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PV - 3 Série - Livro 1 - Octa Mais-204

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GEOGRAFIA – FRENTE 2610
ATIVIDADE 1
Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional
como os semáforos de trânsito, que são capazes de analisar o fluxo de automóveis e regular automaticamente seu funciona-
mento. Outro exemplo é o das catracas e roletas dos mais variados estabelecimentos e serviços (como o transporte público), 
que podem contabilizar número de usuários, horário de maior demanda e tempo de uso ou permanência.
A informação não está restrita aos objetos. Ela é essencial à realização das ações, e o território é equipado para facilitar sua 
circulação. Os fluxos ganham mais importância que no meio geográfico anterior. E, para dinamizá-los, mais fixos precisam ser 
instalados no meio geográfico. Assim, tudo pode ser comandado à distância, tanto as ordens sobre o que e como fazer quanto 
o deslocamento material dos produtos. Isso traz maior necessidade de intercâmbio entre os lugares, de mais circulação, de 
mais fluidez, de um espaço organizado para a rapidez e para atender à velocidade dos sistemas de transporte e comunicação.
Além de tecnificada, agora a paisagem, a dimensão visível, percebida do espaço geográfico, apresenta-se cientificizada.
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ph
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o.
co
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O ritmo de produção é acelerado. Cresce o número de grandes cidades. Produz-se muito mais em menos tempo e com 
menor uso de recursos materiais e territoriais por unidade. Um automóvel hoje é construído muito mais rápido, com menor 
custo, com menor quantidade de matéria-prima e em unidades fabris menores, com o processo de fabricação geralmente 
disperso mundialmente, instalando-se onde há vantagens econômicas. Entretanto, como a quantidade da produção é imensa, 
a necessidade de recursos naturais aumenta. Os desastres ambientais são mais intensos neste atual período.
A principal força motriz da organização e da produção do espaço é financeira, pois o mercado, agora, é global, graças 
justamente ao desenvolvimento tecnológico, e o espaço é estruturado para atender aos atores hegemônicos da economia, da 
cultura e da política.
A escala geográfica é, então, efetivamente global. A mesma lógica é imposta a diferentes lugares, independentemente 
de suas características e necessidades locais. O espaço encontra-se unificado, mas não unido. A difusão da informação e a 
instalação dos objetos não se dão de forma igualitária pelo planeta. Há lugares em que as ordens são emitidas e outros em 
que são aplicadas. Há também aqueles lugares que estão, ainda, às margens do processo. Porém, já identificados e mapeados, 
são resguardados. São reservas territoriais no radar das ações futuras, quando novas condições materiais, políticas e culturais 
forem criadas. Dessa forma, o meio técnico-científico-informacional pode ser compreendido como a expressão geográfica da 
globalização.
2020_OCTA+_V1_GEO_F2.INDD / 22-10-2019 (10:41) / ANDERSON.OLIVEIRA / PDF GRAFICA 2020_OCTA+_V1_GEO_F2.INDD / 22-10-2019 (10:41) / ANDERSON.OLIVEIRA / PDF GRAFICA
GEOGRAFIA – FRENTE 2610
ATIVIDADE 1
Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional
como os semáforos de trânsito, que são capazes de analisar o fluxo de automóveis e regular automaticamente seu funciona-
mento. Outro exemplo é o das catracas e roletas dos mais variados estabelecimentos e serviços (como o transporte público), 
que podem contabilizar número de usuários, horário de maior demanda e tempo de uso ou permanência.
A informação não está restrita aos objetos. Ela é essencial à realização das ações, e o território é equipado para facilitar sua 
circulação. Os fluxos ganham mais importância que no meio geográfico anterior. E, para dinamizá-los, mais fixos precisam ser 
instalados no meio geográfico. Assim, tudo pode ser comandado à distância, tanto as ordens sobre o que e como fazer quanto 
o deslocamento material dos produtos. Isso traz maior necessidade de intercâmbio entre os lugares, de mais circulação, de 
mais fluidez, de um espaço organizado para a rapidez e para atender à velocidade dos sistemas de transporte e comunicação.
Além de tecnificada, agora a paisagem, a dimensão visível, percebida do espaço geográfico, apresenta-se cientificizada.
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O ritmo de produção é acelerado. Cresce o número de grandes cidades. Produz-se muito mais em menos tempo e com 
menor uso de recursos materiais e territoriais por unidade. Um automóvel hoje é construído muito mais rápido, com menor 
custo, com menor quantidade de matéria-prima e em unidades fabris menores, com o processo de fabricação geralmente 
disperso mundialmente, instalando-se onde há vantagens econômicas. Entretanto, como a quantidade da produção é imensa, 
a necessidade de recursos naturais aumenta. Os desastres ambientais são mais intensos neste atual período.
A principal força motriz da organização e da produção do espaço é financeira, pois o mercado, agora, é global, graças 
justamente ao desenvolvimento tecnológico, e o espaço é estruturado para atender aos atores hegemônicos da economia, da 
cultura e da política.
A escala geográfica é, então, efetivamente global. A mesma lógica é imposta a diferentes lugares, independentemente 
de suas características e necessidades locais. O espaço encontra-se unificado, mas não unido. A difusão da informação e a 
instalação dos objetos não se dão de forma igualitária pelo planeta. Há lugares em que as ordens são emitidas e outros em 
que são aplicadas. Há também aqueles lugares que estão, ainda, às margens do processo. Porém, já identificados e mapeados, 
são resguardados. São reservas territoriais no radar das ações futuras, quando novas condições materiais, políticas e culturais 
forem criadas. Dessa forma, o meio técnico-científico-informacional pode ser compreendido como a expressão geográfica da 
globalização.
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GEOGRAFIA – FRENTE 2
ATIVIDADE 1
Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional
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1 O debate sobre a organização do espaço feito pela Geo-
grafia é auxiliado por uma categoria que está ligada à ideia de 
domínio ou gestão de determinada área. Estas características 
correspondem à categoria.
A região.
B paisagem.
C espaço.
D lugar.
E território.
2 [...]
Inté mesmo asa branca
Bateu asa do sertão
Entonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cai de novo
Prá mim vortá pro meu sertão.
[...]
Asa Branca – Composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
O Sertão, na forma como os compositores o utilizam nas es-
trofes transcritas anteriormente, pode ser definido como:
A Região, pois se refere à área delimitada pelo clima semiári-
do de ocorrência da caatinga e sujeita às secas periódicas, 
mas também tem o sentido de Lugar, pois, ao se referir ao 
“meu sertão”, o autor demonstra o sentimento de perten-
cimento e de identidade para com esta parcela do espaço.
B Território, pois remete a um espaço de controle das elites 
políticas e econômicas que se utilizam do discurso da seca 
para tirar proveito em benefício dos seus interesses e con-
tinuar a exercer o poder sobre este espaço.
C Região, delimitada pelo critério exclusivamente econômi-
co, que tem na divisão territorial do trabalho o papel de 
fornecedora de mão de obra desqualificada para o Cen-
tro-Sul do país.
D Paisagem, pois nos remete a cenários distintos: o cinza e 
a desolação da estação seca que afugenta a asa branca, 
e o verde e vivaz do período chuvoso das plantações que 
traz de volta o migrante.
E Espaço, pois a dinâmica populacional está presente atra-
vés da migração do sertanejo que vai para outras regiões 
produzir bens e transformar as paisagens distantes, mas 
também se reproduzir enquanto força de trabalho.
3 Uma importante contribuição do geógrafo Milton Santos 
na análise do espaço geográfico foi:
A a teoria sobre a tectônica de placa que auxiliou aescla-
recer a ocorrência dos grandes terremotos e tsunamis 
no planeta.
B a elaboração da “Teoria dos mundos”, que regionaliza o 
mundo em Primeiro, Segundo e Terceiro mundo.
C a introdução do conceito de meio técnico-científico- 
-informacional na análise do espaço geográfico.
D a elaboração da teoria dos domínios morfoclimáticos 
sobre a combinação dos elementos naturais na compo-
sição do relevo.
E a difusão da máxima de que a “Geografia serve antes de 
mais nada para fazer a guerra”.
4 Analise o texto a seguir:
O espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo, 
senão como metáfora. Todos os lugares são mundiais, mas 
não há um espaço mundial...
Milton Santos, 1993.
Ele caracteriza a globalização como:
A possibilidade de transformar suas virtudes locacionais, 
de modo a evitar a interação com as ações solidárias 
 hierárquicas.
B diminuição do poder das empresas transnacionais me-
diante práticas, como a formação de cartéis, trustes e 
holdings.
C fenômeno revelador de lugares que são, ao mesmo tem-
po, objetos de uma razão global e de uma razão local, 
convivendo dialeticamente.
D aumento do poder dos Estados nacionais em relação aos 
conglomerados transnacionais.
E conjunto dissociável de sistemas de objetos naturais ou 
fabricados e de sistemas de ações.
5 Atente para as seguintes estrofes do poema de Cecília 
Meireles intitulado Província.
Província
Cidadezinha perdida
no inverno denso de bruma,
que é dos teus morros de sombra,
do teu mar de branda espuma
[...]
Pela curva dos caminhos,
cheirava a capim e a orvalho
e muito longe as harmônicas
riam, depois do trabalho
[...] 
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GEOGRAFIA – FRENTE 2612
ATIVIDADE 1
Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional
Que é feito de tua prosa,
onde a morena sorria
com toda noite nos olhos
e na boca, todo dia.
MEIRELES, Cecília. Viagem.
As estrofes anteriores exemplificam uma estreita relação en-
tre Geografia e Literatura. Em Província, pode-se observar a 
presença de dois conceitos geográficos. Assinale a opção que 
corresponde a esses dois conceitos.
A Território e lugar.
B Paisagem e lugar.
C Região e território.
D Paisagem e território
6 Texto IX
A história do homem sobre a Terra é a história de uma ro-
tura progressiva entre o homem e o entorno. Esse processo se 
acelera quando, praticamente ao mesmo tempo, o homem 
se descobre como indivíduo e inicia a mecanização do pla-
neta, armando-se de novos instrumentos para tentar domi-
ná-lo. A natureza artificializada marca uma grande mudança 
na história humana da natureza. Hoje, com a tecnociência, 
alcançamos o estágio supremo dessa evolução.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico 
científico informacional. Hucitec: São Paulo, 1998. p. 17.
O Texto IX tem como temática aspectos da relação homem-
-natureza em diferentes épocas. A partir do mesmo e utili-
zando seus conhecimentos geográficos, assinale a alternativa 
correta sobre esta relação.
A O avanço do meio técnico-científico informacional pos-
sibilitou uma maior preservação da natureza, haja vista 
que as indústrias modernas utilizam tecnologia que res-
tringe a poluição ambiental; além do fato de que, nas so-
ciedades contemporâneas, há maior preocupação com a 
preservação do meio ambiente.
B As sociedades contemporâneas têm um grande consu-
mo de energia devido ao emprego de tecnologias que 
facilitam a comunicação, levando muitos países à maior 
exploração das fontes energéticas com redução dos im-
pactos ambientais, principalmente nos rios e florestas, 
graças à utilização de tecnologias modernas na apropria-
ção dos recursos naturais renováveis.
C A tecnociência tem, entre seus princípios básicos, a uti-
lização intensa da mão de obra humana, o estímulo à 
preservação da natureza e redução da ação do homem 
sobre esta, que ainda se apresenta impotente frente às 
grandes tragédias da natureza, a exemplo dos furacões 
e tsunamis.
D Nas sociedades primitivas, cada grupo humano construía 
seu espaço de vida com as técnicas que inventava para 
tirar da natureza os elementos indispensáveis à sua so-
brevivência; organizava a produção, sua vida social e o 
espaço geográfico na medida de suas próprias forças e 
necessidades.
E Nos dias atuais, os objetos tecnológicos que nos servem 
são cada vez mais técnicos, criados para atender finalida-
des específicas, facilitando as comunicações, mudando 
as relações sociais, interpessoais e com a natureza, gra-
ças às políticas estatais de diversos países estimulados 
pelas Conferências Mundiais sobre o Meio Ambiente, a 
exemplo da Rio+20.
7 O espaço geográfico agora mundializado redefine-se pela 
combinação de signos. Seu estudo supõe que se levem em 
conta esses novos dados revelados pela modernização e pelo 
capitalismo agrícola, pela especialização regional das ativi-
dades, por novas formas e localização das indústrias.
SANTOS, Milton. Técnica, espaço e tempo. Rio de Janeiro: Hucitec, 1996.
O trecho anterior expressa novas determinações do espaço 
geográfico identificadas com:
A os territórios de exclusão.
B as paisagens distópicas.
C o meio técnico científico e informacional.
D a redefinição de hierarquias urbanas.
8 Observe as imagens:
TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos 
de geografia geral e do Brasil. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2008. p. 16.
As figuras mostram concepções de pessoas, feitas há cerca 
de cem anos, sobre como seria o cotidiano no século XXI. Em 
relação ao Brasil, essas concepções estavam:
2020_OCTA+_V1_GEO_F2.INDD / 22-10-2019 (17:00) / ANDERSON.OLIVEIRA / PDF GRAFICA

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