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A ventilação não inavsia na reversão do quadro atelectasia pulmonar em pacientes adultos submetidos a cirurgias toracoabdominais-uma revisão integrativa
Ventilation does not prevent reversal of pulmonary atelectasis in adult patients cured by thoracoabdominal surgery - an integrative review
Jéssica Bispo de Souza1, Benevaldo França Pacheco2, Digleyciara Silva Costa3, 4 Nicolly Suzan Popov Ferreira Cavalcanti, 5 Maria Carolina Dias Cerqueira Mascarenhas. 
1 Discente do Centro Universitário do Distrito Federal UDF, Brasília, DF)
2 Discente do Centro Universitário do Distrito Federal UDF, Brasília, DF)
3 Discente Centro Universitário do Distrito Federal UDF, Brasília, DF)
4 Discente Centro Universitário do Distrito Federal UDF, Brasília, DF)
5 Doscente Centro Universitário do Distrito Federal UDF, Brasília, DF)
RESUMO
A atelectasia pulmonar é uma condição caracterizada pelo colapso dos alvéolos pulmonares, que pode afetar todo o pulmão ou apenas uma parte do órgão, obstruindo a passagem de ar levando a diminuição dos alvéolos funcionais seja por secreção ou por ação de corpos estranhos. Podendo gerar dificuldade respiratória, cianose e taquicardia, favorecendo o surgimento de diversas complicações no sistema respiratório, cardíacos e na capacidade funcional do paciente. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura sobre a utilização de pressão positiva através da ventilação mecânica não invasiva para reversão do quadro de atelectasia pulmonar. Foi realizada uma revisão de artigos listados nos bancos de dados Pubmed e Biblioteca virtual de saúde BVS dos anos de 2018 a 2023 onde foram encontrados 1.981 artigos que, após os critérios de elegibilidade foram utilizados 7. Após a análise e discussão dos resultados, foi observada a eficácia da ventilação não invasiva n reversão da atelectasia pulmonar, come ru o tempo de internação e a baixa incidência de complicações.
Palavras-chave:Ventilação não invasiva. Atelectasia pulmonar. Cirurgia. 
ABSTRACT: 
Pulmonary atelectasis is a condition characterized by the collapse of the pulmonary alveoli, which can affect the entire lung or just a part of the organ, obstructing the air passage leading to a decrease in functional alveoli either by secretion or by the action of foreign bodies. It can cause respiratory distress, cyanosis and tachycardia, favoring the appearance of several complications in the respiratory system, heart and in the functional capacity of the patient. The aim of this study was to review the literature on the use of positive pressure through non-invasive mechanical ventilation to reverse pulmonary atelectasis. A review of articles listed in the Pubmed and VHL Virtual Health Library databases from the years 2018 to 2023 was carried out, where 1,981 articles were found that, after the eligibility criteria were used 7. After the analysis and discussion of the results, it was observed the effectiveness of non-invasive ventilation n reversal of pulmonary atelectasis, with a low incidence of complications.
Keywords: Non-invasive ventilation. Pulmonary atelectasis. Surgery.
Maria Carolina Dias Cerqueira Mascarenhas / maria.mascarenhas@udf.edu.br
INTRODUÇÃO
O termo atelectasia deriva das palavras gregas atelez significa “imperfeito” e ektasiz, “expansão” ¹. A atelectasia pulmonar é descrita como colapso de determinada área do parênquima pulmonar que pode causar alterações da mecânica respiratória, na oxigenação e complacência pulmonar do paciente, posteriormente podendo evoluir para uma insuficiência respiratória e até uma pneumonia ². Ela é comum em mais de 50% dos pacientes que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos cardiovasculares, e tem forte ligação com o aumento do risco de infecções respiratórias, devido ao estreitamento das regiões pulmonares ².
Os procedimentos cirúrgicos de tórax e abdômen podem favorecer o surgimento de diversas complicações, algumas ligadas diretamente ao sistema respiratório onde o indivíduo acometido pode necessitar de suporte ventilatório afim de reduzir os casos morbimortalidade e favorecer o conforto e bem estar do paciente². 
As complicações respiratórias advindas do pós-operatório são comuns, e associam-se a um aumento no custo de cuidados, assim como no aumento de morbidade e mortalidade de pacientes ³. Além da atelectasia, outras formas de insuficiências respiratórias e até infecções surgiram após procedimentos cirúrgicos de alta complexidade na região do tórax e abdômen, ocasionados por fatores como o uso de anestésicos que reduzem a capacidade residual funcional do paciente, as complicações pós-operatórias podem ser gerais, especiais ou específicas. E pode acontecer com qualquer paciente. Entretanto algumas complicações especificas podem acometer pessoas com condição clínica prévia à intervenção cirúrgica³. 
Vários estudos apontam que a ventilação não invasiva (VNI) demonstra benefício na redução de complicações pulmonares, dentre elas a restauração do volume pulmonar, a melhora das trocas gasosas e a redução da carga de trabalho respiratório diminuindo a taxa de reintubação e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI) ².
O tratamento da atelectasia depende da causa da doença. Em alguns casos, a broncoscopia pode ser necessária para remover objetos que estão bloqueando os pulmões. Drogas que diluem o muco também podem ser usadas para facilitar a respiração e para pacientes com outras condições médicas, como aqueles submetidos a cirurgia, a fisioterapia pode ser recomendada para tratar a atelectasia ¹.
A fisioterapia atua na tentativa de aumentar o fluxo respiratório do parênquima pulmonar de maneira mais uniforme, aumentando a oxigenação da área pulmonar disponível para troca gasosa e melhorar a oxigenação arterial, onde uma das técnicas a serem utilizadas é a (VNI), funcionando com o aumento sustentado da pressão das vias aéreas com o objetivo de minimizar os efeitos nocivos do colapso alveolar.
Diante disso, a escolha da utilização da pressão expiratória final positiva (PEEP) foi aderida nas UTI a fim de manter a expansão pulmonar evitando o colapso dos alvéolos, podendo assim ser eficaz no tratamento da atelectasia com a implementação de VNI ².
Diante disso, o objetivo deste trabalho foi revisar a literatura científica sobre os benefícios da VNI na reversão do quadro de atelectasia pulmonar em pacientes submetidos a cirurgias toracoabdominais, com o objetivo de melhorar a complacência pulmonar e diminuir o risco de complicações cardiorrespiratórias. 
MÉTODO
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, que é um método que nos permite realizar a análise de pesquisas e discussões na literatura e proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. A escolha pela pesquisa neste formato surgiu da necessidade de sintetizar o conhecimento publicado acerca da temática, proporcionando uma visão que possibilite o entendimento e a discussão do assunto. 
Desta forma foi realizado, uma pesquisa bibliográfica na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “Atelectasia pulmonar”, “Ventilação não invasiva”, e “Pressão expiratória final positiva”, utilizando as combinações “atelectasia pulmonar” AND “ventilação não invasiva” e “atelectasia pulmonar” AND "Pressão expiratória final positiva” utilizando-se sempre o operador booleano AND. E a base de dados National Library of Medicine (PubMED) utilizando os descritores “Respiratory physiotherapy pulmonary atelectasis” and “Non-invasive ventilation and pulmonary atelectasis”.
Os critérios de inclusão utilizados foram estudos publicados no período de 2018 a 2023, nos idiomas português, inglês e espanhol e que estão disponíveis na íntegra. Configuraram-se critérios de exclusão, documentos duplicados, além de estudos feitos com animais, estudos com pacientes pediátricos, estudos que abordam outras patologias e técnicas e revisões bibliográficas. Posteriormente os títulos e resumos foram lidospara identificar o assunto abordado nos artigos, a fim de avaliar os artigos elegíveis para o presente estudo.
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RESULTADOS
Foram encontrados ao todo 1.981 nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e pela National Library of Medicine (PubMED). Utilizando filtros específicos para apurar as buscas, foram excluídos os artigos com os seguintes critérios: ano inferior ao estabelecido (1.576); outras patologias (44); outras técnicas (55); idade da amostra (94); artigos não disponíveis na íntegra (97); outros idiomas sem ser inglês ou espanhol (15); estudos feitos com animais (64); e artigos de revisão (21), nos restando (15) e após uma análise criteriosa utilizando filtros de inclusão e exclusão pré definidos pelos pesquisadores foram excluídos (8) e nos restando (7) artigos significativos para a composição deste estudo. 
Os resultados foram organizados e descritos conforme fluxograma na figura 1.
BVS
PUBMED
576 Artigos
1.403 Artigos
Excluídos por ano: 489
Duplicidade: 1
Outras patologias: 25
Outras técnicas: 20
<18 anos: 13
Não disponíveis na íntegra: 2
Estudos com animais: 1
Artigos de revisão: 21
Excluídos por ano: 1.087
Duplicidade: 1
Outras patologias: 49
Outras técnicas: 34
<18 anos: 121
Não disponíveis na íntegra: 32
Estudos com animais: 49
Artigos de revisão: 28
Excluídos por ano:
Duplicidade:
Outras patologias:
Outras técnicas:
<18 anos:
Não disponíveis na íntegra:
Restaram: 5
Restaram: 2
Total: 7 artigos 
Os artigos selecionados foram organizados e resumidos no quadro 1, de modo a conter os principais dados analisados que descrevem as amostras, objetivos, métodos e resultados de cada uma das pesquisas realizadas. 
Quadro 1: Principais achados 
	Estudo/Ano
	Tipo de estudo 
	Objetivo
	Metodologia
	Resultados
	Miura et al. (2018)
	Estudo clínico randomizado
34 pacientes 
	Avaliar a utilização da ventilação mecânica em pacientes com atelectasia pós operatória submetidos a cirurgia cardíaca.
	Os 34 pacientes internados em (UTI) submetidos à ventilação mecânica após cirurgia foi aplicada (VNI) por 30 minutos 3 vezes ao dia com pressão expiratória final positiva
( PEEP) de 8 cmH2O. 
	O escore radiológico de atelectasia melhorou completamente em 94,4% sem eventos adversos.
	Erland Östberg, et al. (2018).
	Estudo clínico randomizado
24 pacientes
	Avaliar a eficiência da VM para limitar a formação de atelectasias durante cirurgias abdominais.
	Os pacientes foram submetidos à VM com pressão expiratória final positiva (PEEP) de 7 ou 9 cm H2O de acordo com o índice de massa corporal.
	Ao fim da cirurgia a área de atelectasia, expressa como porcentagem da área pulmonar total, foi de 1,8 (0,3 a 9,9) no grupo PEEP e 4,6 (1,0 a 10,2) no grupo PEEP zero
	Erland Östberg, et al. (2019).
	Estudo clínico randomizado 
30 pacientes
	analisar pacientes submetidos a cirurgia de grande porte com a utilização de ventilação mecânica proteção de formação de atelectasia pulmonar
no pós operatório.
	Foi aplicada Ventilação mecânica com PEEP 7 ou 9 cmH2O, de acordo com o índice de massa corporal. Os sujeitos do estudo receberam pressão expiratória final positiva ( PEEP) mantida durante todo o procedimento cirúrgico.
	A atelectasia foi pequena e aumentou modestamente durante o despertar, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Com PEEP aplicada ao acordar.
	Karalapillai et al. (2020). 
	Estudo clínico randomizado 1.236 pacientes
	Determinar se a ventilação com baixo volume corrente se comparado com a ventilação convencional durante cirurgias de grande porte diminui o risco de complicações pulmonares pós-operatórias.
	Os pacientes foram randomizados para receber um volume corrente de 6 ml/kg de peso corporal previsto (n = 614; grupo de baixo volume corrente) ou um volume corrente de 10 ml/kg de peso corporal previsto (n = 592; grupo de volume corrente convencional). Todos os pacientes receberam pressão expiratória final positiva (PEEP) a 5 cm H2O.
	Em pacientes adultos submetidos a cirurgias de grande porte, a ventilação intra operatória com baixo volume corrente em comparação com o volume corrente convencional, com PEEP aplicada igualmente entre os grupos, não reduziu significativamente as complicações pulmonares nos primeiros 7 dias de pós-operatório.
(PEEP) Pressão expiratória final positiva, (UTI) unidade de terapia intensiva, (VM) ventilação mecânica, (VNI) ventilação mecânica não invasiva.
Quadro 1: Principais achados ( continuação)
	Estudo/Ano
	Tipo de estudo 
	Objetivo
	Metodologia
	Resultados
	Maestu, et al. (2021).
	Estudo clínico randomizado
 422 pacientes.
	Avaliar o efeito do pós-operatório imediato com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) em eventos pulmões adversos após cirurgia torácica.
	Seis horas de pressão positiva contínua (CPAP) contínuo através de um sistema Boussignac versus tratamento padrão. A duração média a duração da sessão foi de 5 a 7 horas. Com PEEP de 5 a 9 cmH2o
	dois pacientes desistiram nos primeiros 15 minutos, outros quatro desistiram na primeira meia hora e outros seis abandonaram antes da terceira hora , porém os pacientes que resistiram ao tratamento apresentaram melhora no escore radiológico de atelectasia pulmonar.
	Cho, et al. (2020).
	Estudo clínico randomizado
82 pacientes
	Avaliar os efeitos das técnicas de ventilação protetora (PV) na atelectasia identificada por meio de ultrassonografia pulmonar em pacientes submetidos à cirurgia abdominal..
	Os paciente receberam VC de 9–10mL/kg através de ventilação controlada por pressão com volume garantido. Sendo realizada ultrassonografia pulmonar para avaliar a atelectasia.
	A ventilação com baixo volume corrente combinada com 5 cmH2O PEEP não causou maior perda de aeração em comparação com a ventilação com alto volume corrente. A ventilação com baixo volume corrente levou a escores semelhantes em todas as áreas pulmonares e em todos os momentos em comparação com a ventilação com alto volume corrente.
	G. mini, et al. (2021).
	Estudo clínico randomizado 
82 pacientes.
	O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da ventilação mecânica na diminuição de atelectasia pulmonar através do escore de ultrassom pulmonar após o procedimento cirúrgico de grande porte.
	Os pacientes foram divididos em dois grupos o primeiro grupo recebeu de forma incremental até que a menor pressão de condução fosse alcançada, com repetição a cada 2 horas. e o segundo grupo recebeu uma pressão
	Os escores de ventilação do ultrassom pulmonar foram significativamente maiores no grupo que recebeu pressão expiratória final positiva (PEEP)durante todo o procedimento cirúrgica antes e depois da extubação. observando-se que a pressão positiva expiratória final (PEEP) reduziu a atelectasia pulmonar pós-operatória em pacientes adultos submetidos a cirurgia de grande porte.
(PEEP) Pressão expiratória final positiva, (CPAP) pressão positiva continua, (VM) ventilação mecânica, (VC) Volume corrente.
DISCUSSÃO
As literaturas analisadas demonstraram que o uso de VNI mostrou-se eficiente, quanto ao que tange à correção das alterações e promoção do volume corrente, demonstrando a eficácia frente aos casos de atelectasia pulmonar, considerando o seu uso em casos de recuperação após cirurgias de grande porte, como as cardíacas.
Alguns estudos diferenciam-se pela abordagem à duração do tratamento realizado com o uso do VNI, como defendido por Miura et al. (2018), que observaram que os resultados foram positivos, mesmo considerando o tempo curto das sessões, que foram de 30 minutos por 3 vezes ao dia.
Entretanto, no estudo de Maestru et al. (2021), as sessões com o uso do CPAP eram mais extensas e cansativas, com sessões que duravam até 7 horas. Diversos pacientes desistiram logo no início, dois nos primeiros 15 minutos de sessão, outros quatro na primeira hora e mais seis antes da terceira hora. Mesmo os que fizeram pouco uso, como os que tiveram sessões mais longas obtiveram resultados positivos na recuperação da atelectasia. Logo, o tempo das sessões não são diretamente proporcionaisaos resultados obtidos.
Os estudos reforçam as vantagens ao paciente que apresentaram menor resistência aos procedimentos, que por diversas vezes, podem trazer desconforto, causando assim a evasão ao tratamento, tanto Miura et al. (2018) como Maestu et al. (2021) relataram esse fator tópico relevante. Além disso, Miura et al. (2018) defendem que poderia haver um consumo menor de oxigênio suplementar pelos pacientes estudados devido às curtas sessões, provavelmente proporcionando também um custo menor no tratamento desse grupo.
Além do mais, foi observada uma redução significativa na incidência de complicações pulmonares após a cirurgia em comparação ao grupo que recebeu PEEP, como é defendido por Mini G et al. (2021). Esses resultados sugerem que a aplicação da PEEP pode reduzir a ocorrência de atelectasia pulmonar no período pós-operatório em pacientes adultos submetidos a cirurgias de grande porte, bem como o uso em todas as fases do procedimento cirúrgico, tanto durante como após.
Também foi considerado por Cho et al. (2020) que a utilização de um baixo volume corrente durante a ventilação obteve resultados semelhantes nos escores em todos os momentos, quando comparado à ventilação com um alto volume corrente. O mesmo é defendido por Karalapillai et al. (2020), que apresentaram que o uso da corrente normal e da baixa corrente não apresentaram diferença nos 7 primeiros dias de tratamento. Além disso, Cho et al. (2020) avaliaram que a combinação de um baixo volume corrente com uma pressão expiratória final positiva de 5 cmH2O não causou uma perda maior na capacidade de aeração em comparação com a ventilação com um alto volume corrente. Portanto, os presentes estudos reforçam a eficácia da utilização de baixo volume corrente durante a ventilação, demonstrando resultados semelhantes aos obtidos com alto volume corrente e ausência de diferenças significativas nos escores e capacidade de aeração.
O resultado também foi favorável no estudo promovido por Maestru et al. (2021), que ressalta a eficácia do uso do CPAP imediatamente após as cirurgias torácicas, mostrando ser um efetivo tratamento para a reversão da atelectasia e demais complicações respiratórias pós-cirúrgicas. Seguindo o mesmo objetivo, Erland et al. (2019) obtiveram resultados de melhora nas amostras que foram submetidas a tratamento com PEEP logo após acordarem do efeito da anestesia, mesmo constatando que a atelectasia nos pacientes estudados não estava em proporções tão grandes, mas ainda assim houve uma melhora perceptível em comparação ao grupo que não recebeu o tratamento.
 Concluindo-se então que a fisioterapia respiratória desempenha um papel fundamental no tratamento da atelectasia pulmonar, oferecendo uma abordagem não invasiva e eficaz para melhorar a ventilação pulmonar e otimizar a função respiratória, ao empregar a técnica de terapia de pressão positiva expiratória (PEEP), sendo capaz de reverter a atelectasia, restaurando a expansão pulmonar, promovendo a mobilização das secreções e melhorando a capacidade de troca gasosa.
CONCLUSÃO 
A importância da ventilação não invasiva (VNI) na reversão da atelectasia pulmonar pós-cirurgias de grande porte. A atelectasia é uma complicação comum nesse contexto, e a VNI tem se mostrado uma abordagem eficaz para reduzir esse problema. Ao revisar a literatura disponível, foram identificados estudos que evidenciaram os benefícios da a VNI ser um efetivo tratamento para a reversão da atelectasia e demais complicações respiratórias pós-cirúrgicas.	
Além disso, a VNI apresentou-se como uma alternativa segura e bem tolerada pelos pacientes, com baixa incidência de complicações, como insuficiência respiratória e pneumonia. Esses resultados ressaltam a importância de incluir a VNI como uma estratégia terapêutica precoce para a prevenção e tratamento da atelectasia pulmonar pós-cirurgias de grande porte, contribuindo para uma recuperação mais rápida e eficaz dos pacientes. Ainda assim, há a necessidade da produção de mais pesquisas sobre esse caso, já que a busca por artigos ficou muito restrita nos critérios requeridos nesta revisão integrativa. 
Portanto, são necessárias pesquisas atualizadas a fim de aprofundar a eficácia dessa técnica em relação aos possíveis efeitos nos tratamentos pós-operatórios, já que o uso da pressão positiva é perceptivelmente benéfico aos que foram submetidos às sessões de fisioterapia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	1.
	Östberg E, Thorisson A, Enlund M, Zetterström H, Hedenstierna G, Edmark L. Positive End-expiratory Pressure and Postoperative Atelectasis : A Randomized Controlled Trial. e American Society of Anesthesiologists, Inc.. 2019.
	2.
	Miura MC, Carvalho CR, Silveira T, Regenga MM, Damiani LP, Fu C. The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery c Volume -, Número - 1. 2018 maio.
	3.
	Maestru LP, Lopez E, Sayas J, Alday E, Planas A, Parise DJ, et al. O efeito do pós-operatório imediato de Boussignac CPAP em eventos pulmonares adversos após cirurgia torácica: Um estudo multicêntrico randomizado controlado. Sociedade Europeia de Anestesiologia. 2021: p. 164–170.
	4.
	Zeng C, Lagier D, Lee J, Vidal F. Atelectasia Pulmonar Perioperatória – Parte I: Biologia e. 2023 janeiro.
	5.
	Östberg , Thorisson , Enlund , Zetterström H, Hedenstierna G, Edmark L. Positive End-expiratory Pressure Alone Minimizes Atelectasis Formation in Nonabdominal Surgery : A Randomized Controlled Trial. the American Society of Anesthesiologists, Inc. 2018.
	6.
	Mini G, Ray BR, Anand K, Muthiah T, Baidya K, Rewari V, et al. Variedade Linguística- Preconceito Linguístico (PEEP) na atelectasia pulmonar pós-operatória em pacientes adultos submetidos a cirurgia abdominal eletiva de grande porte: um estudo controlado randomizado. 2021 janeiro 28.
	7.
	Lagier D, Zeng C, Bustamante F, Melo F. Perioperative Pulmonary Atelectasis - Part II: Clinical. 2022 Janeiro.
	8.
	Karalapillai , Weinberg , Peyton , Ellard , Hu , Pearce , et al. Efeito do baixo volume corrente intraoperatório versus volume corrente convencional nas complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes Submetido a cirurgia de grande porte : Um ensaio clínico randomizado. Associação Médica Americana. 2020 Sep.
	9.
	Cho S, Oh HW, Choi MH, Lee HJ, Woo JH. Effects of Intraoperative Ventilation Strategy on Perioperative Atelectasis Assessed by Lung Ultrasonography in Patients Undergoing Open AbdominalSurgery: a Prospective Randomized Controlled Study. Ventilation Strategy and Perioperative Atelectasis. 2020 Jul.
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