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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO : BIOMEDICINA DISCIPLINA: ESTAGIO NOME DO ALUNO: ROSICLEIA DE OLIVEIRA R.A:2030178 POLO: ALPHAVILLE - BARUERI DATA: 12/05/ 2023 INTRODUÇÃO: O estágio em Biomedicina é uma parte essencial do currículo de estudantes dessa área, fornecendo uma oportunidade valiosa para aplicar o conhecimento teórico adquirido durante o curso em um ambiente de trabalho real. Durante o estágio, os estudantes de Biomedicina têm a oportunidade de trabalhar em diversos setores, como laboratórios de análises clinicas e aprender como funciona as atividades de rotina de um laboratório clinico. Durante o estágio, os estagiários em Biomedicina têm a oportunidade de adquirir experiência prática em várias áreas da disciplina, como análises clínicas, hematologia, microbiologia, imunologia, genética, bioquímica, entre outras. Eles aprendem a realizar testes e análises laboratoriais, manusear equipamentos especializados, interpretar resultados, documentar e relatar suas descobertas. A área de análises clínicas desempenha um papel fundamental no diagnóstico e monitoramento de doenças, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões médicas. Segen, J.C. (Ed.). (2012). "Analyses cliniques." The Gale Encyclopedia of Medicine (5th ed., Vol. 1). Gale. Além disso, o estágio em Biomedicina permite que os estudantes trabalhem em equipe, colaborem com outros profissionais de saúde e adquiram habilidades de comunicação, gerenciamento de tempo e resolução de problemas. Eles também aprendem a lidar com amostras biológicas, seguir protocolos de segurança e ética profissional. O estágio em Biomedicina é uma oportunidade valiosa para os estudantes aplicarem seus conhecimentos teóricos em situações reais, ganharem experiência prática relevante para o campo e desenvolverem habilidades profissionais essenciais. Além disso, o estágio pode fornecer insights sobre diferentes áreas de atuação dentro da Biomedicina, ajudando os estudantes a tomarem decisões mais informadas sobre sua futura carreira. Em resumo, o estágio em Biomedicina oferece aos estudantes uma oportunidade de aprendizado prático, desenvolvimento de habilidades e familiarização com o ambiente de trabalho, preparando-os para uma carreira bem-sucedida nessa área da saúde. ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS "A química clínica e a biologia molecular são áreas interdisciplinares que abordam a aplicação de princípios químicos e moleculares no diagnóstico e monitoramento de doenças. Essas análises clínicas incluem a medição de substâncias químicas no sangue, urina e outros fluidos corporais, bem como a detecção de biomarcadores moleculares específicos." FASES EM ANÁLISES CLÍNICAS As análises clínicas compreendem várias fases essenciais que são realizadas para fornecer informações diagnósticas sobre a saúde dos pacientes. "A garantia da qualidade é um aspecto crucial nas análises clínicas, uma vez que a precisão e a confiabilidade dos resultados são fundamentais para o cuidado do paciente. A implementação de sistemas de gestão da qualidade, como ISO 15189, desempenha um papel vital na melhoria contínua dos processos laboratoriais e na garantia da confiabilidade dos resultados." Harmening, D.M. (2017). "Clinical Hematology and Fundamentals of Hemostasis" (6th ed.). F.A. Davis Company. A fase pré-analítica é uma etapa crucial, que compreende todas as atividades realizadas antes da análise propriamente dita. Essa fase abrange desde a solicitação e verificação do pedido do exame até a preparação e identificação adequada das amostras biológicas coletadas. Durante a fase pré-analítica, é essencial garantir a qualidade das amostras e evitar qualquer interferência que possa comprometer os resultados. Algumas etapas fundamentais nessa fase incluem: 1. Solicitação adequada do exame e verificação do pedido: O profissional de saúde responsável deve verificar autenticidade do pedido de exame comprovar os dados do paciente, verificar o tipo de análise desejada e a finalidade clínica. 2. Preparação do paciente: Em alguns casos, é necessário orientar o paciente sobre preparações específicas antes da coleta da amostra, como jejum alimentar ou interrupção temporária de medicamentos. Essas instruções devem ser fornecidas de forma clara e precisa, garantindo a colaboração do paciente. 3. Coleta adequada da amostra: A coleta de amostras biológicas, como sangue, urina ou outros fluidos corporais, deve ser realizada de acordo com as técnicas e os procedimentos estabelecidos. É essencial seguir as diretrizes de higiene, utilizar materiais estéreis, identificar corretamente as amostras e registrar informações relevantes, como data e hora da coleta. 4. Processamento e armazenamento das amostras: Após a coleta, as amostras devem ser processadas e preparadas adequadamente. Isso pode envolver a separação de componentes específicos, como plasma ou soro, por meio de centrifugação, além de aplicar técnicas de preservação adequadas. O armazenamento das amostras em condições adequadas de temperatura e umidade também é essencial para a preservação da integridade das amostras. 5. Identificação e rastreabilidade das amostras: Cada amostra coletada deve ser identificada de forma única e rastreável. Isso envolve a rotulagem adequada, com informações precisas do paciente, data e hora da coleta, além de outros dados relevantes. A correta identificação das amostras é fundamental para evitar erros de amostragem ou mistura de resultados. 6. Transporte seguro das amostras: Caso as amostras precisem ser transportadas para outros locais de análise, é necessário seguir os protocolos adequados de embalagem, transporte e armazenamento. Isso garante que as amostras cheguem ao laboratório sem danos e em condições adequadas para análise. A fase pré-analítica desempenha um papel crucial na qualidade e confiabilidade dos resultados das análises clínicas. Esta fase e responsável pela a maioria dos erros de diagnósticos. Abordagem cuidadosa e padronizada nessa fase ajuda a minimizar esses erros e interferências, assegurando que as amostras sejam adequadas para a análise e que os resultados sejam representativos do estado de saúde do paciente. A fase analítica das análises clínicas é uma etapa fundamental no processo de diagnóstico e monitoramento de doenças. Nessa fase, ocorre a realização dos testes laboratoriais que envolvem a detecção e quantificação de diferentes substâncias presentes no organismo. Os testes podem abranger uma ampla variedade de análises, como exames de sangue, urina, fezes, líquidos corporais e tecidos. Cada teste requer uma metodologia específica e equipamentos adequados para processar as amostras biológicas e obter resultados precisos. Durante a fase analítica, o profissional terá que verificar o processo de: • Observação e adequação da amostra para a análise, deve avaliar se a amostra está corretamente identificada, se está em boas condições físicas. Estando tudo de acordo como o protocolo , segue para para teste, não estando de acordo vai para descarte a amostra e o paciente e informado. • Amostras coletadas dos pacientes irão ser preparadas e processadas para a análise. Isso pode envolver a separação de componentes, como células e proteínas, por meio de centrifugação ou técnicas de extração. Em seguida, são aplicados métodos bioquímicos, imunológicos, microbiológicos e moleculares para identificar e quantificar as substâncias de interesse. • Resultados obtidos na fase analítica são interpretados pelos profissionais de saúde, levando em consideração os valores de referência estabelecidos para cada teste. No entanto esta fase das análises clínicas também possui probabilidadesde erros, sendo eles de 10% a 15 % nas margens probabilísticas de diagnósticos. A qualidade e precisão dos resultados na fase analítica são fundamentais para garantir a confiabilidade dos diagnósticos. Para isso, são adotados rigorosos controles de qualidade, incluindo calibração dos equipamentos, validação dos métodos, controle de qualidade interno e participação em programas de controle externo de qualidade. Para um processo complexo é essencial para a obtenção de informações precisas sobre a saúde dos pacientes. Por meio dela, é possível identificar e quantificar substâncias relevantes, auxiliando no diagnóstico e tratamento adequado de diversas patologias. A fase pós-analítica em análises clínicas abrange desde a obtenção do resultado até a entrega ao solicitante. Nesta etapa, ocorrem aproximadamente de 20% a 30% dos erros laboratoriais. Os principais aspectos dessa fase são: 1. Validação do resultado: é o processo que consiste em verificar a consistência e a plausibilidade do resultado obtido na fase analítica. Deve levar em consideração os critérios de aceitação, os valores de referência, os dados clínicos do paciente e os possíveis interferentes. Caso haja discrepância ou dúvida, o resultado deve ser revisado ou repetido. 2. Liberação do resultado: é o processo de disponibilizar o resultado para o solicitante. Pode ser feito por meio de impressão, envio eletrônico ou verbal, garantindo a confidencialidade e a segurança das informações. Deve ser realizado dentro do prazo estabelecido para cada exame. 3. Interpretação do resultado: é o processo de análise crítica e integrada do resultado obtido na fase analítica. Deve levar em consideração os dados clínicos do paciente, os valores de referência, os fatores fisiológicos e patológicos que podem influenciar o resultado, bem como as limitações da técnica ou método utilizado. Deve fornecer uma conclusão diagnóstica ou prognóstica sobre o estado de saúde do paciente. 4. Comunicação do resultado: é o processo de transmitir o resultado e sua interpretação ao solicitante. Pode ser feita por meio de laudo escrito ou verbal. A comunicação deve ser clara, objetiva e precisa, respeitando a linguagem e o nível de conhecimento do solicitante. “A área de análises clínicas desempenha um papel fundamental no diagnóstico e monitoramento de doenças, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões médicas. “ Segen, J.C. (Ed.). (2012). "Analyses cliniques." The Gale Encyclopedia of Medicine (5th ed., Vol. 1). Gale Perfil bioquímico Em resumo, o perfil bioquímico é um conjunto de exames laboratoriais que fornecem informações essenciais sobre diversos aspectos da saúde do paciente. Esses exames são fundamentais para o diagnóstico e acompanhamento e prevenção de doenças, funcionamento dos órgãos e sistemas do organismo para uma melhor condições de saúde do paciente. O perfil bioquímico é composto por uma série de testes que abrangem diferentes aspectos bioquímicos, tais como: • Glicose: avalia os níveis de açúcar no sangue, sendo fundamental para o diagnóstico e monitoramento do diabetes. • Colesterol e triglicerídeos: mensuram as lipoproteínas presentes no sangue, fornecendo informações sobre o risco de doenças cardiovasculares. • Função hepática: exames como ALT, AST, bilirrubinas e fosfatase alcalina avaliam a saúde e o funcionamento do fígado. • Função renal: exames como creatinina e ureia medem a eficiência dos rins na filtragem e excreção de substâncias do organismo. • Eletrólitos: incluem sódio, potássio e cálcio, que desempenham papéis cruciais no equilíbrio eletrolítico e na função neuromuscular. • Proteínas totais: avaliam a concentração de proteínas no sangue, auxiliando no diagnóstico de condições como desnutrição, doenças hepáticas e renais. • Enzimas cardíacas: como a troponina e a creatina quinase (CK), são utilizadas na avaliação de danos cardíacos e infarto do miocárdio. Esses são apenas alguns dos parâmetros comumente avaliados em um perfil bioquímico. Os resultados desses exames são interpretados em conjunto, considerando os valores de referência, histórico médico do paciente e outros sintomas clínicos, fornecendo um panorama abrangente da saúde do indivíduo. O perfil bioquímico é uma ferramenta valiosa para médicos e profissionais de saúde, permitindo a identificação precoce de desequilíbrios bioquímicos e o monitoramento de doenças crônicas. Com base nos resultados, é possível direcionar tratamentos, ajustar medicamentos, adotar medidas preventivas e acompanhar a eficácia das intervenções médicas. Perfil bioquímico renal O perfil renal é uma série de testes laboratoriais utilizados para avaliar a função dos rins e detectar possíveis problemas renais. Esses testes fornecem informações sobre a capacidade dos rins de filtrar resíduos e substâncias indesejadas do sangue, equilibrar eletrólitos e manter o equilíbrio ácido-base no corpo. O diagnóstico do mau funcionamento dos Rins na maioria das vezes é tardio pois a maioria dos casos quando identificados já temos o comprometimento da maioria do órgão. A detecção precoce desempenha um papel crucial na prevenção da DRC (Doença Renal Crônica). Em geral, essa condição é assintomática até atingir estágios avançados. Muitos pacientes só procuram assistência médica quando já apresentam complicações relacionadas à doença ou comorbidades. O diagnóstico da DRC(doença Renal Crônica) é feito por meio de exames laboratoriais que identificam biomarcadores essenciais para avaliar a função renal. Esses exames ajudam a identificar precocemente qualquer comprometimento renal, permitindo que medidas preventivas sejam adotadas. Imagem retirada do Site Mindmeister.(Acesso em 13/05/2023 https://www.mindmeister.com/pt/1622823752/sistema-renal?fullscreen=1# Imagem retirada do Site Mindmeister.(Acesso em 13/05/2023 https://www.mindmeister.com/pt/1622823752/sistema-renal?fullscreen=1# Imagem retirada do Site Mindmeister.(Acesso em 13/05/2023 https://www.mindmeister.com/pt/1622823752/sistema-renal?fullscreen=1# Geralmente avaliamos a função renal através da análises de sangue e urina, porem também podemos realizar exames de imagem como ultrassom e tomografia Computadorizada e a citologia como biopsia. Segue exames mais comuns normalmente executados em triagem: 1. Creatinina: A creatinina é um resíduo metabólico Nitrogenado eliminado pelos Rins, produzido pelo músculo de acordo com a proporção da massa muscular. Eliminada através da filtração glomerular e, em menor grau, por secreção tubular. O nível de creatinina no sangue depende principalmente da taxa de filtração glomerular (TFG) e da massa muscular. Embora seja um marcador específico, a creatinina tem baixa sensibilidade como indicador da função renal. Aumentos nos níveis séricos de creatinina (creatininemia) são observados em casos de diminuição da TFG (insuficiência renal aguda ou crônica) ou aumento da massa muscular (hipertrofia muscular, exercício intenso). Por outro lado, a diminuição da creatinina sérica pode ocorrer em situações de aumento da TFG (gravidez, doença hepática crônica) ou diminuição da massa muscular (atrofia muscular, desnutrição). 2. Ureia: A ureia é outra substância que é filtrada pelos rins. O nível de ureia no sangue é utilizado para avaliar a eficiência da função renal. 3. Uréia sérica: A uréia é a forma de excreção do nitrogênio produzida a partir da degradação de proteínas no fígado. Seu nível sérico aumenta com diminuição da filtração renal. 4. Creatinina sérica: A creatinina sérica é usada como marcador de função renal, já que sua excreção pelos rins é proporcional à filtração glomerular. 5. Eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fósforo): Os rins desempenham um papel importante na regulação dos níveis de eletrólitos no corpo. Os níveis anormais desses eletrólitos no sanguepodem indicar problemas renais. 6. Ácido úrico: O ácido úrico é um produto do metabolismo das purinas e é excretado pelos rins. Níveis elevados de ácido úrico podem indicar problemas renais ou gota. 7. Análise de urina: A análise de urina pode fornecer informações sobre a presença de sangue, proteínas, células e outras substâncias anormais, que podem indicar disfunção renal. Várias doenças têm associação com à função renal, afetam a saúde dos rins. As principais doenças renais incluem: • Doença renal crônica (DRC): É uma condição progressiva em que os rins gradualmente perdem sua capacidade de funcionar adequadamente ao longo do tempo. Pode ser causada por diversas condições, como hipertensão arterial, diabetes, doenças autoimunes, infecções recorrentes, entre outras. • Insuficiência renal aguda (IRA): Refere-se a uma perda súbita da função renal, geralmente causada por uma lesão, infecção grave, obstrução urinária ou diminuição significativa do fluxo sanguíneo para os rins. A insuficiência renal aguda requer tratamento imediato, pois pode ser potencialmente fatal se não for tratada adequadamente. • Nefrite: É a inflamação dos rins e pode ter várias causas, incluindo infecções bacterianas ou virais, doenças autoimunes (como a glomerulonefrite) e certos medicamentos. A nefrite pode afetar a função renal e levar a complicações graves. Pedras nos rins: Também conhecidas como cálculos renais, são formações sólidas que se desenvolvem nos rins a partir do acúmulo de minerais e outras substâncias presentes na urina. Essas pedras podem causar dor intensa e obstruir o fluxo de urina, afetando a função renal. • Doença renal policística (DRP): É uma doença genética em que cistos cheios de líquido se formam nos rins. Com o tempo, esses cistos aumentam de tamanho e podem afetar a função renal, levando à insuficiência renal. • Glomerulonefrite: É uma inflamação dos glomérulos, que são pequenos filtros nos rins responsáveis pela filtração do sangue. Pode ser causada por infecções, doenças autoimunes ou problemas vasculares. A glomerulonefrite pode afetar a função renal e levar à retenção de líquidos e outros problemas de saúde. Essas são apenas algumas das doenças renais mais comuns pois existem outras condições que também podem afetar a função renal. Os perfis renais são comumente solicitados como parte de exames de rotina, pré-operatórios ou para avaliar alguns sintomas que esteja relacionado com a função dos rins, como dor lombar, alterações na micção, inchaço, fadiga ou alterações na pressão arterial. O diagnóstico de insuficiência renal é considerado quando a taxa de filtração glomerular (TFG) é menor que 60 mL/min/1,73 m². Já a insuficiência renal grave ou falência renal é diagnosticada quando a TFG é menor que 15 mL/min/1,73 m². Os valores de referência para a TFG podem ser classificados da seguinte forma: • Normal (≥ 90 e < 120 mL/min/1,73 m²); • Diminuição leve da TFG (≥ 60 e < 90 mL/min/1,73 m²); • Diminuição moderada da TFG (≥ 30 e < 60 mL/min/1,73 m²); • Diminuição severa da TFG (≥ 15 e < 30 mL/min/1,73 m²). Esses valores são utilizados para avaliar a função renal e podem auxiliar no diagnóstico e monitoramento de doenças renais. Ionograma: O ionograma é um teste laboratorial que avalia os níveis de íons e eletrólitos no sangue ou Urina, proporcionando informações importantes sobre o equilíbrio eletrolítico do organismo. Ele geralmente mede os seguintes íons: 1. Sódio (Na+): O sódio é essencial para a regulação do equilíbrio de água no corpo e a função neuromuscular adequada. Níveis elevados ou baixos de sódio podem indicar desequilíbrios hidroeletrolíticos. 2. Potássio (K+): O potássio desempenha um papel vital na função cardíaca, contração muscular e equilíbrio hídrico. Níveis anormais de potássio podem estar relacionados a distúrbios renais, cardíacos ou endócrinos. 3. Cloro (Cl-): O cloro é um íon que está intimamente ligado ao sódio, ajudando a manter o equilíbrio de líquidos no corpo. Níveis elevados ou baixos de cloro podem estar associados a distúrbios renais ou problemas respiratórios. 4. Cálcio (Ca2+): O cálcio é necessário para a saúde óssea, função muscular e coagulação sanguínea adequada. Níveis anormais de cálcio podem ser indicativos de doenças metabólicas, problemas renais ou desequilíbrios hormonais. 5. Magnésio (Mg2+): O magnésio está envolvido em várias funções celulares, incluindo o metabolismo energético e a função muscular. Desvios nos níveis de magnésio podem estar associados a distúrbios metabólicos ou doenças renais. O ionograma é frequentemente solicitado como parte da avaliação de rotina ou para investigar sintomas como fraqueza, desidratação, alterações neuromusculares, problemas cardíacos, entre outros. Além dos fatores mencionados anteriormente, outros aspectos podem afetar os níveis de eletrólitos no organismo. Esses incluem condições médicas subjacentes, como insuficiência renal, diabetes, distúrbios hormonais, doenças gastrointestinais, uso prolongado de diuréticos, desequilíbrios hormonais e distúrbios metabólicos. Valores de referência no ionograma: Os resultados de um hemograma apresentam valores numéricos diferentes para cada eletrólito e devem ser comparados posteriormente com os valores de referência (valores esperados ou normais). Tanto os resultados como os valores de referência geralmente são apresentados em miliequivalentes (mEq) ou milimoles (mmol) por litro (l). Podemos ter como referência os seguintes valores para alguns dos eletrólitos analisados em um ionograma: • Sódio: Entre 136 e 145 mEq/l ou 136-145 mmol/l. • Potássio: Entre 3,5 e 5,0 mEq/l ou 3,5 e 5,0 mmol/l. • Cálcio: Entre 2,2 e 2,6 mmol/l. • Cloro ou cloreto: Entre 97 e 107 mEq/l. • Fósforo: • 0 - 10 dias: 4,5 a 9,0 mg/dL 1 • 11 dias a 2 anos: 4,5 a 6,7 mg/dL 1 • 3 a 12 anos: 4,5 a 5,5 mg/dL 1 • A partir de 13 anos e adultos: 2,5 a 4,5 mg/dL Esses são apenas alguns exemplos de eletrólitos analisados em um ionograma, e outros eletrólitos também têm seus próprios intervalos de referência específicos. É importante ressaltar que os valores de referência podem variar ligeiramente dependendo do laboratório ou do método de análise utilizado, portanto, é sempre recomendado consultar o médico ou profissional de saúde responsável pela interpretação dos resultados para obter uma análise precisa e completa. Perfil bioquímico hepático: O perfil bioquímico hepático é um conjunto de exames laboratoriais que avaliam a função hepática e fornecem informações sobre a saúde do fígado. Esses exames são fundamentais para auxiliar no diagnóstico e monitoramento de diversas condições hepáticas, incluindo doenças do fígado, lesões hepáticas, hepatites virais, cirrose, entre outras. O perfil bioquímico hepático geralmente inclui os seguintes testes: 1. Alanina aminotransferase (ALT): A ALT é uma enzima encontrada principalmente nas células hepáticas. A elevação dos níveis de ALT pode indicar lesão ou inflamação no fígado, como ocorre na hepatite viral, hepatite alcoólica, esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) ou cirrose. 2. Aspartato aminotransferase (AST): A AST também é uma enzima presente nas células hepáticas, mas também é encontrada em outros tecidos, como músculos e coração. A elevação dos níveis de AST pode ser um indicativo de danos no fígado, mas também pode estar relacionada a lesões musculares, infarto do miocárdio ou outras condições. 3. Fosfatase alcalina (FA): A FA é uma enzima presente em diversos tecidos do corpo, incluindo o fígado, os ossos e os rins. Aumentos nos níveis de FA podem ocorrer em casos de obstrução do sistema biliar, como cálculos biliares ou tumores, ou em condições que afetam o crescimento ósseo. 4. Bilirrubina: A bilirrubina é uma substância produzida durante a quebra das células vermelhas do sangue. O aumento dos níveis debilirrubina pode indicar disfunção hepática, como na hepatite, cirrose ou obstrução do sistema biliar. 5. Albumina: A albumina é uma proteína sintetizada no fígado. Níveis baixos de albumina podem indicar comprometimento da função hepática, como ocorre na cirrose, doença hepática crônica ou desnutrição. 6. Tempo de protrombina (TP) ou tempo de coagulação: Esse teste avalia o tempo necessário para o sangue coagular. A função hepática adequada é essencial para a coagulação normal do sangue. Alterações no TP podem indicar doença hepática ou disfunção da coagulação. Além desses testes, dependendo do caso clínico, outros exames podem ser solicitados, como gama-glutamiltransferase (GGT), lactato desidrogenase (LDH), ferritina, entre outros, para fornecer uma avaliação mais completa da função hepática. Os valores de referência do perfil hepático podem variar dependendo do método utilizado pelo laboratório. Aqui estão alguns valores aproximados: • ALT ou TGP: até 40 U/L. • AST ou TGO: até 40 U/L. • FAL: 30 a 120 U/L. • GGT ou Gama GT: 9 a 48 U/L para homens e 7 a 32 U/L para mulheres. • Bilirrubina direta: até 0,3 mg/dL. • Bilirrubina indireta: até 0,8 mg/dL. • Bilirrubina total: até 1,2 mg/dL. Em geral, valores elevados de ALT, AST, FAL ou GGT podem indicar doença hepática ou lesão no fígado, enquanto valores elevados de bilirrubina direta, indireta ou total podem indicar problemas na produção ou eliminação da bilirrubina pelo fígado, bem como outras condições relacionadas às vias biliares ou ao metabolismo dos glóbulos vermelhos. No entanto, é importante ressaltar que os valores do perfil hepático devem sempre ser interpretados em conjunto com outros exames e avaliações clínicas, para que se possa chegar a um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Perfil bioquímico cardíaco O perfil cardíaco é um conjunto de exames e análises bioquímicas que avaliam a função e a saúde do coração. Sendo hoje um exame comumente utilizado na prática clínica para diagnosticar e tratar doenças como hipertensão, Infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, cardiopatia congênita, endocardite, arritmias cardíacas, angina, miocardite. Esses exames são importantes para diagnosticar doenças cardíacas, monitorar o tratamento e avaliar o risco de complicações cardiovasculares. Alguns exames bioquímicos comumente incluídos no perfil cardíaco são compostos por quatro marcadores principais: • Mioglobina: é uma proteína que transporta oxigênio nos músculos esqueléticos e cardíacos. A mioglobina é liberada na corrente sanguínea quando há lesão das fibras musculares e pode se elevar rapidamente após um infarto do miocárdio. No entanto, sua elevação não é específica para lesão cardíaca, podendo ocorrer em outras condições que afetam os músculos. • Creatina quinase total e isoenzima MB (CK-MB): são enzimas que participam do metabolismo energético dos músculos esqueléticos e cardíacos. A CK-MB é a isoenzima mais específica para o músculo cardíaco, sendo um dos marcadores mais utilizados para o diagnóstico de infarto do miocárdio. Sua elevação geralmente ocorre algumas horas após o evento agudo e pode permanecer elevada por até 3 dias. No entanto, a CK total e suas outras isoenzimas também podem se elevar em outras condições, como distrofia muscular e exercícios físicos intensos. • Troponinas cardíacas I e T (cTnI e cTnT): são proteínas que regulam a contração do músculo cardíaco e são considerados os marcadores mais sensíveis e específicos para o diagnóstico de infarto do miocárdio. Sua elevação geralmente ocorre algumas horas após o evento agudo e pode permanecer elevada por até duas semanas. No entanto, sua elevação também pode ocorrer em outras condições que afetam o coração, como insuficiência cardíaca e miocardite.Estão presentes comumente e caso de lesões no miocárdio. • Desidrogenase láctica (LDH) e isoenzima LDH1: são enzimas que participam do metabolismo da glicose nos tecidos. A LDH1 é a isoenzima predominante no músculo cardíaco. A elevação da LDH e da LDH1 geralmente ocorre algumas horas após o evento agudo e pode permanecer elevada por até duas semanas. No entanto, sua elevação também pode ocorrer em outras condições que afetam outros tecidos e órgãos. Também temos Colesterol total e frações (HDL, LDL, VLDL), Triglicerídeos, Ácido úrico, Proteína C-reativa (PCR), BNP (Peptídeo natriurético do tipo B). Os valores de referência para a creatina quinase (CK) total são de 6 a 8 g/dL, e para a fração MB (CK-MB), de 0 a 3 ng/mL. Os valores de referência para a troponina I são inferiores a 0,04 ng/mL, e para a troponina T, inferiores a 0,01 ng/mL. Os valores de referência para a mioglobina são inferiores a 90 ng/mL. Perfil bioquímico lipídico: O lipidograma, também conhecido como perfil bioquímico lipídico, é um conjunto de exames de sangue que medem os níveis de lipídios, como colesterol e triglicerídeos. Este perfil é importante para avaliar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e aterosclerose. O perfil pode incluir medidas do colesterol total, LDL, HDL, VLDL, colesterol não-HDL e triglicerídeos. As doenças associadas a alterações no perfil lipídico incluem cardiovasculares principalmente, porem também podem ser diagnosticadas doenças como aterosclerose, diabetes mellitus, hipotireoidismo e síndrome metabólica em alguns casos ate pancreatite. Os valores de referência variam dependendo do laboratório, mas geralmente incluem até 200 mg/dL de colesterol total, até 130 mg/dL de colesterol LDL, acima de 40 mg/dL de colesterol HDL, até 30 mg/dL de colesterol VLDL e até 150 mg/dL de triglicerídeos. De acordo com SBAC , Sociedade Brasileira de Analises Clinicas a referência para os perfis lipídicos seguem nas tabelas abaixo sendo; Imagem retirada do site SBAC acesso em 13/05/2023 Imagem retirada do site SBAC acesso em 13/05/2023 Para realização do exame o paciente deve seguir as seguintes recomendações; • Preparo físico: O paciente deve evitar atividades físicas intensas ou incomuns nas duas semanas que antecedem o exame do lipidograma. Isso inclui exercícios que não são parte da rotina habitual do paciente. Evitar essas atividades é importante para evitar que elas afetem os resultados do lipidograma. • Alimentação: Não é necessário fazer restrições alimentares específicas antes do exame do lipidograma. O paciente pode manter sua alimentação rotineira antes da coleta da amostra de sangue. • Bebidas alcoólicas: É recomendado que o paciente suspenda o consumo de bebidas alcoólicas pelo menos 3 dias antes da coleta da amostra de sangue para o lipidograma. O álcool pode interferir nos resultados dos níveis de lipídios no sangue, portanto, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas nesse período. • Jejum: O jejum não é obrigatório para a realização do lipidograma, de acordo com o Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. No entanto, a necessidade ou não de jejum pode depender do tipo de análise solicitada. Por exemplo, se o exame incluir a avaliação dos níveis de açúcar no sangue (glicemia), recomenda-se um jejum máximo de 14 horas. O lipidograma e contraindicada para pacientes em fase gestacional grávidas, o exame só deve ser realizado após 3 meses do parto. Durante a gravidez, os níveis lipídicos podem sofrer alterações fisiológicas normais, o que pode dificultar a interpretação adequada dos resultados do lipidograma nesse período. Perfil bioquímico pancreático: O exame de perfil bioquímico pancreático é uma análise laboratorial que avalia a função e a saúde do pâncreas, um órgão vital do sistema digestivo e endócrino. Ele fornece informações valiosas sobre a produção e liberação de enzimas pancreáticas, bem como a regulação do metabolismo da glicose.Podendo revelar e auxiliar no tratamento de doenças como pancreatite aguda, diabetes mellitus e câncer de pâncreas. O pâncreas desempenha um papel fundamental na digestão e absorção de nutrientes, além de ser responsável pela produção de insulina, um hormônio essencial para o controle dos níveis de açúcar no sangue. Portanto, o perfil bioquímico pancreático pode auxiliar no diagnóstico e monitoramento de várias doenças. Esse exame é realizado através da coleta de uma amostra de sangue do paciente, que será analisada quanto aos níveis de várias substâncias, como amilase, lipase, glicose,glucagom, insulina e somatostatina. A amilase e a lipase são enzimas produzidas pelo pâncreas e que desempenham um papel importante na digestão de carboidratos e gorduras, respectivamente. Valores elevados dessas enzimas podem indicar inflamação ou lesão no pâncreas. Além disso, a avaliação dos níveis de glicose e insulina no perfil bioquímico pancreático pode fornecer informações sobre a função endócrina do pâncreas e auxiliar no diagnóstico de diabetes. A presença de níveis anormais de glicose ou insulina pode indicar resistência à insulina, deficiência de produção de insulina ou outros distúrbios metabólicos. Os resultados de referência do perfil bioquímico pancreático podem variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório. Abaixo estão alguns valores aproximados: • Amilase sérica: até 220 U/L • Amilase urinária: 1,2 a 3,8% (índice de depurações amilase/creatinina) • Lipase sérica: até 160 U/L • Glicose sérica: 70 a 110 mg/dL • Insulina sérica: 2 a 25 mU/L • Peptídeo C sérico: 0,5 a 2 ng/mL É importante ressaltar que esses valores podem variar dependendo do método utilizado para a análise e que a interpretação dos resultados deve ser feita por um profissional de saúde capacitado. Além disso, é fundamental levar em consideração o histórico clínico do paciente e outros exames complementares para uma avaliação mais precisa. Em resumo, o exame de perfil bioquímico pancreático desempenha um papel essencial na detecção e monitoramento de condições relacionadas ao pâncreas, como inflamações, lesões, distúrbios digestivos e diabetes. Os resultados obtidos podem ajudar os médicos a planejar o tratamento adequado e a acompanhar a resposta do paciente às intervenções terapêuticas. PERFIL HEMATOLÓGICO O perfil hematológico é um conjunto de testes laboratoriais que avalia a saúde e o funcionamento do sistema hematológico, que inclui os componentes do sangue, como células vermelhas, células brancas e plaquetas. Esse perfil fornece informações cruciais sobre a saúde do paciente e pode ajudar no diagnóstico e monitoramento de uma variedade de condições médicas. "A hematologia clínica é uma área importante das análises clínicas, focada na avaliação das células sanguíneas e dos processos de coagulação. O estudo dos elementos formados no sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, desempenha um papel essencial no diagnóstico de distúrbios hematológicos." Rifai, N., Horvath, A.R., & Wittwer, C.T. (Eds.). (2016). "Tietz Textbook of Clinical Chemistry and Molecular Diagnostics" (6th ed.). Elsevier. Os principais componentes avaliados em um perfil hematológico incluem: • Níveis dos glóbulos vermelhos, células responsáveis por carregar o oxigênio. • Níveis dos glóbulos brancos, células responsáveis por combater as infecções o corpo humano. • Níveis da hemoglobina, proteína responsável por levar o oxigênio até os glóbulos vermelhos. • Hematócritos, responsáveis por identificar a porcentagem de volume que os glóbulos vermelhos ocupam no sangue. • Níveis das plaquetas, que ajudam na coagulação do sangue. • Contagem diferencial dos glóbulos brancos. • Volume corpuscular médio, resultado da média dos volumes das células hematológicas. • Concentração de hemoglobina corpuscular média (quantidade de hemoglobina presente nas hemácias). Além desses parâmetros, o perfil hematológico pode incluir outros testes mais específicos, como a análise do tamanho e forma das células sanguíneas, a taxa de sedimentação de eritrócitos (VHS) e a dosagem de ferritina. O exame hematológico é realizado por meio de um hemograma, que é um exame de sangue completo que oferece uma avaliação abrangente da saúde do corpo humano. O hemograma fornece informações valiosas sobre diversos aspectos do sistema sanguíneo, permitindo a detecção de desordens e condições médicas. Entre as informações obtidas no hemograma, destacam-se: 1. Anemia: O hemograma é capaz de identificar a presença de anemia, que é caracterizada pela redução dos níveis de hemoglobina ou das células vermelhas do sangue (hemácias). A anemia pode ser causada por deficiências nutricionais, doenças crônicas, distúrbios da medula óssea, entre outras condições. 2. Infecções: O hemograma também pode indicar a presença de infecções. Elevações nos níveis de leucócitos (glóbulos brancos) podem ser um sinal de infecção bacteriana ou viral. Além disso, a análise detalhada dos diferentes tipos de leucócitos presentes no exame pode fornecer informações adicionais sobre o tipo de infecção. 3. Leucemia e outras doenças hematológicas: O hemograma pode revelar possíveis sinais de leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas, além de outras doenças hematológicas, como linfomas e mielomas. Alterações nas contagens de células sanguíneas, incluindo leucócitos, eritrócitos e plaquetas, podem sugerir a presença dessas condições. As células do sangue desempenham funções vitais no organismo e podem ser classificadas em hemácias, leucócitos e plaquetas. Veja abaixo as principais características e funções de cada tipo: 1. Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos: são células anucleadas com formato de disco bicôncavo. Elas contêm hemoglobina, uma proteína que se liga ao oxigênio e ao gás carbônico. A principal função das hemácias é transportar esses gases pelo sangue, garantindo a respiração celular e a eliminação de resíduos metabólicos. As hemácias têm uma vida útil média de cerca de 120 dias e são destruídas principalmente no baço e no fígado. 2. Leucócitos ou glóbulos brancos: são células nucleadas e podem ser classificadas em granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e agranulócitos (linfócitos e monócitos). Os leucócitos desempenham um papel fundamental na defesa do organismo contra agentes infecciosos e substâncias estranhas. Eles atuam por meio de mecanismos como fagocitose, produção de anticorpos e liberação de mediadores inflamatórios. Em situações de infecção ou inflamação, os leucócitos podem sair dos vasos sanguíneos e migrar para os tecidos afetados. Cada tipo de leucócito possui um valor de referência específico dentro do total de leucócitos no sangue. • As plaquetas, por sua vez, são fragmentos celulares envolvidos na coagulação sanguínea. Elas ajudam a formar coágulos para controlar o sangramento em caso de lesões vasculares. As plaquetas são produzidas na medula óssea juntamente com as outras células do sangue. É importante destacar que os valores de referência para cada tipo de célula sanguínea podem variar dependendo do laboratório e do método utilizado na análise. Coagulograma manual Os resultados dos testes de coagulação podem apontar para a presença de distúrbios hemorrágicos ou trombóticos. Por exemplo, um aumento no tempo de protrombina pode indicar uma deficiência de vitamina K, de fatores da coagulação ou o uso de anticoagulantes; um aumento no tempo de tromboplastina parcial ativada pode indicar uma deficiência de fatores da coagulação ou o uso de heparina; um aumento no nível do dímero- D pode indicar coagulação intravascular disseminada ou uma trombose venosa profunda. Em resumo, o perfil hematológico é uma avaliação laboratorial essencial para a detecção, diagnóstico e monitoramento de uma ampla gamade condições médicas relacionadas ao sangue. Ele fornece informações valiosas aos médicos para auxiliar no tratamento adequado e na promoção da saúde do paciente. Tipagem sanguínea manual Os resultados da tipagem sanguínea podem identificar o grupo sanguíneo (ABO) e o fator Rh (D) de uma pessoa. Essas informações são cruciais para garantir a compatibilidade transfusional e prevenir a doença hemolítica do recém-nascido. Por exemplo, uma pessoa que apresenta aglutinação com o reagente anti-A e com o reagente anti-D possui o grupo sanguíneo A positivo; já uma pessoa que não apresenta aglutinação com nenhum dos reagentes possui o grupo sanguíneo O negativo. O sistema ABO é o mais importante grupo sanguíneo na medicina transfusional. O gene ABO codifica as glicosiltransferases responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar, GalNaca1-3 e Gala 1-3, ao substrato H e os convertem ao antígeno A ou B respectivamente. A estrutura do DNA dos três principais alelos do sistema ABO, A, B e O foi primeiramente descrita em 1990. Os avanços da genética molecular permitiram o entendimento da base molecular dos genes ABO e o conhecimento do polimorfismo dos alelos comuns a esse lócus. Essa revisão tem como objetivo o estudo dos alelos variantes desse sistema, assim como a compreensão das mutações, deleções ou rearranjo de genes responsáveis pela ocorrência de alguns dos subgrupos do sistema ABO. As técnicas mais comumente utilizadas para a genotipagem ABO também são avaliadas, bem como suas vantagens e limitações. (BATISSOCO & NOVARETTI, 2003) Vale ressaltar que, o serviço de hemoterapia deve estabelecer procedimentos para resolução das discrepâncias na tipagem ABO direta e reversa e tipagem RhD, comparando com resultados obtidos, propiciando maior segurança e confiabilidade nos resultados obtidos, ao qual no sistema “ABO” podem ser submetidos a prova direta que manifesta-se em pôr em contato soros-teste conhecidos comercialmente como anti-A, anti-B e anti-AB, com hemácias a serem testados para identificar a presença ou não dos antígenos A e B. Assim, serão definidos os grupos sanguíneos: A, B, AB, O. Já a prova reversa que tem a função de contraprova fundamental para a conclusão do exame manifesta-se em colocar em contato o soro a testar com hemácias conhecidas A1 e B, permitindo reconhecer a presença ou não de anticorpos regulares dirigidos contra esses antígenos. (GARCIA, 2018). Os grupos sanguíneos são determinados pela presença ou ausência de certos antígenos nas hemácias e pelos encontrados no plasma. Veja a descrição de cada tipo sanguíneo: Imagen-Tabela hematológica(fonte site Biologianet;acesso em 14/05) • Tipo A: possui o antígeno A nas hemácias e o anticorpo anti-B no plasma. • Tipo B: possui o antígeno B nas hemácias e o anticorpo anti-A no plasma. • Tipo AB: possui os antígenos A e B nas hemácias e não possui anti-A ou anti-B no plasma. • Tipo O: não possui antígenos A ou B nas hemácias, mas possui os anticorpos anti- A e anti-B no plasma. Em relação a procedimentos de doação e transfusão sanguínea temos que; O tipo A pode doar para A e AB e pode receber de A e O. O tipo B pode doar para B e AB e pode receber de B e O. O tipo AB pode doar somente para AB e pode receber de todos os tipos (A, B, AB e O). O tipo O pode doar para todos os tipos (A, B, AB e O) e pode receber somente de O. Essa classificação dos grupos sanguíneos é importante, principalmente em transfusões de sangue, para garantir a compatibilidade entre doador e receptor. É fundamental consultar um profissional de saúde para obter informações mais específicas e precisas sobre os grupos sanguíneos. Teste da antiglobulina direta (TAD) manual: o resultado do TAD pode indicar a presença de anticorpos ou complemento ligados às hemácias da pessoa, podendo causar uma anemia hemolítica imune. Por exemplo, uma pessoa que apresenta aglutinação com o reagente antiglobulina possui um TAD positivo; já uma pessoa que não apresenta aglutinação com o reagente antiglobulina possui um TAD negativo. Confecção de esfregaço sanguíneo Uma das técnicas para diferencial e de extrema importância que por vezes requer bastante técnica é o esfregaço sanguíneo, onde na prática além do passo a passo tivemos a oportunidade de colocar na prática e também treinar a técnica, então a professora fez a primeira vez e em seguida colocamos uma gota de sangue sobre uma lâmina e com outra lâmina inclinada posicionada a ela a frente da gota, dando sutilmente uma encostada da gota suavemente arrastamos essa lâmina inclinada, possibilitando o espelhamento uniforme dela, ao qual será corada e depois colocada no microscópio para análise. Portanto, podemos bem definir essa técnica como: O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao paciente. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornece informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador da malária. Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como infecções. Apesar dos avanços em hematologia, na área de automação e uso de metodologias moleculares, um teste aparentemente simples como este ainda é indispensável. O primeiro passo para se obter resultados confiáveis é a confecção de m bom esfregaço e sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas. (MAGALHÃES, s.d.). O importante seguir as recomendações para que seja realizada uma lâmina de qualidade para uma boa leitura. Procedimento do esfregaço: 1. Apoie a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma superfície limpa. Certifique-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste. 2. Coloque uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. 3. Com o auxílio de outra lâmina, coloque a gota de sangue em contato com sua borda. Para isso, a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo de 45°. 4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade. 5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta à extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será "puxado" pela lâmina. 6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro. 7. Deixe que o esfregaço seque sem nenhuma interferência. 8. Siga para o próximo passo de coloração Imagem – Esfregaço Sanguineo (Fonte: arquivo próprio, 2023) Para a técnica de esfregaço sanguíneo, é utilizada uma mistura especial de corantes para tingir todas as células sanguíneas. Existem muitas variações, como a coloração de Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald, que são modificações da coloração baseada em corantes Romanovsky. Contagem global de células O objetivo da realização da contagem global das células do sangue, também conhecida como hemograma completo, é avaliar a quantidade e a qualidade dos diferentes tipos de células sanguíneas presentes no organismo. Isso permite obter informações importantes sobre a saúde do paciente e auxiliar no diagnóstico e monitoramento de várias condições médicas. A contagem global das células do sangue geralmente inclui a contagem de três tipos principais de células sanguíneas: 1. Glóbulos vermelhos (eritrócitos): Essas células são responsáveis pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo. A contagem dos glóbulos vermelhos fornece informações sobre a capacidade do sangue de transportar oxigênio e também pode ajudar adiagnosticar anemia, policitemia e outras condições relacionadas. 2. Glóbulos brancos (leucócitos): Os glóbulos brancos desempenham um papel importante no sistema imunológico, ajudando a combater infecções e doenças. A contagem dos glóbulos brancos pode indicar se há uma infecção presente, inflamação ou problemas relacionados ao sistema imunológico. 3. Plaquetas (trombócitos): As plaquetas são responsáveis pela coagulação sanguínea, ajudando a prevenir sangramentos excessivos. A contagem de plaquetas pode revelar se há risco aumentado de sangramento ou de formação de coágulos sanguíneos. Além disso, também pode fornecer informações sobre outros parâmetros sanguíneos, como a concentração de hemoglobina (Hb) e o hematócrito (Ht), que são úteis para avaliar a saúde geral do paciente. Medir a contagem global de leucócitos e hemácias consiste em quantificar a quantidade dessas células no sangue periférico de um indivíduo. Os valores normais para a contagem de leucócitos geralmente variam entre 4.000 e 10.000 células por microlitro de sangue (/μL), enquanto a contagem normal de eritrócitos fica entre 4,5 e 6 milhões de células por microlitro de sangue (/μL). Essa relação e feita através das câmaras de Neubauer tambem conhecida como câmara de contagem que são dispositivos que consistem em uma lâmina grossa de uso microscópico, com uma profundidade específica para a amostra. Kasvi acesso em 13/05/2023 Elas possuem duas câmaras com linhas gravadas em quadrantes de dimensões conhecidas, chamadas de malhas de leitura. Site Kasvi acesso em 13/05/2023. A padronização desses quadrantes permite visualizar a amostra sob um microscópio e contar o número de células presentes na área determinada, sendo calculadas separadamente os valores de células por quadrantes e no final realiza se o cálculo. Existem diversos tipos de câmaras de contagem disponíveis, que se diferenciam pela profundidade da câmara, resolução em mm², material (vidro ou descartável) e desenho da malha (Neubauer / Fuchs Rosenthal). Índices hematimétricos Índices hematimétricos são parâmetros utilizados para avaliar as características das células sanguíneas, especificamente os glóbulos vermelhos (eritrócitos). Esses índices fornecem informações importantes sobre o tamanho e a quantidade de hemoglobina presentes nessas células, o que auxilia no diagnóstico e monitoramento de várias condições médicas. Um dos índices hematimétricos mais comumente utilizados é o Volume Corpuscular Médio (VCM). Ele indica o tamanho médio dos glóbulos vermelhos e é calculado dividindo-se o hematócrito pelo número de eritrócitos. O VCM é classificado em três categorias principais: microcítico, normocítico e macrocítico. Um VCM microcítico indica glóbulos vermelhos menores que o normal, geralmente associados à deficiência de ferro ou a outras condições de anemia. Já um VCM macrocítico sugere glóbulos vermelhos maiores que o normal, muitas vezes relacionados à deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. Outro índice hematimétrico é a Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), que mede a quantidade média de hemoglobina presente em cada glóbulo vermelho. A HCM está dividindo-se a concentração de hemoglobina pelo número de eritrócitos. Esse índice é importante para determinar se os glóbulos vermelhos possuem uma quantidade adequada de hemoglobina. Valores de HCM abaixo do normal indicam hipocromia, o que pode estar relacionado a diversas condições, como anemias ferroprivas ou talassemias. Por fim, o terceiro índice hematimétrico é a Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM), que expressa a concentração média de hemoglobina em cada glóbulo vermelho. A CHCM é continuamente dividindo-se a concentração de hemoglobina pelo Hematócrito e multiplicando-se por 100. Valores baixos de CHCM podem indicar hipocromia, enquanto valores altos podem ser observados em condições como a esferocitose hereditária. Os índices hematimétricos são ferramentas valiosas para médicos auxiliares e profissionais de saúde no diagnóstico e acompanhamento de condições sanguíneas. Ao analisar esses índices em conjunto com outros exames laboratoriais e dados clínicos, é possível obter informações importantes sobre a saúde do paciente e direcionar o tratamento de maneira mais precisa e eficaz. É fundamental ressaltar que a interpretação desses índices deve ser feita por profissionais, levando em consideração o histórico médico completo e outros fatores clínicos relevantes. Algumas das doenças que podem estar associadas a alterações nesses índices incluem: • Anemia ferropriva: é uma das causas mais comuns de microcitose, que ocorre devido à deficiência de ferro no organismo. A anemia ferropriva pode resultar em valores baixos de VCM e HCM, além de CHCM. • Talassemia: é uma doença hereditária que afeta a produção de hemoglobina e pode causar microcitose e hipocromia. Os valores de VCM e HCM podem estar abaixo do normal em pacientes com talassemia. • Anemia megaloblástica: é causada pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico e pode levar a macrocitose. Valores altos de VCM são comuns em pacientes com anemia megaloblástica. • Esferocitose hereditária: é uma doença genética que afeta a membrana dos glóbulos vermelhos, levando a valores altos de CHCM. Outros índices hematimétricos, como VCM e HCM, podem estar dentro do intervalo normal em pacientes com esferocitose hereditária. • Anemia hemolítica: é caracterizada pela destruição prematura dos glóbulos vermelhos, podendo causar anisocitose e outros desequilíbrios nos índices hematimétricos. Os valores de RDW podem estar acima do normal em pacientes com anemia hemolítica. • Anemia falciforme: é uma doença genética que afeta a forma dos glóbulos vermelhos, podendo levar a anisocitose e outras alterações nos índices hematimétricos. Os valores de VCM e HCM podem estar abaixo do normal em pacientes com anemia falciforme. Valores de referência: • Plaquetas. Os valores de referência são de 140.000 a 450.000/µL para adultos e crianças. • Hemácias: são as células transportam oxigênio para os tecidos. Os valores de referência são de 4,2 a 5,9 milhões/µL para homens e de 3,9 a 5,4 milhões/µL para mulheres. Em crianças, os valores variam de acordo com a idade, sendo de 4 a 7 milhões/µL ao nascer e de 4,1 a 5,1 milhões/µL aos 12 anos. • Hemoglobina: é uma proteína presente nas hemácias que se liga ao oxigênio e ao transporte para os tecidos. Os valores de referência são de 13 a 18 g/dL para homens e de 12 a 16 g/dL para mulheres. Em crianças, os valores variam de acordo com a idade, sendo de 18 ± 4 g/dL ao nascer e confirmado gradualmente para 12,5 ± 1,5 g/dL aos 12 anos. • Hematócrito: é a porcentagem do volume total do sangue ocupado pelas hemácias. Os valores de referência do hematócrito são de 38 a 52% para homens e de 35 a 47% para mulheres. Em crianças, os valores variam de acordo com a idade, sendo de aproximadamente 60 ± 15% ao nascer e esperando para cerca de 40 ± 5% aos 12 anos. É importante ressaltar que os valores de referência podem variar dependendo do laboratório e das referências utilizadas. Consultar um profissional de saúde é fundamental para uma análise adequada dos resultados dos exames. • Leucócitos: são as células brancas do sangue responsáveis pela defesa do organismo contra agentes infecciosos ou estranhos. Os valores de referência para leucócitos são de 4.000 a 11.000 por. É importante ressaltar que a interpretação dos índices hematimétricos deve ser feita por um médico ou profissional de saúde capacitado, levando em consideração o histórico médico completo do paciente e outros fatores clínicos relevantes. Além disso, os índices hematimétricos devem ser analisados em conjunto com outros exames laboratoriais para um diagnóstico mais preciso e efetivo das condições sanguíneas. Urianálise A análise de urinaé um teste laboratorial amplamente utilizado na prática clínica e é considerado um dos indicadores mais importantes para avaliar a saúde e detectar doenças. Seu principal objetivo é identificar enfermidades que podem afetar os enxágues, o trato urinário e outros sistemas do corpo. A urinálise também pode fornecer informações sobre distúrbios hepáticos, diabetes mellitus e deterioração muscular. O exame de urina é dividido em três etapas: análise física, química e sedimentoscopia. As duas primeiras etapas são relativamente simples de serem executadas, enquanto a sedimentoscopia é considerada moderadamente complexa. É importante ressaltar que o exame de urina é uma ferramenta diagnóstica complementar e deve ser interpretada por um profissional de saúde qualificado. Urina Tipo 1 (aspecto físico-químico e sedimentos) (Aula 4 – Roteiro3) O exame do sedimento urinário é importante para qualquer paciente com doença renal, a reanálise pode ser exame físico, químico ou microscópico. O exame microscópico determina os parâmetros, como glóbulos vermelhos (RBC), glóbulos brancos (WBC), células epiteliais, cristais, bactérias e cilindros. Os resultados deste teste identificam várias doenças relacionadas aos rins, como hematúria, cálculos renais, etc. (SUHAIL; BRINDHA, 2021). Imagem 2 –Urinalise- tira reagente (fonte: arquivo próprio, 2022). Analises do procedimentos: Volume – não possui significado clínico e seu relato é opcional. O valor normal de urina produzida em 24 horas em adultos é de 1200 a 1500 mL e em crianças 15 mL/kg de peso. Cor – a cor da urina depende da presença e da concentração de pigmentos de origem alimentar, medicamentosa e até mesmo endógena. A urina normal geralmente é amarelada devido à presença de um pigmento chamado urocromo, produto do metabolismo endógeno e produzido em velocidade constante. Como variações de coloração nas amostras de urina anormais, encontramos: • Amarelo palha – recente ingestão de líquidos ou no caso de diabetes (tanto insípidus quanto mellitus). • Âmbar – presença de bilirrubina na amostra. • Alaranjada – interferência de medicamentos, como Piridium ou mesmo vitamina A. • Vermelha – presença de hemácias, hemoglobina, mioglobina e porfirinas. • Castanha/preta – acetonúria (presença de ácido homogentísico), presença de melanina. • Verde – interferência de medicamentos (amitriptilina, metocarbamol, indican e azul de-metileno). Aspecto – termo que se refere à transparência da amostra de urina analisada. A urina normal tem aspecto límpido, porém pode sofrer alterações devido à presença de numerosas células epiteliais, de leucócitos, hemácias, bactérias e leveduras, filamentos de muco e de cristais. Exame físico-químico Esse exame é feito através de tiras reagentes e permite de maneira simples e rápida que nós, profissionais da saúde, a realização de análises químicas da urina dos parâmetros: pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e gravidade específica. Essas tiras precisam estar armazenadas conforme as indicações do fabricante para que não haja interferências nos resultados. Para realizar esse exame homogeneizamos a amostra de urina e em seguida, mergulhamos a tira de reagente na amostra do paciente. Antes da leitura visual, retiramos o excesso da urina e observamos uma alteração de cor em cada área da fita. Dessa maneira, conseguimos analisar o resultado, efetuando a comparação das cores e na tabela cromática padrão do kit. Análise do sedimento Tem a finalidade de detectar e identificar todos os elementos insolúveis, como hemácias, leucócitos, cilindros, cristais, células epiteliais, bactérias, leveduras, parasitas e possíveis artefatos. Pode ser realizado por meio de Microscopia óptica comum; câmara de contagem, entre lâmina e lamínula ou sistemas padronizados. Para tanto exige-se uma boa preparação dos sedimentos esses quais poderíamos seguir uma padronização. Exame microscópico A maneira pela qual o exame microscópico é realizado tem que ser consistente, incluindo a observação de, no mínimo, dez campos em menor e maior aumento (100 e 400x). A observação em menor aumento tem por objetivo avaliar a disposição dos elementos, a composição geral do sedimento e a presença ou não de cilindros. A identificação e a contagem de todos os elementos presentes são realizadas em aumento de 400x. Nos qual poderíamos observar e relatar diferentes tipos de sedimentos e suas morfologias . Identificar e relatar Hemácias – aparecem em diversas situações, tais como: lesões no parênquima renal, lesões de trato urinário, alterações hematológicas e outras causas. Leucócitos – aparecem em infeções do trato urinário e em processos inflamatórios. Cilindros – formam-se no interior do túbulo contorcido distal e ducto coletor e têm matriz primariamente composta de muco proteínas de Tamm-Horsfall, sendo sua aparência influenciada pelos elementos presentes no filtrado durante a sua formação. Cilindros celulares – hemáticos, leucocitários, epiteliais. Cilindros acelulares – hialinos, granulosos, céreos, lipoídico. Cilindros pigmentares – hemoglobínicos e bilirrubínicos. Cristais – são frequentemente achados na análise do sedimento urinário, têm ligação direta com tipo de dieta e raramente possuem significado clínico. Eles são formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações de pH, temperatura e concentração. Urina ácida – ácido úrico, oxalato de cálcio, urato amorfo. Urina alcalina – fosfato triplo (fosfato amoníaco-magnesiano), fosfato amorfo, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio. Cristais patológicos – leucina, tirosina, cistina, colesterol, bilirrubina, hemossiderina. Células epiteliais – frequentemente podemos encontrar células epiteliais na urina, já que são partes do revestimento do sistema urogenital. Células pavimentosas – frequentes tanto em homens quanto em mulheres, provenientes de células da vagina e das porções inferiores da uretra. Células de transição – originárias da bexiga e da porção superior da uretra. Células do túbulo renal – sua presença indica lesão tubular. Microrganismos – bactérias, fungos e parasitas. Outros elementos – muco, contaminantes e espermatozoides. Esses últimos podem ou não ser relatados na dependência da padronização de cada laboratório. Após homogeneizar as duas amostras dos voluntários, chegamos a essa conclusão: A leitura foi feita selecionada por Grupos 1 e 2 por serem duas amostras elas foram divididas. Exame de Urina 24 hras; O exame de urina de 24 horas é um teste laboratorial que mede a quantidade de várias substâncias na urina durante um período de 24 horas. O exame é útil para avaliar a função renal e pode ajudar no diagnóstico de várias condições médicas, como diabetes, doença renal, doença hepática e distúrbios metabólicos. Para realizar o exame, o paciente deve colher toda a urina produzida durante um período de 24 horas em um recipiente especial. É importante manter a urina em um local fresco e escuro durante o processo de coleta. O recipiente deve ser rotulado com o nome do paciente, a data e o horário inicial da coleta. O paciente deve descartar a primeira urina da manhã no vaso sanitário e, em seguida, começar a encher todas as urinas seguintes durante as próximas 24 horas. Ao final das 24 horas, a última urina deve ser coletada e adicionada ao recipiente. O paciente deve então levar o recipiente ao laboratório para análise. No laboratório, uma amostra de urina é determinada para determinar a quantidade de várias substâncias presentes, como proteína, açúcar, sódio, creatinina e outros eletrólitos. Os resultados do exame podem ajudar a diagnosticar e monitorar várias condições médicas e fornecer informações importantes sobre a função renal do paciente. Urocultura; A uroculturaé um exame utilizado para investigar a presença de infecção no sistema urinário, tais como cistite, uretrite ou pielonefrite. Essa análise permite identificar o microrganismo responsável pela infecção. A urocultura é indicada em diferentes situações, podendo ser realizada por qualquer pessoa. No entanto, é especialmente recomendado durante a gravidez, uma vez que a infecção hospitalar não tratada nesse período pode aumentar o risco de aborto. Durante o exame, é necessário colher uma amostra de urina de forma asséptica, seguindo as orientações fornecidas pelo profissional de saúde. Essa amostra é enviada para o laboratório, onde é realizada uma cultura para identificar e quantificar os microrganismos presentes na urina. Além disso, é feito um teste de sensibilidade aos antibióticos, para determinar quais medicamentos são mais eficazes no tratamento da infecção. Os resultados da urocultura auxiliam o médico no diagnóstico correto da infecção urinária e no direcionamento do tratamento mais adequado, com o uso do antibiótico mais eficaz contra o microrganismo identificado. É importante seguir as recomendações médicas e concluir o tratamento de forma adequada para evitar complicações e recorrência da infecção O exame de urocultura é indicado pelo médico quando a pessoa apresenta alguns sintomas, como: • Dor e ardor ao urinar; • Corrimento vaginal ou peniano; • Urina muito escura; • Pouca quantidade de urina; • Sensação de peso na bexiga; • Coceira e/ ou vermelhidão na região genital; • Urina com cheiro forte. Assim, a partir do resultado do exame, é possível verificar o agente infeccioso responsável pelos sintomas e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de antimicrobianos de acordo com a orientação do médico. Os resultados do exame de urocultura podem variar da seguinte forma: 1. Resultado Negativo ou Normal: Nesse caso, não é observado crescimento significativo de colônias bacterianas na urina, dentro dos valores considerados preocupantes. 2. Resultado Positivo: Indica que houve crescimento de colônias bacterianas na urina em um número superior a 100.000. Esse resultado positivo também inclui a identificação da bactéria específica encontrada no exame. Quando o resultado da urocultura é positivo, é comum que seja realizado um teste adicional chamado antibiograma. Esse teste visa identificar a bactéria responsável pelos sintomas apresentados pela pessoa e analisar seu perfil de sensibilidade e resistência aos antibióticos disponíveis. O antibiograma é útil para determinar qual medicamento é mais eficaz para tratar uma infecção infecciosa causada por bactéria específica identificada. Ao conhecer o perfil de sensibilidade e resistência da bactéria, o médico pode prescrever um antibiótico adequado e eficaz para o tratamento da infecção, levando em consideração a suscetibilidade da bactéria aos diferentes medicamentos disponíveis. Isso ajuda a garantir um tratamento eficaz e reduzir o risco de complicações decorrentes da infecção urinária. Portanto, a urocultura com antibiograma fornece informações valiosas para o médico tomar decisões mais precisas no tratamento da infecção intestinal, considerando a bactéria causadora e sua sensibilidade aos antibióticos. Microbiologia A microbiologia desempenha um papel crucial nos exames clínicos de saúde, fornecendo informações importantes sobre microrganismos patogênicos presentes no corpo humano. Esses exames ou testes, ajudam no diagnóstico de doenças infecciosas, no monitoramento do tratamento e na prevenção da disseminação de infecções. Podemos a partir de amostras clínicas, como sangue, urina, escarro, líquido cefalorraquidiano e secreções, realizar testes que irão permitir o isolamento e identificação de bactérias. Esses testes irão auxiliar no diagnóstico de patologias e no tratamento. Existe vários estudos na área da Microbiologia porém o Taxonômicos e um dos mais comuns. Se concentram na classificação e na identificação dos microrganismos. Esses estudos envolvem a caracterização de diferentes espécies bacterianas, fúngicas, virais e outros microrganismos, com base em suas características morfológicas, fisiológicas e genéticas. Meios de Cultura Meios de cultura são preparações químicas que fornecem nutrientes e minerais essenciais para o crescimento de microrganismos em laboratório. Existem vários tipos de meios de cultura, que podem ser classificados de acordo com diferentes critérios, como: 1. Composição química: Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com os seus componentes químicos. Podem ser à base de extratos de vegetais, como malte e tomate, que fornecem nutrientes necessários para o crescimento dos microrganismos. Também podem ser à base de extratos de animais, como carne, ou de microrganismos, como levedura. Além disso, existem meios de cultura artificiais, sintéticos, nos quais todos os componentes são quimicamente definidos. 2. Consistência física: Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com a sua consistência física. Os meios de cultura sólida, como o ágar, são utilizados para o isolamento e a contagem de microrganismos, além de permitirem o cultivo de experiências que satisfaçam as experiências sólidas para a suas expectativas. Já os meios de cultura semissólidos, como a gelatina, são utilizados para determinar a motilidade bacteriana e para a realização de testes de sensibilidade a antimicrobianos. Os meios de cultura líquidos, como o caldo, são utilizados para o cultivo de microrganismos em grande escala, para a detecção de crescimento bacteriano em clínicas e para o armazenamento de microrganismos em suspensão. 3. Consistência física: Os meios de cultura podem ser classificados de acordo com a sua consistência física. A técnica de isolamento de colônias em meios sólidos, conhecida como "streak plate", é comumente utilizada em microbiologia. Nesse método, uma alça de inoculação é usada para restringir a amostra microbiológica em um padrão específico sobre a superfície do meio sólido. Conforme as colônias se desenvolvem, torna-se possível selecionar e transferir colônias indivíduos para outros meios de cultura ou realizar testes adicionais. Dessa forma, os meios de cultura garantem um papel essencial na obtenção de culturas puras e no estudo individualizado de microrganismos, permitindo uma melhor compreensão de suas características e propriedades. Além dos meios líquidos e sólidos, existe um terceiro tipo de meio de cultura: os meios semissólidos. Esses meios possuem uma menor quantidade de agentes solidificantes em comparação aos meios sólidos, tiveram em uma consistência gelatinosa ou semifluida. Os meios semissólidos são especialmente utilizados para a avaliação da mobilidade bacteriana, uma vez que permitem que as bactérias se desloquem através do meio. A mobilidade bacteriana pode ser observada visualmente pelo meio do crescimento difuso ou pela formação de um halo de crescimento ao redor do ponto de inoculação. Existem diferentes técnicas para avaliar a mobilidade bacteriana em meios semissólidos, como o teste de motilidade em ágar e o teste de motilidade em tubo. No teste de motilidade em ágar, a bactéria é inoculada no centro de uma placa de ágar semisólido e, ao longo do tempo, é possível observar o seu deslocamento a partir do ponto de inoculação. No teste de motilidade em tubo, uma bactéria é inoculada em um tubo de meio semissólido e a presença de crescimento ao longo do tubo indica a mobilidade. Tipos de meio de cultura mais comuns • Ágar MacConkey: um meio sólido, seletivo e diferencial que cultiva apenas espécies bacterianas gram-negativas, podendo diferenciar ainda mais organismos gram-negativos com base no metabolismo da lactose. • Ágar Mueller Hinton: um meio sólido padronizado recomendado para o estudo da suscetibilidade de bactériasa agentes antimicrobianos pelo método de difusão ou diluição em ágar. • O Ágar nutriente é um meio de uso geral que não é seletivo nem diferencial, adequado para o cultivo de uma ampla variedade de microrganismos não exigentes. • Caldo Nutriente: um meio líquido de uso geral adequado para o cultivo de uma ampla variedade de microrganismos não exigentes. • Ágar Sal Manitol: um meio sólido, seletivo e diferencial utilizado para o isolamento, enumeração e diferenciação de Staphylococcus, diferencia os que fermentam manitol dos que não fermentam. • Ágar Baird Parker: um meio sólido, seletivo e diferencial utilizado para o isolamento e enumeração de Staphylococcus aureus. • Ágar Tríplice Açúcar Ferro: um meio sólido, seletivo e diferencial utilizado para a identificação presuntiva de enterobactérias com base na fermentação da glicose, lactose e sacarose e na produção de gás e sulfeto de hidrogênio. Meios de cultura para bactérias • Caldo nutriente: permite o crescimento de uma ampla variedade de bactérias não exigentes. • Ágar nutriente: permite o crescimento e a formação de colônias isoladas de bactérias não exigentes. • Ágar sangue: permite o cultivo de bactérias fastidiosas, como Streptococcus ou Haemophilus sp., e a diferenciação das que produzem hemólise das que não produzem. • Ágar Macconkey: gram negativos. • Ágar EMB: permite o cultivo e a diferenciação de bactérias gram-negativas com base na fermentação da lactose e na produção de pigmentos. • Ágar TSI: um meio semissólido diferencial que permite a diferenciação de bactérias entéricas com base na fermentação da glicose, lactose e sacarose e na produção de gás e sulfeto de hidrogênio. Meios de cultura para fungos São preparações químicas que fornecem nutrientes e condições adequadas para o crescimento e desenvolvimento de fungos fora do seu habitat natural, são usados em processamento de alimentos, tratamento de água, indústria farmacêutica e análise clínica, permitem o monitoramento, o isolamento, a identificação e a caracterização dos fungos presentes em diferentes amostras. Alguns exemplos são: • Ágar batata dextrose (BDA ou PDA): um meio sólido rico em açúcares e ligeiramente ácido (pH 5,6) que permite o crescimento de uma ampla variedade de fungos. • Ágar Sabouraud: um meio sólido semelhante ao BDA, mas com menor concentração de peptona e maior concentração de dextrose, que favorece o crescimento de fungos estáveis por osmose e inibe o crescimento da maioria das bactérias. • Ágar Sabouraud com cloranfenicol: um meio sólido seletivo que contém um antimicrobiano de amplo espectro que inibe o crescimento de bactérias contaminantes e permite o crescimento de fungos. • Ágar Sabouraud com cicloheximida: um meio sólido seletivo que contém um antifúngico que inibe o crescimento de fungos saprófitas e permite o crescimento de fungos patogênicos. • Ágar Czapek-Dox: um meio sólido sintético que contém fontes definidas de carbono, nitrogênio e sais minerais e serve para o cultivo e a diferenciação de fungos filamentosos com base na produção de pigmentos. Preparo de Meio de Cultura Assim como ter um vasto conhecimento nas técnicas de semeio a escolha e preparo do meio é muito importante, porque se não for realizado tanto a escolha quando o preparo adequadamente, pode impactar no crescimento das colônias bacterianas e principalmente nos resultados. Então, para esse experimento pegamos o meio de ágar nutritivo da Biolog, onde estava no estado de pó, prontos para a realização da diluição com água destilada em um Erlenmeyer (vidraria para melhor solubilizar soluções). Então, como as proporções geralmente vem para 1L de preparo, foi necessário fazer a conversão de unidade de litro para mL, ao qual se é necessário 28g do meio em pó para preparar1000mL de meio, então com a regrinha de três concluímos que iriamos utilizar para o preparo de 100mL de 2,8g de preparo em pó. Como o fabricante apresentava no rotulo do produto a proporção de diluição era padrão para 1L e para nosso estudo era uma quantidade muito alta, precisamos calcular a quantidade de meio em pó iriamos precisar para 100mL. Contudo, pesamos o pó e acrescentamos 100mL de água destilada em um Erlenmeyer e homogeneizamos bastante, e deixando que ocorra a hidratação com o descanso sob a bancada de 10 minutos e posteriormente colocamos o Erlenmeyer na chama do bico de Bunsen até que começasse a levantar fervura, então esperamos esfriar um pouco e realizamos o plaqueamento em placas de petri. Claro que a maioria desse processo precisaria ser feito dentro do fluxo laminar com filtração e também ser submetido ao processo de autoclavagem, garantindo que nenhum microrganismo oportunista acometa o experimento com contaminação cruzada, porém como o objetivo era apenas de elucidar e treinar o preparo do meio, e também não estavam acessíveis no momento, não utilizamos dos processos supracitados acima. PROLAB, 2014). Semeadura Bacteriana Para que a microbiologia possa estudar e compreender como se comportam e funcionam microrganismos como fungos, bactérias e vírus. Os pesquisadores da área geralmente precisam fazer com que esses organismos se desenvolvam e cresçam dentro de um ambiente seguro e totalmente controlável. As técnicas de semeadura em laboratório de microbiologia consistem justamente em métodos pelo qual se transfere pequenas quantidades de microrganismos para um meio de cultura em que o material a ser analisado será semeado, ou seja: é preparado um ambiente perfeito para que determinado microrganismo presente em uma amostra de material cresça e se desenvolva para análise posterior. Por isso é imprescindível o amplo conhecimento das técnicas de semeadura, pois se não empregada corretamente os resultados podem não ser obtidos como o esperado, ou seja, não propiciando a identificação e comportamento da bactéria durante o seu crescimento. É evidente que, na técnica de esgotamento consiste em fazer estrias (zig-zag) na metade da placa, depois girar a placa sutilmente e repetir novamente até a metade do espaço restante e repetir novamente a inclinação, formando ao todo 3 estreias em sentidos diferente, em que essa técnica geralmente é indicada para o crescimento de colônias isoladas, avaliar a capacidade de crescimento ou não no meio de cultura, isolamento de organismos presentes em grandes números relativos à população microbiana. Mas, quando obtemos o meio em um tubo com meio TSI, deve-se utilizar a técnica de semeadura em picada realizando uma picada no centro do meio de cultura (no tubo) e propiciando a penetração da agulha até a metade do tubo. E a técnica bastante comum também é a técnica quantitativa, ao qual é realizada com alça bacteriológica fazendo o estriamento de uma ponta outra da placa com https://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-meio-de-cultura-e-para-que-serve/ https://www.prolab.com.br/blog/o-que-e-meio-de-cultura-e-para-que-serve/ uma linha na vertical à estria inicial, viabilizando o crescimento de colônias isoladas, a quantidade de colônias e avaliar a capacidade de crescimento ou não no meio de cultura. O método de espalhamento, pode ser feita tanto com a alça bacteriológica quanto com alça de drigalski, espalhando aleatoriamente a amostra sob a superfície do meio por toda a placa de petri. (VIEIRA & FERNANDES, 2012, pp. 92-98) Contagem de leucócitos em câmara de neubauer Na avaliação da série leucocitária, que comumente é conhecida como leucograma, são realizadas as contagens global e diferencial (valores relativos e absolutos) dos leucócitos e a avaliação morfológica, principalmente, de neutrófilos e linfócitos, em que a contagem global de leucócitos pode ser realizada manualmente a partir da diluição de uma alíquota de sangue em líquido de Turk e contagem em câmera de Neubauer. Em adultos, os valores de referência estão entre 3.500 e 11.000/mmᶾ.