Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 CURSO : BIOMEDICINA DISCIPLINA: ESTAGIO 
 
 
NOME DO ALUNO: ROSICLEIA DE OLIVEIRA 
 
 
R.A:2030178 POLO: ALPHAVILLE - BARUERI 
 
 DATA: 12/05/ 2023 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
O estágio em Biomedicina é uma parte essencial do currículo de estudantes dessa área, 
fornecendo uma oportunidade valiosa para aplicar o conhecimento teórico adquirido 
durante o curso em um ambiente de trabalho real. Durante o estágio, os estudantes de 
Biomedicina têm a oportunidade de trabalhar em diversos setores, como laboratórios de 
análises clinicas e aprender como funciona as atividades de rotina de um laboratório clinico. 
Durante o estágio, os estagiários em Biomedicina têm a oportunidade de adquirir 
experiência prática em várias áreas da disciplina, como análises clínicas, hematologia, 
microbiologia, imunologia, genética, bioquímica, entre outras. Eles aprendem a realizar 
testes e análises laboratoriais, manusear equipamentos especializados, interpretar 
resultados, documentar e relatar suas descobertas. 
A área de análises clínicas desempenha um papel fundamental no 
diagnóstico e monitoramento de doenças, fornecendo informações valiosas 
para a tomada de decisões médicas. 
Segen, J.C. (Ed.). (2012). "Analyses cliniques." The Gale Encyclopedia of Medicine (5th 
ed., Vol. 1). Gale. 
Além disso, o estágio em Biomedicina permite que os estudantes trabalhem em equipe, 
colaborem com outros profissionais de saúde e adquiram habilidades de comunicação, 
gerenciamento de tempo e resolução de problemas. Eles também aprendem a lidar com 
amostras biológicas, seguir protocolos de segurança e ética profissional. 
O estágio em Biomedicina é uma oportunidade valiosa para os estudantes aplicarem seus 
conhecimentos teóricos em situações reais, ganharem experiência prática relevante para o 
campo e desenvolverem habilidades profissionais essenciais. Além disso, o estágio pode 
fornecer insights sobre diferentes áreas de atuação dentro da Biomedicina, ajudando os 
estudantes a tomarem decisões mais informadas sobre sua futura carreira. 
Em resumo, o estágio em Biomedicina oferece aos estudantes uma oportunidade de 
aprendizado prático, desenvolvimento de habilidades e familiarização com o ambiente de 
trabalho, preparando-os para uma carreira bem-sucedida nessa área da saúde. 
 
 
 
 
 
ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
"A química clínica e a biologia molecular são áreas interdisciplinares que abordam a aplicação de princípios 
químicos e moleculares no diagnóstico e monitoramento de doenças. Essas análises clínicas incluem a 
medição de substâncias químicas no sangue, urina e outros fluidos corporais, bem como a detecção de 
biomarcadores moleculares específicos." 
FASES EM ANÁLISES CLÍNICAS 
As análises clínicas compreendem várias fases essenciais que são realizadas para fornecer 
informações diagnósticas sobre a saúde dos pacientes. 
"A garantia da qualidade é um aspecto crucial nas análises clínicas, uma vez que a 
precisão e a confiabilidade dos resultados são fundamentais para o cuidado do 
paciente. A implementação de sistemas de gestão da qualidade, como ISO 15189, 
desempenha um papel vital na melhoria contínua dos processos laboratoriais e na 
garantia da confiabilidade dos resultados." 
Harmening, D.M. (2017). "Clinical Hematology and Fundamentals of Hemostasis" (6th ed.). F.A. Davis 
Company. 
 
A fase pré-analítica é uma etapa crucial, que compreende todas as atividades realizadas 
antes da análise propriamente dita. Essa fase abrange desde a solicitação e verificação do 
pedido do exame até a preparação e identificação adequada das amostras biológicas 
coletadas. 
Durante a fase pré-analítica, é essencial garantir a qualidade das amostras e evitar qualquer 
interferência que possa comprometer os resultados. Algumas etapas fundamentais nessa 
fase incluem: 
1. Solicitação adequada do exame e verificação do pedido: O profissional de saúde 
responsável deve verificar autenticidade do pedido de exame comprovar os dados 
do paciente, verificar o tipo de análise desejada e a finalidade clínica. 
2. Preparação do paciente: Em alguns casos, é necessário orientar o paciente sobre 
preparações específicas antes da coleta da amostra, como jejum alimentar ou 
interrupção temporária de medicamentos. Essas instruções devem ser fornecidas de 
forma clara e precisa, garantindo a colaboração do paciente. 
3. Coleta adequada da amostra: A coleta de amostras biológicas, como sangue, urina 
ou outros fluidos corporais, deve ser realizada de acordo com as técnicas e os 
procedimentos estabelecidos. É essencial seguir as diretrizes de higiene, utilizar 
materiais estéreis, identificar corretamente as amostras e registrar informações 
relevantes, como data e hora da coleta. 
 
4. Processamento e armazenamento das amostras: Após a coleta, as amostras devem 
ser processadas e preparadas adequadamente. Isso pode envolver a separação de 
componentes específicos, como plasma ou soro, por meio de centrifugação, além de 
aplicar técnicas de preservação adequadas. O armazenamento das amostras em 
condições adequadas de temperatura e umidade também é essencial para a 
preservação da integridade das amostras. 
5. Identificação e rastreabilidade das amostras: Cada amostra coletada deve ser 
identificada de forma única e rastreável. Isso envolve a rotulagem adequada, com 
informações precisas do paciente, data e hora da coleta, além de outros dados 
relevantes. A correta identificação das amostras é fundamental para evitar erros de 
amostragem ou mistura de resultados. 
6. Transporte seguro das amostras: Caso as amostras precisem ser transportadas para 
outros locais de análise, é necessário seguir os protocolos adequados de embalagem, 
transporte e armazenamento. Isso garante que as amostras cheguem ao laboratório 
sem danos e em condições adequadas para análise. 
A fase pré-analítica desempenha um papel crucial na qualidade e confiabilidade dos 
resultados das análises clínicas. Esta fase e responsável pela a maioria dos erros de 
diagnósticos. Abordagem cuidadosa e padronizada nessa fase ajuda a minimizar esses erros 
e interferências, assegurando que as amostras sejam adequadas para a análise e que os 
resultados sejam representativos do estado de saúde do paciente. 
A fase analítica das análises clínicas é uma etapa fundamental no processo de diagnóstico 
e monitoramento de doenças. Nessa fase, ocorre a realização dos testes laboratoriais que 
envolvem a detecção e quantificação de diferentes substâncias presentes no organismo. 
Os testes podem abranger uma ampla variedade de análises, como exames de sangue, urina, 
fezes, líquidos corporais e tecidos. Cada teste requer uma metodologia específica e 
equipamentos adequados para processar as amostras biológicas e obter resultados precisos. 
Durante a fase analítica, o profissional terá que verificar o processo de: 
• Observação e adequação da amostra para a análise, deve avaliar se a amostra está 
corretamente identificada, se está em boas condições físicas. Estando tudo de acordo 
como o protocolo , segue para para teste, não estando de acordo vai para descarte a 
amostra e o paciente e informado. 
• Amostras coletadas dos pacientes irão ser preparadas e processadas para a análise. 
Isso pode envolver a separação de componentes, como células e proteínas, por meio 
de centrifugação ou técnicas de extração. Em seguida, são aplicados métodos 
 
bioquímicos, imunológicos, microbiológicos e moleculares para identificar e 
quantificar as substâncias de interesse. 
• Resultados obtidos na fase analítica são interpretados pelos profissionais de saúde, 
levando em consideração os valores de referência estabelecidos para cada teste. 
No entanto esta fase das análises clínicas também possui probabilidadesde erros, sendo 
eles de 10% a 15 % nas margens probabilísticas de diagnósticos. A qualidade e precisão 
dos resultados na fase analítica são fundamentais para garantir a confiabilidade dos 
diagnósticos. Para isso, são adotados rigorosos controles de qualidade, incluindo calibração 
dos equipamentos, validação dos métodos, controle de qualidade interno e participação em 
programas de controle externo de qualidade. Para um processo complexo é essencial para 
a obtenção de informações precisas sobre a saúde dos pacientes. Por meio dela, é possível 
identificar e quantificar substâncias relevantes, auxiliando no diagnóstico e tratamento 
adequado de diversas patologias. 
A fase pós-analítica em análises clínicas abrange desde a obtenção do resultado até a 
entrega ao solicitante. Nesta etapa, ocorrem aproximadamente de 20% a 30% dos erros 
laboratoriais. Os principais aspectos dessa fase são: 
1. Validação do resultado: é o processo que consiste em verificar a consistência e a 
plausibilidade do resultado obtido na fase analítica. Deve levar em consideração os 
critérios de aceitação, os valores de referência, os dados clínicos do paciente e os 
possíveis interferentes. Caso haja discrepância ou dúvida, o resultado deve ser 
revisado ou repetido. 
2. Liberação do resultado: é o processo de disponibilizar o resultado para o solicitante. 
Pode ser feito por meio de impressão, envio eletrônico ou verbal, garantindo a 
confidencialidade e a segurança das informações. Deve ser realizado dentro do 
prazo estabelecido para cada exame. 
3. Interpretação do resultado: é o processo de análise crítica e integrada do resultado 
obtido na fase analítica. Deve levar em consideração os dados clínicos do paciente, 
os valores de referência, os fatores fisiológicos e patológicos que podem influenciar 
o resultado, bem como as limitações da técnica ou método utilizado. Deve fornecer 
uma conclusão diagnóstica ou prognóstica sobre o estado de saúde do paciente. 
4. Comunicação do resultado: é o processo de transmitir o resultado e sua interpretação 
ao solicitante. Pode ser feita por meio de laudo escrito ou verbal. A comunicação 
deve ser clara, objetiva e precisa, respeitando a linguagem e o nível de conhecimento 
do solicitante. 
 
“A área de análises clínicas desempenha um papel fundamental no diagnóstico e 
monitoramento de doenças, fornecendo informações valiosas para a tomada de 
decisões médicas. “ 
Segen, J.C. (Ed.). (2012). "Analyses cliniques." The Gale Encyclopedia of Medicine (5th ed., Vol. 
1). Gale 
 
Perfil bioquímico 
Em resumo, o perfil bioquímico é um conjunto de exames laboratoriais que fornecem 
informações essenciais sobre diversos aspectos da saúde do paciente. Esses exames são 
fundamentais para o diagnóstico e acompanhamento e prevenção de doenças, 
funcionamento dos órgãos e sistemas do organismo para uma melhor condições de saúde 
do paciente. 
O perfil bioquímico é composto por uma série de testes que abrangem diferentes aspectos 
bioquímicos, tais como: 
• Glicose: avalia os níveis de açúcar no sangue, sendo fundamental para o diagnóstico 
e monitoramento do diabetes. 
• Colesterol e triglicerídeos: mensuram as lipoproteínas presentes no sangue, 
fornecendo informações sobre o risco de doenças cardiovasculares. 
• Função hepática: exames como ALT, AST, bilirrubinas e fosfatase alcalina avaliam 
a saúde e o funcionamento do fígado. 
• Função renal: exames como creatinina e ureia medem a eficiência dos rins na 
filtragem e excreção de substâncias do organismo. 
• Eletrólitos: incluem sódio, potássio e cálcio, que desempenham papéis cruciais no 
equilíbrio eletrolítico e na função neuromuscular. 
• Proteínas totais: avaliam a concentração de proteínas no sangue, auxiliando no 
diagnóstico de condições como desnutrição, doenças hepáticas e renais. 
• Enzimas cardíacas: como a troponina e a creatina quinase (CK), são utilizadas na 
avaliação de danos cardíacos e infarto do miocárdio. 
Esses são apenas alguns dos parâmetros comumente avaliados em um perfil bioquímico. 
Os resultados desses exames são interpretados em conjunto, considerando os valores de 
referência, histórico médico do paciente e outros sintomas clínicos, fornecendo um 
panorama abrangente da saúde do indivíduo. 
O perfil bioquímico é uma ferramenta valiosa para médicos e profissionais de saúde, 
permitindo a identificação precoce de desequilíbrios bioquímicos e o monitoramento de 
 
doenças crônicas. Com base nos resultados, é possível direcionar tratamentos, ajustar 
medicamentos, adotar medidas preventivas e acompanhar a eficácia das intervenções 
médicas. 
Perfil bioquímico renal 
O perfil renal é uma série de testes laboratoriais utilizados para avaliar a função dos rins e 
detectar possíveis problemas renais. Esses testes fornecem informações sobre a capacidade 
dos rins de filtrar resíduos e substâncias indesejadas do sangue, equilibrar eletrólitos e 
manter o equilíbrio ácido-base no corpo. 
O diagnóstico do mau funcionamento dos Rins na maioria das vezes é tardio pois a 
maioria dos casos quando identificados já temos o comprometimento da maioria do órgão. 
A detecção precoce desempenha um papel crucial na prevenção da DRC (Doença Renal 
Crônica). Em geral, essa condição é assintomática até atingir estágios avançados. Muitos 
pacientes só procuram assistência médica quando já apresentam complicações relacionadas 
à doença ou comorbidades. 
O diagnóstico da DRC(doença Renal Crônica) é feito por meio de exames laboratoriais que 
identificam biomarcadores essenciais para avaliar a função renal. Esses exames ajudam a 
identificar precocemente qualquer comprometimento renal, permitindo que medidas 
preventivas sejam adotadas. 
 
Imagem retirada do Site Mindmeister.(Acesso em 13/05/2023 
https://www.mindmeister.com/pt/1622823752/sistema-renal?fullscreen=1# 
 
 
Imagem retirada do Site Mindmeister.(Acesso em 13/05/2023 
https://www.mindmeister.com/pt/1622823752/sistema-renal?fullscreen=1# 
 
 
Imagem retirada do Site Mindmeister.(Acesso em 13/05/2023 
https://www.mindmeister.com/pt/1622823752/sistema-renal?fullscreen=1# 
 
Geralmente avaliamos a função renal através da análises de sangue e urina, porem também 
podemos realizar exames de imagem como ultrassom e tomografia Computadorizada e a 
citologia como biopsia. 
Segue exames mais comuns normalmente executados em triagem: 
1. Creatinina: A creatinina é um resíduo metabólico Nitrogenado eliminado pelos 
Rins, produzido pelo músculo de acordo com a proporção da massa muscular. 
 
Eliminada através da filtração glomerular e, em menor grau, por secreção tubular. 
O nível de creatinina no sangue depende principalmente da taxa de filtração 
glomerular (TFG) e da massa muscular. Embora seja um marcador específico, a 
creatinina tem baixa sensibilidade como indicador da função renal. Aumentos nos 
níveis séricos de creatinina (creatininemia) são observados em casos de diminuição 
da TFG (insuficiência renal aguda ou crônica) ou aumento da massa muscular 
(hipertrofia muscular, exercício intenso). Por outro lado, a diminuição da creatinina 
sérica pode ocorrer em situações de aumento da TFG (gravidez, doença hepática 
crônica) ou diminuição da massa muscular (atrofia muscular, desnutrição). 
2. Ureia: A ureia é outra substância que é filtrada pelos rins. O nível de ureia no sangue 
é utilizado para avaliar a eficiência da função renal. 
3. Uréia sérica: A uréia é a forma de excreção do nitrogênio produzida a partir da 
degradação de proteínas no fígado. Seu nível sérico aumenta com diminuição da 
filtração renal. 
4. Creatinina sérica: A creatinina sérica é usada como marcador de função renal, já que 
sua excreção pelos rins é proporcional à filtração glomerular. 
5. Eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fósforo): Os rins desempenham um papel 
importante na regulação dos níveis de eletrólitos no corpo. Os níveis anormais 
desses eletrólitos no sanguepodem indicar problemas renais. 
6. Ácido úrico: O ácido úrico é um produto do metabolismo das purinas e é excretado 
pelos rins. Níveis elevados de ácido úrico podem indicar problemas renais ou gota. 
7. Análise de urina: A análise de urina pode fornecer informações sobre a presença de 
sangue, proteínas, células e outras substâncias anormais, que podem indicar 
disfunção renal. 
Várias doenças têm associação com à função renal, afetam a saúde dos rins. As principais 
doenças renais incluem: 
• Doença renal crônica (DRC): É uma condição progressiva em que os rins 
gradualmente perdem sua capacidade de funcionar adequadamente ao longo do 
tempo. Pode ser causada por diversas condições, como hipertensão arterial, 
diabetes, doenças autoimunes, infecções recorrentes, entre outras. 
• Insuficiência renal aguda (IRA): Refere-se a uma perda súbita da função renal, 
geralmente causada por uma lesão, infecção grave, obstrução urinária ou diminuição 
significativa do fluxo sanguíneo para os rins. A insuficiência renal aguda requer 
 
tratamento imediato, pois pode ser potencialmente fatal se não for tratada 
adequadamente. 
• Nefrite: É a inflamação dos rins e pode ter várias causas, incluindo infecções 
bacterianas ou virais, doenças autoimunes (como a glomerulonefrite) e certos 
medicamentos. A nefrite pode afetar a função renal e levar a complicações graves. 
Pedras nos rins: Também conhecidas como cálculos renais, são formações sólidas que se 
desenvolvem nos rins a partir do acúmulo de minerais e outras substâncias presentes na 
urina. Essas pedras podem causar dor intensa e obstruir o fluxo de urina, afetando a função 
renal. 
• Doença renal policística (DRP): É uma doença genética em que cistos cheios de 
líquido se formam nos rins. Com o tempo, esses cistos aumentam de tamanho e 
podem afetar a função renal, levando à insuficiência renal. 
• Glomerulonefrite: É uma inflamação dos glomérulos, que são pequenos filtros nos 
rins responsáveis pela filtração do sangue. Pode ser causada por infecções, doenças 
autoimunes ou problemas vasculares. A glomerulonefrite pode afetar a função renal 
e levar à retenção de líquidos e outros problemas de saúde. 
Essas são apenas algumas das doenças renais mais comuns pois existem outras condições 
que também podem afetar a função renal. 
Os perfis renais são comumente solicitados como parte de exames de rotina, pré-operatórios 
ou para avaliar alguns sintomas que esteja relacionado com a função dos rins, como dor 
lombar, alterações na micção, inchaço, fadiga ou alterações na pressão arterial. 
O diagnóstico de insuficiência renal é considerado quando a taxa de filtração glomerular 
(TFG) é menor que 60 mL/min/1,73 m². Já a insuficiência renal grave ou falência renal é 
diagnosticada quando a TFG é menor que 15 mL/min/1,73 m². 
Os valores de referência para a TFG podem ser classificados da seguinte forma: 
• Normal (≥ 90 e < 120 mL/min/1,73 m²); 
• Diminuição leve da TFG (≥ 60 e < 90 mL/min/1,73 m²); 
• Diminuição moderada da TFG (≥ 30 e < 60 mL/min/1,73 m²); 
• Diminuição severa da TFG (≥ 15 e < 30 mL/min/1,73 m²). 
Esses valores são utilizados para avaliar a função renal e podem auxiliar no diagnóstico e 
monitoramento de doenças renais. 
Ionograma: 
 
O ionograma é um teste laboratorial que avalia os níveis de íons e eletrólitos no sangue ou 
Urina, proporcionando informações importantes sobre o equilíbrio eletrolítico do 
organismo. Ele geralmente mede os seguintes íons: 
1. Sódio (Na+): O sódio é essencial para a regulação do equilíbrio de água no corpo e 
a função neuromuscular adequada. Níveis elevados ou baixos de sódio podem 
indicar desequilíbrios hidroeletrolíticos. 
2. Potássio (K+): O potássio desempenha um papel vital na função cardíaca, contração 
muscular e equilíbrio hídrico. Níveis anormais de potássio podem estar relacionados 
a distúrbios renais, cardíacos ou endócrinos. 
3. Cloro (Cl-): O cloro é um íon que está intimamente ligado ao sódio, ajudando a 
manter o equilíbrio de líquidos no corpo. Níveis elevados ou baixos de cloro podem 
estar associados a distúrbios renais ou problemas respiratórios. 
4. Cálcio (Ca2+): O cálcio é necessário para a saúde óssea, função muscular e 
coagulação sanguínea adequada. Níveis anormais de cálcio podem ser indicativos 
de doenças metabólicas, problemas renais ou desequilíbrios hormonais. 
5. Magnésio (Mg2+): O magnésio está envolvido em várias funções celulares, 
incluindo o metabolismo energético e a função muscular. Desvios nos níveis de 
magnésio podem estar associados a distúrbios metabólicos ou doenças renais. 
O ionograma é frequentemente solicitado como parte da avaliação de rotina ou para 
investigar sintomas como fraqueza, desidratação, alterações neuromusculares, problemas 
cardíacos, entre outros. 
Além dos fatores mencionados anteriormente, outros aspectos podem afetar os níveis de 
eletrólitos no organismo. Esses incluem condições médicas subjacentes, como insuficiência 
renal, diabetes, distúrbios hormonais, doenças gastrointestinais, uso prolongado de 
diuréticos, desequilíbrios hormonais e distúrbios metabólicos. 
Valores de referência no ionograma: 
Os resultados de um hemograma apresentam valores numéricos diferentes para cada 
eletrólito e devem ser comparados posteriormente com os valores de referência (valores 
esperados ou normais). 
Tanto os resultados como os valores de referência geralmente são apresentados em 
miliequivalentes (mEq) ou milimoles (mmol) por litro (l). 
Podemos ter como referência os seguintes valores para alguns dos eletrólitos analisados em 
um ionograma: 
 
• Sódio: Entre 136 e 145 mEq/l ou 136-145 mmol/l. 
• Potássio: Entre 3,5 e 5,0 mEq/l ou 3,5 e 5,0 mmol/l. 
• Cálcio: Entre 2,2 e 2,6 mmol/l. 
• Cloro ou cloreto: Entre 97 e 107 mEq/l. 
• Fósforo: 
• 0 - 10 dias: 4,5 a 9,0 mg/dL 1 
• 11 dias a 2 anos: 4,5 a 6,7 mg/dL 1 
• 3 a 12 anos: 4,5 a 5,5 mg/dL 1 
• A partir de 13 anos e adultos: 2,5 a 4,5 mg/dL 
Esses são apenas alguns exemplos de eletrólitos analisados em um ionograma, e outros 
eletrólitos também têm seus próprios intervalos de referência específicos. É importante 
ressaltar que os valores de referência podem variar ligeiramente dependendo do laboratório 
ou do método de análise utilizado, portanto, é sempre recomendado consultar o médico ou 
profissional de saúde responsável pela interpretação dos resultados para obter uma análise 
precisa e completa. 
Perfil bioquímico hepático: 
O perfil bioquímico hepático é um conjunto de exames laboratoriais que avaliam a função 
hepática e fornecem informações sobre a saúde do fígado. Esses exames são fundamentais 
para auxiliar no diagnóstico e monitoramento de diversas condições hepáticas, incluindo 
doenças do fígado, lesões hepáticas, hepatites virais, cirrose, entre outras. 
O perfil bioquímico hepático geralmente inclui os seguintes testes: 
1. Alanina aminotransferase (ALT): A ALT é uma enzima encontrada principalmente 
nas células hepáticas. A elevação dos níveis de ALT pode indicar lesão ou 
inflamação no fígado, como ocorre na hepatite viral, hepatite alcoólica, esteatose 
hepática (acúmulo de gordura no fígado) ou cirrose. 
2. Aspartato aminotransferase (AST): A AST também é uma enzima presente nas 
células hepáticas, mas também é encontrada em outros tecidos, como músculos e 
coração. A elevação dos níveis de AST pode ser um indicativo de danos no fígado, 
mas também pode estar relacionada a lesões musculares, infarto do miocárdio ou 
outras condições. 
3. Fosfatase alcalina (FA): A FA é uma enzima presente em diversos tecidos do corpo, 
incluindo o fígado, os ossos e os rins. Aumentos nos níveis de FA podem ocorrer 
 
em casos de obstrução do sistema biliar, como cálculos biliares ou tumores, ou em 
condições que afetam o crescimento ósseo. 
4. Bilirrubina: A bilirrubina é uma substância produzida durante a quebra das células 
vermelhas do sangue. O aumento dos níveis debilirrubina pode indicar disfunção 
hepática, como na hepatite, cirrose ou obstrução do sistema biliar. 
5. Albumina: A albumina é uma proteína sintetizada no fígado. Níveis baixos de 
albumina podem indicar comprometimento da função hepática, como ocorre na 
cirrose, doença hepática crônica ou desnutrição. 
6. Tempo de protrombina (TP) ou tempo de coagulação: Esse teste avalia o tempo 
necessário para o sangue coagular. A função hepática adequada é essencial para a 
coagulação normal do sangue. Alterações no TP podem indicar doença hepática ou 
disfunção da coagulação. 
Além desses testes, dependendo do caso clínico, outros exames podem ser solicitados, como 
gama-glutamiltransferase (GGT), lactato desidrogenase (LDH), ferritina, entre outros, para 
fornecer uma avaliação mais completa da função hepática. 
Os valores de referência do perfil hepático podem variar dependendo do método utilizado 
pelo laboratório. Aqui estão alguns valores aproximados: 
• ALT ou TGP: até 40 U/L. 
• AST ou TGO: até 40 U/L. 
• FAL: 30 a 120 U/L. 
• GGT ou Gama GT: 9 a 48 U/L para homens e 7 a 32 U/L para mulheres. 
• Bilirrubina direta: até 0,3 mg/dL. 
• Bilirrubina indireta: até 0,8 mg/dL. 
• Bilirrubina total: até 1,2 mg/dL. 
Em geral, valores elevados de ALT, AST, FAL ou GGT podem indicar doença hepática ou 
lesão no fígado, enquanto valores elevados de bilirrubina direta, indireta ou total podem 
indicar problemas na produção ou eliminação da bilirrubina pelo fígado, bem como outras 
condições relacionadas às vias biliares ou ao metabolismo dos glóbulos vermelhos. 
No entanto, é importante ressaltar que os valores do perfil hepático devem sempre ser 
interpretados em conjunto com outros exames e avaliações clínicas, para que se possa 
chegar a um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. 
Perfil bioquímico cardíaco 
 
O perfil cardíaco é um conjunto de exames e análises bioquímicas que avaliam a função e 
a saúde do coração. Sendo hoje um exame comumente utilizado na prática clínica para 
diagnosticar e tratar doenças como hipertensão, Infarto agudo do miocárdio, insuficiência 
cardíaca, cardiopatia congênita, endocardite, arritmias cardíacas, angina, miocardite. 
Esses exames são importantes para diagnosticar doenças cardíacas, monitorar o tratamento 
e avaliar o risco de complicações cardiovasculares. Alguns exames bioquímicos 
comumente incluídos no perfil cardíaco são compostos por quatro marcadores principais: 
• Mioglobina: é uma proteína que transporta oxigênio nos músculos esqueléticos e 
cardíacos. A mioglobina é liberada na corrente sanguínea quando há lesão das fibras 
musculares e pode se elevar rapidamente após um infarto do miocárdio. No entanto, 
sua elevação não é específica para lesão cardíaca, podendo ocorrer em outras 
condições que afetam os músculos. 
• Creatina quinase total e isoenzima MB (CK-MB): são enzimas que participam do 
metabolismo energético dos músculos esqueléticos e cardíacos. A CK-MB é a 
isoenzima mais específica para o músculo cardíaco, sendo um dos marcadores mais 
utilizados para o diagnóstico de infarto do miocárdio. Sua elevação geralmente 
ocorre algumas horas após o evento agudo e pode permanecer elevada por até 3 dias. 
No entanto, a CK total e suas outras isoenzimas também podem se elevar em outras 
condições, como distrofia muscular e exercícios físicos intensos. 
• Troponinas cardíacas I e T (cTnI e cTnT): são proteínas que regulam a contração do 
músculo cardíaco e são considerados os marcadores mais sensíveis e específicos 
para o diagnóstico de infarto do miocárdio. Sua elevação geralmente ocorre algumas 
horas após o evento agudo e pode permanecer elevada por até duas semanas. No 
entanto, sua elevação também pode ocorrer em outras condições que afetam o 
coração, como insuficiência cardíaca e miocardite.Estão presentes comumente e 
caso de lesões no miocárdio. 
• Desidrogenase láctica (LDH) e isoenzima LDH1: são enzimas que participam do 
metabolismo da glicose nos tecidos. A LDH1 é a isoenzima predominante no 
músculo cardíaco. A elevação da LDH e da LDH1 geralmente ocorre algumas horas 
após o evento agudo e pode permanecer elevada por até duas semanas. No entanto, 
sua elevação também pode ocorrer em outras condições que afetam outros tecidos 
e órgãos. 
Também temos Colesterol total e frações (HDL, LDL, VLDL), Triglicerídeos, Ácido úrico, 
Proteína C-reativa (PCR), BNP (Peptídeo natriurético do tipo B). 
 
Os valores de referência para a creatina quinase (CK) total são de 6 a 8 g/dL, e para a fração 
MB (CK-MB), de 0 a 3 ng/mL. Os valores de referência para a troponina I são inferiores a 
0,04 ng/mL, e para a troponina T, inferiores a 0,01 ng/mL. Os valores de referência para a 
mioglobina são inferiores a 90 ng/mL. 
Perfil bioquímico lipídico: 
O lipidograma, também conhecido como perfil bioquímico lipídico, é um conjunto de 
exames de sangue que medem os níveis de lipídios, como colesterol e triglicerídeos. Este 
perfil é importante para avaliar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do 
miocárdio, acidente vascular cerebral e aterosclerose. O perfil pode incluir medidas do 
colesterol total, LDL, HDL, VLDL, colesterol não-HDL e triglicerídeos. 
As doenças associadas a alterações no perfil lipídico incluem cardiovasculares 
principalmente, porem também podem ser diagnosticadas doenças como aterosclerose, 
diabetes mellitus, hipotireoidismo e síndrome metabólica em alguns casos ate pancreatite. 
Os valores de referência variam dependendo do laboratório, mas geralmente incluem até 
200 mg/dL de colesterol total, até 130 mg/dL de colesterol LDL, acima de 40 mg/dL de 
colesterol HDL, até 30 mg/dL de colesterol VLDL e até 150 mg/dL de triglicerídeos. 
De acordo com SBAC , Sociedade Brasileira de Analises Clinicas a referência para os perfis 
lipídicos seguem nas tabelas abaixo sendo; 
 
Imagem retirada do site SBAC acesso em 13/05/2023 
 
 
Imagem retirada do site SBAC acesso em 13/05/2023 
 
Para realização do exame o paciente deve seguir as seguintes recomendações; 
• Preparo físico: O paciente deve evitar atividades físicas intensas ou incomuns nas 
duas semanas que antecedem o exame do lipidograma. Isso inclui exercícios que 
não são parte da rotina habitual do paciente. Evitar essas atividades é importante 
para evitar que elas afetem os resultados do lipidograma. 
• Alimentação: Não é necessário fazer restrições alimentares específicas antes do 
exame do lipidograma. O paciente pode manter sua alimentação rotineira antes da 
coleta da amostra de sangue. 
• Bebidas alcoólicas: É recomendado que o paciente suspenda o consumo de bebidas 
alcoólicas pelo menos 3 dias antes da coleta da amostra de sangue para o 
lipidograma. O álcool pode interferir nos resultados dos níveis de lipídios no sangue, 
portanto, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas nesse período. 
• Jejum: O jejum não é obrigatório para a realização do lipidograma, de acordo com 
o Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil 
Lipídico. No entanto, a necessidade ou não de jejum pode depender do tipo de 
análise solicitada. Por exemplo, se o exame incluir a avaliação dos níveis de açúcar 
no sangue (glicemia), recomenda-se um jejum máximo de 14 horas. 
O lipidograma e contraindicada para pacientes em fase gestacional grávidas, o exame só 
deve ser realizado após 3 meses do parto. Durante a gravidez, os níveis lipídicos podem 
sofrer alterações fisiológicas normais, o que pode dificultar a interpretação adequada dos 
resultados do lipidograma nesse período. 
Perfil bioquímico pancreático: 
O exame de perfil bioquímico pancreático é uma análise laboratorial que avalia a função e 
a saúde do pâncreas, um órgão vital do sistema digestivo e endócrino. Ele fornece 
informações valiosas sobre a produção e liberação de enzimas pancreáticas, bem como a 
 
regulação do metabolismo da glicose.Podendo revelar e auxiliar no tratamento de doenças 
como pancreatite aguda, diabetes mellitus e câncer de pâncreas. 
O pâncreas desempenha um papel fundamental na digestão e absorção de nutrientes, além 
de ser responsável pela produção de insulina, um hormônio essencial para o controle dos 
níveis de açúcar no sangue. Portanto, o perfil bioquímico pancreático pode auxiliar no 
diagnóstico e monitoramento de várias doenças. 
Esse exame é realizado através da coleta de uma amostra de sangue do paciente, que será 
analisada quanto aos níveis de várias substâncias, como amilase, lipase, glicose,glucagom, 
insulina e somatostatina. A amilase e a lipase são enzimas produzidas pelo pâncreas e que 
desempenham um papel importante na digestão de carboidratos e gorduras, 
respectivamente. Valores elevados dessas enzimas podem indicar inflamação ou lesão no 
pâncreas. 
Além disso, a avaliação dos níveis de glicose e insulina no perfil bioquímico pancreático 
pode fornecer informações sobre a função endócrina do pâncreas e auxiliar no diagnóstico 
de diabetes. A presença de níveis anormais de glicose ou insulina pode indicar resistência 
à insulina, deficiência de produção de insulina ou outros distúrbios metabólicos. 
Os resultados de referência do perfil bioquímico pancreático podem variar de acordo com 
o método utilizado pelo laboratório. Abaixo estão alguns valores aproximados: 
• Amilase sérica: até 220 U/L 
• Amilase urinária: 1,2 a 3,8% (índice de depurações amilase/creatinina) 
• Lipase sérica: até 160 U/L 
• Glicose sérica: 70 a 110 mg/dL 
• Insulina sérica: 2 a 25 mU/L 
• Peptídeo C sérico: 0,5 a 2 ng/mL 
É importante ressaltar que esses valores podem variar dependendo do método utilizado para 
a análise e que a interpretação dos resultados deve ser feita por um profissional de saúde 
capacitado. Além disso, é fundamental levar em consideração o histórico clínico do paciente 
e outros exames complementares para uma avaliação mais precisa. Em resumo, o exame de 
perfil bioquímico pancreático desempenha um papel essencial na detecção e monitoramento 
de condições relacionadas ao pâncreas, como inflamações, lesões, distúrbios digestivos e 
diabetes. Os resultados obtidos podem ajudar os médicos a planejar o tratamento adequado 
e a acompanhar a resposta do paciente às intervenções terapêuticas. 
 
 
PERFIL HEMATOLÓGICO 
O perfil hematológico é um conjunto de testes laboratoriais que avalia a saúde e o 
funcionamento do sistema hematológico, que inclui os componentes do sangue, como 
células vermelhas, células brancas e plaquetas. Esse perfil fornece informações cruciais 
sobre a saúde do paciente e pode ajudar no diagnóstico e monitoramento de uma variedade 
de condições médicas. 
"A hematologia clínica é uma área importante das análises clínicas, focada na 
avaliação das células sanguíneas e dos processos de coagulação. O estudo dos 
elementos formados no sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e 
plaquetas, desempenha um papel essencial no diagnóstico de distúrbios 
hematológicos." 
Rifai, N., Horvath, A.R., & Wittwer, C.T. (Eds.). (2016). "Tietz Textbook of Clinical 
Chemistry and Molecular Diagnostics" (6th ed.). Elsevier. 
 
Os principais componentes avaliados em um perfil hematológico incluem: 
• Níveis dos glóbulos vermelhos, células responsáveis por carregar o oxigênio. 
• Níveis dos glóbulos brancos, células responsáveis por combater as infecções o corpo 
humano. 
• Níveis da hemoglobina, proteína responsável por levar o oxigênio até os glóbulos 
vermelhos. 
• Hematócritos, responsáveis por identificar a porcentagem de volume que os 
glóbulos vermelhos ocupam no sangue. 
• Níveis das plaquetas, que ajudam na coagulação do sangue. 
• Contagem diferencial dos glóbulos brancos. 
• Volume corpuscular médio, resultado da média dos volumes das células 
hematológicas. 
• Concentração de hemoglobina corpuscular média (quantidade de hemoglobina 
presente nas hemácias). 
 
Além desses parâmetros, o perfil hematológico pode incluir outros testes mais específicos, 
como a análise do tamanho e forma das células sanguíneas, a taxa de sedimentação de 
eritrócitos (VHS) e a dosagem de ferritina. 
 
O exame hematológico é realizado por meio de um hemograma, que é um exame de sangue 
completo que oferece uma avaliação abrangente da saúde do corpo humano. O hemograma 
fornece informações valiosas sobre diversos aspectos do sistema sanguíneo, permitindo a 
detecção de desordens e condições médicas. 
Entre as informações obtidas no hemograma, destacam-se: 
1. Anemia: O hemograma é capaz de identificar a presença de anemia, que é 
caracterizada pela redução dos níveis de hemoglobina ou das células vermelhas do 
sangue (hemácias). A anemia pode ser causada por deficiências nutricionais, 
doenças crônicas, distúrbios da medula óssea, entre outras condições. 
2. Infecções: O hemograma também pode indicar a presença de infecções. Elevações 
nos níveis de leucócitos (glóbulos brancos) podem ser um sinal de infecção 
bacteriana ou viral. Além disso, a análise detalhada dos diferentes tipos de 
leucócitos presentes no exame pode fornecer informações adicionais sobre o tipo de 
infecção. 
3. Leucemia e outras doenças hematológicas: O hemograma pode revelar possíveis 
sinais de leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas, além de outras 
doenças hematológicas, como linfomas e mielomas. Alterações nas contagens de 
células sanguíneas, incluindo leucócitos, eritrócitos e plaquetas, podem sugerir a 
presença dessas condições. 
As células do sangue desempenham funções vitais no organismo e podem ser classificadas 
em hemácias, leucócitos e plaquetas. Veja abaixo as principais características e funções de 
cada tipo: 
1. Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos: são células anucleadas com formato 
de disco bicôncavo. Elas contêm hemoglobina, uma proteína que se liga ao oxigênio 
e ao gás carbônico. A principal função das hemácias é transportar esses gases pelo 
sangue, garantindo a respiração celular e a eliminação de resíduos metabólicos. As 
hemácias têm uma vida útil média de cerca de 120 dias e são destruídas 
principalmente no baço e no fígado. 
2. Leucócitos ou glóbulos brancos: são células nucleadas e podem ser classificadas em 
granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e agranulócitos (linfócitos e 
monócitos). Os leucócitos desempenham um papel fundamental na defesa do 
organismo contra agentes infecciosos e substâncias estranhas. Eles atuam por meio 
de mecanismos como fagocitose, produção de anticorpos e liberação de mediadores 
inflamatórios. Em situações de infecção ou inflamação, os leucócitos podem sair 
 
dos vasos sanguíneos e migrar para os tecidos afetados. Cada tipo de leucócito 
possui um valor de referência específico dentro do total de leucócitos no sangue. 
• As plaquetas, por sua vez, são fragmentos celulares envolvidos na coagulação 
sanguínea. Elas ajudam a formar coágulos para controlar o sangramento em caso de 
lesões vasculares. As plaquetas são produzidas na medula óssea juntamente com as 
outras células do sangue. 
É importante destacar que os valores de referência para cada tipo de célula sanguínea podem 
variar dependendo do laboratório e do método utilizado na análise. 
Coagulograma manual 
Os resultados dos testes de coagulação podem apontar para a presença de distúrbios 
hemorrágicos ou trombóticos. Por exemplo, um aumento no tempo de protrombina pode 
indicar uma deficiência de vitamina K, de fatores da coagulação ou o uso de 
anticoagulantes; um aumento no tempo de tromboplastina parcial ativada pode indicar uma 
deficiência de fatores da coagulação ou o uso de heparina; um aumento no nível do dímero-
D pode indicar coagulação intravascular disseminada ou uma trombose venosa profunda. 
Em resumo, o perfil hematológico é uma avaliação laboratorial essencial para a detecção, 
diagnóstico e monitoramento de uma ampla gamade condições médicas relacionadas ao 
sangue. Ele fornece informações valiosas aos médicos para auxiliar no tratamento adequado 
e na promoção da saúde do paciente. 
Tipagem sanguínea manual 
Os resultados da tipagem sanguínea podem identificar o grupo sanguíneo (ABO) e o fator 
Rh (D) de uma pessoa. Essas informações são cruciais para garantir a compatibilidade 
transfusional e prevenir a doença hemolítica do recém-nascido. Por exemplo, uma pessoa 
que apresenta aglutinação com o reagente anti-A e com o reagente anti-D possui o grupo 
sanguíneo A positivo; já uma pessoa que não apresenta aglutinação com nenhum dos 
reagentes possui o grupo sanguíneo O negativo. 
O sistema ABO é o mais importante grupo sanguíneo na medicina transfusional. 
O gene ABO codifica as glicosiltransferases responsáveis pela transferência dos 
resíduos específicos de açúcar, GalNaca1-3 e Gala 1-3, ao substrato H e os 
convertem ao antígeno A ou B respectivamente. A estrutura do DNA dos três 
principais alelos do sistema ABO, A, B e O foi primeiramente descrita em 1990. 
Os avanços da genética molecular permitiram o entendimento da base molecular 
dos genes ABO e o conhecimento do polimorfismo dos alelos comuns a esse 
lócus. Essa revisão tem como objetivo o estudo dos alelos variantes desse 
sistema, assim como a compreensão das mutações, deleções ou rearranjo de 
genes responsáveis pela ocorrência de alguns dos subgrupos do sistema ABO. As 
 
técnicas mais comumente utilizadas para a genotipagem ABO também são 
avaliadas, bem como suas vantagens e limitações. (BATISSOCO & 
NOVARETTI, 2003) 
Vale ressaltar que, o serviço de hemoterapia deve estabelecer procedimentos para resolução 
das discrepâncias na tipagem ABO direta e reversa e tipagem RhD, comparando com 
resultados obtidos, propiciando maior segurança e confiabilidade nos resultados obtidos, ao 
qual no sistema “ABO” podem ser submetidos a prova direta que manifesta-se em pôr em 
contato soros-teste conhecidos comercialmente como anti-A, anti-B e anti-AB, com 
hemácias a serem testados para identificar a presença ou não dos antígenos A e B. Assim, 
serão definidos os grupos sanguíneos: A, B, AB, O. Já a prova reversa que tem a função de 
contraprova fundamental para a conclusão do exame manifesta-se em colocar em contato o 
soro a testar com hemácias conhecidas A1 e B, permitindo reconhecer a presença ou não de 
anticorpos regulares dirigidos contra esses antígenos. (GARCIA, 2018). 
Os grupos sanguíneos são determinados pela presença ou ausência de certos antígenos nas 
hemácias e pelos encontrados no plasma. Veja a descrição de cada tipo sanguíneo: 
 
 Imagen-Tabela hematológica(fonte site Biologianet;acesso em 14/05) 
• Tipo A: possui o antígeno A nas hemácias e o anticorpo anti-B no plasma. 
• Tipo B: possui o antígeno B nas hemácias e o anticorpo anti-A no plasma. 
• Tipo AB: possui os antígenos A e B nas hemácias e não possui anti-A ou anti-B no 
plasma. 
• Tipo O: não possui antígenos A ou B nas hemácias, mas possui os anticorpos anti-
A e anti-B no plasma. 
Em relação a procedimentos de doação e transfusão sanguínea temos que; 
O tipo A pode doar para A e AB e pode receber de A e O. 
O tipo B pode doar para B e AB e pode receber de B e O. 
O tipo AB pode doar somente para AB e pode receber de todos os tipos (A, B, AB e O). 
O tipo O pode doar para todos os tipos (A, B, AB e O) e pode receber somente de O. 
 
Essa classificação dos grupos sanguíneos é importante, principalmente em transfusões de 
sangue, para garantir a compatibilidade entre doador e receptor. É fundamental consultar 
um profissional de saúde para obter informações mais específicas e precisas sobre os grupos 
sanguíneos. 
Teste da antiglobulina direta (TAD) manual: o resultado do TAD pode indicar a presença 
de anticorpos ou complemento ligados às hemácias da pessoa, podendo causar uma anemia 
hemolítica imune. Por exemplo, uma pessoa que apresenta aglutinação com o reagente 
antiglobulina possui um TAD positivo; já uma pessoa que não apresenta aglutinação com 
o reagente antiglobulina possui um TAD negativo. 
Confecção de esfregaço sanguíneo 
Uma das técnicas para diferencial e de extrema importância que por vezes requer bastante 
técnica é o esfregaço sanguíneo, onde na prática além do passo a passo tivemos a 
oportunidade de colocar na prática e também treinar a técnica, então a professora fez a 
primeira vez e em seguida colocamos uma gota de sangue sobre uma lâmina e com outra 
lâmina inclinada posicionada a ela a frente da gota, dando sutilmente uma encostada da gota 
suavemente arrastamos essa lâmina inclinada, possibilitando o espelhamento uniforme dela, 
ao qual será corada e depois colocada no microscópio para análise. Portanto, podemos bem 
definir essa técnica como: 
O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao paciente. Seu 
objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornece informações sobre a 
estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, 
distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador 
da malária. Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o 
paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por 
exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como infecções. Apesar dos avanços 
em hematologia, na área de automação e uso de metodologias moleculares, um teste 
aparentemente simples como este ainda é indispensável. O primeiro passo para se obter 
resultados confiáveis é a confecção de m bom esfregaço e sangue e, para tanto, é necessário 
empregar as técnicas corretas. (MAGALHÃES, s.d.). 
O importante seguir as recomendações para que seja realizada uma lâmina de qualidade 
para uma boa leitura. 
 Procedimento do esfregaço: 
 
1. Apoie a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma 
superfície limpa. Certifique-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou 
possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste. 
2. Coloque uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. 
3. Com o auxílio de outra lâmina, coloque a gota de sangue em contato com sua borda. 
Para isso, a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota 
com o dorso em um ângulo de 45°. 
4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade. 
5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção 
oposta à extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será "puxado" pela 
lâmina. 
6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina 
de vidro. 
7. Deixe que o esfregaço seque sem nenhuma interferência. 
8. Siga para o próximo passo de coloração 
 
 
 Imagem – Esfregaço Sanguineo (Fonte: arquivo próprio, 2023) 
Para a técnica de esfregaço sanguíneo, é utilizada uma mistura especial de corantes para 
tingir todas as células sanguíneas. Existem muitas variações, como a coloração de 
Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald, que são modificações da coloração baseada 
em corantes Romanovsky. 
Contagem global de células 
O objetivo da realização da contagem global das células do sangue, também conhecida 
como hemograma completo, é avaliar a quantidade e a qualidade dos diferentes tipos de 
células sanguíneas presentes no organismo. Isso permite obter informações importantes 
 
sobre a saúde do paciente e auxiliar no diagnóstico e monitoramento de várias condições 
médicas. 
A contagem global das células do sangue geralmente inclui a contagem de três tipos 
principais de células sanguíneas: 
1. Glóbulos vermelhos (eritrócitos): Essas células são responsáveis pelo transporte de 
oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. A contagem dos glóbulos vermelhos 
fornece informações sobre a capacidade do sangue de transportar oxigênio e 
também pode ajudar adiagnosticar anemia, policitemia e outras condições 
relacionadas. 
2. Glóbulos brancos (leucócitos): Os glóbulos brancos desempenham um papel 
importante no sistema imunológico, ajudando a combater infecções e doenças. A 
contagem dos glóbulos brancos pode indicar se há uma infecção presente, 
inflamação ou problemas relacionados ao sistema imunológico. 
3. Plaquetas (trombócitos): As plaquetas são responsáveis pela coagulação sanguínea, 
ajudando a prevenir sangramentos excessivos. A contagem de plaquetas pode 
revelar se há risco aumentado de sangramento ou de formação de coágulos 
sanguíneos. 
Além disso, também pode fornecer informações sobre outros parâmetros 
sanguíneos, como a concentração de hemoglobina (Hb) e o hematócrito (Ht), que são úteis 
para avaliar a saúde geral do paciente. Medir a contagem global de leucócitos e hemácias 
consiste em quantificar a quantidade dessas células no sangue periférico de um indivíduo. 
Os valores normais para a contagem de leucócitos geralmente variam entre 4.000 e 10.000 
células por microlitro de sangue (/μL), enquanto a contagem normal de eritrócitos fica entre 
4,5 e 6 milhões de células por microlitro de sangue (/μL). 
Essa relação e feita através das câmaras de Neubauer tambem conhecida como 
câmara de contagem que são dispositivos que consistem em uma lâmina grossa de uso 
microscópico, com uma profundidade específica para a amostra. 
 
Kasvi acesso em 13/05/2023 
Elas possuem duas câmaras com linhas gravadas em quadrantes de dimensões 
conhecidas, chamadas de malhas de leitura. 
 
Site Kasvi acesso em 13/05/2023. 
A padronização desses quadrantes permite visualizar a amostra sob um microscópio 
e contar o número de células presentes na área determinada, sendo calculadas 
separadamente os valores de células por quadrantes e no final realiza se o cálculo. 
Existem diversos tipos de câmaras de contagem disponíveis, que se diferenciam pela 
profundidade da câmara, resolução em mm², material (vidro ou descartável) e desenho da 
malha (Neubauer / Fuchs Rosenthal). 
Índices hematimétricos 
Índices hematimétricos são parâmetros utilizados para avaliar as características das células 
sanguíneas, especificamente os glóbulos vermelhos (eritrócitos). Esses índices fornecem 
informações importantes sobre o tamanho e a quantidade de hemoglobina presentes nessas 
células, o que auxilia no diagnóstico e monitoramento de várias condições médicas. 
 
Um dos índices hematimétricos mais comumente utilizados é o Volume Corpuscular Médio 
(VCM). Ele indica o tamanho médio dos glóbulos vermelhos e é calculado dividindo-se o 
hematócrito pelo número de eritrócitos. O VCM é classificado em três categorias principais: 
microcítico, normocítico e macrocítico. Um VCM microcítico indica glóbulos vermelhos 
menores que o normal, geralmente associados à deficiência de ferro ou a outras condições 
de anemia. Já um VCM macrocítico sugere glóbulos vermelhos maiores que o normal, 
muitas vezes relacionados à deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. 
Outro índice hematimétrico é a Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), que mede a 
quantidade média de hemoglobina presente em cada glóbulo vermelho. A HCM está 
dividindo-se a concentração de hemoglobina pelo número de eritrócitos. Esse índice é 
importante para determinar se os glóbulos vermelhos possuem uma quantidade adequada 
de hemoglobina. Valores de HCM abaixo do normal indicam hipocromia, o que pode estar 
relacionado a diversas condições, como anemias ferroprivas ou talassemias. 
Por fim, o terceiro índice hematimétrico é a Concentração de Hemoglobina Corpuscular 
Média (CHCM), que expressa a concentração média de hemoglobina em cada glóbulo 
vermelho. A CHCM é continuamente dividindo-se a concentração de hemoglobina pelo 
Hematócrito e multiplicando-se por 100. Valores baixos de CHCM podem indicar 
hipocromia, enquanto valores altos podem ser observados em condições como a 
esferocitose hereditária. 
Os índices hematimétricos são ferramentas valiosas para médicos auxiliares e profissionais 
de saúde no diagnóstico e acompanhamento de condições sanguíneas. Ao analisar esses 
índices em conjunto com outros exames laboratoriais e dados clínicos, é possível obter 
informações importantes sobre a saúde do paciente e direcionar o tratamento de maneira 
mais precisa e eficaz. É fundamental ressaltar que a interpretação desses índices deve ser 
feita por profissionais, levando em consideração o histórico médico completo e outros 
fatores clínicos relevantes. 
Algumas das doenças que podem estar associadas a alterações nesses índices incluem: 
• Anemia ferropriva: é uma das causas mais comuns de microcitose, que ocorre 
devido à deficiência de ferro no organismo. A anemia ferropriva pode resultar em 
valores baixos de VCM e HCM, além de CHCM. 
• Talassemia: é uma doença hereditária que afeta a produção de hemoglobina e pode 
causar microcitose e hipocromia. Os valores de VCM e HCM podem estar abaixo 
do normal em pacientes com talassemia. 
 
• Anemia megaloblástica: é causada pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico 
e pode levar a macrocitose. Valores altos de VCM são comuns em pacientes com 
anemia megaloblástica. 
• Esferocitose hereditária: é uma doença genética que afeta a membrana dos glóbulos 
vermelhos, levando a valores altos de CHCM. Outros índices hematimétricos, como 
VCM e HCM, podem estar dentro do intervalo normal em pacientes com 
esferocitose hereditária. 
• Anemia hemolítica: é caracterizada pela destruição prematura dos glóbulos 
vermelhos, podendo causar anisocitose e outros desequilíbrios nos índices 
hematimétricos. Os valores de RDW podem estar acima do normal em pacientes 
com anemia hemolítica. 
• Anemia falciforme: é uma doença genética que afeta a forma dos glóbulos 
vermelhos, podendo levar a anisocitose e outras alterações nos índices 
hematimétricos. Os valores de VCM e HCM podem estar abaixo do normal em 
pacientes com anemia falciforme. 
Valores de referência: 
• Plaquetas. Os valores de referência são de 140.000 a 450.000/µL para adultos e 
crianças. 
• Hemácias: são as células transportam oxigênio para os tecidos. Os valores de 
referência são de 4,2 a 5,9 milhões/µL para homens e de 3,9 a 5,4 milhões/µL para 
mulheres. Em crianças, os valores variam de acordo com a idade, sendo de 4 a 7 
milhões/µL ao nascer e de 4,1 a 5,1 milhões/µL aos 12 anos. 
• Hemoglobina: é uma proteína presente nas hemácias que se liga ao oxigênio e ao 
transporte para os tecidos. Os valores de referência são de 13 a 18 g/dL para homens 
e de 12 a 16 g/dL para mulheres. Em crianças, os valores variam de acordo com a 
idade, sendo de 18 ± 4 g/dL ao nascer e confirmado gradualmente para 12,5 ± 1,5 
g/dL aos 12 anos. 
• Hematócrito: é a porcentagem do volume total do sangue ocupado pelas hemácias. 
Os valores de referência do hematócrito são de 38 a 52% para homens e de 35 a 
47% para mulheres. Em crianças, os valores variam de acordo com a idade, sendo 
de aproximadamente 60 ± 15% ao nascer e esperando para cerca de 40 ± 5% aos 12 
anos. É importante ressaltar que os valores de referência podem variar dependendo 
do laboratório e das referências utilizadas. Consultar um profissional de saúde é 
fundamental para uma análise adequada dos resultados dos exames. 
 
• Leucócitos: são as células brancas do sangue responsáveis pela defesa do organismo 
contra agentes infecciosos ou estranhos. Os valores de referência para leucócitos 
são de 4.000 a 11.000 por. 
É importante ressaltar que a interpretação dos índices hematimétricos deve ser feita por um 
médico ou profissional de saúde capacitado, levando em consideração o histórico médico 
completo do paciente e outros fatores clínicos relevantes. Além disso, os índices 
hematimétricos devem ser analisados em conjunto com outros exames laboratoriais para 
um diagnóstico mais preciso e efetivo das condições sanguíneas. 
Urianálise 
A análise de urinaé um teste laboratorial amplamente utilizado na prática clínica e é 
considerado um dos indicadores mais importantes para avaliar a saúde e detectar doenças. 
Seu principal objetivo é identificar enfermidades que podem afetar os enxágues, o trato 
urinário e outros sistemas do corpo. 
A urinálise também pode fornecer informações sobre distúrbios hepáticos, diabetes mellitus 
e deterioração muscular. O exame de urina é dividido em três etapas: análise física, química 
e sedimentoscopia. As duas primeiras etapas são relativamente simples de serem 
executadas, enquanto a sedimentoscopia é considerada moderadamente complexa. 
É importante ressaltar que o exame de urina é uma ferramenta diagnóstica complementar e 
deve ser interpretada por um profissional de saúde qualificado. 
Urina Tipo 1 (aspecto físico-químico e sedimentos) (Aula 4 – Roteiro3) 
O exame do sedimento urinário é importante para qualquer paciente com doença renal, a 
reanálise pode ser exame físico, químico ou microscópico. O exame microscópico 
determina os parâmetros, como glóbulos vermelhos (RBC), glóbulos brancos (WBC), 
células epiteliais, cristais, bactérias e cilindros. Os resultados deste teste identificam várias 
doenças relacionadas aos rins, como hematúria, cálculos renais, etc. (SUHAIL; BRINDHA, 
2021). 
 
 
Imagem 2 –Urinalise- tira reagente (fonte: arquivo próprio, 
2022). 
Analises do procedimentos: 
 Volume – não possui significado clínico e seu relato é opcional. O valor normal de 
urina produzida em 24 horas em adultos é de 1200 a 1500 mL e em crianças 15 mL/kg de 
peso. 
 Cor – a cor da urina depende da presença e da concentração de pigmentos de origem 
alimentar, medicamentosa e até mesmo endógena. A urina normal geralmente é amarelada 
devido à presença de um pigmento chamado urocromo, produto do metabolismo endógeno 
e produzido em velocidade constante. Como variações de coloração nas amostras de urina 
anormais, encontramos: 
• Amarelo palha – recente ingestão de líquidos ou no caso de diabetes (tanto insípidus 
quanto mellitus). 
• Âmbar – presença de bilirrubina na amostra. 
• Alaranjada – interferência de medicamentos, como Piridium ou mesmo vitamina A. 
• Vermelha – presença de hemácias, hemoglobina, mioglobina e porfirinas. 
• Castanha/preta – acetonúria (presença de ácido homogentísico), presença de 
melanina. 
• Verde – interferência de medicamentos (amitriptilina, metocarbamol, indican e azul 
de-metileno). 
 
 Aspecto – termo que se refere à transparência da amostra de urina analisada. A urina 
normal tem aspecto límpido, porém pode sofrer alterações devido à presença de numerosas 
células epiteliais, de leucócitos, hemácias, bactérias e leveduras, filamentos de muco e de 
cristais. 
 
Exame físico-químico 
 Esse exame é feito através de tiras reagentes e permite de maneira simples e rápida 
que nós, profissionais da saúde, a realização de análises químicas da urina dos parâmetros: 
pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e 
gravidade específica. 
Essas tiras precisam estar armazenadas conforme as indicações do fabricante para 
que não haja interferências nos resultados. Para realizar esse exame homogeneizamos a 
amostra de urina e em seguida, mergulhamos a tira de reagente na amostra do paciente. 
Antes da leitura visual, retiramos o excesso da urina e observamos uma alteração de cor em 
cada área da fita. 
 
Dessa maneira, conseguimos analisar o resultado, efetuando a comparação das cores 
e na tabela cromática padrão do kit. 
 
Análise do sedimento 
 Tem a finalidade de detectar e identificar todos os elementos insolúveis, como 
hemácias, leucócitos, cilindros, cristais, células epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas e 
possíveis artefatos. Pode ser realizado por meio de Microscopia óptica comum; câmara de 
contagem, entre lâmina e lamínula ou sistemas padronizados. Para tanto exige-se uma boa 
preparação dos sedimentos esses quais poderíamos seguir uma padronização. 
 
Exame microscópico 
 A maneira pela qual o exame microscópico é realizado tem que ser consistente, 
incluindo a observação de, no mínimo, dez campos em menor e maior aumento (100 e 
400x). A observação em menor aumento tem por objetivo avaliar a disposição dos 
elementos, a composição geral do sedimento e a presença ou não de cilindros. A 
identificação e a contagem de todos os elementos presentes são realizadas em aumento de 
400x. Nos qual poderíamos observar e relatar diferentes tipos de sedimentos e suas 
morfologias . 
 
Identificar e relatar 
Hemácias – aparecem em diversas situações, tais como: lesões no parênquima renal, 
lesões de trato urinário, alterações hematológicas e outras causas. Leucócitos – aparecem 
em infeções do trato urinário e em processos inflamatórios. Cilindros – formam-se no 
interior do túbulo contorcido distal e ducto coletor e têm matriz primariamente composta 
de muco proteínas de Tamm-Horsfall, sendo sua aparência influenciada pelos elementos 
presentes no filtrado durante a sua formação. 
 Cilindros celulares – hemáticos, leucocitários, epiteliais. 
 Cilindros acelulares – hialinos, granulosos, céreos, lipoídico. 
 Cilindros pigmentares – hemoglobínicos e bilirrubínicos. 
 
Cristais – são frequentemente achados na análise do sedimento urinário, têm 
ligação direta com tipo de dieta e raramente possuem significado clínico. Eles são formados 
pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura e 
concentração. 
Urina ácida – ácido úrico, oxalato de cálcio, urato amorfo. 
 
Urina alcalina – fosfato triplo (fosfato amoníaco-magnesiano), fosfato amorfo, 
carbonato de cálcio, fosfato de cálcio. 
Cristais patológicos – leucina, tirosina, cistina, colesterol, bilirrubina, 
hemossiderina. 
Células epiteliais – frequentemente podemos encontrar células epiteliais na urina, já 
que são partes do revestimento do sistema urogenital. 
Células pavimentosas – frequentes tanto em homens quanto em mulheres, 
provenientes de células da vagina e das porções inferiores da uretra. 
Células de transição – originárias da bexiga e da porção superior da uretra. 
Células do túbulo renal – sua presença indica lesão tubular. 
Microrganismos – bactérias, fungos e parasitas. 
Outros elementos – muco, contaminantes e espermatozoides. 
Esses últimos podem ou não ser relatados na dependência da padronização de cada 
laboratório. 
Após homogeneizar as duas amostras dos voluntários, chegamos a essa conclusão: 
A leitura foi feita selecionada por Grupos 1 e 2 por serem duas amostras elas foram 
divididas. 
Exame de Urina 24 hras; 
O exame de urina de 24 horas é um teste laboratorial que mede a quantidade de 
várias substâncias na urina durante um período de 24 horas. O exame é útil para avaliar a 
função renal e pode ajudar no diagnóstico de várias condições médicas, como diabetes, 
doença renal, doença hepática e distúrbios metabólicos. 
Para realizar o exame, o paciente deve colher toda a urina produzida durante um 
período de 24 horas em um recipiente especial. É importante manter a urina em um local 
fresco e escuro durante o processo de coleta. O recipiente deve ser rotulado com o nome do 
paciente, a data e o horário inicial da coleta. 
O paciente deve descartar a primeira urina da manhã no vaso sanitário e, em seguida, 
começar a encher todas as urinas seguintes durante as próximas 24 horas. Ao final das 24 
horas, a última urina deve ser coletada e adicionada ao recipiente. O paciente deve então 
levar o recipiente ao laboratório para análise. 
No laboratório, uma amostra de urina é determinada para determinar a quantidade 
de várias substâncias presentes, como proteína, açúcar, sódio, creatinina e outros eletrólitos. 
Os resultados do exame podem ajudar a diagnosticar e monitorar várias condições médicas 
e fornecer informações importantes sobre a função renal do paciente. 
Urocultura; 
 
A uroculturaé um exame utilizado para investigar a presença de infecção no sistema 
urinário, tais como cistite, uretrite ou pielonefrite. Essa análise permite identificar o 
microrganismo responsável pela infecção. 
A urocultura é indicada em diferentes situações, podendo ser realizada por qualquer 
pessoa. No entanto, é especialmente recomendado durante a gravidez, uma vez que a 
infecção hospitalar não tratada nesse período pode aumentar o risco de aborto. 
Durante o exame, é necessário colher uma amostra de urina de forma asséptica, 
seguindo as orientações fornecidas pelo profissional de saúde. Essa amostra é enviada para 
o laboratório, onde é realizada uma cultura para identificar e quantificar os microrganismos 
presentes na urina. Além disso, é feito um teste de sensibilidade aos antibióticos, para 
determinar quais medicamentos são mais eficazes no tratamento da infecção. 
Os resultados da urocultura auxiliam o médico no diagnóstico correto da infecção 
urinária e no direcionamento do tratamento mais adequado, com o uso do antibiótico mais 
eficaz contra o microrganismo identificado. É importante seguir as recomendações médicas 
e concluir o tratamento de forma adequada para evitar complicações e recorrência da 
infecção 
O exame de urocultura é indicado pelo médico quando a pessoa apresenta alguns 
sintomas, como: 
• Dor e ardor ao urinar; 
• Corrimento vaginal ou peniano; 
• Urina muito escura; 
• Pouca quantidade de urina; 
• Sensação de peso na bexiga; 
• Coceira e/ ou vermelhidão na região genital; 
• Urina com cheiro forte. 
Assim, a partir do resultado do exame, é possível verificar o agente infeccioso 
responsável pelos sintomas e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado, que pode 
envolver o uso de antimicrobianos de acordo com a orientação do médico. 
Os resultados do exame de urocultura podem variar da seguinte forma: 
1. Resultado Negativo ou Normal: Nesse caso, não é observado crescimento 
significativo de colônias bacterianas na urina, dentro dos valores considerados 
preocupantes. 
2. Resultado Positivo: Indica que houve crescimento de colônias bacterianas na urina 
em um número superior a 100.000. Esse resultado positivo também inclui a 
identificação da bactéria específica encontrada no exame. 
 
Quando o resultado da urocultura é positivo, é comum que seja realizado um teste 
adicional chamado antibiograma. Esse teste visa identificar a bactéria responsável pelos 
sintomas apresentados pela pessoa e analisar seu perfil de sensibilidade e resistência aos 
antibióticos disponíveis. O antibiograma é útil para determinar qual medicamento é mais 
eficaz para tratar uma infecção infecciosa causada por bactéria específica identificada. 
Ao conhecer o perfil de sensibilidade e resistência da bactéria, o médico pode 
prescrever um antibiótico adequado e eficaz para o tratamento da infecção, levando em 
consideração a suscetibilidade da bactéria aos diferentes medicamentos disponíveis. Isso 
ajuda a garantir um tratamento eficaz e reduzir o risco de complicações decorrentes da 
infecção urinária. 
Portanto, a urocultura com antibiograma fornece informações valiosas para o 
médico tomar decisões mais precisas no tratamento da infecção intestinal, considerando a 
bactéria causadora e sua sensibilidade aos antibióticos. 
 
Microbiologia 
A microbiologia desempenha um papel crucial nos exames clínicos de saúde, 
fornecendo informações importantes sobre microrganismos patogênicos presentes no corpo 
humano. Esses exames ou testes, ajudam no diagnóstico de doenças infecciosas, no 
monitoramento do tratamento e na prevenção da disseminação de infecções. Podemos a 
partir de amostras clínicas, como sangue, urina, escarro, líquido cefalorraquidiano e 
secreções, realizar testes que irão permitir o isolamento e identificação de bactérias. Esses 
testes irão auxiliar no diagnóstico de patologias e no tratamento. 
Existe vários estudos na área da Microbiologia porém o Taxonômicos e um dos mais 
comuns. Se concentram na classificação e na identificação dos microrganismos. Esses 
estudos envolvem a caracterização de diferentes espécies bacterianas, fúngicas, virais e 
outros microrganismos, com base em suas características morfológicas, fisiológicas e 
genéticas. 
Meios de Cultura 
Meios de cultura são preparações químicas que fornecem nutrientes e minerais 
essenciais para o crescimento de microrganismos em laboratório. Existem vários tipos de 
meios de cultura, que podem ser classificados de acordo com diferentes critérios, como: 
1. Composição química: Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com 
os seus componentes químicos. Podem ser à base de extratos de vegetais, como 
malte e tomate, que fornecem nutrientes necessários para o crescimento dos 
microrganismos. Também podem ser à base de extratos de animais, como carne, ou 
 
de microrganismos, como levedura. Além disso, existem meios de cultura artificiais, 
sintéticos, nos quais todos os componentes são quimicamente definidos. 
2. Consistência física: Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com a 
sua consistência física. Os meios de cultura sólida, como o ágar, são utilizados para 
o isolamento e a contagem de microrganismos, além de permitirem o cultivo de 
experiências que satisfaçam as experiências sólidas para a suas expectativas. Já os 
meios de cultura semissólidos, como a gelatina, são utilizados para determinar a 
motilidade bacteriana e para a realização de testes de sensibilidade a 
antimicrobianos. Os meios de cultura líquidos, como o caldo, são utilizados para o 
cultivo de microrganismos em grande escala, para a detecção de crescimento 
bacteriano em clínicas e para o armazenamento de microrganismos em suspensão. 
3. Consistência física: Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com a 
sua consistência física. 
A técnica de isolamento de colônias em meios sólidos, conhecida como "streak 
plate", é comumente utilizada em microbiologia. Nesse método, uma alça de inoculação é 
usada para restringir a amostra microbiológica em um padrão específico sobre a superfície 
do meio sólido. Conforme as colônias se desenvolvem, torna-se possível selecionar e 
transferir colônias indivíduos para outros meios de cultura ou realizar testes adicionais. 
Dessa forma, os meios de cultura garantem um papel essencial na obtenção de 
culturas puras e no estudo individualizado de microrganismos, permitindo uma melhor 
compreensão de suas características e propriedades. 
Além dos meios líquidos e sólidos, existe um terceiro tipo de meio de cultura: os 
meios semissólidos. Esses meios possuem uma menor quantidade de agentes solidificantes 
em comparação aos meios sólidos, tiveram em uma consistência gelatinosa ou semifluida. 
Os meios semissólidos são especialmente utilizados para a avaliação da mobilidade 
bacteriana, uma vez que permitem que as bactérias se desloquem através do meio. A 
mobilidade bacteriana pode ser observada visualmente pelo meio do crescimento difuso ou 
pela formação de um halo de crescimento ao redor do ponto de inoculação. 
Existem diferentes técnicas para avaliar a mobilidade bacteriana em meios 
semissólidos, como o teste de motilidade em ágar e o teste de motilidade em tubo. No teste 
de motilidade em ágar, a bactéria é inoculada no centro de uma placa de ágar semisólido e, 
ao longo do tempo, é possível observar o seu deslocamento a partir do ponto de inoculação. 
No teste de motilidade em tubo, uma bactéria é inoculada em um tubo de meio semissólido 
e a presença de crescimento ao longo do tubo indica a mobilidade. 
Tipos de meio de cultura mais comuns 
 
• Ágar MacConkey: um meio sólido, seletivo e diferencial que cultiva apenas 
espécies bacterianas gram-negativas, podendo diferenciar ainda mais organismos 
gram-negativos com base no metabolismo da lactose. 
• Ágar Mueller Hinton: um meio sólido padronizado recomendado para o estudo da 
suscetibilidade de bactériasa agentes antimicrobianos pelo método de difusão ou 
diluição em ágar. 
• O Ágar nutriente é um meio de uso geral que não é seletivo nem diferencial, 
adequado para o cultivo de uma ampla variedade de microrganismos não exigentes. 
• Caldo Nutriente: um meio líquido de uso geral adequado para o cultivo de uma 
ampla variedade de microrganismos não exigentes. 
• Ágar Sal Manitol: um meio sólido, seletivo e diferencial utilizado para o isolamento, 
enumeração e diferenciação de Staphylococcus, diferencia os que fermentam 
manitol dos que não fermentam. 
• Ágar Baird Parker: um meio sólido, seletivo e diferencial utilizado para o 
isolamento e enumeração de Staphylococcus aureus. 
• Ágar Tríplice Açúcar Ferro: um meio sólido, seletivo e diferencial utilizado para a 
identificação presuntiva de enterobactérias com base na fermentação da glicose, 
lactose e sacarose e na produção de gás e sulfeto de hidrogênio. 
Meios de cultura para bactérias 
• Caldo nutriente: permite o crescimento de uma ampla variedade de bactérias não 
exigentes. 
• Ágar nutriente: permite o crescimento e a formação de colônias isoladas de bactérias 
não exigentes. 
• Ágar sangue: permite o cultivo de bactérias fastidiosas, como Streptococcus ou 
Haemophilus sp., e a diferenciação das que produzem hemólise das que não 
produzem. 
• Ágar Macconkey: gram negativos. 
• Ágar EMB: permite o cultivo e a diferenciação de bactérias gram-negativas com 
base na fermentação da lactose e na produção de pigmentos. 
• Ágar TSI: um meio semissólido diferencial que permite a diferenciação de bactérias 
entéricas com base na fermentação da glicose, lactose e sacarose e na produção de 
gás e sulfeto de hidrogênio. 
Meios de cultura para fungos 
 
São preparações químicas que fornecem nutrientes e condições adequadas para o 
crescimento e desenvolvimento de fungos fora do seu habitat natural, são usados em 
processamento de alimentos, tratamento de água, indústria farmacêutica e análise clínica, 
permitem o monitoramento, o isolamento, a identificação e a caracterização dos fungos 
presentes em diferentes amostras. 
Alguns exemplos são: 
• Ágar batata dextrose (BDA ou PDA): um meio sólido rico em açúcares e 
ligeiramente ácido (pH 5,6) que permite o crescimento de uma ampla variedade de 
fungos. 
• Ágar Sabouraud: um meio sólido semelhante ao BDA, mas com menor 
concentração de peptona e maior concentração de dextrose, que favorece o 
crescimento de fungos estáveis por osmose e inibe o crescimento da maioria das 
bactérias. 
• Ágar Sabouraud com cloranfenicol: um meio sólido seletivo que contém um 
antimicrobiano de amplo espectro que inibe o crescimento de bactérias 
contaminantes e permite o crescimento de fungos. 
• Ágar Sabouraud com cicloheximida: um meio sólido seletivo que contém um 
antifúngico que inibe o crescimento de fungos saprófitas e permite o crescimento de 
fungos patogênicos. 
• Ágar Czapek-Dox: um meio sólido sintético que contém fontes definidas de 
carbono, nitrogênio e sais minerais e serve para o cultivo e a diferenciação de fungos 
filamentosos com base na produção de pigmentos. 
Preparo de Meio de Cultura 
Assim como ter um vasto conhecimento nas técnicas de semeio a escolha e preparo do meio 
é muito importante, porque se não for realizado tanto a escolha quando o preparo 
adequadamente, pode impactar no crescimento das colônias bacterianas e principalmente 
nos resultados. Então, para esse experimento pegamos o meio de ágar nutritivo da Biolog, 
onde estava no estado de pó, prontos para a realização da diluição com água destilada em 
um Erlenmeyer (vidraria para melhor solubilizar soluções). Então, como as proporções 
geralmente vem para 1L de preparo, foi necessário fazer a conversão de unidade de litro 
para mL, ao qual se é necessário 28g do meio em pó para preparar1000mL de meio, então 
com a regrinha de três concluímos que iriamos utilizar para o preparo de 100mL de 2,8g de 
preparo em pó. Como o fabricante apresentava no rotulo do produto a proporção de diluição 
era padrão para 1L e para nosso estudo era uma quantidade muito alta, precisamos calcular 
a quantidade de meio em pó iriamos precisar para 100mL. Contudo, pesamos o pó e 
 
acrescentamos 100mL de água destilada em um Erlenmeyer e homogeneizamos bastante, e 
deixando que ocorra a hidratação com o descanso sob a bancada de 10 minutos e 
posteriormente colocamos o Erlenmeyer na chama do bico de Bunsen até que começasse a 
levantar fervura, então esperamos esfriar um pouco e realizamos o plaqueamento em placas 
de petri. Claro que a maioria desse processo precisaria ser feito dentro do fluxo laminar 
com filtração e também ser submetido ao processo de autoclavagem, garantindo que 
nenhum microrganismo oportunista acometa o experimento com contaminação cruzada, 
porém como o objetivo era apenas de elucidar e treinar o preparo do meio, e também não 
estavam acessíveis no momento, não utilizamos dos processos supracitados acima. 
PROLAB, 2014). 
 
Semeadura Bacteriana 
Para que a microbiologia possa estudar e compreender como se comportam e 
funcionam microrganismos como fungos, bactérias e vírus. Os pesquisadores da área 
geralmente precisam fazer com que esses organismos se desenvolvam e cresçam dentro de 
um ambiente seguro e totalmente controlável. 
As técnicas de semeadura em laboratório de microbiologia consistem justamente em 
métodos pelo qual se transfere pequenas quantidades de microrganismos para um meio de 
cultura em que o material a ser analisado será semeado, ou seja: é preparado um ambiente 
perfeito para que determinado microrganismo presente em uma amostra de material cresça 
e se desenvolva para análise posterior. 
Por isso é imprescindível o amplo conhecimento das técnicas de semeadura, pois se 
não empregada corretamente os resultados podem não ser obtidos como o esperado, ou seja, 
não propiciando a identificação e comportamento da bactéria durante o seu crescimento. 
 É evidente que, na técnica de esgotamento consiste em fazer estrias (zig-zag) na 
metade da placa, depois girar a placa sutilmente e repetir novamente até a metade do espaço 
restante e repetir novamente a inclinação, formando ao todo 3 estreias em sentidos diferente, 
em que essa técnica geralmente é indicada para o crescimento de colônias isoladas, avaliar 
a capacidade de crescimento ou não no meio de cultura, isolamento de organismos presentes 
em grandes números relativos à população microbiana. Mas, quando obtemos o meio em 
um tubo com meio TSI, deve-se utilizar a técnica de semeadura em picada realizando uma 
picada no centro do meio de cultura (no tubo) e propiciando a penetração da agulha até a 
metade do tubo. E a técnica bastante comum também é a técnica quantitativa, ao qual é 
realizada com alça bacteriológica fazendo o estriamento de uma ponta outra da placa com 
https://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-meio-de-cultura-e-para-que-serve/
https://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-meio-de-cultura-e-para-que-serve/
 
uma linha na vertical à estria inicial, viabilizando o crescimento de colônias isoladas, a 
quantidade de colônias e avaliar a capacidade de crescimento ou não no meio de cultura. O 
método de espalhamento, pode ser feita tanto com a alça bacteriológica quanto com alça de 
drigalski, espalhando aleatoriamente a amostra sob a superfície do meio por toda a placa de 
petri. (VIEIRA & FERNANDES, 2012, pp. 92-98) 
Contagem de leucócitos em câmara de neubauer 
Na avaliação da série leucocitária, que comumente é conhecida como leucograma, são 
realizadas as contagens global e diferencial (valores relativos e absolutos) dos leucócitos e 
a avaliação morfológica, principalmente, de neutrófilos e linfócitos, em que a contagem 
global de leucócitos pode ser realizada manualmente a partir da diluição de uma alíquota 
de sangue em líquido de Turk e contagem em câmera de Neubauer. Em adultos, os valores 
de referência estão entre 3.500 e 11.000/mmᶾ.