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Aula 4- Modelo Existencial na Sociedade Industrial

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Krippendorf, Jost. Sociologia do Turismo. São Paulo: Aleph. 2000. 
1
Modelo Existencial na Sociedade Industrial: trabalho, moradia, lazer, viagem.
CAPITULO 1
2
No centro: o Cotidiano
Ser Humano
Lazer
Trabalho
Moradia
Motivações
Viagens
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Fazendo Contraponto: o Anticotidiano
Viagens
Encontro 
Comportamento
Repercussões
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Inserido em um Ambiente de Interações
Sociedade: sistema de valores
Ter: posse, propriedade, fortuna, consumo, egoísmo.
Ser: comunidade, tolerância, moderação, busca de um sentido, modéstia, honestidade.
Economia: concentração de riqueza
Concentração: domínio das grandes empresas.
Descentralização: pequenas e médias empresas lutam para sobreviver.
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Meio Ambiente: disponibilidade dos recursos
Ilimitada: ciência e tecnologia impedir limites do equilíbrio ecológico.
Limitada: pouca preocupação com os recursos não renováveis.
Estado: poder público atrelado à economia
Centralizado ou Federado: regulamentação das relações econômicas, infraestrutura, saúde, educação, ações sociais, proteção ambiental.
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Ciclo de Crescimento
+ Produção
+ Trabalho
+ Receita/Renda
+ Consumo
<
>
^
v
recursos
detritos
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Sociedade Industrial
Progresso científico e técnico

Produção de Massa

Produção cria trabalho
(não mais o trabalho cria produto)
8
Conseqüências
Coisas quebram e se estragam rapidamente;
Eliminação de detritos onerosa;
Despesa com poluição de ar, água e resíduos enormes;
Desastres ambientais frequentes;
Doenças aumentam;
Mais produto  mais detrito;
Supervalorização do Produto Interno Bruto esquecendo o preço sócio-ambiental do aumento da produção.
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A máquina das Férias ou o Ciclo da Reconstituição
CAPITULO 2
Ser Humano tem necessidades contraditórias
Trabalho
Vigília
Esforço
Receitas
Profissão
Liberdade
Risco
Descanso
Sono
Repouso
Despesas
Família
Obrigações
Segurança
Buscar o equilíbrio e dominar a vida
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Lazer e Turismo
Alternativa para quebrara o desequilíbrio;
Forma de reconstruir, recriar o homem;
Curar e sustentar o corpo e a alma.
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Lazer na moradia não cumpre o papel de promover o equilíbrio, da fuga da rotina;
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Cidades pouco preparadas para oferecer lazer 
estresse, 
congestionamento, 
falta de espaço, 
paisagem monótona, 
etc. 
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Viagem
Real alternativa para sair da rotina;
Promessa do paraíso;
Influência da sociedade e marketing;
Planejamento e expectativas.
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Teses sobre Motivação
Descansar e refazer-se;
Compensar e integrar-se socialmente;
Fugir;
Comunicar-se;
Alargar o próprio horizonte;
Ser livre a autônomo;
Partir para a descoberta de si mesmo;
Ser feliz.
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Autóctones
Aspectos negativos do desenvolvimento do turismo
79% as pessoas só pensam em dinheiro
53% o espírito comunitário desapareceu
46% há muitos estrangeiros
45% o aspecto da localidade foi desfigurado
44% a coesão familiar se degradou
43% a paisagem foi desfigurada
26% apenas uma minoria se beneficia do turismo
Custos sociais do turismo
Alteração das características da localidade
Monocultura turística cria dependência dos turistas
Mudanças sobre a sociedade nativa (desejo de adotar hábitos dos turistas)
Influência sobre costumes e tradições (atentados contra a vida familiar local)
Confisco estrangeiro (regras estrangeiras)
Ação dos promotores de turismo
Divulga à população a perspectiva de muitos empregos e ganhos elevados
Persuadi a comunidade a investir nela mesma (infraestrutura)
Indica e emprega seus próprios fornecedores
Lança o destino com mkt agressivo e o pagamento é feito na cidade de origem
Assegura a gestão com pessoas vindas do exterior
Importa alimentos para atender demanda internacional
Etapas para o repouso (recomendação médica)
3 primeiros dias dedicados ao relaxamento / repouso
Após 3º dia o corpo está pronto para o reestabelecimento das forças.
Período de repouso deve durar pelo menos 3 semanas consecutivas (auge do repouso na 3ª semana)
Turismo Harmonioso
Beneficia a população e não alguns especuladores
Não desfigura a paisagem
Pensa nas gerações futuras
Permite o desenvolvimento da comunidades sem muitas despesas em infraestrutura
Não permitir a especulação e alta dos preços para a comunidade
Não conduza à liquidação da pátria
Não crie aldeias mortas durante grande parte do ano
Permita que a população participe de projetos e planejamento turístico
Crie empregos interessantes
Mantem uma economia multisetorial
Para a Humanização do Cotidiano
CAPITULO 3
Consequências da sociedade industrial
Bem estar material
Eliminação da pobreza
Aumento dos salários
Redução do tempo de trabalho
Inconvenientes da industrialização
Perda da responsabilidade e do interesse pelo trabalho
O trabalho e a vida trazem cada vez menos satisfações
A rigidez dos horários e a implacável lei do tempo
O tempo livre é tempo não ocupado pelo trabalho
Trabalho e tempo livre são fatores de tédio
Milhões de desempregados sem direitos reconhecidos
Desenvolvimento urbano não pensou no ser humano
Trabalhar na cidade
Morar no subúrbio
Descontrair-se nas zonas de veraneio
Deslocar-se 
Consciência do dinheiro substituída pala consciência do tempo
Orientação para o tempo livre
Orientação para a experiência
Orientação para o prazer
Orientação para o presente
Orientação para a natureza e meio ambiente
Jovens dão exemplo do novo estado de espírito
Procura uma orientação mais dinâmica do tempo livre
Atividade e criatividade pessoal, comportamento ativo
Espontaneidade, espírito aberto à novidade
Contatos humanos e espírito comunitário
Descontração e bem estar
Prazer e gozo da vida
Crise do Trabalho - alternativas
Dar ao trabalho uma substância mais rica – forçar a autonomia individual e aumentar responsabilidade pessoal
Nova repartição do trabalho – para mais trabalharem e diminuir o desemprego
Organização flexível do tempo – liberdade para decidir quando e quanto trabalhar e ganhar
Sistema binário da atividade econômica – fim da expansão financeira forçada e renúncia de algumas vantagens materiais
Teses para a Humanização da Viagem
CAPITULO 4
1. Pregar um turismo “suave” e humano: reconsiderar a escala de prioridades
Respeitar o meio ambiente e levar em conta as necessidades de todas as pessoas envolvidas
2. Avançar na direção correta – não esperar grandes mudanças
Fazer com que as pessoas envolvidas se dediquem à ação e desenvolvam o espírito e a iniciativa sem esperar a atitude de outros
3. Interpretar corretamente a noção de liberdade na política do lazer e do turismo
Desmantelar tentativas de monopolizar o tempo livre por razões de ordem comercial
4. Aceitar a viagem como um fenômeno de massa. Aceitar o próprio papel de turista
Prazer passivo de uma vivência no hotel-gueto e a recusa de preocupação com os problemas políticos e sociais
5. Desafogar e distribuir melhor os fluxos de turistas
Escalonamento das datas de férias escolares e férias anuais coletivas; oferta turística espalhada nas regiões turísticas
6. Criar condições para uma troca equitativa e relações igualitárias
Vantagens e inconvenientes devem estar na mesma proporção para turistas e localidade turística
7. Não considerar o desenvolvimento do turismo como um fim em si ou panacéia universal. Encorajar uma estrutura econômica diversificada – evitar monocultura
Preservar empregos não turísticos
8. Priorizar e conciliar as necessidades e os interesses dos turistas e da população local
Regiões turísticas e seus habitantes – preservar herança cultural e meio ambiente; turistas querem mudar horizontes; empreendedores do turismo visam lucro; outros envolvidos ocasionalmente 
9. Manter na mãos dos autóctones o controle do solo
A política e o planejamento do solo são instrumentos-chave que propiciam o controle sobre o desenvolvimento turístico 
10. Orientar os investimentos de capitais destinados ao turismo
Capital proveniente do exterior contribua também para financiar partes não-rentáveis e a participação dos autóctones nos investimentos rentáveis.
11. Centrar o desenvolvimento na utilização da mão-de-obra local – melhorar a qualidadedos empregos
Os empregos gerados possam ser assumidos pela população local e regional, funções executivas assumidas por autóctones
12. Destacar e cultivar o caráter local e nacional
Fazer com que o turismo perca o caráter “luxo” e esgotar todas as possibilidades existentes para que o mesmo ganhe em simplicidade
13. Reconhecer e utilizar as vantagens dos novos centros e férias criados artificialmente
Guetos artificiais centros de férias planejados são necessários para garantir a todos a possibilidade de viajar nas férias. Isola-se o turismo num universo fictício e artificial preservando a cultura local
14. Desenvolver as fórmulas tradicionais de viagem e de férias e experimentar outras
Manter em nível razoável a proporção de turistas em relação à população local e manter uma estrutura econômica mista. Empreender na experiência
15. Encontrar-se a si próprio durante as férias e exercitar um comportamento saudável
As férias em direção ao eu seria o encaminhamento do turista manipulado para o homem lúdico (férias) 
16. Ser um consumidor crítico
Um turista responsável se rebela contra o mecanismo irrefletido e o nivelamento praticado pela maioria dos métodos de turismo
17. Seguir algumas regras e conselhos para viajar respeitando o próximo
Compreender X apossar-se
Olhar X pegar
Alcançar X conquistar
Respeitar X desrespeitar
Ir ao encontro X ir contra
Provar X reprovar
Rir X repreender
Escutar X ouvir
Perguntar X responder
Procurar X achar
18. Viajar com moderação para lugares menos distantes – com menos frequência – pular menos de um lugar para outro – ficar em casa de vez em quando
Não é repousante ir para longe; distância não traz felicidade; frequentar um mesmo lugar cria laços; repouso pode acontecer em casa e arredores 
19. Praticar um marketing turístico honesto e responsável
Prestadores de serviços assumindo responsabilidades em relação ao turista, população local e meio ambiente. Explicando o que fazer para um turismo humano. Estabelecendo um comportamento comercial – publicidade informativa
20. Treinar melhor os responsáveis pelo turismo
Formação humanística sólida; ética do turismo; mais generalistas e menos especialistas
21. Incitar as pessoas em férias e viver e agir de forma diferente
Desenvolver o potencial adormecido de cada indivíduo - Turista poderá descobrir sua verdadeira personalidade, travar contatos com outros turistas, estabelecer relações com habitantes e país receptor
22. Dar informações aos países receptores sobre os problemas do turismo e esclarecê-los sobre os turistas
Informar origem dos turistas, suas condições de vida, seus comportamentos e motivos de viagem. Vantagens e inconvenientes do turismo. Concentrar informações em escolas e na mídia.
23. Aprender a viajar – Preparar e educar os seres humanos para a viagem
Campanha de grande alcance “Aprender a Viajar”, envolvendo: setor público; instituições de educação; igrejas, partidos políticos, sindicatos; mídia; órgãos oficiais de turismo; setor comercial; pesquisas de turismo
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