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GESTÃO DE OBRAS Júlia Hein Mazutti Documentos e contratos de obras Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Reconhecer os documentos necessários para licenciamentos junto a prefeituras e órgãos oficiais. � Identificar as principais modalidades e os principais aspectos dos contratos com clientes e fornecedores. � Produzir diferentes tipos de relatórios de obras. Introdução A gestão de obras não se resume à execução da obra em si. Os processos burocráticos para colocá-la em andamento e mantê-la regularizada são tão importantes quanto a sua execução. Os aspectos burocráticos e con- tratuais de uma obra são essenciais para que todos os envolvidos fiquem satisfeitos com seu andamento: o cliente seguro com o tipo de contrato escolhido, os trabalhadores com seus direitos assegurados e o construtor tranquilo quanto à regularidade da construção e ao seu o lucro final. Neste capítulo, você vai aprender quais são os principais documentos necessários para regularizar e licenciar sua obra na prefeitura da cidade e outros órgãos oficiais; vai identificar os tipos possíveis de contrato com o seu cliente e como cada contrato se adequa melhor a cada tipo de obra e vai entender também como pode contratar, de acordo com as normas legais, empregados ou serviços para esta atividade. Por fim, você vai conhecer os diferentes tipos de relatórios de obras, o que deve constar em cada um deles e sua importância em cada projeto. Documentos para licenciamento de obras Realizar uma construção requer mais que elaborar os projetos da obra e executá- -la. Os documentos para regularizá-la frente à prefeitura e aos órgãos oficiais são imprescindíveis para que possa ser realizada de acordo com as regula- mentações vigentes. Você já se perguntou quais documentos são necessários para realizar uma obra? Uma obra com documentações irregulares ou incompletas pode gerar multas para a empresa, ser interrompida até que seja regularizada ou até ser demolida! Para evitar dores de cabeça, o único jeito é ficar atento aos procedimentos burocráticos para regularizar a obra e providenciar todos os documentos e licenças exigidas. Infelizmente, não existe um conjunto único de documentos para obter esse licenciamento. Isso varia de cidade para cidade pois cada uma possui seu próprio Código de Obras. De qualquer maneira, para realizar uma obra, você deverá ir até a prefeitura da cidade e verificar os documentos necessários para autorizá-la. A boa notícia é que existem alguns procedimentos em comum para todas as obras, em todas as cidades. Uma maneira de organizar todos os procedimentos burocráticos é pensar em três momentos: antes da obra; durante a execução e depois da obra estar finalizada. Você verá, a seguir, os principais procedimentos e documentos necessários para regularizar uma obra nestes três momentos. Antes de começar Antes de tudo, você deve se assegurar de que o terreno em que a obra será construída está regularizado. Para isso, vá ao cartório de registro de imóveis e verifique a matrícula do imóvel. Nesse documento, estão todas as informações do terreno, como nomes dos antigos proprietários, mudanças realizadas no imóvel, data da primeira matrícula e, entre outros dados, o mais importante: se o terreno está regularizado para que você possa planejar sua obra nele. Em seguida, deve obter o alvará de construção para que a obra possa ser executada. Este documento é emitido pela Secretaria Municipal de Urbanismo Documentos e contratos de obras2 ou similar, ou seja, a construção deve seguir o Código de Obras Municipal, que muda de cidade para cidade. Para obter o alvará de construção, você deve ir à prefeitura da cidade da obra com alguns documentos. Os mais comuns são: � Projeto Legal ou Projeto de Licenciamento; � Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), para obras urbanas; � licenças ambientais; � identificação do profissional autor do projeto, sendo o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) para arquitetos e a Anotação de Res- ponsabilidade Técnica (ART) para engenheiros; � documentos de identificação do proprietário do terreno; � escritura ou contrato de compra e venda do terreno; � cópia do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU); � comprovante do pagamento de taxa necessária para dar entrada ao processo. Destacamos que o Projeto Legal ou de Licenciamento é um projeto arqui- tetônico e deve estar de acordo com o Código de Obras Municipal. Alguns documentos comuns para todas as cidades, nesse projeto são: � informações do terreno, proprietário e autor do projeto; � plantas baixas de todos os pavimentos; � plantas das fachadas; � plantas de cobertura com caimento dos telhados; � planta de locação da obra e recuos do terreno; � levantamento das cotas do terreno; � cortes longitudinal e transversal da obra; � valores de taxa de ocupação, taxa de aproveitamento, taxa de iluminação, taxa de ventilação, área de aproveitamento. Como você pode perceber, a obtenção do alvará de construção envolve diversos fatores. Assim, é essencial que todos os profissionais envolvidos na criação dos projetos e documentos necessários estejam atentos às diretrizes do Código de Obras do município onde a obra será realizada. Com o alvará de construção em mãos, você garante que o seu projeto será construído con- forme a legislação local e pode começar sua execução. Deve-se atentar que, se o projeto apresentado à prefeitura sofrer alterações, o alvará de construção deverá ser solicitado novamente. 3Documentos e contratos de obras Nem todas as obras necessitam de alvará de construção. Alguns exemplos: reformas de pequeno porte que não alterem a área construída; pequenos consertos; pintura; instalação de jardins e galerias, entre outros. Por garantia, sempre se informe na pre- feitura sobre a necessidade ou dispensa do alvará de construção. Durante a execução da obra Agora que você já sabe como começar sua obra do ponto de vista legal e buro- crático, deve cuidar de mantê-la dentro das regras. Os seguintes documentos devem estar em dia para que a obra possa seguir seu planejamento. � Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social (CEI-INSS) — é a matrícula da obra junto ao INSS, conhecida como CEI. É uma maneira de vincular a obra (construtora e funcionários) à Receita Federal. O CEI permite o recolhimento da contribuição do INSS sobre a mão-de-obra; � Atestado da concessionária de água e esgoto — deve ser requisitado junto à concessionária de água e esgoto da cidade. Após vistoria, se a obra estiver de acordo com o projeto aprovado pelo alvará de construção, será autorizada a ligar-se à rede pública de água e esgoto; � Atestado de conformidade da instalação de energia elétrica — deve ser requisitada de maneira similar aos serviços de água e esgoto. Com esse documento, assegura-se que as instalações elétricas estão de acordo com as normas vigentes e com os regulamentos da concessionária, garantindo o acesso à rede pública de energia; � Placa de obra — durante a obra deve-se garantir que ela esteja sinalizada com as informações do projeto, mostrando sua regularidade. Para isso, a Lei Federal nº 5.194/66 e a Resolução Confea nº. 407/96 tornaram obrigatório o uso de placas fixadas em frente às obras (BRASIL, 1966; CONSELHO..., 1996). A placa deve conter as seguintes informações, se- gundo o CREA-SP (CONSELHO..., 2015): nome do profissional técnico responsável; título profissional; nº de registro no CREA; atividade(s) pela(s) qual(is) é responsável técnico; nome da empresa que representa (se houver); número da(s) ART(s) correspondente(s) e dados para contato. Documentos e contratos de obras4 Destaca-se que, para obras públicas federais, estaduais e municipais, as placas de obra devem atender aos modelos elaborados para cada setor, que geralmente informam dados com o objetivo de promover a transparência do projeto, indicando o valor do investimento e de qualministério vem o recurso; datas de início e previsão de finalização da obra, conforme estabelecido no Manual da Marca do Governo Federal — Obras (BRASIL, 2016). Em alguns casos, as informações de datas de licenças ambientais também são visualizadas. Com esses documentos em dia, sua obra estará pronta para ser concluída. Veja agora os documentos necessários após o término da obra. Depois de finalizar a obra Após a conclusão total da obra, deve-se obter o Habite-se. Este documento nada mais é do que um certificado de conclusão da obra, recebido após a vistoria da prefeitura para verificar se a construção está de acordo com as normas locais e pode ser ocupada ou habitada. Assim, concluída a construção, deve-se ir à prefeitura, tipicamente na Secretaria Municipal de Urbanismo, para solicitar a vistoria e obter o Habite-se. Embora a documentação para solicitar o Habite-se mude de cidade para cidade, alguns documentos típicos são: � petição que comunique a conclusão da obra; � documentos de identificação do requerente (pessoa física ou jurídica) e Contrato Social (quando for o caso); � escritura registrada do terreno; � licença de instalações definitivas (de água, esgoto e energia elétrica); � cópia do alvará de licença da obra, que deve estar dentro da validade; � projetos aprovados pela prefeitura para obtenção do alvará de construção; � laudo técnico feito pelo responsável da obra; � autorização do autor do projeto quanto à observância do mesmo; � prova de quitação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Após o requerimento do Habite-se, é necessário pagar o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que incide sobre os prestadores de serviço da obra. Conforme a Emenda Constitucional 37/2002 e a Lei Com- plementar nº. 116/2003 as alíquotas mínimas e máximas do ISS variam de 2% a 5%, cabendo aos municípios adequar os valores de acordo com a realidade local (BRASIL, 2002; 2003). 5Documentos e contratos de obras Além disso, deve-se solicitar também a Certidão Negativa de Débito (CND) da obra junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esta certidão comprova a regularidade do contribuinte ao INSS. Para solicitá-la o proprietário deve enviar a Declaração e Informações Sobre a Obra (Diso) à Receita Federal. A CND é emitida pelo INSS e é necessária para a averbação em cartórios de registro de imóveis, passo final para deixar tudo regularizado. A averbação deve ser feita quando qualquer alteração no imóvel é realizada, como a construção de uma obra um terreno, compra e venda da propriedade, demolição, entre outros. Para isso, deve-se ir ao cartório de registro com os seguintes documentos: requerimento do interessado solicitando a averbação do imóvel; Habite-se emitido pela prefeitura; certidão de conclusão de obra e CND. Com a averbação do imóvel, sua obra estará finalmente concluída e regularizada. Contratos com clientes e fornecedores Seu cliente quer contratar sua empresa para realizar uma obra. Você sabe que tipos de contratos existem, suas características, vantagens e desvantagens? Além disso, ao iniciar, você deverá contratar trabalhadores e fornecedores. Sabe quais as possíveis modalidades de contratação? É muito importante conhecer os tipos de contratos existentes e quais os mais adequados para a sua construção. Os serviços que envolvem a execução de uma obra são complexos e devem ser bem especificados, estabelecendo direitos e deveres e garantindo segurança jurídica às partes envolvidas. São quatro as principais modalidades de contratos tipicamente estabe- lecidos entre o cliente e a empresa que executará a obra. Veja a seguir suas características, conforme Rexperts (2016). � Empreitada por preço global — estabelece um preço fechado para o serviço. É o mais prático e o contrato que oferece menores riscos. A empreiteira estabelece um preço fixo para executar a obra do começo ao fim e o cliente paga esse valor. Neste tipo de contrato é muito im- portante que o escopo dos serviços esteja bem determinado, rico em detalhes. A elaboração minuciosa do contrato evitará alterações, pre- juízos, desencontro de expectativas e o desgaste das partes envolvidas. A grande desvantagem desse contrato é a alta carga tributária para a obra, com cobrança de impostos como o PIS (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público), COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e ISS (Imposto Documentos e contratos de obras6 Sobre Serviços). Esta tributação gera a cobrança de impostos sobre impostos, ou seja, quando a construtora emite a nota fiscal ela paga os mesmos impostos que os fornecedores e empreiteiros já pagaram sobre suas notas, e repassa esse valor ao cliente, encarecendo bastante a obra. � Construção por administração — nesta modalidade, o cliente tem uma ideia geral do projeto, mas muitos detalhes ficam em aberto, para decisão durante sua execução, o que impede a construtora de calcular o preço final com exatidão. Dessa maneira, a construtora lucrará cobrando uma taxa de administração sobre seus gastos com custos de materiais e mão de obra. Essa taxa pode variar tipicamente entre 5% e 25%. Isso quer dizer que quanto mais a obra encarecer mais a construtora ganhará. Assim, é importante que o cliente confie na construtora que irá contratar e que exista uma prestação de contas ampla e transparente. O maior risco aqui está para o cliente, que não sabe o preço final da obra e quanto a construtora gastará para executá-la. � Preço Máximo Garantido (PMG) — este tipo de contrato é uma mistura entre a empreitada por preço global e a construção por administração. A construtora, nesse caso, faz um orçamento aberto para e obra e propõe uma taxa de administração para o cliente. Se o cliente concordar eles assinam o contrato. Esse tem cláusulas principais estabelecendo, que caso a obra custar mais barato que o preço inicial negociado, a construtora e o cliente dividem o valor da economia realizada. Se a obra custar mais caro, a construtora arca com todo o prejuízo. O contrato PMG evita a alta carga tributária cobrada no contrato de empreitada por preço global. � Empreitada por Preços Unitários — nesse tipo de contrato estipula-se um valor por unidade de medida. Por exemplo, estipula-se o preço do metro cúbico de concreto, do metro cúbico de terra, do metro quadrado de asfalto, do quilo de aço, entre outros. Essa modalidade é comum em obras que tenham poucos tipos de serviços, mas grandes volumes, como estradas, obras de manutenção e infraestrutura. Na esfera pública, o governo pode contratar uma empresa de construção civil de duas maneiras: através de uma licitação pública, regida pela Lei 8.666/93, ou através do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), regido pela Lei 12.462/11. O principal objetivo da licitação é contratar o serviço mais vantajoso, garantindo o bom uso do dinheiro público. Todas as empresas que ofereçam o serviço solicitado podem participar. Existem três modalidades principais de licitações para obras públicas, descritas a seguir. 7Documentos e contratos de obras � Concorrência — para valores da obra acima de R$ 1,5 milhões, po- dendo também ser utilizada para serviços com valores menores, mas de grande complexidade. Para participar, não é necessário cadastro prévio, somente atender às exigências do edital. � Tomada de preços — para obras entre R$ 150 mil e R$ 1,5 milhão. Para participar, as empresas primeiramente são cadastradas, passando por verificações de regularidade fiscal e jurídica e de qualificações técnicas e econômicas. Em seguida, fazem suas propostas de preços. � Carta-convite — é uma licitação mais simples, para obras de até R$ 150 mil. O Estado envia uma carta-convite para pelo menos três empresas, também divulgando a licitação publicamente para dar a chance de outras empresas participarem de licitação. As empresas não precisam estar cadastradas para participar. Veja mais sobreas documentações necessárias para participar das licitações no link disponível a seguir. https://goo.gl/2Pg2Lc O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) tem como obje- tivos, conforme a Lei nº 12.462: ampliar a eficiência das licitações; tratar os licitantes com as mesmas regras e aumentar a competitividade entre eles; pro- mover a troca de experiências e tecnologias visando o melhor custo-benefício para o setor público e selecionar a proposta mais vantajosa para a administração pública. Em comparação com a licitação, o RDC encurta o tempo do processo e diminui o custo das obras. O RDC é direcionado a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); obras do Sistema Único de Saúde (SUS); mobilidade urbana; obras de ciência, tecnologia e inovação; penitenciárias e unidades de atendimento socioeducativo. O RDC trabalha com a contratação integrada, onde a contratada é responsável pela elaboração do projeto, execução e entrega da obra. Estabelece ainda a remuneração variável, de acordo com cumprimento de metas, critérios de qualidade, sustentabilidade ambiental e prazo de entrega (BRASIL, 2011). Documentos e contratos de obras8 Acesse o link a seguir para saber mais sobre o RDC e suas diferenças com o processo de licitações. https://goo.gl/KMNXs9 No caso das obras públicas, os contratos estabelecidos entre a administração pública e a empresa privada são chamados de contratos administrativos. Os contratos administrativos de obras públicas estão especificados no artigo 6 da Lei nº. 8.666/93, definindo as formas pelas quais será executada a obra. Esses contratos costumam ser bastante taxativos, detalhando tudo que deve ser feito na obra (BRASIL, 1993). E então, você já sabe qual é o melhor contrato? A verdade é que depende da obra, do cliente, da construtora e dos objetivos de cada um. O ideal é buscar o contrato que melhor se adapte às expectativas das partes, cumprindo prazos e obtendo a qualidade desejada. Veja, no Quadro 1, um resumo dos quatro tipos de contrato, com os prós e contras de cada um. Preço fechado ou empreitada por preço global Preço de custo ou construção por administração Preço máximo garantido ou PMG Tomada de preços ou empreitada por preços unitários Resumo Cliente paga um preço fixo e determinado. Construtora cobra uma taxa de administração. Orçamento estabelecido em conjunto, com divisão de economias. Preço determinado por unidade de medida. Prós É o mais prático. Flexibilidade no projeto e ritmo da obra. Divisão da economia entre construtora e cliente. Fácil contratação. Ideal para recorrência (p. ex.: manutenção). Quadro 1. Tipos de contratos na construção civil (Continua) 9Documentos e contratos de obras Fonte: Rexperts (2016, documento on-line). Preço fechado ou empreitada por preço global Preço de custo ou construção por administração Preço máximo garantido ou PMG Tomada de preços ou empreitada por preços unitários Contras Exige definição de escopo. Custo elevado por conta de impostos diretos. Mais oneroso se houver retrabalho ou atrasos. Depende da reputação da construtora. Exige conhecimento técnico por parte do cliente. Necessário acompanhar a medição. Aumenta a complexidade para muitos itens. Quadro 1. Tipos de contratos na construção civil Agora você já conhece as principais modalidades de contrato entre cliente e construtoras. Falta conhecer os principais tipos de contratação entre a cons- trutora e seus trabalhadores, fornecedores ou empresas terceirizadas. Assim como para os contratos com os clientes, você deve avaliar qual tipo de con- tratação é mais vantajosa para o seu negócio. Veja a seguir os principais tipos de contratação, apresentados por Sienge (2018). � Contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — são contratos de trabalho estabelecidos diretamente com o trabalha- dor, exigindo assinatura da carteira de trabalho e previdência social. Ainda dentro do regime CLT, conforme Lei nº. 5.452/43, existem quatro tipos de contratação: por tempo indeterminado; por tempo determi- nado; contrato intermitente e home office ou teletrabalho (BRASIL, 1943). No contrato por tempo indeterminado, o tipo mais utilizado, o trabalhador sabe a data de início do trabalho, mas não a data de fim. O contrato por tempo determinado tem um prazo máximo de dois anos e pode ser prorrogado somente uma vez. O contrato intermitente não possui jornada de trabalho definida e a empresa entra em contato com o trabalhador com até três dias de antecedência informando os horários de trabalho. No home office, ou teletrabalho, o trabalhador não atua nas dependências do empregador (geralmente trabalha na sua (Continuação) Documentos e contratos de obras10 própria casa) e todas suas atividades e condições de trabalho devem ser especificadas no contrato. � Terceirização — é um contrato civil entre a prestadora de serviços (empresa terceirizada) e a tomadora (geralmente a construtora ou in- corporadora). A empresa terceirizada pode ser contratada para executar qualquer atividade. Conforme a Lei nº. 13.429/17, a empresa terceirizada deve garantir os direitos trabalhistas dos seus empregados, não havendo vínculo empregatício entre eles e a empresa tomadora. O detalhe aqui é que a empresa que contrata a terceirizada é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas durante o período de prestação, ou seja, se houver débitos trabalhistas a incorporadora assume a dívida no lugar da terceirizada (BRASIL, 2017). � Prestação de serviços — é uma prestação continuada de serviços até que se atinja o resultado combinado. Durante este tempo o empregador fiscaliza o serviço do prestador, ou seja, há uma relação de subordinação. Os tipos de contrato e de contratação devem ser escolhidos conforme a necessidade do empreendimento e das partes envolvidas. É importante estabelecer um diálogo ativo e regras que contemplem todo o andamento das atividades. O cumprimento da legislação é a base de todas as negociações, proporcionando que as atividades se desenvolvam de maneira correta e segura para todos. Tipos de relatórios de obras Você já sabe que a gestão de obras é uma tarefa complexa, cheia de assuntos de diferentes áreas para resolver. O gestor deve estar atualizado sobre tudo que acontece na obra, tanto no nível executivo, com assuntos técnicos e de planejamento da obra, quanto no nível burocrático, com contratos e contabili- dade. Como o responsável da obra pode dar conta de tantos assuntos, lembrar de todos eles e manter as partes envolvidas informadas? A resposta é dada pelos diversos tipos de relatórios de obras que, por vezes, são obrigatórios. Veja os tipos de relatórios e documentos mais importantes. Diário de obras A resolução n°. 1.024 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CON- FEA) determinou a obrigatoriedade do documento chamado Livro de Ordem, 11Documentos e contratos de obras em obras e serviços de engenharia. Esse diário deve conter todas as atividades e informações da atividade (CONSELHO..., 2009). É a memória de tudo que acontece na obra. Também chamado de Livro de Obra ou Livro de Ocorrências Diárias, deve ser preenchido pelo responsável técnico, sendo facultado aos autores dos projetos e ao contratante ou proprietário da obra efetuar anotações com data e assinatura. Alguns itens do relatório diário de obra são: dados da obra, data dos relatos, equipamentos e materiais utilizados no dia, atividades realizadas, informações climáticas, serviços interrompidos ou situações imprevistas, comentários e as- sinaturas das partes envolvidas, entre outros. O relatório diário de obras (RDO) traz diversas vantagens para e empresa, possuindo um registro das atividades para consulta e para que a empresa possa melhorar a cada empreendimento. O site do Confea contém as especificações da Resolução n°. 1.024/2009, que torna obrigatória a elaboração do Livro de Ordem paraobras e serviços de engenharia. Acesse o link para conhecer a norma. https://goo.gl/HK1Go4 Acompanhamento técnico O acompanhamento técnico da obra (ATO) é realizado por uma equipe multi- disciplinar, que se encarrega de verificar se ela está avançando como previsto no projeto e de elaborar um relatório sobre a evolução das atividades. O ATO tem muita importância em obras como túneis e barragens, onde o acompa- nhamento da leitura das instrumentações e deformações, conforme avançam suas etapas, pode gerar alterações no projeto ou medidas imprevistas. Assim, por meio de interpretação do andamento da obra, pode-se adequar o processo construtivo ou até gerar revisões do projeto original. Além disso, o ATO garante a segurança dos trabalhadores. Por exemplo, em uma escavação de túnel, se os deslocamentos estão excedendo os deslocamentos possíveis e previstos, existe a possibilidade de necessidade de evacuação das equipes de trabalho pelo perigo de desmoronamento. Documentos e contratos de obras12 Relatório mensal de obras Este relatório relata os fatos mais importantes da obra mensalmente, de maneira similar ao relatório diário. O objetivo é dar uma visão geral do avanço da construção. Assim, é comumente utilizado para o relato do avanço de obras de rodovias e estradas. Com ele, podemos verificar os marcos contratuais que já foram cumpridos, qual o avanço da obra espacialmente e qual o avenço das obras de arte especiais (OEA), como viadutos, pontes, entre outros. Este relatório é muito comum em concessões de rodovias para justificar as ativi- dades realizadas. Veja um relatório mensal de concessão de um sistema rodoviário de cerca de 850 km. https://goo.gl/k7wmXq Medição Esse relatório verifica se o que já foi executado está de acordo com o plane- jamento, quantificando tudo que foi gasto em cada etapa. É uma ferramenta essencial de controle, pois mensura os recursos aplicados ao longo do crono- grama, o que ajuda nos pagamentos mensais. É muito utilizado para casos de contratação em que o pagamento é feito por medição, ou seja, é feito conforme a obra é executada. Um dos critérios mais utilizados para a medição e composição de preços é a Tabela de Composições de Preços para Orçamentos (TCPO). Para obras públicas, a empresa ganhadora da licitação deve apresentar periodicamente relatórios de medição e o Estado deve fiscalizar a veracidade dos dados. Vale lembrar que o relatório de medição está diretamente vinculado ao tipo de contrato assinado pelas partes. Assim, medições e pagamentos devem ser realizados de acordo com o tipo de medição definido no contrato (preço unitário ou preço global). Softwares com MsProject e planilhas de Excel avançado contribuem na elaboração destes relatórios. 13Documentos e contratos de obras O relatório de medição tem como base a planilha inicial orçamentária do projeto executivo da obra, ou seja, todos os serviços, unidades, quantidades e códigos de serviços devem ser exatamente iguais aos apresentados na planilha de projeto. Segurança do trabalho Esse relatório, tipicamente realizado por um técnico de segurança do trabalho, visa inspecionar a obra quanto às condições e medidas de segurança do traba- lho. O técnico relata as atividades que acompanhou, orientando a inclusão de ações preventivas ou corretivas, quando necessário. O relatório deve conter a situação observada, qual a desconformidade em relação à segurança do trabalho e qual a medida aconselhada para a desconformidade. Deve-se destacar que toda a obra deve ter um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), um relatório que avalia os riscos e as medidas de prevenção necessárias, conforme Norma Regulamentadora NR 9 (BRASIL, 1978). Além disso, obras com mais de 20 trabalhadores necessitam do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT), conforme exigido pela Norma Regulamentadora NR 18, apresentando, mais detalhadamente que no PPRA, as medidas de segurança de trabalho para a obra em todas suas fases (BRASIL, 2015). O relatório de segurança do trabalho deve ter como base o seguimento destes programas, podendo acrescentar medidas de segurança ao empreendimento. Contabilidade Os relatórios contábeis descrevem todos os aspectos relativos ao setor de contabilidade da empresa. Aqui, avalia-se a documentação fiscal e traba- lhista da obra, envolvendo todos os custos, despesas e impostos relativos ao empreendimento. Na maioria das vezes, é o contador da empresa que elabora os relatórios contábeis obrigatórios mas, para isso, o responsável pela obra deve organizar seu próprio relatório de contabilidade, com todas as documentações fiscais e trabalhistas para enviar ao contador. Para tanto, deve manter o controle de entradas e saídas, emitindo sempre as notas fiscais dos produtos e serviços, e organizando as finanças da pessoa jurídica. Os documentos que devem constar no relatório de contabilidade e que devem ser enviados ao escritório de contabilidade podem ser divididos em quatro grupos, apresentados no Quadro 2. Documentos e contratos de obras14 Fo nt e: F er na nd es (2 01 8, d oc um en to o n- lin e) Tr ab al hi st a Fi sc al Co nt áb il Es to qu e G ui as d e im po st os o u co nt rib ui çõ es c om o: � IN SS ; � FG TS ; � co nt rib ui çã o sin di ca l. Re ci bo s d e pa ga m en to c om o: � sa lá rio s; � pr ó- la bo re ; � fé ria s; � va le -t ra ns po rt e; � at es ta do s m éd ic os d e fu nc io ná rio s. M ov im en to s e re ci bo s d e au tô no m os e c oo pe ra do s. To da s a s n ot as fi sc ai s c om o: � en tr ad a e sa íd a de s er vi ço s p re st ad os e to m ad os ; � co nh ec im en to s d e tr an sp or te ; � co m pr a de b en s. N ot as fi sc ai s d e co nc es sio ná ria s c om o: � te le fo ni a; � en er gi a el ét ric a. Ar qu iv os e le tr ôn ic os : � re du çã o Z; � ar qu iv os d o Sp ed F isc al ; � XM L da s n ot as fi sc ai s. Co m pr ov an te s d e pa ga m en to s d os im po st os c om o: � D oc um en to d e Ar re ca da çã o do S im pl es N ac io na l ( D A S) ; � D oc um en to d e Ar re ca da çã o de R ec ei ta s Fe de ra is (D AR F) ; � G ui a de A rr ec ad aç ão d e Re ce ita s E st ad ua is (G AR E) ; � G ui a N ac io na l d e Re co lh im en to d e Tr ib ut os Es ta du ai s ( G N RE ). Ex tr at os c om o: � ba nc ár io s; � ap lic aç õe s; � ca rt õe s d e cr éd ito ; � po siç ão d e em pr és tim os ; � de sc on to d e du pl ic at as . Re ci bo s e c on tr at os c om o: � lo ca çã o; � ho no rá rio s; � de sp es as d iv er sa s; � co nt ra to s a p ag ar . Co m pr ov an te s di ve rs os c om o: � de sp es as ; � re ce ita s. Ar qu iv os e le tr ôn ic os c om o: � ex tr at os e m O FX ; � co nt ro le d e ca ix a. Co nt ro le d e es to qu e ou li vr o in ve nt ár io . Q ua dr o 2. D oc um en to s n ec es sá rio s p ar a re la tó rio s d e co nt ab ili da de 15Documentos e contratos de obras EIA/Rima O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), devem ser elaborados e submetidos ao órgão estadual responsável e ao Ibama, com objetivo de obter licenciamento para o caso de obras que modifiquem o meio ambiente. O Conama cita as seguintes obras: estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; ferrovias; portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; aeroportos; oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos; extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); extração de minério; aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; usinas de geração de eletricidade, acima de 10MW; complexos e unidades industriais e agroindustriais; distritos industriais e zonas estrita- mente industriais; exploração econômica de madeira ou de lenha; projetos urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental; qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quan- tidade superior a dez toneladas por dia (CONSELHO..., 1986). O EIA apresenta análise detalhada e técnica de toda a área impactada pelo projeto e é realizado por especialistas de diversas áreas. Inclui um diagnóstico ambiental completo, com descrição da situação ambiental antes da realização do projeto. Também oferece uma análise e previsão dos impactos causados pela obra, das possíveis medidas mitigadoras para os impactos negativos e da elaboração de um programa de monitoramento dos impactos causados. O Rima é uma análise das conclusões do EIA, de maneira direta e com linguagem acessível, de modo que todos possam compreender o impacto da obra, suas vantagens e desvantagens e os impactos causados. Pelo link a seguir, você pode acessar o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de uma usina termelétrica a gás. https://goo.gl/sYqSyL Documentos e contratos de obras16 Licenças ambientais Conforme a Resolução Conama nº. 237/97, a licença prévia (LP), a licença de instalação (LI) e a licença de operação (LO) são necessárias para as obras civis de rodovias, ferrovias, hidrovias, metrôs, barragens e diques, canais para drenagem, retificações de cursos de água, aberturas de barras, embocaduras e canais, transposições de bacias hidrográficas e outras obras de arte. A LP é concedida na fase preliminar do projeto, aprovando a localização e concepção do empreendimento, atestando sua viabilidade ambiental e estabelecendo alguns requisitos para as próximas fases. A LI autoriza a instalação da obra conforme o projeto, incluindo medidas de controle ambiental. A LO é dada ao final do empreendimento, autorizando sua operação após verificar o cum- primento dos requisitos das licenças anteriores (CONSELHO..., 1997). Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) Conforme a Lei n°. 10.257/01 o EIV é obrigatório para todas as obras em região urbana. Todas as obras impactam, positiva ou negativamente, na vizinhança e na dinâmica da cidade. Este estudo avalia os impactos e propõe medidas mitigadoras para os pontos negativos. Além de regularizar o funcionamento da obra e promover a ocupação consciente do espaço urbano, o EIV proporciona mais segurança ao empreendimento, evitando problemas com a vizinhança (BRASIL, 2001). Inventário de obra inacabada Deve ser realizado quando se dá continuidade a uma obra que a empresa não iniciou ou ao retomar uma obra inacabada. Alguns documentos solicitados para permitir a retomada de uma obra e que devem ser levados em conta no inventário são: ofício contendo manifestação expressa de interesse em firmar novo termo de compromisso; declaração de possibilidade de consecução da obra; convênio ou termo de compromisso anteriormente assinado/validado pelo gestor; cronograma de trabalho ou plano de ação para o cumprimento do novo ajuste; laudo técnico atestando o estado atual da obra; planilha orçamentária do saldo de serviço; cronograma físico-financeiro; ART/RRT. A avaliação técnica é de grande importância para a empresa que assume a obra, pois mostra quais são os serviços necessários e qual o investimento 17Documentos e contratos de obras total para finalizá-la. A avaliação técnica deve ser feita por profissionais es- pecializados e deve-se atentar para a necessidade de retrabalhos e demolições e para a necessidade de reforço das fundações de um prédio, por exemplo. Além da parte executiva, uma dica importante é verificar os conflitos jurídicos do projeto, comuns em obras inacabadas, e também se haverá financiamento para este tipo de trabalho. Deve-se destacar ainda que as atas de reunião têm grande importância para o registro das decisões. Nas obras públicas, as atas de reunião com a fiscalização tomam caráter ainda mais importante, mostrando se a obra está sendo executada conforme o contrato estabelecido. A ata apresenta as decisões e pontos relevantes discutidos durante a reunião. Nas atas de reunião com a fiscalização, Trindade (2016) recomenda os seguintes pontos: identificação da reunião de obra; registro de informações e assuntos diversos ocorridos durante a reunião; os trabalhos em curso na obra e o planejamento e controle, onde podem ser registrados atrasos e solicitação de implementação de medidas. A elaboração de relatórios e, principalmente, a sua atualização, permite que a obra se desenvolva de maneira organizada e que todos os interessados possam estar informados sobre seu andamento. Os relatórios permitem a legalização e comprovação de serviços, a organização das atividades, o gerenciamento de riscos, um bom relacionamento com as partes envolvidas, o acompanhamento realístico do cronograma e planejamento, garantindo a qualidade final da obra. Além disso, a empresa pode criar um acervo de informações que serão muito úteis para a realização de obras futuras. Uma obra com seus relatórios organizados e atualizados é a garantia de um bom resultado! BRASIL. Decreto-Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Rio de Janeiro, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Decreto-Lei/Del5452.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. Emenda Constitucional nº 37, de 12 de junho 2002. Altera os arts. 100 e 156 da Constituição Federal e acrescenta os arts. 84, 85, 86, 87 e 88 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc37.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019. Documentos e contratos de obras18 BRASIL. Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. Brasília, DF, 1966. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5194.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Cons- tituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Brasília, DF, 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constitui- ção Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, DF, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/ L10257.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019. BRASIL. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime Diferenciado de Contra- tações Públicas - RDC [...]. Brasília, DF, 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019. BRASIL. Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017. Altera dispositivos da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e dá outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. NR 9 - Programa de Prevençãode Riscos Ambientais. Brasília, DF, 1978. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR09/NR-09-2016.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2019>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. Norma Regulamentadora Nº 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 15 dez. 2015. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/ seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma- -regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-trabalho-na-industria-da- -construcao>. Acesso em: 04 jan. 2019. BRASIL. Secretaria Especial de Comunicação Social. Manual de uso da marca do Governo Federal: obras. 2016. Disponível em: <http://www.secom.gov.br/orientacoes-gerais/ publicidade/manual-de-uso-da-marca-do-governo-federal-obras.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2019. CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução nº 407, de 09 de agosto de 1996. Regula o tipo e uso de placas de identificação de exercício profissional em obras, instalações e serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=45 5&idTipoEmenta=5&Numero=>. Acesso em: 04 jan. 2019. 19Documentos e contratos de obras CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução n° 1.024, de 21 de agosto de 2009. Dispõe sobre a obrigatoriedade de adoção do Livro de Ordem de obras e serviços de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Geologia, Meteorologia e demais profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea. Brasília, DF, 2009. Disponível em: <http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=43000>. Acesso em: 04 jan. 2019. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Brasília, DF, 1986. Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/ res/res86/res0186.html>. Acesso em: 11 jan. 2019. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 237/97, de 19 de dezembro de 1997. Disposições sobre licenciamento ambiental. Brasília, DF, 1997. Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 04 jan. 2019. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE SÃO PAULO. Placa de obra, serviços e instalações: valorização profissional e dever legal. 2015. Disponível em: <http:// www.creasp.org.br/biblioteca/wp-content/uploads/2015/05/placa-obras21.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2019. FERNANDES, R. Contabilidade: documentos que eu tenho que enviar mensalmente para o contador. 2018. Disponível em: <https://capitalsocial.cnt.br/documentos-mensais- -contabilidade/>. Acesso em: 04 jan. 2019. REXPERTS. Tipos de Contratos de Construção: descubra qual o melhor para a sua obra. 2016. Disponível em: <http://rexperts.com.br/tipos-de-contratos-de-construcao/>. Acesso em: 04 jan. 2019. SIENGE. Contratação na construção civil: escolhendo a opção ideal. 2018. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/contratacao-na-construcao-civil/>. Acesso em: 04 jan. 2019. Leitura recomendada TRINDADE, R. M. P. Supervisão e fiscalização da construção: caso de obra Forte da Graça, Elvas. 2016. 110 f. Dissertação (Mestrado em Reabilitação Urbana) — Instituto Poli- técnico de Porto Alegre, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Porto Alegre, 2016. Disponível em: <https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/18087/3/A0.PROJ%202_ FISCALIZA%C3%87%C3%83O_ESTGP%20-%20Ricardo%20Trindade_170305_vf_ RT.pdf/>. Acesso em: 04 jan. 2019. Documentos e contratos de obras20 Conteúdo: