendo o resultado do desconto liberado 
à empresa exportadora; 
✓ Buyer’s credit: nessas operações, os contratos de financiamento são 
estabelecidos diretamente entre o BNDES e a empresa importadora, com 
interveniência do exportador. As operações são analisadas caso a caso, podendo 
atender estruturas específicas de garantia e desembolso. Por terem condições 
diferenciadas e envolverem diretamente o importador, possuem custo relativo mais 
elevado que a modalidade supplier’s credit, além de possuírem prazo de análise 
mais longo. 
• BNDES FINEM 
Financiamento, de valor superior a R$ 20 milhões, a projetos de implantação, 
expansão e modernização de empreendimentos. A atuação do BNDES, no âmbito 
do Finem, para apoio à inserção internacional é realizada através das seguintes 
linhas de financiamento: 
✓ Apoio à internacionalização: Tem como objetivo estimular a inserção e o 
fortalecimento de empresas com participação de capital nacional no mercado 
internacional através do apoio à aquisição de ativos e à realização de projetos ou 
investimentos no exterior, desde que contribuam para o desenvolvimento 
econômico e social do País. Os itens a serem financiados são: (i) participação 
societária; (ii) aquisição, implantação, ampliação ou modernização de unidades 
produtivas, canais de comercialização e/ou centros de pesquisa e 
desenvolvimento (P&D) no exterior. 
✓ Aquisição de bens de capital: Tem como objetivo apoiar a aquisição de bens 
de capital associada a planos de investimentos apresentados ao BNDES. O 
financiamento dos bens de capital pode ser realizado nas condições financeiras 
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descritas nesta página ou pela linha de financiamento específica do 
empreendimento apoiado, caso esta tenha condições mais vantajosas para o 
cliente e a critério do BNDES. Os bens que podem ser financiados são: aquisição de 
máquinas, equipamentos e bens de informática e automação, associada a planos 
de investimentos apresentados ao BNDES, de forma isolada ou vinculada a projetos. 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008/1 
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos 
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa, 
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a 
custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e 
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega 
contra pagamento. Acerca do SELIC, julgue o item seguinte. 
Foi alterado o modus operandi do SELIC, operado pelo BACEN, que passou a 
liquidar operações com títulos públicos federais em tempo real. 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008/1 
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos 
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa, 
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a 
custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e 
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega 
contra pagamento. Acerca do SELIC, julgue o item seguinte. 
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O SELIC é gerido pelo BACEN e é por ele operado em parceria com a Andima. Os 
seus centros operacionais (centro principal e centro de contingência) estão 
localizados na cidade de São Paulo. 
 
 (FCC - Escriturário (BB)/2011) 
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), do Banco Central do Brasil, 
é um sistema informatizado que 
a) é operado em parceria com a CETIP S.A. Balcão Organizado de Ativos e 
Derivativos. 
b) substituiu o Sistema de Pagamentos Brasileiro − SPB. 
c) tem como participantes, exclusivamente, a Secretaria do Tesouro Nacional e 
bancos múltiplos. 
d) impossibilita a realização de operações compromissadas, ou seja, a venda ou 
compra de títulos com o compromisso de recompra ou revenda. 
e) se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional,bem 
como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos. 
 
 (FCC - Escriturário (BB)/2011/3) 
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) 
a) é o depositário central de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. 
b) pode ter investidores individuais como participantes titulares de contas de 
custódia. 
c) é contraparte nas operações de leilão de títulos privados. 
d) registra operações com debêntures no mercado secundário. 
e) é a câmara de liquidação física e financeira de títulos de emissão privada. 
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 (CESGRANRIO - Escriturário (BB)/2010) 
O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia – foi desenvolvido em 1979 
pelo Banco Central do Brasil e pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições 
do Mercado Aberto) com a finalidade de 
a) custodiar os títulos públicos e privados negociados no mercado aberto antes de 
sua liquidação financeira. 
b) liquidar financeiramente as ações negociadas no mercado de Bolsa de Valores 
e custodiar os títulos públicos. 
c) regular e fiscalizar a atividade de liquidação e custódia dos títulos públicos 
federais, exercida pelas instituições financeiras. 
d) verificar e controlar o índice de liquidez dos títulos públicos e privados antes da 
sua custódia. 
e) controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda de títulos 
públicos e manter sua custódia física e escritural. 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008 
A Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) é a maior empresa de custódia e de 
liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em 1984 
pelas instituições financeiras em conjunto com o BACEN e iniciou suas atividades 
em 1986, para garantir maior segurança e agilidade às operações do mercado 
financeiro brasileiro. Com relação à CETIP, julgue o item subseqüente. 
A CETIP é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados, títulos 
públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de 
responsabilidade do Tesouro Nacional, de que são exemplos os títulos relacionados 
com empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de Variação 
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Salarial (FCVS), com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária 
(PROAGRO) e com a dívida agrária (TDA). 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008/2 
A Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP) é a maior 
empresa de custódia e de liquidação financeira da América Latina. Sem fins 
lucrativos, foi criada em agosto de 1984 pelas instituições financeiras em conjunto 
com o BACEN e iniciou suas atividades em março de 1986, para garantir mais 
segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. Com 
relação à CETIP, julgue o item subseqüente. 
Na qualidade de depositária, a CETIP processa a emissão, o resgate e a custódia 
dos títulos, bem como, quando é o caso, o pagamento dos juros e demais eventos 
a eles relacionados. 
 
 FCC - Escriturário (BB)/2006 
Os depósitos interfinanceiros (DI) constituem um mecanismo ágil de transferência 
de recursos entre instituições financeiras. As operações para liquidação no dia 
seguinte ao da negociação são registradas 
a) na Bolsa de Mercadorias & Futuros. 
b) no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia − SELIC. 
c) na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC. 
d) na Câmara de Custódia e Liquidação − CETIP. 
e) na Câmara Interbancária de Pagamentos − CIP. 
 
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 FCC - Escriturário (BB)/2011 
A CETIP S.A. Balcão Organizado de Ativos e Derivativos 
a) registra operações de ações realizadas no mercado de bolsa. 
b) efetua a custódia escritural de títulos privados de renda fixa. 
c) é contraparte nas operações do mercado primário dos títulos que mantém 
registro. 
d) é a câmara de compensação e liquidação de todos os títulos do Tesouro 
Nacional. 
e) atua separadamente do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB. 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008/1 
A Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) é a maior empresa de custódia e de 
liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em 1984 
pelas instituições financeiras em conjunto com o BACEN e iniciou suas atividades 
em 1986, para garantir maior segurança e agilidade às operações do mercado 
financeiro brasileiro. Com relação à CETIP, julgue o item subseqüente. 
Com poucas exceções, os títulos de renda fixa privados, títulos públicos estaduais e 
municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro 
Nacional são emitidos escrituralmente, isto é, sob a forma de registros eletrônicos. 
Esses títulos emitidos em papel são fisicamente custodiados por bancos autorizados. 
 
 CESPE/CEF/2010 
Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos 
públicos federais no Brasil. 
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==275324==
 
 
 
 
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O BACEN atua no mercado primário de títulos públicos mediante a emissão de 
títulos de sua responsabilidade. 
 
 CESPE/CEF/2010 
Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos 
públicos federais no Brasil. 
O registro das operações no mercado secundário de títulos públicos federais 
ocorre, exclusivamente, na CETIP S.A. – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos. 
 
 CESPE/CEF/2010 
Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos 
públicos federais no Brasil. 
Por questão de isonomia, o BACEN pode comprar ou vender títulos públicos no 
mercado secundário apenas mediante a realização de leilões aos quais, 
independentemente de credenciamento, tenham igual acesso todas as 
instituições financeiras. 
 
 CESPE/CEF/2010 
Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos 
públicos federais no Brasil. 
Por meio das operações conhecidas como overnight, as instituições financeiras 
efetuam gerenciamento de sua liquidez em médio e longo prazos. 
 
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 CESPE/CEF/2010 
Assinale a opção correta a respeito da realização de operações com títulos 
públicos federais no Brasil. 
É vedado ao BACEN comprar títulos da dívida pública na data de sua colocação 
em mercado, salvo para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver 
vencendo em sua carteira. 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2007 
Acerca do mercado de câmbio e do mercado de capitais, julgue o item seguinte. 
As pessoas físicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar 
transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de 
valor, desde que observada a legalidade da transação. 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2007/ 
O preço do dólar influencia a economia brasileira em geral e o mercado decapitais 
em particular. Acerca do mercado de câmbio e do mercado de capitais, julgue o 
item que se segue. 
A taxa de câmbio mede o valor externo da moeda, fornecendo uma relação 
direta entre os preços domésticos das mercadorias e fatores produtivos e desses 
preços nos demais países. 
 
 (FCC - Escriturário (BB)/2011) 
No mercado de câmbio, estão autorizados a operar como agente 
a) as associações de poupança e empréstimo. 
b) as cooperativas de crédito. 
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c) as empresas de arrendamento mercantil. 
d) as agências de fomento. 
e) os bancos múltiplos. 
 
 (FCC - Escriturário (BB)/2010) 
No mercado de câmbio no Brasil são realizadas operações 
a) no mercado à vista apenas por pessoa jurídica. 
b) pelos agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil. 
c) dispensadas da regulamentação e fiscalização pelo Banco Central do Brasil. 
d) no segmento flutuante, relativas a importação e exportação de mercadorias e 
serviços. 
e) de troca de moeda nacional exclusivamente pelo dólar norte-americano ou 
vice-versa. 
 
 (FCC - Escriturário (BB)/2011) 
No regime de câmbio flutuante, o Banco Central do Brasil atua no mercado de 
câmbio, 
a) nele intervindo com o objetivo de evitar oscilações bruscas nas cotações. 
b) desvalorizando a taxa de câmbio com o objetivo de reduzir o cupom cambial. 
c) determinando a taxa de câmbio com o objetivo de incentivar as exportações. 
d) fixando a taxa de câmbio com o objetivo de estimular captações externas. 
e) livremente, dentro da banda cambial por ele estabelecida e divulgada. 
 
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 CESPE - Escriturário (BB)/2007/3 
O preço do dólar influencia a economia brasileira em geral e o mercado de capitais 
em particular. Acerca do mercado de câmbio e do mercado de capitais, julgue o 
item que se segue. 
As taxas de câmbio praticadas no Brasil são definidas pelo BACEN 
 
 CESPE/BB/2009 
As sociedades corretoras de câmbio podem ser constituídas sob a forma de 
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Na denominação 
social das sociedades corretoras de câmbio, deve, obrigatoriamente, constar a 
expressão Corretora de câmbio. Acerca das corretoras de câmbio, julgue os itens 
a seguir. 
As sociedades corretoras de câmbio têm por objeto social exclusivamente a 
intermediação em operações de câmbio, não contemplando, portanto, a prática 
de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. E 
 
 CESPE/BB/2009 
As sociedades corretoras de câmbio são supervisionadas pela CVM. 
 
 FCC - Escriturário (BB)/2006 
NÃO se refere a uma competência do Banco Central do Brasil: 
a) exercer a fiscalização das instituições financeiras. 
b) executar os serviços do meio circulante. 
c) emitir moeda-papel e moeda metálica. 
d) receber os recolhimentos compulsórios. 
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e) fixar as diretrizes e normas da política cambial. 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008 
Bancos de câmbio são instituições financeiras autorizadas a realizar, sem restrições, 
operações de câmbio e operações de crédito vinculadas às de câmbio. Com 
relação aos bancos de câmbio, julgue o item que se segue. 
 
 FCC - Escriturário (BB)/2006 
O contrato de câmbio 
a) é um ato unilateral e não oneroso. 
b) tem por objetivo a compra ou a venda de moeda estrangeira. 
c) implica a entrega de moeda estrangeira ao exportador. 
d) não tem prazo limite para sua liquidação. 
e) implica a concessão de bonificações ao importador. 
 
 FCC - Escriturário (BB)/2006/1 
A contratação do câmbio de exportação 
a) deve ser feita obrigatoriamente após o embarque da mercadoria para o 
exterior. 
b) fixa o valor da taxa de câmbio para esse contrato. 
c) pode ser feita antes do embarque da mercadoria para o exterior, mas somente 
de forma parcial. 
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d) deve ser feita obrigatoriamente antes do embarque da mercadoria para o 
exterior, de forma a possibilitar ao exportador obter financiamento com base no 
contrato. 
e) equivale a uma compra e venda mercantil efetuada entre o banco e a empresa 
exportadora. 
 
GABARITOS 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
CERTO ERRADO E A E CERTO CERTO D B CERTO 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
ERRADO ERRADO ERRADO ERRADO CERTO CERTO CERTO E B A 
21 22 23 24 25 26 27 
ERRADO ERRADO ERRADO E CERTO B B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008/1 
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos 
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa, 
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a 
custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e 
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega 
contra pagamento. Acerca do SELIC, julgue o item seguinte. 
Foi alterado o modus operandi do SELIC, operado pelo BACEN, que passou a 
liquidar operações com títulos públicos federais em tempo real. 
01. Em regra, as operações são liquidadas instantaneamente. É possível atrasar em 
até 60 min ou até as 18:30, o que vier primeiro. 
GABARITO: CERTO 
 
 CESPE - Escriturário (BB)/2008/1 
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) é o depositário central dos 
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa, 
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a 
custódia. O sistema processa também a liquidação das operações definitivas e 
compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo 1 de entrega 
contra pagamento. Acerca do SELIC, julgue o item seguinte. 
O SELIC é gerido pelo BACEN e é por ele operado em parceria com a Andima. Os 
seus centros operacionais (centro principal e centro de contingência) estão 
localizados na cidade de São Paulo. 
A questão contém 2 erros. 
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Primeiro, o sistema é gerido pelo Bacen em parceria com a ANBIMA – associação 
que representa as instituições que atuam no mercado de capitais. 
Segundo, os centros operacionais estão localizados no Rio de Janeiro. 
GABARITO: ERRADO 
 
 (FCC - Escriturário (BB)/2011) 
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), do Banco Central do Brasil, 
é um sistema informatizado que 
a) é operado em parceria com a CETIP S.A. Balcão Organizado de Ativos e 
Derivativos. 
b) substituiu o Sistema de

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