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573TÓPICO 3 | TEORIA DA RELATIVIDADE Exercícios Nível 2 7. (Unesp-SP) Instituído pela Organização das Na- ções Unidas, 2005 foi o Ano Mundial da Física, em que se comemorou o centenário dos trabalhos revolucionários publicados por Albert Einstein, o mais importante cientista do século XX (segundo a revista norte-americana Time). Na Teoria da Relatividade Especial, de Einstein, objetos que se movem com velocidade v em relação a um referen- cial inercial têm o tempo dilatado por um fator g, para um observador em repouso nesse referen- cial. A tabela mostra valores de g para diversos módulos da velocidade v, representados em múl- tiplos da velocidade da luz, c (ou 3,0 ? 108 m/s). v g 0,000c 1,000 0,100c 1,005 0,200c 1,021 0,400c 1,091 0,600c 1,250 0,800c 1,667 0,900c 2,294 0,998c 15,82 0,999c 22,37 c Segundo este modelo, pede-se: a) qual a velocidade, em m/s, que deve ser atin- gida pelo objeto para que a dilatação do tempo seja de apenas 0,5%? Comente como esse re- sultado explica por que as pessoas não perce- bem os efeitos da dilatação do tempo no seu dia a dia. II. Um segundo postulado da Teoria da Relativi- dade Especial é o de que a velocidade da luz no vácuo é uma constante universal que não depende do movimento da fonte de luz. III. Denomina-se efeito fotoelétrico a emissão de fótons por um material metálico quando ex- posto a radiação eletromagnética. IV. A Física Moderna destaca que em algumas situações a luz se comporta como onda e, em outras situações, como partícula. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) II e IV. e) I, II e IV. 6. (FGV-SP) Não está longe a época em que aviões poderão voar a velocidades da ordem de gran- deza da velocidade da luz (c) no vácuo. Se um desses aviões, voando a uma velocidade de 0,6c, passar rente à pista de um aeroporto de 2,5 km, percorrendo-a em sua extensão, para o piloto desse avião a pista terá uma extensão, em km, de a) 1,6 b) 2,0 c) 2,3 d) 2,8 e) 3,2 b) se para o objeto passaram-se 10 minutos, quantos minutos se passaram para um obser- vador no referencial inercial que vê o objeto se movimentando à velocidade de 0,600c? 8. (UFC-CE) A figura abaixo mostra uma nave es- pacial em forma de cubo que se move no refe- rencial S, ao longo do eixo x, com velocidade v 5 0,8c (c é a velocidade da luz no vácuo). O volume da nave, medido por um astronauta em repouso dentro dela, é V0. Calcule o volume da nave medido por um observador em repouso no referencial S. y S z x v 9. (UFPE) Um astronauta é colocado a bordo de uma espaçonave e enviado para uma estação espacial a uma velocidade constante v 5 0,8c, em que c é a velocidade da luz no vácuo. No referencial da espaçonave, o tempo transcorrido entre o lança- mento e a chegada na estação espacial foi de 12 meses. Qual o tempo transcorrido no referen- cial da Terra, em meses? R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o d a e d it o ra 3CONECTEFIS_MERC18Sa_U4_Top3_p554a585.indd 573 9/13/18 10:03 AM 574 UNIDADE 4 | FÍSICA MODERNA 9. Massa relativística No bloco anterior, no qual discutimos a Cinemática relativística, conseguimos estabelecer um conceito importante. Bloco 2 A velocidade da luz no vácuo é um limite da natureza. m m 1 v c 0 2 2 5 2 O que aconteceria com um corpo de massa m0 se tentássemos aumentar sua velocidade indefinidamente? v 1 � 0 FF v 2 a 2 a 1 FFFFFF De acordo com a Física Clássica, sua velocidade deveria aumentar continua- mente, sem que houvesse um limite para esse aumento. Sabemos, no entanto, que isso de fato não acontece. A Relatividade impõe restrições e estabelece condições para essa experiência de pensamento. Denominemos m0 a massa de repouso do corpo em questão. Massa de repou- so é definida, como bem sugere o nome, como a massa de um corpo que está em repouso em relação a um determinado referencial. Essa é a massa inercial, ou gravitacional, da Física newtoniana. A Relatividade estabelece que, à medida que esse corpo aumenta sua ve- locidade relativamente a esse referencial, sua massa também aumenta. Essa relação é dada por: em que m é denominada massa relativística, m0 é a massa de repouso, c é veloci- dade da luz no vácuo e v é a intensidade da velocidade do corpo em determinado instante. Observe que, no denominador da razão, a raiz quadrada da expressão é menor do que 1 e, consequentemente, a massa m será maior que m0. Nesse momento, devemos tomar um certo cuidado com as palavras. O que é exatamente o significado desse aumento de massa? Não há de fato um aumento do número de átomos e partículas que constituem o corpo. Temos, na verdade, um aumento de sua inércia. À medida que a velocidade do corpo aumenta, vai aumentando a dificuldade para se produzir variações nessa velocidade. A acele- ração do corpo não será constante e a velocidade terá um limite superior: a velo- cidade da luz no vácuo. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 3CONECTEFIS_MERC18Sa_U4_Top3_p554a585.indd 574 9/13/18 10:03 AM 575TÓPICO 3 | TEORIA DA RELATIVIDADE Na Física Clássica não haveria esse limite imposto pela Teoria da Relatividade Especial. O gráfico seguinte mostra como a velocidade de um objeto acelerado aumenta na perspectiva da Física Clássica e quando consideramos os efeitos da Relatividade: Nessa outra representação gráfica, podemos compreender melhor algumas situações-limite: Observe no eixo das abcissas que, quando a velocidade v do corpo tem valores muito menores que a velocidade da luz, temos: → v c 0 ; consequentemente, →m m0 , ou seja, → m m 1 0 Assim, para velocidades muito menores que a velocidade da luz, estamos no contexto da Física Clássica. Ainda no gráfico, percebemos que, quando a velocidade v do corpo assume valores próximos à velocidade da luz c, a razão m m 0 assume valores muito grandes. Esse fato pode ser confirmado pela análise da expressão da massa relativística: 5 2 m m 1 v c 0 2 2 Quando →v c, a razão → v c 1 2 2 . NOTA! O símbolo → significa “tende a”, isto é, significa que a variável assume va- lores infinitesimalmente próximos do indicado. Portanto, a expressão ao lado pode ser lida assim: “ v c tende a zero; conse- quentemente, m tende a m0, ou seja, m m 0 tende a 1”. v t c Física Clássica Teoria da Relatividade B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra Quando a velocidade v tende à velocidade da luz no vácuo, a inércia da partícula tende ao infinito. 1 0 2 m � m 0 m � m 0 1 � v2 c2 m m 0 v c 1,0 B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 3CONECTEFIS_MERC18Sa_U4_Top3_p554a585.indd 575 9/13/18 10:03 AM