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Documentos e contratos de obras

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GESTÃO DE 
OBRAS
Júlia Hein Mazutti 
Documentos e 
contratos de obras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer os documentos necessários para licenciamentos junto a 
prefeituras e órgãos oficiais.
 � Identificar as principais modalidades e os principais aspectos dos 
contratos com clientes e fornecedores.
 � Produzir diferentes tipos de relatórios de obras.
Introdução
A gestão de obras não se resume à execução da obra em si. Os processos 
burocráticos para colocá-la em andamento e mantê-la regularizada são 
tão importantes quanto a sua execução. Os aspectos burocráticos e con-
tratuais de uma obra são essenciais para que todos os envolvidos fiquem 
satisfeitos com seu andamento: o cliente seguro com o tipo de contrato 
escolhido, os trabalhadores com seus direitos assegurados e o construtor 
tranquilo quanto à regularidade da construção e ao seu o lucro final.
Neste capítulo, você vai aprender quais são os principais documentos 
necessários para regularizar e licenciar sua obra na prefeitura da cidade e 
outros órgãos oficiais; vai identificar os tipos possíveis de contrato com o 
seu cliente e como cada contrato se adequa melhor a cada tipo de obra 
e vai entender também como pode contratar, de acordo com as normas 
legais, empregados ou serviços para esta atividade. Por fim, você vai 
conhecer os diferentes tipos de relatórios de obras, o que deve constar 
em cada um deles e sua importância em cada projeto.
Documentos para licenciamento de obras
Realizar uma construção requer mais que elaborar os projetos da obra e executá-
-la. Os documentos para regularizá-la frente à prefeitura e aos órgãos oficiais 
são imprescindíveis para que possa ser realizada de acordo com as regula-
mentações vigentes. Você já se perguntou quais documentos são necessários 
para realizar uma obra?
Uma obra com documentações irregulares ou incompletas pode gerar multas para a 
empresa, ser interrompida até que seja regularizada ou até ser demolida! Para evitar 
dores de cabeça, o único jeito é ficar atento aos procedimentos burocráticos para 
regularizar a obra e providenciar todos os documentos e licenças exigidas.
Infelizmente, não existe um conjunto único de documentos para obter 
esse licenciamento. Isso varia de cidade para cidade pois cada uma possui seu 
próprio Código de Obras. De qualquer maneira, para realizar uma obra, você 
deverá ir até a prefeitura da cidade e verificar os documentos necessários para 
autorizá-la. A boa notícia é que existem alguns procedimentos em comum 
para todas as obras, em todas as cidades.
Uma maneira de organizar todos os procedimentos burocráticos é pensar 
em três momentos: antes da obra; durante a execução e depois da obra estar 
finalizada. Você verá, a seguir, os principais procedimentos e documentos 
necessários para regularizar uma obra nestes três momentos.
Antes de começar
Antes de tudo, você deve se assegurar de que o terreno em que a obra será 
construída está regularizado. Para isso, vá ao cartório de registro de imóveis e 
verifique a matrícula do imóvel. Nesse documento, estão todas as informações 
do terreno, como nomes dos antigos proprietários, mudanças realizadas no 
imóvel, data da primeira matrícula e, entre outros dados, o mais importante: 
se o terreno está regularizado para que você possa planejar sua obra nele.
Em seguida, deve obter o alvará de construção para que a obra possa ser 
executada. Este documento é emitido pela Secretaria Municipal de Urbanismo 
Documentos e contratos de obras2
ou similar, ou seja, a construção deve seguir o Código de Obras Municipal, 
que muda de cidade para cidade. Para obter o alvará de construção, você 
deve ir à prefeitura da cidade da obra com alguns documentos. Os mais 
comuns são:
 � Projeto Legal ou Projeto de Licenciamento;
 � Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), para obras urbanas;
 � licenças ambientais;
 � identificação do profissional autor do projeto, sendo o Registro de 
Responsabilidade Técnica (RRT) para arquitetos e a Anotação de Res-
ponsabilidade Técnica (ART) para engenheiros;
 � documentos de identificação do proprietário do terreno;
 � escritura ou contrato de compra e venda do terreno;
 � cópia do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU);
 � comprovante do pagamento de taxa necessária para dar entrada ao 
processo.
Destacamos que o Projeto Legal ou de Licenciamento é um projeto arqui-
tetônico e deve estar de acordo com o Código de Obras Municipal. Alguns 
documentos comuns para todas as cidades, nesse projeto são:
 � informações do terreno, proprietário e autor do projeto;
 � plantas baixas de todos os pavimentos;
 � plantas das fachadas;
 � plantas de cobertura com caimento dos telhados;
 � planta de locação da obra e recuos do terreno;
 � levantamento das cotas do terreno;
 � cortes longitudinal e transversal da obra;
 � valores de taxa de ocupação, taxa de aproveitamento, taxa de iluminação, 
taxa de ventilação, área de aproveitamento.
Como você pode perceber, a obtenção do alvará de construção envolve 
diversos fatores. Assim, é essencial que todos os profissionais envolvidos na 
criação dos projetos e documentos necessários estejam atentos às diretrizes 
do Código de Obras do município onde a obra será realizada. Com o alvará 
de construção em mãos, você garante que o seu projeto será construído con-
forme a legislação local e pode começar sua execução. Deve-se atentar que, 
se o projeto apresentado à prefeitura sofrer alterações, o alvará de construção 
deverá ser solicitado novamente.
3Documentos e contratos de obras
Nem todas as obras necessitam de alvará de construção. Alguns exemplos: reformas 
de pequeno porte que não alterem a área construída; pequenos consertos; pintura; 
instalação de jardins e galerias, entre outros. Por garantia, sempre se informe na pre-
feitura sobre a necessidade ou dispensa do alvará de construção.
Durante a execução da obra
Agora que você já sabe como começar sua obra do ponto de vista legal e buro-
crático, deve cuidar de mantê-la dentro das regras. Os seguintes documentos 
devem estar em dia para que a obra possa seguir seu planejamento.
 � Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social 
 (CEI-INSS) — é a matrícula da obra junto ao INSS, conhecida como 
CEI. É uma maneira de vincular a obra (construtora e funcionários) 
à Receita Federal. O CEI permite o recolhimento da contribuição do 
INSS sobre a mão-de-obra;
 � Atestado da concessionária de água e esgoto — deve ser requisitado 
junto à concessionária de água e esgoto da cidade. Após vistoria, se a 
obra estiver de acordo com o projeto aprovado pelo alvará de construção, 
será autorizada a ligar-se à rede pública de água e esgoto;
 � Atestado de conformidade da instalação de energia elétrica — deve 
ser requisitada de maneira similar aos serviços de água e esgoto. Com 
esse documento, assegura-se que as instalações elétricas estão de acordo 
com as normas vigentes e com os regulamentos da concessionária, 
garantindo o acesso à rede pública de energia;
 � Placa de obra — durante a obra deve-se garantir que ela esteja sinalizada 
com as informações do projeto, mostrando sua regularidade. Para isso, 
a Lei Federal nº 5.194/66 e a Resolução Confea nº. 407/96 tornaram 
obrigatório o uso de placas fixadas em frente às obras (BRASIL, 1966; 
CONSELHO..., 1996). A placa deve conter as seguintes informações, se-
gundo o CREA-SP (CONSELHO..., 2015): nome do profissional técnico 
responsável; título profissional; nº de registro no CREA; atividade(s) 
pela(s) qual(is) é responsável técnico; nome da empresa que representa 
(se houver); número da(s) ART(s) correspondente(s) e dados para contato. 
Documentos e contratos de obras4
Destaca-se que, para obras públicas federais, estaduais e municipais, 
as placas de obra devem atender aos modelos elaborados para cada 
setor, que geralmente informam dados com o objetivo de promover a 
transparência do projeto, indicando o valor do investimento e de qualministério vem o recurso; datas de início e previsão de finalização da 
obra, conforme estabelecido no Manual da Marca do Governo Federal 
— Obras (BRASIL, 2016). Em alguns casos, as informações de datas 
de licenças ambientais também são visualizadas.
Com esses documentos em dia, sua obra estará pronta para ser concluída. 
Veja agora os documentos necessários após o término da obra.
Depois de finalizar a obra
Após a conclusão total da obra, deve-se obter o Habite-se. Este documento nada 
mais é do que um certificado de conclusão da obra, recebido após a vistoria da 
prefeitura para verificar se a construção está de acordo com as normas locais 
e pode ser ocupada ou habitada. Assim, concluída a construção, deve-se ir à 
prefeitura, tipicamente na Secretaria Municipal de Urbanismo, para solicitar a 
vistoria e obter o Habite-se. Embora a documentação para solicitar o Habite-se 
mude de cidade para cidade, alguns documentos típicos são:
 � petição que comunique a conclusão da obra;
 � documentos de identificação do requerente (pessoa física ou jurídica) 
e Contrato Social (quando for o caso);
 � escritura registrada do terreno;
 � licença de instalações definitivas (de água, esgoto e energia elétrica);
 � cópia do alvará de licença da obra, que deve estar dentro da validade;
 � projetos aprovados pela prefeitura para obtenção do alvará de construção;
 � laudo técnico feito pelo responsável da obra;
 � autorização do autor do projeto quanto à observância do mesmo;
 � prova de quitação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Após o requerimento do Habite-se, é necessário pagar o Imposto Sobre 
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que incide sobre os prestadores de 
serviço da obra. Conforme a Emenda Constitucional 37/2002 e a Lei Com-
plementar nº. 116/2003 as alíquotas mínimas e máximas do ISS variam de 2% 
a 5%, cabendo aos municípios adequar os valores de acordo com a realidade 
local (BRASIL, 2002; 2003).
5Documentos e contratos de obras
Além disso, deve-se solicitar também a Certidão Negativa de Débito 
(CND) da obra junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esta 
certidão comprova a regularidade do contribuinte ao INSS. Para solicitá-la o 
proprietário deve enviar a Declaração e Informações Sobre a Obra (Diso) à 
Receita Federal. A CND é emitida pelo INSS e é necessária para a averbação 
em cartórios de registro de imóveis, passo final para deixar tudo regularizado.
A averbação deve ser feita quando qualquer alteração no imóvel é realizada, 
como a construção de uma obra um terreno, compra e venda da propriedade, 
demolição, entre outros. Para isso, deve-se ir ao cartório de registro com os 
seguintes documentos: requerimento do interessado solicitando a averbação do 
imóvel; Habite-se emitido pela prefeitura; certidão de conclusão de obra e CND. 
Com a averbação do imóvel, sua obra estará finalmente concluída e regularizada.
Contratos com clientes e fornecedores
Seu cliente quer contratar sua empresa para realizar uma obra. Você sabe que 
tipos de contratos existem, suas características, vantagens e desvantagens? 
Além disso, ao iniciar, você deverá contratar trabalhadores e fornecedores. 
Sabe quais as possíveis modalidades de contratação? É muito importante 
conhecer os tipos de contratos existentes e quais os mais adequados para a sua 
construção. Os serviços que envolvem a execução de uma obra são complexos 
e devem ser bem especificados, estabelecendo direitos e deveres e garantindo 
segurança jurídica às partes envolvidas.
São quatro as principais modalidades de contratos tipicamente estabe-
lecidos entre o cliente e a empresa que executará a obra. Veja a seguir suas 
características, conforme Rexperts (2016).
 � Empreitada por preço global — estabelece um preço fechado para 
o serviço. É o mais prático e o contrato que oferece menores riscos. A 
empreiteira estabelece um preço fixo para executar a obra do começo 
ao fim e o cliente paga esse valor. Neste tipo de contrato é muito im-
portante que o escopo dos serviços esteja bem determinado, rico em 
detalhes. A elaboração minuciosa do contrato evitará alterações, pre-
juízos, desencontro de expectativas e o desgaste das partes envolvidas. 
A grande desvantagem desse contrato é a alta carga tributária para a 
obra, com cobrança de impostos como o PIS (Programas de Integração 
Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público), COFINS 
(Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e ISS (Imposto 
Documentos e contratos de obras6
Sobre Serviços). Esta tributação gera a cobrança de impostos sobre 
impostos, ou seja, quando a construtora emite a nota fiscal ela paga os 
mesmos impostos que os fornecedores e empreiteiros já pagaram sobre 
suas notas, e repassa esse valor ao cliente, encarecendo bastante a obra.
 � Construção por administração — nesta modalidade, o cliente tem 
uma ideia geral do projeto, mas muitos detalhes ficam em aberto, para 
decisão durante sua execução, o que impede a construtora de calcular o 
preço final com exatidão. Dessa maneira, a construtora lucrará cobrando 
uma taxa de administração sobre seus gastos com custos de materiais 
e mão de obra. Essa taxa pode variar tipicamente entre 5% e 25%. 
Isso quer dizer que quanto mais a obra encarecer mais a construtora 
ganhará. Assim, é importante que o cliente confie na construtora que 
irá contratar e que exista uma prestação de contas ampla e transparente. 
O maior risco aqui está para o cliente, que não sabe o preço final da 
obra e quanto a construtora gastará para executá-la. 
 � Preço Máximo Garantido (PMG) — este tipo de contrato é uma mistura 
entre a empreitada por preço global e a construção por administração. A 
construtora, nesse caso, faz um orçamento aberto para e obra e propõe 
uma taxa de administração para o cliente. Se o cliente concordar eles 
assinam o contrato. Esse tem cláusulas principais estabelecendo, que caso 
a obra custar mais barato que o preço inicial negociado, a construtora e 
o cliente dividem o valor da economia realizada. Se a obra custar mais 
caro, a construtora arca com todo o prejuízo. O contrato PMG evita a 
alta carga tributária cobrada no contrato de empreitada por preço global.
 � Empreitada por Preços Unitários — nesse tipo de contrato estipula-se 
um valor por unidade de medida. Por exemplo, estipula-se o preço do 
metro cúbico de concreto, do metro cúbico de terra, do metro quadrado 
de asfalto, do quilo de aço, entre outros. Essa modalidade é comum 
em obras que tenham poucos tipos de serviços, mas grandes volumes, 
como estradas, obras de manutenção e infraestrutura.
Na esfera pública, o governo pode contratar uma empresa de construção civil 
de duas maneiras: através de uma licitação pública, regida pela Lei 8.666/93, 
ou através do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), regido 
pela Lei 12.462/11.
O principal objetivo da licitação é contratar o serviço mais vantajoso, 
garantindo o bom uso do dinheiro público. Todas as empresas que ofereçam 
o serviço solicitado podem participar. Existem três modalidades principais 
de licitações para obras públicas, descritas a seguir.
7Documentos e contratos de obras
 � Concorrência — para valores da obra acima de R$ 1,5 milhões, po-
dendo também ser utilizada para serviços com valores menores, mas 
de grande complexidade. Para participar, não é necessário cadastro 
prévio, somente atender às exigências do edital.
 � Tomada de preços — para obras entre R$ 150 mil e R$ 1,5 milhão. 
Para participar, as empresas primeiramente são cadastradas, passando 
por verificações de regularidade fiscal e jurídica e de qualificações 
técnicas e econômicas. Em seguida, fazem suas propostas de preços.
 � Carta-convite — é uma licitação mais simples, para obras de até R$ 150 
mil. O Estado envia uma carta-convite para pelo menos três empresas, 
também divulgando a licitação publicamente para dar a chance de outras 
empresas participarem de licitação. As empresas não precisam estar 
cadastradas para participar.
Veja mais sobreas documentações necessárias para participar das licitações no link 
disponível a seguir.
https://goo.gl/2Pg2Lc
O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) tem como obje-
tivos, conforme a Lei nº 12.462: ampliar a eficiência das licitações; tratar os 
licitantes com as mesmas regras e aumentar a competitividade entre eles; pro-
mover a troca de experiências e tecnologias visando o melhor custo-benefício 
para o setor público e selecionar a proposta mais vantajosa para a administração 
pública. Em comparação com a licitação, o RDC encurta o tempo do processo 
e diminui o custo das obras. O RDC é direcionado a obras do Programa de 
Aceleração do Crescimento (PAC); obras do Sistema Único de Saúde (SUS); 
mobilidade urbana; obras de ciência, tecnologia e inovação; penitenciárias e 
unidades de atendimento socioeducativo. O RDC trabalha com a contratação 
integrada, onde a contratada é responsável pela elaboração do projeto, execução 
e entrega da obra. Estabelece ainda a remuneração variável, de acordo com 
cumprimento de metas, critérios de qualidade, sustentabilidade ambiental e 
prazo de entrega (BRASIL, 2011).
Documentos e contratos de obras8
Acesse o link a seguir para saber mais sobre o RDC e suas diferenças com o processo 
de licitações.
https://goo.gl/KMNXs9
No caso das obras públicas, os contratos estabelecidos entre a administração 
pública e a empresa privada são chamados de contratos administrativos. Os 
contratos administrativos de obras públicas estão especificados no artigo 6 
da Lei nº. 8.666/93, definindo as formas pelas quais será executada a obra. 
Esses contratos costumam ser bastante taxativos, detalhando tudo que deve 
ser feito na obra (BRASIL, 1993). 
E então, você já sabe qual é o melhor contrato? A verdade é que depende 
da obra, do cliente, da construtora e dos objetivos de cada um. O ideal é buscar 
o contrato que melhor se adapte às expectativas das partes, cumprindo prazos 
e obtendo a qualidade desejada. Veja, no Quadro 1, um resumo dos quatro 
tipos de contrato, com os prós e contras de cada um.
Preço fechado 
ou empreitada 
por preço 
global
Preço de custo 
ou construção 
por 
administração
Preço máximo 
garantido 
ou PMG
Tomada de 
preços ou 
empreitada 
por preços 
unitários
Resumo Cliente paga 
um preço fixo e 
determinado.
Construtora 
cobra uma 
taxa de 
administração.
Orçamento 
estabelecido 
em conjunto, 
com divisão de 
economias.
Preço 
determinado 
por unidade 
de medida.
Prós É o mais prático. Flexibilidade 
no projeto e 
ritmo da obra.
Divisão da 
economia entre 
construtora 
e cliente.
Fácil 
contratação.
Ideal para 
recorrência 
(p. ex.: 
manutenção).
Quadro 1. Tipos de contratos na construção civil
(Continua)
9Documentos e contratos de obras
Fonte: Rexperts (2016, documento on-line).
Preço fechado 
ou empreitada 
por preço 
global
Preço de custo 
ou construção 
por 
administração
Preço máximo 
garantido 
ou PMG
Tomada de 
preços ou 
empreitada 
por preços 
unitários
Contras Exige definição 
de escopo.
Custo elevado 
por conta 
de impostos 
diretos.
Mais oneroso 
se houver 
retrabalho 
ou atrasos.
Depende da 
reputação da 
construtora.
Exige 
conhecimento 
técnico por 
parte do cliente.
Necessário 
acompanhar 
a medição.
Aumenta a 
complexidade 
para muitos 
itens.
Quadro 1. Tipos de contratos na construção civil
Agora você já conhece as principais modalidades de contrato entre cliente 
e construtoras. Falta conhecer os principais tipos de contratação entre a cons-
trutora e seus trabalhadores, fornecedores ou empresas terceirizadas. Assim 
como para os contratos com os clientes, você deve avaliar qual tipo de con-
tratação é mais vantajosa para o seu negócio. Veja a seguir os principais tipos 
de contratação, apresentados por Sienge (2018).
 � Contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
— são contratos de trabalho estabelecidos diretamente com o trabalha-
dor, exigindo assinatura da carteira de trabalho e previdência social. 
Ainda dentro do regime CLT, conforme Lei nº. 5.452/43, existem quatro 
tipos de contratação: por tempo indeterminado; por tempo determi-
nado; contrato intermitente e home office ou teletrabalho (BRASIL, 
1943). No contrato por tempo indeterminado, o tipo mais utilizado, o 
trabalhador sabe a data de início do trabalho, mas não a data de fim. 
O contrato por tempo determinado tem um prazo máximo de dois 
anos e pode ser prorrogado somente uma vez. O contrato intermitente 
não possui jornada de trabalho definida e a empresa entra em contato 
com o trabalhador com até três dias de antecedência informando os 
horários de trabalho. No home office, ou teletrabalho, o trabalhador 
não atua nas dependências do empregador (geralmente trabalha na sua 
(Continuação)
Documentos e contratos de obras10
própria casa) e todas suas atividades e condições de trabalho devem 
ser especificadas no contrato.
 � Terceirização — é um contrato civil entre a prestadora de serviços 
(empresa terceirizada) e a tomadora (geralmente a construtora ou in-
corporadora). A empresa terceirizada pode ser contratada para executar 
qualquer atividade. Conforme a Lei nº. 13.429/17, a empresa terceirizada 
deve garantir os direitos trabalhistas dos seus empregados, não havendo 
vínculo empregatício entre eles e a empresa tomadora. O detalhe aqui é 
que a empresa que contrata a terceirizada é subsidiariamente responsável 
pelas obrigações trabalhistas durante o período de prestação, ou seja, 
se houver débitos trabalhistas a incorporadora assume a dívida no lugar 
da terceirizada (BRASIL, 2017).
 � Prestação de serviços — é uma prestação continuada de serviços até 
que se atinja o resultado combinado. Durante este tempo o empregador 
fiscaliza o serviço do prestador, ou seja, há uma relação de subordinação.
Os tipos de contrato e de contratação devem ser escolhidos conforme 
a necessidade do empreendimento e das partes envolvidas. É importante 
estabelecer um diálogo ativo e regras que contemplem todo o andamento das 
atividades. O cumprimento da legislação é a base de todas as negociações, 
proporcionando que as atividades se desenvolvam de maneira correta e segura 
para todos.
Tipos de relatórios de obras
Você já sabe que a gestão de obras é uma tarefa complexa, cheia de assuntos 
de diferentes áreas para resolver. O gestor deve estar atualizado sobre tudo 
que acontece na obra, tanto no nível executivo, com assuntos técnicos e de 
planejamento da obra, quanto no nível burocrático, com contratos e contabili-
dade. Como o responsável da obra pode dar conta de tantos assuntos, lembrar 
de todos eles e manter as partes envolvidas informadas? A resposta é dada 
pelos diversos tipos de relatórios de obras que, por vezes, são obrigatórios. 
Veja os tipos de relatórios e documentos mais importantes.
Diário de obras
A resolução n°. 1.024 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CON-
FEA) determinou a obrigatoriedade do documento chamado Livro de Ordem, 
11Documentos e contratos de obras
em obras e serviços de engenharia. Esse diário deve conter todas as atividades 
e informações da atividade (CONSELHO..., 2009). É a memória de tudo que 
acontece na obra. Também chamado de Livro de Obra ou Livro de Ocorrências 
Diárias, deve ser preenchido pelo responsável técnico, sendo facultado aos 
autores dos projetos e ao contratante ou proprietário da obra efetuar anotações 
com data e assinatura. 
Alguns itens do relatório diário de obra são: dados da obra, data dos relatos, 
equipamentos e materiais utilizados no dia, atividades realizadas, informações 
climáticas, serviços interrompidos ou situações imprevistas, comentários e as-
sinaturas das partes envolvidas, entre outros. O relatório diário de obras (RDO) 
traz diversas vantagens para e empresa, possuindo um registro das atividades 
para consulta e para que a empresa possa melhorar a cada empreendimento.
O site do Confea contém as especificações da Resolução n°. 1.024/2009, que torna 
obrigatória a elaboração do Livro de Ordem paraobras e serviços de engenharia. 
Acesse o link para conhecer a norma.
https://goo.gl/HK1Go4
Acompanhamento técnico
O acompanhamento técnico da obra (ATO) é realizado por uma equipe multi-
disciplinar, que se encarrega de verificar se ela está avançando como previsto 
no projeto e de elaborar um relatório sobre a evolução das atividades. O ATO 
tem muita importância em obras como túneis e barragens, onde o acompa-
nhamento da leitura das instrumentações e deformações, conforme avançam 
suas etapas, pode gerar alterações no projeto ou medidas imprevistas. 
Assim, por meio de interpretação do andamento da obra, pode-se adequar 
o processo construtivo ou até gerar revisões do projeto original. Além disso, o 
ATO garante a segurança dos trabalhadores. Por exemplo, em uma escavação 
de túnel, se os deslocamentos estão excedendo os deslocamentos possíveis e 
previstos, existe a possibilidade de necessidade de evacuação das equipes de 
trabalho pelo perigo de desmoronamento.
Documentos e contratos de obras12
Relatório mensal de obras
Este relatório relata os fatos mais importantes da obra mensalmente, de maneira 
similar ao relatório diário. O objetivo é dar uma visão geral do avanço da 
construção. Assim, é comumente utilizado para o relato do avanço de obras 
de rodovias e estradas. Com ele, podemos verificar os marcos contratuais que 
já foram cumpridos, qual o avanço da obra espacialmente e qual o avenço 
das obras de arte especiais (OEA), como viadutos, pontes, entre outros. Este 
relatório é muito comum em concessões de rodovias para justificar as ativi-
dades realizadas.
Veja um relatório mensal de concessão de um sistema rodoviário de cerca de 850 km.
https://goo.gl/k7wmXq
Medição
Esse relatório verifica se o que já foi executado está de acordo com o plane-
jamento, quantificando tudo que foi gasto em cada etapa. É uma ferramenta 
essencial de controle, pois mensura os recursos aplicados ao longo do crono-
grama, o que ajuda nos pagamentos mensais. É muito utilizado para casos de 
contratação em que o pagamento é feito por medição, ou seja, é feito conforme a 
obra é executada. Um dos critérios mais utilizados para a medição e composição 
de preços é a Tabela de Composições de Preços para Orçamentos (TCPO). 
Para obras públicas, a empresa ganhadora da licitação deve apresentar 
periodicamente relatórios de medição e o Estado deve fiscalizar a veracidade 
dos dados. 
Vale lembrar que o relatório de medição está diretamente vinculado ao 
tipo de contrato assinado pelas partes. Assim, medições e pagamentos devem 
ser realizados de acordo com o tipo de medição definido no contrato (preço 
unitário ou preço global). Softwares com MsProject e planilhas de Excel 
avançado contribuem na elaboração destes relatórios.
13Documentos e contratos de obras
O relatório de medição tem como base a planilha inicial orçamentária do 
projeto executivo da obra, ou seja, todos os serviços, unidades, quantidades e 
códigos de serviços devem ser exatamente iguais aos apresentados na planilha 
de projeto.
Segurança do trabalho
Esse relatório, tipicamente realizado por um técnico de segurança do trabalho, 
visa inspecionar a obra quanto às condições e medidas de segurança do traba-
lho. O técnico relata as atividades que acompanhou, orientando a inclusão de 
ações preventivas ou corretivas, quando necessário. O relatório deve conter 
a situação observada, qual a desconformidade em relação à segurança do 
trabalho e qual a medida aconselhada para a desconformidade. 
Deve-se destacar que toda a obra deve ter um Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais (PPRA), um relatório que avalia os riscos e as medidas de 
prevenção necessárias, conforme Norma Regulamentadora NR 9 (BRASIL, 
1978). 
Além disso, obras com mais de 20 trabalhadores necessitam do Programa 
de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT), conforme exigido pela 
Norma Regulamentadora NR 18, apresentando, mais detalhadamente que no 
PPRA, as medidas de segurança de trabalho para a obra em todas suas fases 
(BRASIL, 2015). O relatório de segurança do trabalho deve ter como base 
o seguimento destes programas, podendo acrescentar medidas de segurança 
ao empreendimento.
Contabilidade
Os relatórios contábeis descrevem todos os aspectos relativos ao setor de 
contabilidade da empresa. Aqui, avalia-se a documentação fiscal e traba-
lhista da obra, envolvendo todos os custos, despesas e impostos relativos 
ao empreendimento. Na maioria das vezes, é o contador da empresa que 
elabora os relatórios contábeis obrigatórios mas, para isso, o responsável 
pela obra deve organizar seu próprio relatório de contabilidade, com todas 
as documentações fiscais e trabalhistas para enviar ao contador. Para tanto, 
deve manter o controle de entradas e saídas, emitindo sempre as notas fiscais 
dos produtos e serviços, e organizando as finanças da pessoa jurídica. Os 
documentos que devem constar no relatório de contabilidade e que devem 
ser enviados ao escritório de contabilidade podem ser divididos em quatro 
grupos, apresentados no Quadro 2.
Documentos e contratos de obras14
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15Documentos e contratos de obras
EIA/Rima
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental 
(Rima), segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), devem 
ser elaborados e submetidos ao órgão estadual responsável e ao Ibama, com 
objetivo de obter licenciamento para o caso de obras que modifiquem o meio 
ambiente. O Conama cita as seguintes obras: estradas de rodagem com duas 
ou mais faixas de rolamento; ferrovias; portos e terminais de minério, petróleo 
e produtos químicos; aeroportos; oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos 
coletores e emissários de esgotos sanitários; linhas de transmissão de energia 
elétrica, acima de 230KV;obras hidráulicas para exploração de recursos 
hídricos; extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); extração de 
minério; aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos 
ou perigosos; usinas de geração de eletricidade, acima de 10MW; complexos 
e unidades industriais e agroindustriais; distritos industriais e zonas estrita-
mente industriais; exploração econômica de madeira ou de lenha; projetos 
urbanísticos, acima de 100 hectares ou em áreas consideradas de relevante 
interesse ambiental; qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quan-
tidade superior a dez toneladas por dia (CONSELHO..., 1986). 
O EIA apresenta análise detalhada e técnica de toda a área impactada pelo 
projeto e é realizado por especialistas de diversas áreas. Inclui um diagnóstico 
ambiental completo, com descrição da situação ambiental antes da realização 
do projeto. Também oferece uma análise e previsão dos impactos causados 
pela obra, das possíveis medidas mitigadoras para os impactos negativos e 
da elaboração de um programa de monitoramento dos impactos causados. O 
Rima é uma análise das conclusões do EIA, de maneira direta e com linguagem 
acessível, de modo que todos possam compreender o impacto da obra, suas 
vantagens e desvantagens e os impactos causados.
Pelo link a seguir, você pode acessar o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) de uma 
usina termelétrica a gás.
https://goo.gl/sYqSyL
Documentos e contratos de obras16
Licenças ambientais
Conforme a Resolução Conama nº. 237/97, a licença prévia (LP), a licença 
de instalação (LI) e a licença de operação (LO) são necessárias para as obras 
civis de rodovias, ferrovias, hidrovias, metrôs, barragens e diques, canais para 
drenagem, retificações de cursos de água, aberturas de barras, embocaduras 
e canais, transposições de bacias hidrográficas e outras obras de arte. A LP é 
concedida na fase preliminar do projeto, aprovando a localização e concepção 
do empreendimento, atestando sua viabilidade ambiental e estabelecendo 
alguns requisitos para as próximas fases. A LI autoriza a instalação da obra 
conforme o projeto, incluindo medidas de controle ambiental. A LO é dada 
ao final do empreendimento, autorizando sua operação após verificar o cum-
primento dos requisitos das licenças anteriores (CONSELHO..., 1997).
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Conforme a Lei n°. 10.257/01 o EIV é obrigatório para todas as obras em região 
urbana. Todas as obras impactam, positiva ou negativamente, na vizinhança 
e na dinâmica da cidade. Este estudo avalia os impactos e propõe medidas 
mitigadoras para os pontos negativos. Além de regularizar o funcionamento da 
obra e promover a ocupação consciente do espaço urbano, o EIV proporciona 
mais segurança ao empreendimento, evitando problemas com a vizinhança 
(BRASIL, 2001).
Inventário de obra inacabada
Deve ser realizado quando se dá continuidade a uma obra que a empresa não 
iniciou ou ao retomar uma obra inacabada. Alguns documentos solicitados 
para permitir a retomada de uma obra e que devem ser levados em conta no 
inventário são: ofício contendo manifestação expressa de interesse em firmar 
novo termo de compromisso; declaração de possibilidade de consecução da 
obra; convênio ou termo de compromisso anteriormente assinado/validado pelo 
gestor; cronograma de trabalho ou plano de ação para o cumprimento do novo 
ajuste; laudo técnico atestando o estado atual da obra; planilha orçamentária 
do saldo de serviço; cronograma físico-financeiro; ART/RRT. 
A avaliação técnica é de grande importância para a empresa que assume 
a obra, pois mostra quais são os serviços necessários e qual o investimento 
17Documentos e contratos de obras
total para finalizá-la. A avaliação técnica deve ser feita por profissionais es-
pecializados e deve-se atentar para a necessidade de retrabalhos e demolições 
e para a necessidade de reforço das fundações de um prédio, por exemplo. 
Além da parte executiva, uma dica importante é verificar os conflitos jurídicos 
do projeto, comuns em obras inacabadas, e também se haverá financiamento 
para este tipo de trabalho.
Deve-se destacar ainda que as atas de reunião têm grande importância para o 
registro das decisões. Nas obras públicas, as atas de reunião com a fiscalização tomam 
caráter ainda mais importante, mostrando se a obra está sendo executada conforme 
o contrato estabelecido. A ata apresenta as decisões e pontos relevantes discutidos 
durante a reunião. Nas atas de reunião com a fiscalização, Trindade (2016) recomenda 
os seguintes pontos: identificação da reunião de obra; registro de informações e 
assuntos diversos ocorridos durante a reunião; os trabalhos em curso na obra e 
o planejamento e controle, onde podem ser registrados atrasos e solicitação de 
implementação de medidas.
A elaboração de relatórios e, principalmente, a sua atualização, permite que a 
obra se desenvolva de maneira organizada e que todos os interessados possam 
estar informados sobre seu andamento. Os relatórios permitem a legalização e 
comprovação de serviços, a organização das atividades, o gerenciamento de riscos, 
um bom relacionamento com as partes envolvidas, o acompanhamento realístico 
do cronograma e planejamento, garantindo a qualidade final da obra. Além disso, 
a empresa pode criar um acervo de informações que serão muito úteis para a 
realização de obras futuras. Uma obra com seus relatórios organizados e atualizados 
é a garantia de um bom resultado!
BRASIL. Decreto-Lei nº 5452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do 
Trabalho. Rio de Janeiro, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
Decreto-Lei/Del5452.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 37, de 12 de junho 2002. Altera os arts. 100 e 156 da 
Constituição Federal e acrescenta os arts. 84, 85, 86, 87 e 88 ao Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias. Brasília, DF, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc37.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019.
Documentos e contratos de obras18
BRASIL. Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre 
Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal 
e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de 
Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências. Brasília, DF, 
1966. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5194.htm>. Acesso 
em: 04 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Cons-
tituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública 
e dá outras providências. Brasília, DF, 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm>. Acesso em: 04 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constitui-
ção Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. 
Brasília, DF, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/
L10257.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime Diferenciado de Contra-
tações Públicas - RDC [...]. Brasília, DF, 2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
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BRASIL. Lei nº 13.429, de 31 de março de 2017. Altera dispositivos da Lei no 6.019, de 3 de 
janeiro de 1974, que dispõe sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e dá 
outras providências; e dispõe sobre as relações de trabalho na empresa de prestação 
de serviços a terceiros. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
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BRASIL. NR 9 - Programa de Prevençãode Riscos Ambientais. Brasília, DF, 1978. Disponível 
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19Documentos e contratos de obras
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução n° 1.024, de 21 de agosto 
de 2009. Dispõe sobre a obrigatoriedade de adoção do Livro de Ordem de obras e 
serviços de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Geologia, Meteorologia 
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REXPERTS. Tipos de Contratos de Construção: descubra qual o melhor para a sua obra. 
2016. Disponível em: <http://rexperts.com.br/tipos-de-contratos-de-construcao/>. 
Acesso em: 04 jan. 2019.
SIENGE. Contratação na construção civil: escolhendo a opção ideal. 2018. Disponível 
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Leitura recomendada
TRINDADE, R. M. P. Supervisão e fiscalização da construção: caso de obra Forte da Graça, 
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técnico de Porto Alegre, Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Porto Alegre, 2016. 
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Documentos e contratos de obras20
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