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Prof. Nidal Ahmad Prof. Arnaldo Quaresma Mapa Mental Direito Penal Punibilidade Requisitos Conceito: ocorre quando duas ou mais pessoas, em conjugação de esforços e comunhão de vontades, reúnem-se para a prática de um ou mais delitos. Pluralidade de condutas; Relevância causal das condutas; Liame subjetivo; Identidade de infrações. Participação de menor importância Art. 29, §1º, do CP Cooperação dolosamente distinta Art. 29, §2º, do CP Arts. 29, 30 e 31 do CP Concurso de Pessoas Comunicabilidade dos elementares e circunstâncias do crime Elementares Comunicabilidade Comunicabilidade Integram o tipo penal.Circunstâncias Pessoais Objetivas Próprio agente Fato Circunstâncias objetivas sempre se comunicam, desde que estejam dentro do alcance de previsibilidade do agente. As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando elementares do crime. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm Relação de causa (conduta) e efeito (resultado) = nexo de causalidade. Relação de Causalidade ou Nexo Causal Aliada à conduta do agente, outra causa contribui para o resultado. É a chamada concausa. Conceito Art. 13 do CP ConcausaAbsolutamente independente Relativamente independente São aquelas que não têm origem na conduta do agente. Há uma quebra do nexo causal. São três as espécies de causas absolutamente independentes: 1. Preexistentes Trata-se de causa que existia antes da conduta do agente e produz o resultado independentemente da sua atuação. 2. Concomitantes São as causas que não têm nenhuma relação com a conduta e produzem o resultado independentemente desta, no entanto, por coincidência, atuam exatamente no instante em que a ação é realizada. 3. Superveniente São causas que atuam após a conduta. Ou seja, que surgem depois da conduta desenvolvida pelo agente. Ex: O agente desfere um disparo de arma de fogo contra a vítima, que, contudo, falece pouco depois, não em consequência dos ferimentos recebidos, mas porque antes ingerira veneno com a intenção de suicidar. Ex: “A” desfere golpe de faca contra “B” no exato momento em que este vem a falecer exclusivamente por força de um ataque cardíaco. Ex: “A” ministra veneno na comida de “B”. Antes do veneno produzir efeitos, há um incêndio na casa da vítima, que morre exclusivamente queimada pelo fogo. Efeitos: Quando a causa é absolutamente independente, há exclusão da causalidade decorrente da conduta. Ou seja, o agente responde somente por aquilo que deu causa. Nos exemplos citados, se o dolo era de matar, o agente responderia por tentativa de homicídio. São aquelas que tiveram origem na conduta do agente. Não há uma quebra do nexo causal. São três as espécies de causas relativamente independentes: 1. Preexistentes A causa que efetivamente gerou o resultado já existia ao tempo da conduta do agente, que concorreu para a sua produção. 2. Concomitantes A causa que efetivamente produziu o resultado surge no exato momento da conduta do agente. 3. Superveniente A causa que efetivamente produziu o resultado ocorre depois da conduta praticada pelo agente. Ex: “A”, com a intenção de matar, desfere um golpe de faca na vítima, que é hemofílica e vem a morrer em face da conduta, somada à contribuição de seu peculiar estado fisiológico. Ex: ataque à vítima, por meio de faca, que, no exato momento da agressão, sofre ataque cardíaco, vindo a falecer, apurando-se que a soma desses fatores (causas) produziu a morte. Ex. O agente desfere um golpe de faca contra a vítima, com a intenção de matá-la. Ferida, a vítima é levada ao hospital e sofre acidente no trajeto, vindo, por esse motivo, a falecer. Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No caso, homicídio consumado. Cuidado: se o agente não sabia do estado de saúde da vítima ou não lhe era previsível, responderia por tentativa de homicídio (se agiu com a intenção de matar). Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No caso, homicídio consumado. Efeitos: o agente responde pelos atos até então praticados. No caso, tentativa de homicídio. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm Roubo Extorsão Furto Art. 155 do CP Furto noturno Furto privilegiado Furto qualificado Retirar de outrem bem móvel, sem a sua permissão. Conceito Art. 155, § 1° do CP Art. 155, § 2° do CP Art. 155, § 4° do CP Art. 157 do CP Conceito Retirar de outrem bem móvel, sem a sua permissão, com o emprego de grave ameaça ou violência contra a pessoa. Roubo próprio Roubo impróprio Meios violentos Antes ou durante a execução da subtração. Após a subtração da coisa a fim de assegurar a impunidade. Aumento de pena Roubo majorado Art. 157, § 2° do CP A diferença em relação ao roubo concentra-se no fato de a extorsão exigir a participação ativa da vítima fazendo alguma coisa, tolerando que se faça ou deixando de fazer algo em virtude da ameaça ou da violência sofrida. Art. 158 do CP Art. 158, §§ 2° e 3° Extorsão qualificada Extorsão mediante sequestro Art. 159 do CPConsistente na finalidade de obtenção, para si ou para outrem, de qualquer vantagem como condição ou preço de resgate. São formas qualificadas conforme o art. 159, § 1° do CP: a) sequestro por mais de 24 horas; b) sequestro de menor de 18 ou maior de 60 anos; c) sequestro praticado por bando ou quadrilha. Dano Crimes contra o patrimônio Art. 163 do CP Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. É o dolo. Não há a forma culposa. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm Crimes contra o patrimônio Receptação Escusas absolutórias Apropriação indébita A apropriação indébita propriamente dita ocorre quando o sujeito realiza ato demonstrativo de que inverteu o título da posse, como a venda, doação, consumo, penhor, ocultação etc. Na negativa de restituição, o sujeito afirma claramente ao ofendido que não devolverá o objeto material. Art. 171 do CP Estelionato Art. 168 do CP Consiste em induzir ou manter alguém em erro, mediante o emprego de artifício, ardil, ou qualquer meio fraudulento, a fim de obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio. A receptação é o fato de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. Art. 180 do CPArt. 181 a 183 do CP Imunidade abosluta Hipóteses: a) Cônjuge, na constância da sociedade conjugal; b) Ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. Aumento de pena: a) em depósito necessário; b) na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; c) em razão de ofício, emprego ou profissão. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htmhttps://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm Concurso FormalConcurso MaterialConceito Aplicação da pena Art. 69 do Código Penal; Pluralidade de crimes; Pluralidade de condutas. Cúmulo material - as penas são somadas. Conceito Aplicação da pena Número de crimes 2 crimes 3 crimes 4 crimes 5 crimes 5 crimes ou mais Aumento da pena 1/6 1/5 1/4 1/3 1/2 Art. 70 do Código Penal; Pluralidade de crimes; Unidade de conduta. Concurso formal perfeito Art. 70, 1ª parte, do Código Penal. Resulta de um único desígnio. Concurso formal imperfeito Art. 70, 2ª parte, do Código Penal. Resulta de desígnios autônomos. Concurso formal perfeito Aplica-se a pena do crime mais grave ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. Concurso formal imperfeito Se da aplicação da regra da exasperação da pena, no concurso formal, a pena tornar-se superior à que resultaria se somadas, deve-se adotar o critério do cúmulo material, porque, nesse caso, será mais benéfico. Crime continuado Concurso de crimes Conceito Unidade de desígnios. Natureza jurídica Teoria da ficção jurídica; Art. 71 do Código Penal; Pluralidade de crimes da mesma espécie; Pluralidade de condutas; Conexão: temporal, modal e espacial; Há uma pluralidade de delitos, mas o legislador, por uma ficção, presume que eles constituem um só crime, apenas para efeito de sanção penal. Espécies e aplicação da pena Crime continuado comum Art. 71, caput, do CP; Aplica-se a pena do crime mais grave, aumentada de 1/6 até 2/3. Crime continuado específico Art. 71, par. único, do CP; Aplica-se a pena do crime mais grave aumentada até o triplo. Número de crimes 2 crimes 3 crimes 4 crimes 5 crimes 6 crimes 7 crimes ou mais https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm Extinção da Punibilidade Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e a competência é do Congresso Nacional (ex: Lei 6.683/79) - apaga todos os efeitos penais. Graça: de iniciativa do Presidente da República e é individual - não apaga os efeitos penais secundários - continua sendo reincidente se cometer novo crime. Indulto: de iniciativa do Presidente da República e é coletivo - não apaga os efeitos penais secundários - continua sendo reincidente se cometer novo crime (Súmula 631 do STJ). Morte do agente Anistia, graça ou indulto Abolitio criminis Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a morte do agente faz com que o Estado perca o direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros qualquer obrigação de natureza penal. Cuidado: crimes hediondos ou equiparados não possuem direito a anistia, graça ou indulto. Lei posterior deixar de considerar determinado fato como sendo criminoso. Apaga todos os efeitos penais (se cometer novo crime não será reincidente). Não apaga os efeitos civis da prática delituosa. Perdão judicial O juiz, não obstante comprovada a prática da infração penal pelo sujeito culpado, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias. Ex: art. 121, §5º, do CP e art. 180, §5º, do CP É uma decisão declaratória - não gera reincidência (Art. 120 do CP e Súmula 18 do STJ). Decadência, perempção e prescrição Decadência: é a perda do direito de ação do ofendido em face do decurso do tempo. Perempção: é a perda do direito de demandar o querelado pelo mesmo crime em face de inércia do querelante, diante do que o Estado perde o jus puniendi - só é possível para crimes de ação penal exclusivamente privada. Renúncia Renúncia ou perdão do ofendido Queixa-crime Perdão do ofendido Renúncia: É a abdicação do ofendido ou de seu representante legal do direito de promover a ação penal privada. Perdão do ofendido: é o ato pelo qual iniciada a ação penal privada, o ofendido ou seu representante legal desiste de seu prosseguimento. Prescrição: é a perda do direito de punir do Estado pelo não exercício em determinado lapso de tempo. Constitui causa de extinção da punibilidade (art. 107, IV, do CP). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm