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O que levou a cidade de São Paulo a trocar 10,1 km de pavimentação flexível por 
pavimentação rígida? Uma rápida abordagem sobre o histórico das estradas brasileiras aponta 
que o início da pavimentação no Brasil se deu nos anos 1950, quando a nossa malha rodoviária 
pavimentada saltou de 423 km para 968 km. Nos anos 1980, já eram mais de 47 mil 
quilômetros de rodovias federais pavimentadas. 
 
 
 
Por outra via, além de mais custoso e demorado, o pavimento rígido gerava um desconforto 
ao rolamento por causa da presença de grandes aberturas de juntas. Pavimentos rígidos são 
feitos com placas de concreto colocadas sobre uma mistura de britas e cimento. 
 
 
 
Nos dias atuais, o pavimento rígido volta à pauta porque já existem técnicas construtivas que 
aceleram sua execução, e o seu custo de implantação é equilibrado pelo baixo custo de 
manutenção. 
De acordo com profissionais da Soemeg, os pavimentos de corredores de ônibus são expostos 
ao tráfego canalizado de um grande volume de veículos pesados e a baixas velocidades. Na 
região das paradas, a situação é agravada pelo acréscimo de tensões causadas por frenagem 
e partidas dos veículos. 
Por fim, conclui-se que o pavimento rígido em concreto é recomendado para vias de tráfego 
pesado, como corredores de ônibus, nas quais a aplicação dos picos de carga não têm altas 
variações e, dificilmente, passará algo mais pesado que um grande ônibus lotado. A execução 
necessita de um maior aporte financeiro, pois tem um custo maior em comparação ao asfalto. 
Esse custo inicial mais alto é balanceado por uma vida útil mais longa e com menos 
intervenções para manutenção, o que influencia em outros ganhos indiretos, como uma via 
sem bloqueios e intervenções por bastante tempo. Também se evitam patologias comuns em 
pavimentos asfálticos com alto tráfego, como as trilhas de rodas e escorregamentos laterais. 
 
Veja os padrões típicos de estruturas de pavimentos flexíveis e semirrígidos. As espessuras da 
camada, aqui apresentadas, são apenas para fins ilustrativos, devendo ser dimensionadas em 
projeto. 
 
 
Na prática, precisamos saber como avaliar o solo que compõe as camadas do pavimento com 
índices técnicos, que nos permitam compará-las não só qualitativamente, mas com dados 
numéricos que possam ser qualificados e comparados. A resposta é o ensaio de laboratório 
mais difundido, o Índice de Suporte Califórnia (ou CBR, do inglês, Califórnia Bearing Ratio), 
que avalia a resistência e a expansibilidade do solo. 
 
Ou seja, ao se deparar com um resultado de CBR=10%, entende-se que aquele solo 
representa 10% da resistência à penetração da brita padronizada. O ensaio também permite 
a obtenção de outro parâmetro importante relacionado com a durabilidade, que é o índice de 
expansibilidade do solo, pois em uma etapa do ensaio, o solo é imerso em água por, no mínimo, 
quatro dias, possibilitando a análise da expansão da amostra ensaiada. 
 
Para o cálculo, são adotadas as pressões lidas entre as penetrações de 2,54 e 5,08 mm. O 
resultado é determinado pela seguinte expressão: 
CBR = PRESSÃO LIDA / PRESSÃO PADRÃO 
A pressão padrão dada na expressão anterior é 6,90 e 10,35 MPa para as penetrações de 2,54 
e 5,08 mm, respectivamente. Considera-se o resultado final aquele que obtiver o maior valor 
de CBR. 
 
Podemos, entretanto, afirmar que os siltes, e outros solos expansíveis, apresentam baixos 
valores de CBR, inferiores a 6%, enquanto solos finos em geral, incluindo solos arenosos, 
apresentam valores de CBR entre 8% e 20%. Já os solos grossos, como os pedregulhos e as 
britas graduadas, situam-se em patamares de 50% a 100%, podendo atingir valores mais 
elevados. 
Como parâmetros de projeto, pisos e pavimentos rígidos requerem CBR > 8%, enquanto os 
pavimentos flexíveis exigem valores de CBR > 12%. 
Diferente dos índices de CBR, os índices de expansão não afetam diretamente no 
dimensionamento de pisos e pavimentos, porém a sua avaliação é imprescindível, pois um solo 
potencialmente expansivo poderá provocar manifestações patológicas irreparáveis. 
 
Para uma energia de compactação grande, a curva de resistência será mais íngreme e os 
valores da resistência maiores e, para uma menor energia de compactação, pelo contrário, as 
curvas serão abatidas e as resistências menores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os pavimentos, sejam eles rígidos (concreto) ou flexíveis (concreto asfáltico), devem suportar 
e distribuir as tensões exercidas pelo tráfego sem causar prejuízo aos veículos circulantes. 
Entretanto, em alguns locais, o esforço do tráfego é tão intenso ou possui características tão 
específicas que os pavimentos não suportam ou não conseguem distribuir para as demais 
camadas as tensões resultantes da passagem dos veículos. Você, como engenheiro civil, deve 
sempre estar atento às condicionantes locais e operacionais que podem culminar em defeitos 
de pavimento. 
 
 
 
As baixas velocidades dos veículos nessas faixas, com a operação em modo "arranca e para", 
atreladas a problemas de execução do revestimento, como camadas mal compactadas, 
podem afetar a condição de dirigibilidade, prejudicar o conforto do usuário, aumentar os 
custos operacionais e dificultar a manutenção do pavimento. 
Você deve evitar esses problemas ainda em projeto, procurando usar: 
 
 
 
No caso de tráfego pesado, optar por base asfáltica de elevado módulo de resiliência. 
Após determinar os materiais que serão utilizados na mistura asfáltica, você pode testar em 
laboratório a predisposição da mistura à deformação permanente. Para isso, usam-se 
o Ensaio Creep e ensaios com simuladores de tráfego. 
 
Existem diversos produtos e materiais para impermeabilização disponíveis no mercado. A 
aplicabilidade deles vai depender da classificação, que está relacionada com a flexibilidade dos 
produtos. Os fabricantes dividem os produtos em rígidos, flexíveis e semiflexíveis. Mas, em se 
tratando de normas, essa última classificação não é aceita. 
 
 
 
 
O Infográfico a seguir apresenta um esquema de como a umidade pode estar presente em 
uma construção e as consequências dela. Tem como resolver este problema? Confira! 
 
 
Em se tratando de impermeabilização de construções, são vários os cuidados necessários, a 
fim de garantir a eficiência do sistema e evitar danos e prejuízos. Observe os equívocos de 
maior ocorrência, seja no projeto, seja escolha do material, seja na aplicação dos produtos. 
QUALIDADE NA EXECUÇÃO 
 ▪ Falta de argamassa de regularização; 
 ▪ Não arredondamento dos cantos e arestas; 
 ▪ Umidade sobre a base; 
 ▪ Sujeira sobre a base; 
 ▪ Falta de berço para quando utilizado mantas; 
 ▪ Falhas em emendas; 
 ▪ Mau uso do maçarico ao aquecer mantas; 
 ▪ Perfuração de mantas durante a aplicação. 
 
 
 
FALHAS BÁSICAS 
 ▪ Ausência de projeto; 
 ▪ Detalhes; 
 ▪ Dimensionamento; 
 ▪ Escolha de materiais ou sistema 
 
 
 
FALHAS DE DETALHES 
 ▪ Juntas; 
 ▪ Não execução de rodapé de impermeabilização 20cm acima do piso acabado; 
 ▪ Não consideração da argamassa de regularização para a previsão da cota de passagem 
de água por vigas invertidas; 
 ▪ Falta de proteção da base de platibandas; 
 ▪ Falta de proteção mecânica; 
 ▪ Erros de projeção em outras partes do edifício: 
 - Rede pluvial mal projetada ou executada; 
 - Falta de desnível na soleira. 
 
 
 
QUALIDADE DOS MATERIAIS 
 ▪ Materiais não normalizados; 
 ▪ Materiais adulterados: ausência de controle de qualidade; 
 ▪ Adulteração por parte do fornecedor ou do aplicador. 
 
 
 
FALHAS NA UTILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO 
 ▪ Perfuração da impermeabilização sem qualquer reparo, após a instalação de antenas, 
varais, etc; 
 ▪ Danos causados à impermeabilização por ocasião de troca de pisos. 
 
 
Materiais, formas e modelos são basicamente o que diferencia as esquadrias, mas alguns 
critérios são primordiais na utilizaçãoem uma construção. 
 
Escolher as esquadrias erradas para um projeto, além de diminuir a atratividade estética do 
edifício, pode acarretar custos extras com manutenção e substituição. Você, engenheiro, deve 
analisar bem o local onde será feita a construção e/ou a reforma. 
Devem ser observados itens como: a precipitação (chuva) local, se fica próximo de mar, de rio 
ou de lagoa, a umidade média e, claro, o que será feito dentro da construção, visto que os 
agressores das esquadrias podem vir de dentro. Vale a pena conferir as indicações de 
esquadrias para aplicações específicas, isso irá garantir um projeto satisfatório. 
 
 
No Infográfico estão resumidos os tipos de tinta e suas aplicações e o esquema básico de 
pintura: primer, 1ª demão e 2ª demão. Cabe salientar que o emprego do primer varia de 
acordo com a superfície e o acabamento desejado, e que o primer pode ser uma massa 
niveladora, um selador, entre outros. 
 
 
Há um ditado que diz: "não se começa uma casa pelo telhado". Por isso, também a pintura 
necessita de cuidados anteriores. A superfície a ser pintada deve ter o acabamento condizente 
com a técnica de pintura a ser aplicada, bem como não deve apresentar umidade, infiltrações, 
corrosão (em caso de metais) ou apodrecimento (em caso de madeiras). 
O engenheiro, muitas vezes, atua supervisionando os estágios da construção. Cabe a ele saber 
identificar e, se necessário, indicar a correção das superfícies. 
 
 
A análise de acompanhamento de cada etapa de um empreendimento é fundamental para 
uma execução satisfatória, pois não basta apenas traçar planos de execução, mas também 
verificar se o planejamento está sendo desenvolvido da maneira correta. 
Portanto, conhecer os indicadores de desempenho de uma obra, os key performance 
indicators (KPIs), faz toda a diferença no processo de acompanhamento, pois são eles que 
permitirão medir o quanto o planejamento está sendo cumprido no projeto. 
Suponha que você é um engenheiro civil responsável por uma grande obra. 
 
 
Padrão de resposta esperado 
Os índices são calculados da seguinte maneira: 
Índice de produ�vidade = receita líquida/número de colaboradores. Assim, cada trabalhador 
produz um valor X (em R$). 
Índice de desperdício = total de materiais/quan�dade de materiais u�lizados x 100. O índice 
de desperdício é de X%. 
Índice de custo = custo real – custo orçado/custo orçado x 100. O projeto ultrapassou o 
orçamento em X%. 
Índice de prazo = término real-término planejado/prazo total planejado para a obra x 100. 
Nesse caso, se o resultado for posi�vo, quer dizer que a obra apresentou um atraso de X%. Já 
se o resultado for nega�vo, indicará que o projeto teve a sua entrega adiantada em X%. 
Índice de segurança = (número de acidentes/total de colaboradores) x 100. Indica o percentual 
de acidentes de trabalho da obra. 
 
 
Percebe-se que os índices de produtividade, de desperdício e de segurança não alcançaram 
as metas estabelecidas para o projeto. Deve-se estudar se a quantidade de colaboradores é 
suficiente para a realização do serviço ou se há a necessidade de substituição por uma nova 
equipe mais produtiva. 
Em relação ao desperdício, a quantidade de material adquirida pode ter sido inadequada, o 
que pode ser resolvido aplicando ferramentas de gestão mais eficientes. 
Além disso, é necessário verificar o motivo pelo qual o número de acidentes de trabalho está 
acima do esperado. São válidos questionamentos como: Há equipamentos de proteção para 
todos? A segurança no canteiro de obra realmente é levada a sério? Houve algum tipo de 
treinamento para a equipe antes de iniciarem os trabalhos? 
 
As quan�dades do projeto devem ser mul�plicadas pelo consumo das tabelas de composições 
apresentadas.  Por  exemplo,  a  fôrma  deve  considerar  as  áreas  laterais  e  de  fundo  das  6 
fundações, sendo 6 x [(2 x 1,5 x 4) + (2 x 2)] = 96 metros quadrados de fôrma a serem feitos 
no total. Mul�plicando 96 pelo consumo de ajudante de carpinteiro, por exemplo, chega-se 
ao total de 48 horas trabalhadas por um ajudante de carpinteiro para realizar as fôrmas das 6 
fundações. O quadro com todos os quan�ta�vos é mostrado a seguir. 
 
 
 
O Bene4cio e Despesas Indiretas (BDI) consiste em uma taxa, dada em porcentagem, que 
permite es�mar os valores decorrentes das despesas indiretas e o lucro da empresa em 
função do custo total calculado para a obra. 
 
 
Duas empresas, concorrendo a uma licitação, apresentaram os seguintes valores em suas 
propostas: 
Empresa A: 
CD = R$ 100.00,00 
DI = 25%*CD 
Lucro = 10%*(CD + DI) 
Empresa B: 
CD = R$ 125.000,00 
DI = 20%*CD 
Lucro = 7%*(CD + DI) 
 
Considerando as informações apresentadas, calcule qual o lucro pretendido pelas duas 
empresa e o BDI utilizado por elas e identifique aquela que ofereceu a menor proposta no 
processo licitatório. 
 
 
Duas empresas, concorrendo a uma licitação, apresentaram os seguintes valores em suas 
propostas: Empresa A: CD = R$ 100.00,00 DI = 25%*CD Lucro = 10%*(CD + DI) Empresa B: 
CD = R$ 125.000,00 DI = 20%*CD Lucro = 7%*(CD + DI) Considerando as informações 
apresentadas, calcule qual o lucro pretendido pelas duas empresa e o BDI utilizado por elas e 
identifique aquela que ofereceu a menor proposta no processo licitatório. 
Enviado em: 08/09/2023 18:40 
Padrão de resposta esperado 
Cálculo do custo total da obra, dado pela soma entre custos diretos e despesas indiretas. 
Empresa A: CT = 100.000 + 0,25*100.000 = R$ 125.000,00 
Empresa B: CT = 125.000 + 0,20*125.000 = R$ 150.000,00 
Cálculo do benefício de cada empresa, pela multiplicação do lucro pelo custo total. 
Empresa A: B = 0,10*125.000 = R$ 12.500,00 
Empresa B: B = 0,07*150.000 = R$ 10.500,00 
Cálculo do BDI. 
Empresa A: BDI(%) = (25.000+12.500)*100/100.000 = 37,5% 
Empresa B: BDI (%) = (25.000+10.500)*100/125.000 = 28,4% 
Quarto passo: cálculo do preço de venda do empreendimento. 
Empresa A: PV = 100.000*(1+0,375) = R$ 137.500,00 
Empresa B: PV = 125.000*(1+0,284) = RS 160.500,00 
A Empresa A visou um lucro maior, no valor de R$ 12.500,00. A Empresa B, por sua vez, 
apresentou um valor menor de BDI, no total de 28,4%. Por meio dos cálculos realizados, é 
possível verificar que a Empresa A ofereceu o menor valor total para o empreendimento, 
sendo este de R$ 137.500,00. 
 
 
É comum em obras de construção civil que a construtora ou incorporadora tenha que 
desembolsar dinheiro do próprio bolso e operar em negativo antes que o dinheiro das 
medições ou da compra dos imóveis entre e a obra comece a gerar lucro e operar com o caixa 
no verde. Nesse sentido, é um grande desafio fazer com que a obra opere no positivo ou, pelo 
menos, no negativo pelo menor tempo possível. 
Veja a seguinte situação: 
 
 
Padrão de resposta esperado 
Algumas das possíveis perguntas são: 
1. O cronograma foi feito da maneira “mais tarde”? Realizar o cronograma com as atividades 
sendo realizadas o mais tarde possível, sem comprometer o prazo da obra, dá a oportunidade 
ao gestor de contratar e pagar seus materiais mais tarde, o que pode representar um alívio 
nas contas dos primeiros meses. A desvantagem desse procedimento é que, se alguma 
atividade jogada para “mais tarde” atrasar, ela pode comprometer o prazo da obra. 
2. Existe a possibilidade de obter adiantamentos? Oferecer preços especiais para clientes pelo 
pagamento feito com antecipação, ou em adiantamento, pode fazer a obra começar com saldo 
positivo e aliviar muito as contas dos primeiros meses. 
3. Como foi feito o pagamento dos materiais? O parcelamento dos materiais para jogar as 
contas para a frente no calendário pode resolver o problema de sobrecarga de contas nos 
primeiros meses. 
4. É possível alterar o cronograma? A alteração do cronograma muda, naturalmente, o fluxo 
de caixa. Assim, pode-se elaborar um cronograma que melhore as contas da obra. A 
desvantagem de mudar o cronograma é que isso dá chance ao erro, como alterar a ordem 
lógica das atividades da obra ou interferir no métodode construção. 
5. O cliente aceitaria o desbalanceamento da planilha de preços? Cobrar maiores taxas de BDI 
no começo da obra, sem alterar o total de BDI a ser recebido até o total da obra, é uma maneira 
de reduzir impacto negativo nos primeiros meses. A desvantagem é que isso pode causar 
desconfortos com o cliente. 
 
Apresentação 
No âmbito atual da construção civil, a inovação, aliada a novas 
tecnologias, gera oportunidades para obtenção de benefícios significantes, como aumento de 
produtividade, redução de custo, aumento de qualidade e de confiabilidade de conclusão no 
prazo planejado, além de ser necessária à sobrevivência das empresas em um mercado cada 
vez mais competitivo. Partindo do contexto histórico vivenciado pela construção civil nas 
últimas décadas, constata-se que a introdução da inovação tecnológica nos meios de 
produção acarretou diversos benefícios no setor. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer produtos e materiais inovadores da 
construção civil, bem como máquinas e equipamentos que otimizam as obras e os sistemas 
em painéis cerâmicos e paredes de concreto que são moldadas in loco. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Iden:ficar produtos e materiais de construção inovadores. 
 Descrever máquinas e equipamentos que o:mizam as construções. 
 Caracterizar os sistemas em painéis cerâmicos e paredes de concreto moldadas in loco. 
 
Desafio 
Os sistemas construtivos industrializados, aliados às novas tecnologias que surgiram nos 
canteiros de obras nos últimos anos, consistem na aplicação de métodos de padronização, 
racionalização de materiais e otimização da mão de obra nas construções. 
Os novos sistemas construtivos utilizam-se de equipamentos e dispositivos para pré-
fabricação precedidos da montagem dos elementos estruturais básicos da 
construção, como paredes, coberturas e lajes. 
Suponha que você, engenheiro, é contratado para projetar um escritório para determinado 
cliente. Este manifesta o desejo de construir utilizando o método convencional de alvenaria 
comum. A fim de lhe mostrar métodos construtivos inovadores, quais argumentos e 
benefícios você listaria (no mínimo 8) ao seu cliente, para que este mudasse de ideia e 
substituísse a alvenaria comum, por exemplo, pelo método construtivo de concreto 
moldado in loco e utilizasse internamente, como vedação, o sistema construtivo drywall? 
 
Padrão de resposta esperado 
Dentre as possíveis respostas, seria interessante citar ao cliente benefícios que 
tenham relação com os seguintes: 
- utilizando esses dois métodos construtivos, há um menor prazo de execução; 
- a produção se dá independente de condições climáticas; 
- a matéria-prima é selecionada; 
- há maior controle de qualidade na execução; 
- há também maior qualidade e precisão geométrica; 
- esses métodos construtivos têm menor consumo de materiais e percentual de perdas; 
- há maior controle do custo; 
- há flexibilidade no projeto arquitetônico, não limitando a criatividade do arquiteto. 
 
 
A adoção de inovações destaca-se como uma opção viável para um melhor atendimento das 
demandas no âmbito da construção civil, apresentando diversas vantagens em seu uso, 
como a redução de mão de obra, o aumento de produtividade e a redução de custos de 
produção, entre outras vantagens. 
Na Dica do Professor de hoje, você verá algumas dessas inovações recentes que foram 
incorporadas à construção civil, suas principais vantagens e suas limitações. 
A industrialização da construção civil evita perdas no canteiro de obras e a utilização de 
sistemas construtivos mais leves exige menos matéria-prima para estruturar as edificações. 
De acordo com o relatório “Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de 
Políticas Públicas” do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), Ministério do 
Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA, em 
inglês, United Nations Environment Programme – UNEP), de 2014, a indústria de materiais de 
construção responde por aproximadamente 50% dos recursos naturais extraídos no planeta. 
Portanto, urge reduzir seu consumo. 
A diminuição do peso tem ainda um grande impacto nas operações logísticas, por exemplo. 
Produtos mais leves significam caminhões mais leves, com redução de número de viagens, 
desgaste dos veículos, consumo de combustível e também de emissões de poluentes. Por 
que então o concreto ainda é a base dos sistemas construtivos brasileiros? A resposta é 
simples: o mercado da construção civil é um dos mais conservadores do país. Ainda existe 
muita insegurança, pois as pessoas não conhecem as inovações que a química promove na 
construção civil. 
Veja a seguinte situação: 
 
Apresentação 
Ao longo de anos, o gerenciamento de projetos tem evoluído de uma disciplina em que quase 
todos os controles eram feitos em cadernos, fichas e quadros pendurados no escritório da 
obra, para os sistemas atuais, que usam sofisticadas análises, técnicas, projeções, relatórios e 
rastreamento de tempo e dinheiro. De acordo com The Standish Group International, feito 
junto a empresas norte-americanas, 51% dos projetos têm alguma deficiência no seu 
desenvolvimento, seja em aumento do custo previsto, prazo ou escopo original. Outros 15% 
não são finalizados e apenas 34% são concluídos com sucesso. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender os princípios básicos de 
planejamento e como atualizá-los à nova realidade, como replanejar, lembrando que o uso de 
programas de gerenciamento de projetos traz funcionalidades para o gerenciamento da obra, 
tornando o planejamento e o acompanhamento de projetos administráveis e aprazíveis. Não 
é desejável descobrir somente ao fim de um empreendimento que se teve lucratividade 
inferior à esperada ou que os prazos foram ultrapassados por não se enxergar o conjunto da 
obra em cada etapa executada. Você vai conhecer técnicas de aceleração de projeto, além de 
saber quando e por que usá-las, incluindo as ferramentas disponíveis. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Iden5ficar a necessidade de replanejamento de um projeto. 
 Comparar as tarefas aceleráveis e as técnicas de aceleração. 
 Definir aceleração com menor custo. 
 
 
Desafio 
 
O cenário de uma obra é um projeto dinâmico. Deve-se fazer o planejamento inicial em uma 
situação estática, mas deixar possibilidades em aberto para as alterações que poderão 
ocorrer. Planejar e replanejar são processos que devem ser constantemente administrados 
pelo gestor da obra, juntamente com os interessados e investidores. Essas habilidades fazem 
parte da carreira do engenheiro civil, pois administrar uma obra requer constante atualização 
e visão estratégia para gestão de produtos concretos, como uma edificação, em um ambiente 
aleatório como um organismo vivo. 
 
Assim, responda: 
a) Considerando o novo panorama, como resolver o planejamento do prazo? 
b) Considerando o diagrama de Gantt apresentado, como planeja manter o prazo 
final tratado? 
c) É possível replanejar sem acréscimo de custos nesse caso? Lembre-se de que o escopo e a 
qualidade da obra não podem ser afetados por essa nova variável. 
 
 
Padrão de resposta esperado 
Sabe-se que o escopo e a qualidade do projeto não devem ser alterados. O replanejamento 
deve ser, então, focado no estudo dos prazos e caminhos críticos após o lançamento do 
tempo de paralização das entregas de concreto na obra. 
a) Deve ser utilizado um software e inseridos os 10 dias sem entrega de quaisquer materiais 
relacionados à concretagem, preventivamente. 
b) O replanejamento deve ser revisado em atividades que possam ser antecipadas, mesmo 
que se inverta alguma lógica construtiva inicial. Pode ser também alterada alguma 
metodologia construtiva para acelerar serviços futuros, mas, geralmente, isso implicará em 
aumento de custos, o que deve ser evitado. 
c) A antecipaçãode parte das alvenarias, chapisco, emboço e reboco pode ser uma alternativa 
viável, contando com materiais disponíveis na obra. 
 
 
Dica do Professor 
 
O replanejamento é motivado por várias questões durante o andamento da obra ou mesmo 
antes de iniciá-la. Uma das razões mais frequentes são questões relacionadas aos prazos, em 
função da necessidade de resolver atrasos ocorridos ou antecipar entregas. São inúmeras as 
possibilidades de ocorrências executivas durante a obra e cabe ao planejador ter margens de 
manobra no planejamento e no contrato para não incorrer em despesas de multas ou elevação 
de preços de materiais e mão de obra. 
Nesta Dica do Professor, você acompanhará um exemplo prático de aplicação do método de 
aceleração de obras denominado crashing e demonstrações no programa MS-Project para 
lançamento. 
 
Na prática 
 
O processo de planejamento em uma obra, em geral, se inicia com uma estrutura analítica de 
projeto (EAP), que organiza os objetivos e as ações do projeto. Esta pode ser tão detalhada 
quanto necessário, de forma a definir prioridades, responsabilidades e objetos a serem 
entregues. A contratada, por sua vez, deve planejar e replanejar para o sucesso do seu 
empreendimento e a garantia dos seus lucros. Cliente satisfeito é o que indica para outros. 
Empresa que planeja é empresa financeiramente sanada. 
Confira, em Na Prática, uma situação real de contratação de uma de reforma residencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
O setor da construção civil é responsável por boa parcela da economia do país. Caracterizadas 
por produtos únicos, fato que dificulta a industrialização generalizada do setor, as empresas 
da construção civil precisam utilizar-se de procedimentos de planejamento e controle dos 
seus processos e produtos, de forma a manterem-se competitivas no cenário altamente 
competitivo. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a apropriação direta e a 
importância da coleta de dados. Verá também alguns controles aplicados à construção civil e, 
por fim, saberá sobre a importância da coordenação e da previsibilidade no setor. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Explicar o que é apropriação direta. 
 Iden5ficar 5pos de controle na construção civil. 
 Resolver questões de previsão e coordenação na construção civil. 
 
Desafio 
O apontamento e o controle de dados são cruciais para as tomadas 
de decisões na construção civil. Um dos controles usuais é a utilização de cronogramas de 
atividades, com a indicação das dependências e precedências de cada atividade, além da 
duração da atividade em si. 
Se as informações foram pontuadas de forma precisa, esse controle permite, além das datas 
de início e de término das atividades, 
a identificação de pontos que devem ter alguma atenção específica 
ou podem causar impactos significativos ao empreendimento. 
 
 
A questão consiste na montagem de uma sequência de atividades, considerando as 
precedências e dependências, sendo as tarefas iniciando na ordem das etapas E1, E2, E3, E4 
e E5 e uma tarefa 
iniciando apenas após o término da anterior. Ainda, deve-se considerar 
a restrição/condição imposta de início da etapa E3 no dia 18 de março, uma segunda-feira, e 
que não há trabalhos aos finais de semana. 
 
Assim, pode-se informar ao cliente que a atividade em questão será iniciada no dia 8 de 
março, sexta-feira do ano corrente, com término previsto para dia 5 de abril, sexta-feira. 
s empreendimentos da construção civil trabalham com diversos tipos de controle. Esses 
controles vão desde o acompanhamento físico e financeiro das construções até o 
acompanhamento da frequência e produtividade dos recursos humanos, por exemplo. 
Nesta Dica do Professor, você vai aprender sobre a Curva S, uma ferramenta de controle 
muito utilizada na construção civil, principalmente para o acompanhamento financeiro. 
O controle de custos tem fundamental importância dentro das organizações e dos 
empreendimentos. Para que esse controle seja feito da forma mais assertiva possível, é 
necessário identificar os custos diretamente aplicados aos serviços em análise e separá-los 
dos custos indiretos, que não podem ser desconsiderados. 
Neste Na Prática, você verá a identificação de alguns dos custos diretos e indiretos da 
execução de uma parede de alvenaria revestida e um exemplo para entender melhor como 
funciona. 
 
Apresentação 
O processo de construção envolve a necessidade de mão de obra, equipamento e 
materiais, processos que se relacionam diretamente com a gestão de obra, de modo 
que estejam disponíveis no momento, no local e do modo corretos. Assim, os 
materiais precisam ser administrados por um setor específico responsável por avaliar os 
prazos de compra, selecionar fornecedores, emitir os pedidos e fazer o recebimento e a 
distribuição. Como os materiais representam o maior custo na obra, é fundamental que sua 
gestão seja eficiente, utilizando ferramentas modernas de acompanhamento, aplicando todas 
as documentações de controle que garantam ao gestor geral saber exatamente o que está 
sendo utilizado e se o processo de construção/orçamento está saindo como previsto 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá a identificar as principais técnicas de 
gerenciamento de materiais, aplicando sistemas simplificados como curva ABC e sistemas 
multicritérios, por meio de planilhas eletrônicas. Além disso, entenderá sobre os processos e 
a documentação que fazem parte do setor de gerência de matérias e almoxarifado e, 
principalmente, como fazer compra, recebimento e gestão dos materiais dentro do canteiro 
de obras. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Iden5ficar programas de u5lização e compra de materiais. 
 Cons5tuir departamentos de compras e almoxarifado em obras. 
 Constrastar recebimento e armazenamento de materiais em um canteiro de obra. 
Desafio 
A gerência de materiais é responsável pela designação do quantitativo de material necessário 
para a execução ideal de cada atividade na obra. A premissa aqui é a racionalidade, de modo 
que a quantidade liberada para a execução da atividade seja suficiente, evitando desperdícios 
ou até mesmo a falta deles, o que pode acarretar a pausa da produção e atrasos em todos os 
cronogramas. 
 
Assim, responda: qual o quantitativo de materiais que deve ser deslocado pelo gerente de 
material para que se possa executar 48m2 de alvenaria? 
Escreva sua resposta no campo abaixo: 
 
 
Cada vez mais, a construção civil é vista como uma indústria de produção contínua, 
abrangendo, assim, diversos conhecimentos sobre sistemas de produção e de planejamento. 
Essa antecipação do desempenhar da atividades garante segurança, produtividade e, também, 
lucro para a obra. 
 
Nesta Dica do Professor, você conhecerá a importância do planejamento aplicado 
especificamente na compra de materiais. 
Para a execução de uma obra, é necessário saber a maneira correta de dispor todos os 
materiais a serem utilizados, principalmente aqueles que requerem alguns cuidados especiais, 
por reagirem com água ou a umidade do ambiente. Nesse cenário, a principal figura é o gestor 
de materiais ou o responsável pelo almoxarifado, que, além de cuidar do recebimento e da 
distribuição dos materiais, deve assegurar que o ambiente de estoque esteja dentro de todas 
as conformidades exigidas pelo fabricante do insumo. 
Conheça, neste Na Prática, os requisitos para o armazenamento de cimento, o produto mais 
importante e utilizado na construção civil brasileira. 
 
Para que os processos de gestão ocorram de forma adequada em uma indústria ou durante o 
fornecimento de um serviço, é necessário que haja o planejamento, a organização e o controle 
das atividades, principalmente em um setor tão dinâmico quanto a construção civil. A correta 
administração de pessoal em obras permite quehaja uma compatibilização entre as 
expectativas do indivíduo e o que a empresa espera que seja desenvolvido por seu capital 
humano. A etapa inicial desse processo se dá nos momentos de seleção, contratação e 
treinamento de pessoal. Quando a administração de pessoal em obras ocorre de forma 
exitosa, têm-se um menor fluxo de entradas e saídas de pessoal e a melhoria de produtividade 
no setor. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender que o capital humano é primordial 
para o bom desempenho das atividades em uma organização — daí a relevância dos processos 
de contratação e treinamento de colaboradores. Você também vai ver que o controle de 
pessoal e a atenção à saúde e à segurança do trabalho são fatores correlacionados e 
interdependentes com a produtividade do setor da construção civil. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Relacionar seleção, contratação e treinamento de pessoal. 
 Identificar controles de entrada e saída de pessoal. 
 Explicar as formas de acompanhamento da produtividade dos trabalhadores na obra. 
 A indústria da construção civil é frequentemente citada como exemplo de setor com 
baixos índices de produtividade e elevados desperdícios de recursos, apresentando, 
em geral, desempenho inferior à indústria de transformação. É simplista culpar a mão 
de obra pela ineficiência da construção, quando a falta de planejamento pode ser uma 
das principais causas dessa situação. 
 Imagine que você é um gestor tomador de decisão dentro de uma empresa do ramo 
de construção civil e detectou que a produtividade do canteiro de obras principal 
apresentou indicadores consideravelmente melhores no último semestre. Após uma 
breve entrevista com a equipe de obras, foram relatadas modificações que 
contribuíram para o resultado positivo. 
 Considerando o exposto, responda às seguintes questões: 
 a) O que é um indicador? 
 b) Quais atitudes a equipe de obras pode ter adotado a fim de melhorar seus 
indicadores de desempenho? 
 c) Exemplifique, por meio de cálculo numérico, como se daria o possível 
dimensionamento de uma equipe encarregada de levantar uma parede de 32 m² em 
alvenaria simples, sabendo que o ritmo de produção do pedreiro escolhido é de 0,5 
Hh/m² e que os serventes produzem 2,0 Hh/m². 
 
Padrão de resposta esperado 
a) Um indicador pode ser definido como um parâmetro, ou valor calculado a partir dos 
parâmetros, que fornece indicações sobre ou descreve o estado de um fenômeno, do meio 
ambiente ou de uma zona geográfica, de uma amplitude superior às informações diretamente 
ligadas ao valor de um parâmetro. 
b) Várias atitudes podem ser tomadas dentro do canteiro de obras a fim de melhorar os 
indicadores de desempenho e produtividade. Pode-se citar: 
• a realização de treinamentos da mão de obra; 
• a readequação do layout do canteiro; 
• o melhor acompanhamento quanto ao cotidiano dos profissionais, visando a garantir as 
ações básicas voltadas à saúde e segurança do trabalho; 
• a garantia de ordem e limpeza; 
• a melhor gestão dos estoques de insumos. 
c) Se o pedreiro leva metade de uma hora para produzir um metro quadrado, em uma hora 
completa ele produzirá dois metros quadrados. Já a produtividade dos serventes é bem 
menor. A partir dos dados informados, fazendo uma regra de três simples, pode-se observar 
que, se em uma hora eles produzem dois metros quadrados, então, na metade de uma hora, 
eles produzirão apenas um metro quadrado. Ou seja, a produção do pedreiro é maior do que 
a dos serventes, o que acaba por limitar sua produtividade devido à falta de fornecimento dos 
insumos, como tijolos e argamassa. 
O dimensionamento deve ser realizado a partir do funcionário com maior produtividade. 
Divide-se, então, a produtividade do mais devagar pela produtividade do mais rápido, para 
que se encontre o dimensionamento ideal da equipe. Tem-se então que: 
 
Serventes = 2,0/0,5 
Serventes = 4 
Aumenta-se a quantidade de serventes para que o pedreiro não fique ocioso; assim, a equipe 
será composta por um pedreiro e quatro serventes. 
 
A temática da saúde e segurança do trabalho tem sido motivo de preocupação nas 
corporações, no meio acadêmico e também no setor da construção civil. Isso se deve 
à relevância e ao volume das perdas financeiras e sociais decorrentes de fatalidades, 
lesões e doenças, que impactam as próprias organizações, a sociedade, as famílias das 
vítimas e, indubitavelmente, as próprias vítimas. 
Neste Na Prática, você vai ver que, durante o processo de administração de pessoal em 
canteiros de obras, é necessário que o tomador de decisão tenha ciência das boas práticas de 
produção. Ainda, ele deve contar com o auxílio de uma equipe preparada, a fim de que todas 
as possíveis intercorrências sejam solucionadas sem que haja perda de qualidade, 
produtividade ou qualidade de vida no meio laboral. 
 
 
 
 
 
 
Os aspectos jurídicos e administrativos da gestão de obras no Brasil são uma 
responsabilidade de arquitetos e engenheiros civis regulamentada pela Lei n° 5.194/1966. O 
gestor de uma obra administra os recursos financeiros, a equipe e os prazos do 
desenvolvimento de cada etapa do projeto. Cabe ressaltar que tudo isso deve se alinhar às 
legislações vigentes para evitar atrasos, prevenir acidentes e até mesmo que a obra seja 
embargada. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre as leis e as normas nos processos 
de obras e os aspectos mais significativos da gestão que envolvem os recursos humanos. Além 
disso, vai conhecer os principais tipos de contratação de uma obra. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Identificar leis e regulamentos que afetam a gestão de obras. 
 Reconhecer os recursos humanos envolvidos em obras. 
 Listar as diferentes formas de contratação em obras. 
 
A negociação do valor para construção de uma edificação entre o proprietário e um 
profissional autônomo ou uma empresa pode ser feita de duas formas. Uma delas é 
a empreitada global, em que o contratado assume a responsabilidade da administração da 
obra para construir por um valor e tempo fixado acordados pelas partes. A outra é 
a empreitada por preço único unitário, na qual o contrato pelo serviço é dado pelo preço certo 
de unidades já estabelecidas. 
 
Padrão de resposta esperado 
Confira o processo de mensuração do valor da empreitada global: 
Primeiro, descreva os dados necessários ao cálculo: 
Pé direito de cada andar: 2,80m. 
Frente e fundo do prédio: (4m + 4m) = 8,00m 
Laterais: (7,85m + 7,85m) = 15,70m 
Valor do m²: R$ 70,00/m² 
Em seguida, execute o cálculo: 
Área total da fachada: 4 x [(2,80m x 8,00m) + (15,70m x 2,80m)] = 265,44m². 
Valor da empreitada: R$ 70,00 x 265,44m = R$ 18.580,80. 
Dessa forma, o valor é de R$ 18.580,80. 
Apresentação 
Durante a execução de um projeto na construção civil, há uma grande movimentação e 
transporte de cargas no canteiro de obras. O transporte ou movimentação desses materiais 
para o local de destino é feito por meio de equipamentos ou máquinas adequados e de forma 
padronizada a fim de evitar acidentes e prejuízos na obra. 
Para ter um controle de toda essa movimentação de cargas, a empresa deve dispor de um 
planejamento prévio, que abranja um método eficiente para movimentação das 
cargas englobando aspectos técnicos e orçamentários. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você terá um embasamento teórico do planejamento do 
transporte de carga, conhecerá os principais meios de transporte interno dentro de um 
canteiro de obras e, por fim, entenderá como é feito um plano de carga de uma grua. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Planejar o transporte de cargas na obra. 
 IdenFficar meios de movimentação interna de cargas. 
 Dimensionar os sistemas de transporte dentro da obra. 
 
O guindaste é um equipamento utilizadopara transportar cargas e materiais pesados, 
comumente empregado em obras de grande porte. A elevação das cargas, nesse 
equipamento, é feita por meio de um gancho pendurado por um cabo de aço. 
Em um canteiro de obras, você foi contratado para supervisionar o transporte interno das 
paletes de blocos de concreto, o qual foi realizado com a ajuda de um guindaste. 
A grua apresenta as seguintes características: 
– o braço maior tem 18m e o braço menor, 4m; 
– o contrapeso na extremidade do braço menor tem uma massa equivalente a 500kg. 
Ressalta-se que o centro de massa coincide com a extremidade do braço menor. A barra 
horizontal tem massa de 180kg, igualmente distribuída ao longo da barra, e a barra vertical 
encontra-se fixada de forma rígida. 
De acordo as dimensões supracitadas, qual é o maior peso que esse guindaste poderá levantar 
sem que os equipamentos sejam danificados? 
 
Braço de alavanca: Menor braço (contrapeso) = 4m (dado pela questão) A questão explica 
que o peso foi dividido igualmente ao logo do braço. Então, o peso ficará no meio do vão 
da barra: � + �� � = ��� Essa distância em relação ao eixo de rotação equivale a: 11 – 
4 (menor braço) = 7m Braço para o peso da barra horizontal = 7m. Para saber o maior 
peso suportado pela grua, deve-se colocar essa carga na extremidade do maior braço, que 
é igual a 18m. Força peso: A força peso é dada pela multiplicação massa pela aceleração 
da gravidade: Fórmula: P = m(g)  g (10m/s2 ) Contrapeso: 400kg  10m/s2 = 5.000N 
Peso da barra: 180kg  10m/s2 = 1.800N Fórmula física: Torque = F (força)  (braço de 
alavanca)  senθ Sen 90° = 1 Para que um corpo esteja em equilíbrio, o cálculo das suas 
forças é igual 0. τPMÁX + τPB – τCP = 0 P · 18 + 1.800 · 7 – 4.000 · 4 = 0 18 · P = 
12.600 – 16.000 18 · P = 3.400 P = 3.400 ÷ 18 P = 188,89N Resposta: O maior peso que 
a grua conseguirá levantar é: P = 188,89N. 
 
Para ter uma operação de movimentação de carga na qual se utiliza um guindaste móvel no 
canteiro de obras, o responsável técnico precisa fazer um planejamento de cargas. Esse 
controle é realizado por um documento denominado plano de rigging, que tem como objetivo 
prevenir os riscos de acidentes, otimizar os recursos na operação e identificar todas as fases 
da operação. 
Nesta Dica do Professor, você aprenderá sobre o plano de movimentação de carga (plano 
de rigging). Mais especificamente, entenderá sua finalidade, quem pode elaborá-lo e, por fim, 
saber quais cuidados devem ser tomados quando de sua realização. 
 
O transporte de materiais é muito frequente em um canteiro de obras, podendo ser feito de 
forma manual ou mecânica. A primeira forma refere-se ao esforço físico do trabalhador, e a 
segunda acontece com o auxílio de máquinas ou equipamentos. 
Neste Na Prática, você verá um caso prático de içamento de blocos cerâmicos por meio de 
roldanas fixas, em edificação menos complexa, observando os parâmetros exigidos pela NR 
18 quanto à saúde do trabalhador. 
O gerenciamento de projetos de engenharia civil e arquitetura é um dos focos dos debates 
entre especialistas em gestão. A construção civil se caracteriza por ser uma indústria com alto 
índice de desperdício de insumos e deficiências significativas no planejamento e controle de 
projetos. 
A utilização de ferramentas computacionais na construção civil objetiva sanar as principais 
deficiências administrativas do setor, melhorando a produtividade e a qualidade dos serviços 
prestados por essa área. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre a importância dos recursos 
computacionais na construção civil, quais softwares mais se destacam no setor e as 
características das plataformas BIM. 
Bons estudos. 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Reconhecer a importância dos recursos computacionais na tomada de decisão. 
 Identificar as ferramentas computacionais para o gerenciamento de projetos. 
 Descrever a Modelagem da Informação da Construção (BIM). 
 Os projetos de engenharia nem sempre ocorrem conforme o previsto. Muitos são 
os fatores geológicos, climáticos ou administrativos que podem intervir nas atividades 
e nos serviços de uma obra e fazer com que estes se estendam por mais tempo que o 
previsto ou sejam completamente paralisados. Os softwares de gerenciamento de 
projetos podem ser aplicados em situações como essas, de modo a buscar soluções 
para problemas de engenharia. 
 Com base nisso, imagine a seguinte situação: 
 
Diante da situação apresentada, responda: 
a) Quais dados você poderia coletar e inserir no software de gerenciamento de dados, de 
modo a avaliar a situação? 
b) Quais parâmetros você poderia modificar, com o objetivo de alterar o cronograma? 
 
Padrão de resposta esperado 
a) Para o problema em questão, inicialmente poderiam ser coletados os dados junto à 
administração central, os quais seriam inseridos no software, como os projetos arquitetônicos, 
estruturais, hidráulicos, elétricos, de fundações, entre outros, que estivessem disponíveis. 
Poderiam ser inseridos, também, os cronogramas e orçamentos da obra, as despesas e 
receitas envolvidas, bem como outros parâmetros definidos em contrato. No canteiro de 
obras, uma das alternativas seria a verificação da existência ou não de serviços já realizados e, 
caso positivo, estes poderiam ser quantificados e as informações, inseridas no software. 
b) Para alterar o cronograma, uma das alternativas disponíveis seria a realização de uma 
análise das atividades e dos serviços a serem executados, de modo a observar os que 
poderiam ser adiantados ou ter o seu prazo reduzido por meio da alocação de recursos 
materiais e humanos. Poderiam ser realizadas diversas simulações, a fim de verificar as 
situações mais favoráveis para o objetivo traçado. 
Os custos referentes aos projetos atualizados poderiam ser quantificados, de modo a verificar 
as situações economicamente viáveis de adiantamento do cronograma e as que poderiam ser 
descartadas, em função de custos impraticáveis. Caso os procedimentos construtivos não 
permitirem reduções de prazos, podem ser analisadas simulações com diferentes sistemas 
construtivos, a fim de verificar alternativas que possam ser aplicadas. 
O software utilizado na análise computacional deve apresentar custo-benefício compatível 
com o vulto da obra, caso contrário, a utilização deste não se justificaria. Para garantir uma 
análise mais completa e evitar imprevistos futuros, o software utilizado deve ser capaz 
de promover a integração entre os setores do projeto: finanças e 
administração. Softwares que permitam a integração entre a administração central e o 
canteiro de obras são muito úteis para posterior controle da execução do empreendimento.