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Escolas-Comunas: Educação Socialista

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Descrição da imagem:
Desenho de algumas pessoas sentadas à mesa.
Seguindo a proposição de Marx, segundo a qual, não basta estudar a realidade, mas transformá-
la, as escolas-comunas reuniram experientes e reconhecidos educadores russos que se dedicaram à 
tarefa de criar formas e conteúdos escolares sob o socialismo nascente, a fim de transferir tais 
conhecimentos para as escolas regulares, sendo assim tratadas como escolas experimentais-
demonstrativas. Os trabalhadores da escola-comuna partiram de Marx e Lênin sobre o 
desenvolvimento multilateral da personalidade no comunismo, sobre a necessidade de combinar o 
ensino com o trabalho produtivo, com a vida, sobre a formação do coletivismo e a relação criativa do 
trabalho com o estudo.
PARADA OBRIGATÓRIA
A construção pedagógica da escola-comuna é aqui apresentada a partir do relato sistematizado 
por Moisey Pistrak, cobrindo um percurso de trabalho coletivo que vai de 1917 a 1937. Como disse 
Viktor N Shulgin, outro pedagogo do grupo, autor do livro “Questões fundamentais da educação 
social”, este texto não lhe pertence, em termos das ideias fundamentais ali desenvolvidas, as quais só 
se tornaram possíveis pelo fato de haver, pessoalmente, observado e tomado parte na construção da 
Escola-Comuna do NarKomPros.
MOISEY PISTRAK
Moisey Pistrak fez parte desse grupo de educadores e foi o responsável pela Escola-Comuna 
P. N. Lepeshinskiy, a que mais se destacou, também chamada Escola-Comuna do NarKomPros. 
(NarKomPros é a abreviatura de Comissariado Nacional da Educação, órgão criado com a 
finalidade de cuidar de toda a vida cultural da Rússia, e não apenas da educação, em 26 de 
outubro de 1917, em substituição ao Ministério da Educação da época tsarista). Pistrak, em face 
dos conflitos internos e da perseguição estalinista dos anos de 1930, foi preso e três meses 
depois fuzilado, no dia 25 de dezembro de 1937.
A publicação dos programas oficiais da educação na república dos sovietes foi determinada em 
nível internacional, pelo Secretariado Pedagógico Internacional dos Trabalhadores do Ensino, reunidos 
em Paris, em abril de 1925. No Brasil, o documento foi publicado somente em 1935, pela Companhia 
Editora Nacional. A publicação internacional das ideias socialistas a respeito da educação era uma 
necessidade fundamental para aqueles que acreditavam ser impossível a vitória da revolução 
socialista ocorrida na Rússia se a mesma não se estendesse ao restante das nações, revelando, 
assim, a convicção dos revolucionários quanto à força da ação educativa nos processos de 
transformação social e, o que é mais importante, estando tal ação assentada no significado do 
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