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Revolução Cubana

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Revolução Cubana 
A Revolução Cubana foi um processo revolucionário que aconteceu em Cuba, uma ilha localizada no Caribe, em 1959. Esse processo foi conduzido por um movimento guerrilheiro que atuava de uma região remota da ilha chamada Sierra Maestra e teve como lideranças Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara.
Os guerrilheiros cubanos que a princípio conduziam um movimento revolucionário nacionalista, foram os responsáveis por derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista.
A Revolução Cubana foi conduzida por Fidel Castro, líder de uma guerrilha instalada no interior do território cubano. A guerrilha liderada por Fidel buscava derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista, instalada no país desde 1952 por meio de um golpe militar. Após idas e vindas, o movimento instalou-se em Sierra Maestra e foi realizando ataques, os quais resultaram na derrubada do governo cubano.
O novo governo cubano que se estabeleceu tinha em Fidel Castro seu grande nome e realizou uma série de mudanças no país, que atraíram a atenção dos Estados Unidos. Os americanos, insatisfeitos, romperam relações com Cuba e tentaram derrubar o governo cubano em 1961. A quebra de relações com os EUA resultou na aliança dos cubanos com a União Soviética.
A Revolução Cubana teve como grande nome Fidel Castro, mas outros nomes importantes dessa revolução foram Raúl Castro (irmão de Fidel), Ernesto “Che” Guevara (o grande nome da luta revolucionária na América Latina) e Camilo Cienfuegos.
Antecedentes
Até o final do século XIX, Cuba havia sido colônia espanhola, e sua independência foi conquistada em 1898 com a intervenção dos Estados Unidos no país caribenho. O fim da colonização espanhola não significou necessariamente o fim da exploração de Cuba. A intervenção dos EUA fez com que o país passasse para o raio de influência norte-americana.
Cuba tornou-se praticamente um quintal dos Estados Unidos, e a influência de empresas americanas cresceu consideravelmente ao longo do século XX. O símbolo da influência dos Estados Unidos era a Emenda Platt, tratado em que Cuba aceitava que os Estados Unidos interviessem no país sempre que considerassem necessário.
A Emenda Platt também estipulava que bases navais americanas seriam desenvolvidas no país e que Cuba venderia ou alugaria terras para que os Estados Unidos pudessem explorar carvão. Nesse contexto, Cuba, na primeira metade do século XX, desenvolveu-se à sombra do interesse americano e, assim, os seus governos funcionavam para atender a esses interesses.
No contexto da Revolução Cubana, o país caribenho era governado por Fulgêncio Batista, um ditador que mantinha um governo extremamente corrupto. Fulgêncio assumiu o poder em Cuba com um golpe realizado em 10 de março de 1952 contra o então presidente, Carlos Prío Socarrás.
Fulgêncio Batista manteve uma ditadura militar perseguindo seus opositores, implantando a censura e governando para atender aos interesses dos Estados Unidos. A ascensão ao poder de Fulgêncio Batista foi a grande responsável por iniciar um movimento revolucionário de oposição.
Nesse momento, surgiu Fidel Castro como liderança revolucionária em Cuba. O movimento revolucionário cubano que surgiu nesse contexto, conforme evidenciam os historiadores, não era um movimento de viés socialista ou comunista. Tratava-se de um movimento estritamente nacionalista para derrubar Fulgêncio Batista e acabar com a dependência de Cuba em relação aos Estados Unidos.
Embora radicais, nem Fidel Castro, nem qualquer de seus camaradas eram comunistas, nem (com duas exceções) jamais disseram ter simpatias marxistas de qualquer tipo. Na verdade, o Partido Comunista cubano, […], era notadamente não simpático a Fidel, até que algumas de suas partes juntaram-se a ele, meio tardiamente, em sua campanha […].
No entanto, tudo empurrava o movimento fidelista na direção do comunismo, desde a ideologia social revolucionária […], até o anticomunismo apaixonado dos EUA na década de 1950 do senador McCarthy, que automaticamente inclinava os rebeldes latinos anti-imperialistas a olhar Marx com mais bondade. A Guerra Fria global fez o resto. Se o novo regime antagonizasse os EUA, o que era quase certo que faria, quando nada ameaçando os investimentos americanos, podia contar com os quase certos garantia e apoio do maior antagonista dos EUA|3|.
Em razão da aproximação de Cuba com a União Soviética por causa das tentativas americanas de derrubar o governo cubano, Cuba abraçou o comunismo como ideologia de seu governo. A aproximação de Cuba com a União Soviética resultou, em 1962, em um dos capítulos mais tensos e delicados de toda a história da Guerra Fria: a Crise dos Mísseis, em Cuba.
Fidel Castro, falecido em 2016, foi primeiro-ministro de Cuba de 1959 a 1976. De 1976 a 2008, foi presidente do país, sendo sucedido por seu irmão, Raúl Castro.

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