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Evolução do Funk ao longo 
dos anos
O funk brasileiro tem passado por uma notável evolução ao longo das 
décadas, transformando-se de um gênero musical underground e 
marginalizado para uma poderosa força cultural que conquistou o país. 
Originado nas comunidades do Rio de Janeiro na década de 1970, o funk 
evoluiu de suas raízes afro-brasileiras e influências do soul e do Miami 
bass norte-americano, desenvolvendo uma sonoridade única e 
inconfundível.
Nas décadas seguintes, o funk ganhou cada vez mais espaço e 
visibilidade, com artistas como Racionais MC's, MC Marcinho e Cidinho e 
Doca levando sua mensagem para públicos cada vez mais amplos. A 
partir dos anos 2000, uma nova geração de funkeiros emergiu, trazendo 
inovações e experimentações que ampliaram ainda mais o alcance e a 
diversidade do gênero.
Atualmente, o funk se encontra no auge de sua popularidade, com 
artistas como Anitta, Ludmilla e MC Kevinho conquistando os holofotes 
da mídia e alcançando enorme sucesso nacional e internacional. Essa 
evolução reflete não apenas a resiliência e criatividade da cena funk, mas 
também sua capacidade de se conectar com as aspirações e a cultura da 
juventude brasileira contemporânea.
Conexão entre Funk e cultura de rua
O funk é profundamente enraizado na cultura de rua brasileira, com suas origens e desenvolvimento 
intimamente ligados à vida nas comunidades marginalizadas das grandes cidades. As batidas rítmicas 
vibrantes e as letras que refletem a realidade dura do dia a dia nas favelas e periferias são a 
expressão autêntica de uma identidade cultural forjada nas ruas. Muito mais do que apenas um 
gênero musical, o funk é um fenômeno social que representa a voz e a vivência daqueles que 
raramente têm seu modo de vida retratado nas mídias tradicionais.
A conexão do funk com a cultura de rua se manifesta de diversas formas, desde os bailes funks 
realizados em espaços públicos, como praças e ruas, até a adoção de uma estética e linguagem 
próprias que refletem a realidade das comunidades. O vestuário, a dança, a gíria e até mesmo a 
organização comunitária em torno dos eventos de funk são elementos que compõem essa cultura de 
rua que se materializa no ritmo contagiante dessa música.
Mais do que apenas um entretenimento, o funk é uma forma de resistência e afirmação identitária 
daqueles que, historicamente, tiveram suas vozes silenciadas ou marginalizadas. Ao ocupar esses 
espaços públicos com suas festas, os funkeiros reivindicam seu lugar na sociedade e se apropriam da 
cidade, transformando-a em um palco para sua expressão cultural e artística. Dessa forma, o funk se 
torna um ato político de visibilidade e empoderamento das comunidades periféricas.