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IanCrofton-OPequenoLivroDaGrandeHistoriaMundo-71-140-píginas-69

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do	Egito.
No	 mundo	 antigo	 e	 no	 início	 do	 período	 moderno,	 a	 grande	 potência	 do
comércio	de	 longa	distância	era	a	Ásia.	Especiarias	saíam	por	via	marítima	do
Sudeste	Asiático,	enquanto	fragrâncias	preciosas,	como	incenso	e	mirra,	seguiam
a	 Rota	 do	 Incenso	 por	 terra	 e	 mar,	 do	 sul	 da	 Arábia	 para	 a	 região	 do
Mediterrâneo	 e	 outras	mais	 adiante.	Os	mercadores	 do	 sul	 da	Arábia	 também
usavam	a	Rota	do	Incenso	para	vender	ouro,	marfim,	pérolas,	pedras	preciosas,
temperos	e	 têxteis,	que	chegavam	aos	portos	da	África,	da	Índia	e	do	Extremo
Oriente.	 As	 caravanas	 transaarianas	 que	 levavam	 ouro	 e	 marfim	 da	 África
Ocidental	até	o	Mediterrâneo	 também	foram	 importantes	a	partir	do	século	8o.
Vários	 reinos	 africanos	 ficaram	 ricos	 e	 poderosos	 com	 esse	 comércio.	 No
cinturão	 do	 Sahel,	 que	 se	 estende	 na	África	Ocidental	 e	 ao	 longo	 da	 costa	 da
África	 Oriental,	 a	 disseminação	 do	 islamismo	 e	 o	 crescimento	 do	 comércio
estavam	ligados	à	expansão	das	cidades,	como	Timbuktu,	no	Rio	Níger,	Kano,
no	norte	da	Nigéria,	e	Mogadíscio	e	Mombasa,	no	Oceano	Índico.
A	mais	 importante	 rota	 comercial	 de	 longa	 distância,	 a	 partir	 do	 século	 1o
a.C.,	 era	 a	 Rota	 da	 Seda	 –	 que,	 na	 verdade,	 compreendia	 uma	 diversidade	 de
rotas	terrestres	da	China	através	da	Ásia	Central	e	o	Oriente	Médio	até	a	região
do	 Mar	 Mediterrâneo	 e	 outras	 mais	 à	 frente.	 A	 seda	 era	 um	 dos	 principais
produtos	 de	 exportação	da	China,	 e	 havia	 uma	grande	demanda	desse	 produto
por	 parte	 das	 ricas	 mulheres	 romanas.	 Mais	 tarde,	 a	 porcelana	 também	 se
transformou	em	um	importante	produto	de	exportação.	No	caminho	inverso,	os
chineses	 importavam	 ouro,	 prata,	 pedras	 preciosas,	 marfim	 e	 outras	 raridades
naturais.

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