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do Egito. No mundo antigo e no início do período moderno, a grande potência do comércio de longa distância era a Ásia. Especiarias saíam por via marítima do Sudeste Asiático, enquanto fragrâncias preciosas, como incenso e mirra, seguiam a Rota do Incenso por terra e mar, do sul da Arábia para a região do Mediterrâneo e outras mais adiante. Os mercadores do sul da Arábia também usavam a Rota do Incenso para vender ouro, marfim, pérolas, pedras preciosas, temperos e têxteis, que chegavam aos portos da África, da Índia e do Extremo Oriente. As caravanas transaarianas que levavam ouro e marfim da África Ocidental até o Mediterrâneo também foram importantes a partir do século 8o. Vários reinos africanos ficaram ricos e poderosos com esse comércio. No cinturão do Sahel, que se estende na África Ocidental e ao longo da costa da África Oriental, a disseminação do islamismo e o crescimento do comércio estavam ligados à expansão das cidades, como Timbuktu, no Rio Níger, Kano, no norte da Nigéria, e Mogadíscio e Mombasa, no Oceano Índico. A mais importante rota comercial de longa distância, a partir do século 1o a.C., era a Rota da Seda – que, na verdade, compreendia uma diversidade de rotas terrestres da China através da Ásia Central e o Oriente Médio até a região do Mar Mediterrâneo e outras mais à frente. A seda era um dos principais produtos de exportação da China, e havia uma grande demanda desse produto por parte das ricas mulheres romanas. Mais tarde, a porcelana também se transformou em um importante produto de exportação. No caminho inverso, os chineses importavam ouro, prata, pedras preciosas, marfim e outras raridades naturais.