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Apostila de Odontopediatria Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Odontogênese Odontogênese é a formação, origem do dente. Os tecidos que formam o dente são: DENTINA, ESMALTE e POLPA. A cavidade primitiva é revestida por um epitélio delgado. Esse tecido de origem ectodérmica nas regiões de futuro crânio e da face faz o papel de mesênquima. No terço inferior da face na região da cavidade oral primitiva vai-se ter um espessamento do epitélio. Vão surgir duas regiões de epitélio: epitélio oral primitivo, de onde vai se desenvolver o germe dentário. A partir desse epitélio vão ocorrer algumas alterações, como a proliferação no sentido do ECTOMESÊNQUIMA (tecido conjuntivo embrionário da região da cabeça que está abaixo do epitélio oral primitivo). O epitélio oral primitivo vai penetrando, invadindo a região do ectomesênquima. Ectoderma bucal origina Epitélio bucal. A coroa do dente se forma primeiro, depois vem a formação da raiz. Dentro do processo de desenvolvimento crânio facial, nas duas regiões do processo maxilar e do processo mandibular vai surgir o espessamento de epitélio odontogênico. O processo maxilar e o processo mandibular vão se fundir para formar maxila e mandíbula e nessa região de maxila e mandíbula que vai ocorrer o processo de odontogênese, pois a odontogênese é a formação dos dentes e os dentes estão alojados na maxila e na mandíbula. Áreas basocelulares do epitélio bucal começam a se proliferar em proporção mais rápida que as células adjacentes invadindo o ectomesênquima adjacente e formando uma estrutura contínua em formato de ferradura. BANDA EPITELIAL PRIMÁRIA. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Após 37 dias de desenvolvimento: Uma banda contínua de epitélio espessado se forma ao redor da boca nas futuras maxilas e mandíbula. Banda epitelial primária A partir da banda epitelial primária vão ser originadas duas regiões: Lâmina Dentária: se forma primeiro e vai originar o dente; Lâmina Vestibular: se forma logo depois e é posicionada em frente à lâmina dentária. Ela vai originar a região do vestíbulo. LÂMINA DENTÁRIA: A lâmina dentária origina o germe dentário e esse se desenvolve para formar os dentes; A partir desses instante, o desenvolvimento dos dentes prossegue nos estágios de: BOTÃO, CAPUZ, CAMPÂNULA, COROA e RAIZ LÂMINA VESTIBULAR: A banda epitelial primária sofre degeneração das células centrais, dando lugar a uma fenda, que é o vestíbulo 1. Lâmina vestibular em formação; 2. Germe dentário na fase de botão; 3. Lâmina dentária primária. Aproximadamente na 8ª semana, a lâmina dentária de cada arco mostra dez centros de proliferação das células epiteliais espaçados entre si, formando uma estrutura arredondada - broto ou botão. Essa estrutura e o ectomesênquima que o envolve são os precursores dos dentes decíduos - germes dentários. A estrutura ectodérmica do germe dentário formará o ESMALTE. A porção mesodérmica formará polpa dentária, dentina, cemento e as estruturas de suporte. Após o início da formação dos decíduos, a lâmina dentária inicia formação de seus sucessores permanentes. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Fase de botão É a primeira fase da odontogênese; A lâmina dentária passa a apresentar, em alguns locais, atividades mitóticas diferenciais. A proliferação vai invadindo o ectomesênquima, a partir da 8ª semana de vida intrauterina: em cada arco, originam-se dez pequenas esférulas (germes dos decíduos) que invadem o ectomesênquima – início da formação dos GERMES DECÍDUOS. Essas esférulas são regiões da lâmina dentária. Fase de Capuz Continuação da proliferação epitelial: o botão apresenta um crescimento desigual, adotando uma forma de boné ou capuz. Não vai ser mais redondo como era na fase de botão, vai apresentar uma região de concavidade, achatamento da parte mais profunda do botão. Germe dentário na fase de CAPUZ, tem-se 3 componentes principais: a. Órgão do Esmalte; b. Papila Dentária; c. Folículo Dentário. Epitélios externo e interno do esmalte As células periféricas da fase de capuz são cuboidais, contornam a convexidade do capuz e formam o epitélio externo do esmalte. As células da concavidade do capuz são altas e representam o epitélio interno do órgão do esmalte. Retículo estrelado - As células no centro do órgão epitelial do esmalte, situadas entre os epitélios externo e interno, começam a se separar por aumento de volume do fluido intercelular. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Papila dentária Situada abaixo do órgão do esmalte, está próxima ao epitélio interno do órgão do esmalte, formada pelas células ectomesenquimais condensadas. Dá origem a duas estruturas do dente: DENTINA e POLPA. O ectomesênquima, parcialmente encerrado pela porção invaginada do epitélio interno do esmalte, condensa-se sob influência organizadora do epitélio interno do esmalte em proliferação. Essa condensação, que se deve mais à aproximação das células do que a uma atividade proliferativa, forma a papila dentária, o órgão formador da dentina e do primórdio da polpa dentária. FOLÍCULO DENTÁRIO Células ectomesenquimais condensadas: formam uma cápsula que limita a papila dentária e encapsulam o órgão do esmalte; Vai estar ao redor do germe dentário e limitar onde é papila dentária, dando um limite onde vai ser papila dentária. Tem contato com o epitélio externo do órgão do esmalte e termina do outro lado do epitélio externo, dando origem ao PERIODONTO DE INSERÇÃO. Fase de campânula Diminuição da proliferação das células epiteliais, ou seja, do crescimento do órgão do esmalte. A superfície interna do órgão do esmalte se aprofunda dando ao órgão a FORMA DE SINO. Na fase de campânula avançada, ocorre depósito de esmalte e dentina da coroa do futuro dente, caracterizando o processo de dentinogênese e amelogênese. No final da fase de coroa, quando os eventos de diferenciação alcançam a região cervical. FASE DE RAIZ Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Amelogênese À medida que ocorre o desenvolvimento do órgão do esmalte até a fase de campânula, o epitélio interno do órgão do esmalte diferencia-se em células altas. No local do encontro dos epitélios interno e externo do órgão do esmalte, forma-se um ângulo agudo - alça cervical, estrutura importante para a formação radicular do dente. ALÇA CERVICAL Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Erupção dentária É o momento no qual o dente irrompe na cavidade bucal. Pode ser dividido em 3 fases: • Pré-eruptiva; • Eruptiva; • Pós-eruptiva. Fase pré eruptiva É a fase intraóssea, ocorre a formação do broto, capuz, e campânula, tem seu início com a diferenciação dos germes e termina com a formação completa das coroas. Fase de movimentação pré- eruptiva Movimento de corpo: Para estabelecer uma relação constante nos maxilares, os germes movem-se para oclusal (para compensar aumento em altura) e para vestibular (para compensar o aumento em largura). Movimento excêntrico: Uma parte do germe dentário em desenvolvimento permanece estacionado, enquanto o restante continua crescendo. Fase eruptiva Fase extraóssea, inicia-se quando a coroa está formada e termina quando o dente chega no plano oclusal. Se inicia por volta do 6º/7º período de estágio de Nolla, que é quando começa a formação da raiz, onde o dente inicia o processo de erupção dentária. Fase de erupção intraóssea: deslocamento do germe da sua posição inicial nacripta óssea até sua penetração na mucosa oral. Fase de penetração na mucosa: começa quando as cúspides em desenvolvimento alcançam a altura da crista alveolar. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Fase de erupção pós-oclusal: Após penetrar na mucosa bucal, o dente continua seu movimento eruptivo deslocando-se em direção oclusal. Fase pós-eruptivo Inicia-se quando o dente entra em oclusão e termina com sua perda ou remoção. Fase de erupção pós-oclusal: Quando o dente alcança a posição funcional no plano oclusal. Cronologia e sequência de erupção CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO data que o dente esfolia na cavidade bucal. SEQUÊNCIA DE ERUPÇÃO ordem que os dentes esfoliam na cavidade bucal. Dentição decídua A erupção dos dentes decíduos inicia-se aos 6 meses de vida. ICI ICS ILS ILI 1ºMI 1ºMS CI CS 2ºMI 2ºMS ERUPÇÃO DOS DENTES DECÍDUOS Dentes superiores Dentes inferiores Incisivos centrais 8 meses 6 meses Incisivos laterais 10 meses 9 meses Caninos 20 meses 18 meses Primeiros molares 16 meses 16 meses Segundos molares 29 meses 27 meses Teoria sobre Mecanismo de Erupção: A mais aceita é remodelagem da cripta óssea e ação conjunta do folículo dentário com o retículo estrelado: o folículo começaria sua influência no osso alveolar após receber indução a partir das células do órgão de esmalte, particularmente do retículo estrelado. Crescimento da maxila: Ocorre um crescimento significante no 1º ano de vida até a puberdade, a maxila praticamente duplica. O crescimento vertical ocorre através da deposição óssea, já na posição Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 anteroposterior a deposição óssea ocorre no tuber da maxila. Crescimento da mandíbula: Com a erupção dos dentes, o ramo torna-se mais reto e o ângulo goníaco (Go) mais agudo, o crescimento ocorre para baixo e para frente e a deposição acontece no corpo e ramo mandibular. Dentição mista A fase de dentição mista, inicia-se com a erupção dos 1º molares permanentes, entre os 6 e 12 anos de idade. Dentes irrompem quando estão no estágio 8 de nolla, após esfoliar a raiz completa sua formação em 2/3 anos. 1º período transitório: esfoliação dos 1º molares permanentes e troca dos incisivos centrais e laterais (sup/inf). Período intertransitório: período de pausa na substituição dos dentes decíduos. Ocorre reabsorção radicular dos caninos e molares decíduos para posterior esfoliação. 2º período transitório: Esfoliação dos caninos e molares decíduos e erupção dos pré- molares e caninos permanentes. Dentição permanente Esfoliação de todos os dentes decíduos e sua posterior substituição por dentes permanentes. DENTES DECÍDUOS ERUPÇÃO Dentes superiores Dentes inferiores Incisivos centrais 7-8 ANOS 6-7 ANOS Incisivos laterais 8-9 ANOS 7-8 ANOS Caninos 11-12 ANOS 9-11 ANOS 1° pré- molar 10-11 ANOS 9-11 ANOS 2° pré- molar 10-12 ANOS 10-12 ANOS 1° molar 6-7 ANOS 6-7 ANOS 2° molar 12-13 ANOS 11-12 ANOS 3° molar 17-30 ANOS 17-30 ANOS Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Estágios de Nolla Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Rizólise Rizólise dos dentes decíduos é um fenômeno que está relacionado reabsorção radicular, caracterizado pela destruição gradativa dos tecidos dentários duros e moles, podendo ser fisiologia ou patológica. É necessário que a reabsorção das raízes dos dentes decíduos ocorra para a erupção normal dos dentes permanentes. Nas etapas iniciais do desenvolvimento, os dentes decíduos e permanentes têm a mesma cripta óssea. Posteriormente, o decíduo apresenta uma cripta óssea individual, que separa o germe do permanente. Assim, o osso da cripta é absorvido, durante as etapas iniciais de erupção dos dentes permanentes para a formação da via eruptiva. Após inicia-se a reabsorção dos tecidos duros do dente decíduo (cemento e dentina), a qual pode começar pela superfície da raiz, antes do fechamento da porção apical. Aspecto clínico e radiográfico da reabsorção A reabsorção radicular na dentição decídua é um processo fisiológico que antecede a substituição dos dentes. Pode apresentar variações como: reabsorção precoce, onde os decíduos esfoliam mais cedo, ou reabsorção retardada, com a retenção prolongada. Os dentes superiores reabsorvem mais rápido do que os dentes inferiores, e inicia-se mais cedo em meninas do que em meninos. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Clinicamente, tem-se observado que, de modo geral, para caninos decíduos, quando a rizólise está entre 1/3 e 2/3, o estágio de Nolla do sucessor permanente está entre as fases 7 e 8. Quando a reabsorção é menor que 1/3, o germe encontra-se entre os estágios 5 e 6 de Nolla. A reabsorção radicular fisiológica, normalmente, ocorre de maneira uniforme e simétrica, de modo que o germe do permanente erupciona em sentido oclusal e se posiciona entre as raízes do dente decíduo. Dentes unirradiculares apresentam as reabsorções iniciadas por lingual, prosseguindo para vestibular, acompanhando o sentido transversal da raiz e do longo eixo. Portanto o sucessor permanente irrompe por lingual do decíduo, esse aspecto é observado com maior frequência na mandíbula. Determinados fatores influenciam a alteração etiológica da reabsorção dentária como: traumatismo, infecções ou distúrbios metabólicos, porém um grande percentual das reabsorções radiculares é de natureza desconhecida ou idiopática. A rizólise é um fenômeno que ocorre de forma intermitente, ou seja, passa por um período de reabsorção das estruturas mineralizadas e por outro de reorganização do periodonto e cemento. Distúrbios A anquilose ocorre por distúrbio local no metabolismo, quando o processo reorganização das fibras periodontais é mais lento do que a neoformação óssea, permitindo a união entre o osso de suporte e o dente. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Dos problemas gerais que provocam a perda precoce dos dentes decíduos destacam-se: Querubismo, Síndrome de Down, Hipofosfatasia, Tumores benignos e malignos dos ossos gnáticos. Quanto ao atraso da rizólise, as doenças mais comuns são: Hipotireoidismo, Hipopituitarismo, Desnutrição crônica e Disostose Cleidocraniana. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Características da dentição decídua Primeira oclusão da dentição decídua, iniciando a mudança da deglutição infantil para madura. A dentição está completa, com a erupção e a oclusão dos quatro 2º molares decíduos (24 a 30 meses de vida da criança). Os 1º molares decíduos ao estabelecer o contato interoclusal obter-se-á a primeira e decisiva intercuspidação levando a determinação do senso de oclusão. Após a esfoliação dos caninos ao ficam espaços (primata) para mesial na arcada superior e distal na inferior que são os espaços primatas e levam o guia de oclusão mais para mesial. Plano Oclusal Incisal: A dentição decídua não apresenta curva de SPEE nem de Wilson, pois os dentes são implantados verticalmente e paralelos entre si na base óssea. As faces oclusais dos molares e incisais dos incisivos e caninos estão dispostos num plano quase reto. Os decíduos apresentam: Tubérculo de Zuckerkandl; Não apresenta curva de Spee. A ATM: o Localiza-se próxima ao plano oclusal dos dentes inferiores e paralela a este plano, conforme a criança cresce a articulaçãose estabelece. Colo mais definido; Câmara pulpar ampla. Raízes finas e longas; Oclusão topo a topo. . Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Com o crescimento da maxila e da mandíbula, a ATM tende a se elevar para posição mais superior. OVERJET - Trespasse horizontal. OVERBITE - Trespasse Vertical Classificação de Baume TIPO I: Possui diastemas entre os dentes anteriores em ambas as arcadas. É mais favorável para o posicionamento dos sucessores, logo, esses diastemas vão servir como espaços compensatórios para a erupção dos dentes permanentes. TIPO II: Ausência de diastemas na região anterior em ambas as arcadas. Pode-se encontrar diastemas entre os dentes posteriores. Mais desfavorável para a erupção dos permanentes. MISTO: Possui os dois tipos: arco tipo I superior e tipo II inferior (mais frequente) ou; o Arco tipo II superior e tipo I inferior. Espaço livre de Nance É a somatória do espaço entre a mesial do canino decíduo até a distal do 2º molar. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Espaço primata São espaços compensatórios, iguais ou maiores que 0,5 mm. Na dentadura decídua, existem diastemas fisiológicos, tanto na região anterior como na posterior. MAXILA: Espaços presentes na dentadura decídua localizados entre os incisivos laterais e caninos. MANDÍBULA: Espaços presentes na dentadura decídua, localizados entre os caninos e 1ºs molares. Relação distal DEGRAU RETO : A face distal dos 2º molares estão terminando reto. DEGRAU MESIAL : O 2º molar inferior está mais para mesial em relação ao superior. DEGRAU DISTAL: O 2º molar inferior está mais para distal em relação ao superior. DECÍDUOS PERMANENTES 20 dentes 32 dentes Mais esmalte Mais dentina Câmara pulpar ampla Câmara pulpar reduzida Série crescente Série decrescente Incisal reta Mamelões Tubérculo de Zuckerkand Tubérculo de carabelli Raízes finas, cônicas e longas Raízes largas Mais brancos Mais amarelos Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Técnicas de manejo TÉCNICA OBJETIVO Comunicação não-verbal Condução do comportamento através do contato físico e das expressões faciais. Reforço positivo Ajustar comportamento do paciente com estímulos adequados com recepção calorosa e elogios Distração Distrair a atenção do paciente para que não perceba um procedimento desagradável; Diminuir percepção de desconforto; Evitar comportamento negativo ou evitação. Falar-Mostrar- Fazer Ensinar ao paciente aspectos importantes da visitação do dentista e familiarizar o paciente com o consultório; Falar: explicar procedimentos de acordo com o desenvolvimento da criança; Mostrar: demonstrar por meio de sentidos os procedimentos definidos; Fazer: realizar o procedimento. Controle da voz Desviar a atenção da criança; Voltar ao grau inicial com firmeza; Rejeitar o comportamento inaceitável; Para crianças que não cooperam ou são desatentas, mas são capazes de comunicar-se. Estabilização protetora Reduzir ou eliminar movimentos controlados, proteger a criança e equipe; Previamente: é possível mudar plano de tratamento? Quais ideias sugerir? Existem outros problemas afligindo a criança? Existem distúrbios que justifiquem o comportamento? o acompanhante pode ser mudado? Profissional pode ser mudado? Contenção Física Pacientes que não podem cooperar, imaturidade, limitações físicas ou mental Não indicadas para pacientes colaboradores sem problemas sistêmicos. Técnica de dessensibilizarão Introduzir aos poucos procedimentos mais invasivos; Várias sessões. Mãos sobre a boca Obter atenção da criança Garantir segurança Para crianças saudáveis Contraindicadas para crianças com dificuldades e imaturas Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Exame clínico O exame clínico vai nos auxiliar no diagnóstico, no prognóstico, no planejamento. O exame clínico é dividido em: 1. Anamnese; 2. Exame Físico: a. Extrabucal; b. Intrabucal; 3. Exames complementares. Anamnese É a coleta de dados que irão compor o panorama físico e psíquico, passado e presente do paciente, realizada através de entrevista, com o objetivo de se obter o maior número de informações. Dados pessoais: Manter contato com a criança; Contém nome completo, apelido, idade, endereço, telefone, data de nascimento, número de irmãos e nome, ocupação dos pais, escola, série, nome do pediatra da criança e o telefone. Importante para manter o contato com a criança e para ter uma melhor ideia do contexto socioeconômico e cultural em que ela está inserida. Devem-se conhecer os hábitos dos pais quanto a tabagismo, alimentação e higiene. Perfil Psicológico: É registrado não apenas o comportamento psicológico da criança, mas também a atitude dos pais com relação ao tratamento odontológico. História Dentária: Motivo da consulta ou queixa principal; Tratamento odontológico prévio; Comportamento pregresso no consultório; Primeira vez no consultório odontológico; Questionar a queixa principal, tratamento odontológico prévio, comportamento pregresso no consultório. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Exame físico Sucede a anamnese e o objetivo é identificar os sinais e sintomas pertinentes ao quadro clínico. Deve ser feito de maneira ordenada e requer do profissional conhecimento de todas as áreas afins da odontologia. Coletar informações sobre possíveis alterações que possam indicar doenças sistêmicas; • Inspeção; • Palpação; • Percussão; • Auscultação. É dividido em EXTRABUCAL e INTRABUCAL. Exame Clínico Extrabucal 1º: exame geral da fala, postura, mãos, membros superiores e inferiores; 2º: exame das estruturas faciais e seus anexos: Ver o peso da criança, altura e temperatura. Região de cabeça e pescoço: Observar integridade das estruturas, patologias, função e desenvolvimento. Palpação: • Submandibular; • Submentoniana; e • Parotídea. Clínico Intrabucal Realizado após a limpeza das superfícies bucais e com boa iluminação, deve ser realizado de forma ordenada e sistemática. O exame intrabucal é iniciado com uma avaliação geral dos aspectos anatômicos e funcionais de toda cavidade. Exame dos tecidos moles: Cor, textura, ulcerações, vesículas, selamento labial e tumefações. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Exames complementares Radiográficos; Laboratoriais; Panorâmica: supranumerários, relação espacial do dente decíduo com o germe sucessor, processo de rizólise. Servem para auxiliar na composição do diagnóstico e prognóstico, devendo sempre ser analisados em conjunto aos dados físicos e anamnésicos do paciente. O diagnóstico de cárie deve ser : Visual + Radiográfico. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Cárie Doença responsável pela desmineralização do esmalte devido ao biofilme cariogênico (placa dentária), associada a uma dieta inadequada e constante falta de higiene bucal, levando a perda irreversíveis do tecido dentário. A destruição pode afetar esmalte, dentina e cemento. Índices CPO-d → Dente permanente • Não avalia mancha branca; • Saber diferenciar o período. Nos permite avaliar a experiência de cárie em dentes permanentes. CEO-d → Dentes decíduos • Os que esfoliam não conta. Nos permite avaliar a experiência de cárie em dentes decíduos. PREVALÊNCIA: quantidade da manifestação da doença na população. INCIDÊNCIA: novos casos. ICDAS • Avalia o grau de progressão; • Consideradentes restaurados. Do inglês International Caries Detection and Assessment System (ICDAS), é um sistema de escores baseado na inspeção visual auxiliado por uma sonda ball-point, sendo que maiores escores indicam lesões mais severa. Processo DES-RE O processo que altera de forma equilibrada a perda (desmineralização) e ganho (remineralização) de mineral pela estrutura dentária (Quando nos alimentamos). Quando o pH abaixa, ocorre perda de: Cálcio; Fosfato; Fluoreto. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Cárie dentária Fatores determinante. + Fatores confundidores Fatores confundidores • Idade; • Sexo; • Raça; • Genético; • Padrão sociocultural; • Socioeconômico. Fatores de riscos a cárie • Anatomia dentária (defeitos estruturais); • Dentes recém-erupcionados; • Posição dos dentes (apinhamento). Papel da saliva • Limpeza dos dentes; Diluição e neutralização dos ácidos (proteção). • Pacientes submetidos a radioterapia; Diminuição da secreção salivar. XEROSTOMIA Microbiota Streptococcus mutans - fase inicial • Presentes logo após a erupção dentária; • Início da lesão; • Colonização em dentes com anatomia retentiva. Lactobacillus - progressão • Progressão da lesão; • Presentes em estágios mais avançados. Actinomyces • Radicular. 1ª janela de infectividade: 6 a 30 meses; Introdução alimentar. 2ª janela de infectividade: 6 e 12 meses; irrompe 1º e 2º molar permanente. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Dieta A sacarose é o carboidrato fermentável mais cariogênico. Açúcar intrínsecos: frutas; Açúcar extrínsecos: industrializado. Atividade de Cárie LESÕES ATIVAS • Esmalte opaco e sem brilho visualizado antes ou em seguida a secagem; • Desgaste em esmalte com alo opaco e sem brilho; • Cavidade no esmalte opaco e sem brilho com envolvimento superficial de dentina; • Cavidade expondo uma dentina amarela e amolecida; • Tecido amolecido sem suporte (destaca fácil). LESÕES INATIVAS • Esmalte opaco com brilho, com ou sem descoloração amarronzada, visto após secagem; • Destruição localizada da superfície circundada por esmalte amarronzado; • Cavidade no esmalte envolvendo dentina, sendo ambos amarronzados; • Cavidade expondo dentina dura e amarronzada/escura; • Tecido endurecido Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Dentística em odontopediatria O tratamento restaurador deve ser o último recurso: quando tiverem falhadas todas as alternativas de controle, prevenção e remineralização. Dente decíduo: pode optar por não restaurar. A necessidade de intervenção depende do controle da lesão, idade, se a lesão é passível de limpeza. Objetivos do tratamento restaurador • Reparar ou limitar os danos causados pela cárie; • Preservar ao máximo a estrutura dentária; • Restabelecer função e estética; • Proporcionar uma condição que facilite uma manutenção e uma boa higiene bucal. Métodos • Remoção seletiva do esmalte- decíduos e permanentes (dentina amolecida não remineraliza, deixa um halo escuro na radiografia); • Remoção até a dentina firme- decíduos e permanentes; • Remoção stepwise- permanentes/ tratamento expectante (1ª etapa: seletivo; 2ª etapa: até dentina firme). Paralização da cárie Retirada de toda dentina infectada; Restauração com eficiente vedamento marginal (selamento hermético da cavidade). A eliminação do tecido cariado deve ser baseada em critérios clínicos tanto visual, quanto tátil. Deve-se ainda, levar em consideração a coloração, consistência e umidade da dentina. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Tratamento restaurador atraumático (ART) O termo atraumático se refere a ausência de sensação dolorosa, pois como somente a dentina infectada é removida não há mudanças na hidrodinâmica da dentina, não sensibilizando fibra nervosa. OBJETIVOS Paralisar a desmineralização no da lesão de CÁRIE; Restabelecer a função e auxiliar no controle da doença cárie. Maior conforto; Sem anestesia; Instrumentos manuais; Tempo reduzido; Mínima intervenção. Indicação Aplicação em todos os pacientes; não tem contraindicações. Atendimento em campo ou no consultório; Dentes decíduos e permanentes com lesão de cárie. Técnica ART A) Isolamento relativo do campo operatório. B) Remoção total ou parcial dos tecidos cariados; C) Ácido poliacrílico de 10 a 20 segundos; Lavar e secar; Bebês, Crianças, Pacientes especiais. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 D) Levar CIV; comprimir com vaselina por 40 segundos; retirar excesso; proteger com verniz e evitar comer no lado por uma hora. Tratamento restaurador atraumático modificado (ARTm) Remoção do esmalte sem sustentação, com o auxílio de pontas diamantadas em lesões dentinárias de pequena abertura ou em lesões ocultas. O ARTm prevê a remoção do tecido dentinário lesado (lesão de cárie) exclusivamente com instrumento manual, as pontas diamantadas auxiliam na remoção de estruturas rígidas. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Cirurgia em odontopediatria Aspectos importantes: avaliação pré- operatória (saúde geral odontológica), avaliação do comportamento, analgesia, anestesia. Cuidados: • Não mostrar seringas, agulhas e instrumental cirúrgico para criança; • Evitar máximo de visualização de sangue pela criança; • Não quebrar cadeia de biossegurança; • Atuar de forma serena; • Explicar: uso de EPIs para crianças. Técnica cirúrgica ANESTESIA - Para controlar a dor, uma anestesia feita de modo eficaz é fundamental. O forame mandibular na dentição decídua está localizado abaixo do plano oclusal); SINDESMOTOMIA - Faz-se rompimento das fibras do ligamento que mantém o dente articulado com o osso alveolar; LUXAÇÃO - Cuidadosa para não lesionar o germe do permanente; EXTRAÇÃO; SUTURA (se necessário). O cirurgião dentista deve possuir uma radiografia periapical de boa qualidade do dente a ser extraído. A radiografia deve permitir observar: o padrão de rizólise, a relação entre o dente decíduo e o germe do dente sucessor permanente, o grau de rizogênese do dente permanente, a existência de doença óssea regional. Uso do fórceps A parte ativa do fórceps deverá prender corretamente a coroa dental, para que a força aplicada ao cabo seja convenientemente transmitida ao dente, possibilitando sua luxação. Posicionar o fórceps com os mordentes paralelos ao eixo longo do dente; aplicar pressão em direção ao ápice; cuidado para não fraturar o dente. Dentes anteriores: Realizar movimentos de rotação. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Dentes posteriores: Devem ser feitos movimentos vestibulolinguais e movimentos pendulares. FÓRCEPS (tamanho infantil) 1: canino e incisivos superiores; 18D: molar superior direito e esquerdo; 65: raízes superiores; 69: raízes superiores e inferiores; 68: raízes inferiores de ambos os lados. Alavancas Os mais usados são: alavancas seldin Ponto de apoio: entre a parede óssea alveolar e a parede radicular. No caso de utilizar a alavanca, deve ser colocada e posicionada entre a parede alveolar e a raiz do dente, sendo introduzida o mais profundamente possível. Pós- operatório Analgésicos (depende da intervenção); Hemostasia – gaze estéril; Dieta líquida e pastosa; Não fazer bochecho nas primeiras 24h; Cuidado: Mordida pós-anestésica. Odontosecção Divisão cirúrgicado dente; Transformação de estruturas multirradiculares em unirradiculares. Osteotomia Remoção cirúrgica do osso; Indicada anquilose e fratura radicular; Retalho mucoso o Instrumentos – cinzéis. Cirurgias em tecidos moles Ulotomia e Ulectomia • Fibrose gengival (medicamento e trauma constante); • Dentes parcialmente erupcionados; • Erupção lenta; • Pericoronarite; • Ulotomia: incisão na gengiva (perto da oclusal e borda incisal) e divulsão para expor os dentes; Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 • Ulectomia: exérese do tecido gengivo- fibroso. Molar: incisão circular / Incisivo: incisão elíptica; • Não indicados em dentes decíduos intraósseos. Frenectomia Labial • Remoção de faixa; • Indicada quando há diastema (deve-se esperar até a erupção do canino), freio hipertrófico, recessão gengival); • Anestesia- pinça hemostática – retirar triangular- divulsão (desinserção de fibras) - sutura. Anquiloglossia Encurtamento de freio lingual; Interfere na alimentação, fonação/ dicção; Língua bilobulada (em coração); Uso de fio reabsorvível; Criança – uso de anestésico tópico (bebê). Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Endodontia em odontopediatria Um dos principais objetivos da odontopediatria é a preservação dos dentes decíduos no arco em condições anátomo-funcionais, até a época da sua esfoliação fisiológica. A prática da endodontia em decíduos devem considerar que eles possuem ciclo vital próprio. O ciclo do dente decíduo possui 3 fases: 1. Rizogênese: Fase de crescimento pulpar, juntamente ao da coroa e raiz; 2. Maturação Pulpar: Desde a formação completa da raiz até o início da sua reabsorção, iniciando a rizólise; 3. Regressão Pulpar: Início da reabsorção radicular (rizólise) até a esfoliação do dente. Exame radiográfico Observar a proximidade da lesão de cárie com a polpa, rarefação óssea periapical e óssea na região de furca, reabsorção radicular, formação do germe do sucessor permanente. ACESSO Realizado com uma ponta diamantada esférica, do tamanho compatível com o dente. O Teto deve ser removido com uma broca endo Z. Terapia pulpar CAPEAMENTO PULPA INDIRETO Remoção seletiva do tecido cariado em dentes com lesões de cárie profunda (metade interna de dentina), a fim de evitar risco de exposição e comprometimento pulpar. Exemplo: tratamento expectante, ART. Técnica: base (cimento de hidróxido de cálcio), restauração por 60 dias (ionômero de vidro). CAPEAMENTO PULPAR DIRETO Colocação de um medicamento diretamente sobre a exposição pulpar a fim de promover o restabelecimento da polpa, estimula o desenvolvimento de um tecido mineralizado e protegê-la de irritação adicional mantendo sua vitalidade. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Técnica: Otosporin (bolinha de algodão); Hidróxido de cálcio P.A; Cimento de hidróxido de cálcio, restauração com ionômero (60dias). Pulpotomia Remoção do tecido pulpar coronário inflamado, objetivando a manutenção da integridade da polpa radicular permitindo dessa forma a continuidade do ciclo biológico do dente decíduo. Consiste na amputação cirúrgica da polpa coronária, seguida do uso de fármacos com o objetivo de manter o remanescente radicular vital. INDICAÇÕES • Vitalidade pulpar; • Sangramento vermelho vivo; • Pouca reabsorção radicular; • Pouca destruição coronária. Pulpectomia Remoção/extirpação das polpas coronária e radicular e a obturação dos canais radiculares com o objetivo de preservar, até a esfoliação fisiológica, os dentes decíduos com comprometimento pulpar irreversível devido à lesão cariosa ou trauma. Contraindicação • Reabsorção radicular superior a 1 ∕ 3; • Lesão periapicais ou intrarradiculares muito extensas. PASTA DE GUEDES PINTO Composto por: Iodofórmio, Paramonoclorofenol Canforado (PMCC) e Rifocort. Colocar as pastas na entrada dos canais. TERAPIA PULPAR COM CTZ Composto por: Tetraciclina; Óxido de zinco e eugenol; Cloranfenicol. Em casos que não houve a instrumentação. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Traumatismo dentário O incisivos central é normalmente o dente mais envolvido no trauma, com etiologia variada, as principais causas envolvem esportes, quedas de bicicleta, acidentes de moto e outros fatores como violência e abuso de drogas. Foi observado uma maior incidência no gênero masculino (meninos). Na dentição decídua, ocorre entre 2/3 anos de idade, quando a coordenação motora está em desenvolvimento. TRINCA DE ESMALTE Rachadura/Fratura incompleta do esmalte, sem perda de substância dentária. Fotopolimerizador pode auxiliar no diagnóstico. Tratamento: Teste de sensibilidade e acompanhamento radiográfico. FRATURA DE ESMALTE Fratura não complicada de coroa, perda de conteúdo dentário confinada ao esmalte dentário. Tratamento: Proteção dos túbulos dentinarios, em casos de pequenas extensões arredondar as bordas e aplicar flúor. Acompanhar radiograficamente. FRATURA DE ESMALTE E DENTINA SEM EXPOSIÇÃO PULPAR Fratura não complicada da coroa, confinada a esmalte e dentina, sem exposição pulpar. Tratamento: Proteção da polpa (se profundo) e restauração/ colagem do fragmento. Acompanhar radiograficamente. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 FRATURA DE ESMALTE E DENTINA COM EXPOSIÇÃO PULPAR Fratura complicada da coroa, com presença de hemorragia local, sensibilidade térmica e dor a mastigação. Tratamento: Capeamento pulpar, curetagem pulpar, pulpotomia parcial, endodontia são opções de tratamento depende da situação clínica. FRATURA CORONORADICULAR Clinicamente observa-se sua extensão vai além do limite gengival, que envolve esmalte, dentina, cemento e em algumas situações a polpa. Tratamento: A extensão da fratura ditará a opção de tratamento, que vai desde os mais conservadores até a possibilidade de extração. FRATURA RADICULAR Fratura complexa que envolve, cemento, dentina e polpa. Podendo ser horizontal, diagonal e vertical (extração), além de acometer os terços apical, médio e cervical. Tratamento: Fraturas transversais no terço cervical, faturas longitudinais ou oblíquas – exodontia. Fraturas transversais no terço apical – não necessita de tratamento. Fraturas no terço médio – anestesia + pressão digital para aproximar os fragmentos, contenção semirrígida. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 CONCURSSÃO Traumatismo às estruturas de suporte do dente sem aumento da mobilidade ou deslocamento do dente, mas com marcante sensibilidade a percussão. Lesão ao ligamento periodontal, ocorre edema e sangramento e dano ao suprimento neurovascular da polpa. Tratamento Ajuste oclusal, orientação de higiene e mudanças na dieta (alimentação pastosa e líquida) nos primeiros dias após o trauma. Acompanhamento radiográfico. SUBLUXAÇÃO Aumento da mobilidade, com ligeiro aumento do espaço pericementário, pode haver sangramento no sulco gengival e mudanças na coloração da coroa do dente (tempo). Tratamento: Ajuste oclusal, orientação de higiene e mudanças na dieta (alimentação pastosa e líquida) nos primeiros dias após o trauma. Acompanhamento radiográfico. LUXAÇÃO LATERAL Deslocamento lateral do dente em uma direção que não seja intrusiva, acompanhada por fratura das paredes do alvéolo. Tratamento Reposicionamento cuidados e contenção rígida 3 a 8 semanas (fratura do osso alveolar). Acompanhamento radiográfico. LUXAÇÃO EXTRUSIVA Deslocamento parcial do dente na direção axial. Tratamento:Na dentição decídua alguns autores recomendam a extração para não afetar o germe do permanente. Na dentição permanente contenção semirrígida de 2 a 3 semanas. Acompanhar radiograficamente. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 LUXAÇÃO INTRUSIVA Deslocamento do dente para dentro do alvéolo (coroa encurta). Tratamento: Alguns autores recomendam a extração em casos de trauma em dentes decíduos se atingir o germe do permanente. Dentes com ápice aberto - reerupção espontânea em 2/4 meses. Dentes com ápice fechado - é necessário extrusão ortodôntica. Reposicionamento ortodôntico - iniciar na primeira consulta. AVULSÃO Remoção completa do dente do seu alvéolo decorrente de um acidente. Em dentes decíduos não faz o reimplante. Para reimplante de permanentes os requisitos são ausência de doença periodontal, meios de conservação e armazenagem e tempo do ocorrido. O dente deve ser armazenado prioritariamente na solução de Hank ou ainda em leite ou saliva. O REIMPLANTE DEVE SER REALIZADO SEMPRE QUE POSSÍVEL. Tratamento O grau de comprometimento ditará o tratamento. A contenção para esse tipo de trauma é semirrígida, é importante realizar a cobertura antibiótica e avaliar a profilaxia antitetânica (atualização da vacina). Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Exames radiográficos As radiografias servem para auxílio no diagnóstico e planejamento no plano de tratamento. Tem-se algumas características na dentição decídua, que irão ser avaliadas além do exame clínico, no exame radiográfico Deve-se examinar a anatomia normal e sua correspondência à idade do paciente na seguinte ordem: 1. Dentes; 2. Estruturas ósseas; 3. Limites; 4. Cavidades aéreas Para que se consiga realizar um exame radiográfico em odontopediatria é necessário CONDICIONAR o paciente. Proteção às radiações As crianças são mais suscetíveis aos efeitos tardios da radiação que os adultos, e isso se deve ao fato das suas células ser mais jovens, então, estão em estado de menor diferenciação e o risco de alguma célula ser afetada pelos efeitos nocivos das radiações ionizantes pode ser maior nesse paciente. Para minimizar a exposição à radiação (sobre o paciente, profissional e ambiente) e os seus riscos, o profissional deve lançar mão de algumas manobras: 1- Tempo de exposição baixo; 2- Uso de aventais de chumbo; 3- Filmes ultrarrápidos que permitam a redução do tempo de exposição; 4- Cones longos e abertos; 5- Uso de suportes para filmes e rigor na técnica, para reduzir a possibilidade de repetições. Para a proteção do PACIENTE: Proteção das gônadas, ter domínio da técnica para indicar a tomada correta, evitar repetições, ter cuidado com o processamento do filme radiográfico e armazenamento das radiografias, ter critérios para a solicitação dos exames radiográficos, utilização de avental de tecidos plumbífero, tendo proteção mínima de 0,25 mm. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Para a proteção do PROFISSIONAL: O profissional deve tomar máximo cuidado para não se expor diretamente à radiação durante as tomadas radiográficas. Nunca esteja na direção do feixe, NÃO segurar o cabeçote durante a tomada radiografia, não permanecer nem atrás do paciente nem atrás do cabeçote durante a tomada radiográfica. Quando há necessidade que segurar o filme na boca do paciente quem deve segurar é o responsável pela criança. Redução de risco Cuidados: idade, necessidade, condicionamento, coordenação motora, tamanho da boca, ânsia, posicionar cadeira e aparelho deixando colocação do filme por último; Recomendações: instrução e familiarização, posicionar cone e depois o filme, tamanho do filme compatível com a boca, região mais fácil primeiro (anterior) prender a atenção durante a exposição, uso do avental plumbífero, realizar técnica de exposição correta. Indicações Avaliação: atividade de cárie, crescimento e desenvolvimento, anomalias, defeitos genéticos, condições patológicas, trauma; Critérios para tomada radiográfica: tipo de dentadura, lesão de cárie recorrente ou primária, áreas de interesse, risco de cáries, anomalias familiares. Contraindicações Ausência de lesões de cárie, presença de espaço entre molares. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 TÉCNICA CARACTERÍSTICAS Periapical Avaliar o grau de rizólise, cripta, reabsorção do tecido ósseo, lesão cariosa (foco bacteriano no decíduo afeta permanente). Cuidado com rizogênese incompleta e lesão periapical. Traumatismo dental. Controle e acompanhamento. Técnica da Bissetriz. Técnica do paralelismo. Técnica de Clark. Bite-wing Interproximal - lesões cariosas Oclusal Filme adulto de forma horizontal com a criança mordendo. Observar regiões anteriores Paralelismo Uso de posicionador - Terá menos erros devidos ao uso dos posicionadores. Bissetriz Não usa posicionador Feixe central = perpendicular ao eixo do dente, normalmente é feita com pressão digital. Panorâmica Avaliação do desenvolvimento ósseo. Patologias bucais. Observação de seios maxilares. Exame prévio da ATM. Observação bilateral. Traumatismo. Documentação ortodôntica Vantagens: visão em conjunto, baixa exposição, tomada única. Desvantagem: sobreposição Tomografia Cistos. Distância de germes. Dentes supranumerários Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Radiografia em bebês Indicado para bebês com dente natal ou neonatal, nos casos de traumas ou anomalias. O bebê deve ser posicionado no colo do responsável e o filme segurado por PRESSÃO DIGITAL. Região anterior da maxila, o feixe central deve ser posicionado na ponta do nariz, já na região anterior da mandíbula o feixe deve ser posicionado na sínfise mentoniana. O filme usado será nº 02. Erros na técnica • Alongamento; • Encurtamento; • Filme invertido; • Sobreposição; • Manchas escuras. Etapas da revelação Revelador = 1 min; Água = 30 seg; Fixador = 2 min; Água = 15 seg. R – A – F – A Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Terapêutica em odontopediatria As crianças apresentam imaturidade morfológica, bioquímica, fisiológica e psicológica – por isso devemos ter cuidado. Quando vamos prescrever medicações e anestésicos, devemos levar em consideração o PESO. Deve-se optar pelas formas líquidas (xarope, suspensão), fazendo a prescrição de acordo com o peso terá o máximo de efeito com mínimo de efeitos adversos. SUSPENSÃO: É necessário diluir o pó em água, onde no frasco do medicamento tem- se uma marcação, até onde a água pode chegar. Ao final da mistura a solução deve estar no local marcado com a seta. SOLUÇÃO: A medicação já vem pronta, e geralmente vem um medidor em forma de copinho ou seringa. DOR: fenômeno complexo que organismo reage diante da possibilidade ou dá ocorrência da lesão. O medo pode ser: OBJETIVO: A criança já passou por uma experiência que não foi agradável. SUBJETIVO: Medo do desconhecido; ter visto ou escutado. Benzodiazepínicos São fármacos que atuam no sistema nervoso central (SNC) resultando na diminuição da ansiedade estresse e tensões. A sedação mínima deixa o paciente mais tranquilo, e é usado em pacientes que tem problemas com comportamento. Atualmente dois benzodiazepínicos são recomendadas para o uso em odontopediatria, o Diazepam e o Midazolam (1° escolha). DIAZEPAM MIDAZOLAM Dose 0,2 ou 0,5 mg 0,25 ou 0,5 mg Início de ação 45 A 60 min 20 A 30 min Duração 6 a 8 horas 2 A 4 horas Conteúdo licenciadopara Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Óxido nitroso Técnica segura e eficaz, reduz a ansiedade e promove analgesia. Causa redução de débito cardíaco enquanto a resistência periférica é aumentada. Desvantagens: Interferências da máscara nasal para incursões na região A-S da maxila; poluição e possível contaminação por exposição do profissional e auxiliar. A máscara utilizada deve estar totalmente vedada no nariz da criança. Não pode abrir a boca, para que ocorra a sedação e a criança consiga inspirar o gás. Analgésicos São usados para controle da dor aguda de intensidade leve. DIPIRONA PARACETAMOL IBUPROFENO Posologia 15mg ∕ kg 4/4 horas 10-15mg ∕ kg 6/6 horas 10-15 mg/kg 6/6 horas Dose 1 gota para 2kg 1 gota para 1 kg 1 gota para 1 kg Anti-inflamatórios Medicamentos à base de diclofenaco de sódio ou potássio são contraindicados. O único anti-inflamatório usado é o IBUPROFENO. Antibióticos São fármacos com a finalidade de combater m.o causadores de infecção no organismo. Uso profilático ou terapêutico. As penicilinas são de primeira escolha. AMOXICILINA 125 mg/5mL até 3 anos; 250mg/5mL 03 até 12 anos; 500 mg/5mL acima de 40 kg. Dose: 5 ml; Posologia: 8 em 8 horas. Pode ser administrado de 12 em 12 horas em criança. Normalmente antibiótico é administrado de 7 a 14 dias. Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46 Anestésicos locais Perda temporária de sensação ou de dor produzida por um agente químico aplicado topicamente ou injetado, sem pera de consciência Diminui medo e ansiedade, pois previne a dor. Aumenta relação de confiança do paciente com o dentista. 1) Tópico: • Lidocaína- gel (2%), pomada (5%), spray (10%); • Benzocaína (20%) – Cuidado com a alergia; • Lidocaína + prilocaína (EMLA) – 25g/g 2) Injetável: • Lidocaína 2%; • Prilocaína 3%; • Mepivacaína 2%. Manejo • Preparar psicologicamente o paciente sem usar “é só uma picadinha” ou “não vai doer”; • Anestesia tópica- manter local seco; • Estabilizar a cabeça, alerta com movimentos abruptos; • Falar continuamente com a criança; • Não mostrar agulha desnecessariamente ao paciente; • Não usar agulha longa; • Anestésico deve sempre preceder ao avanço da agulha; • Explicar para criança que a anestesia é transitória. ANESTÉSICOS DOSE PONDERAL (mg/kg) DOSE MÁXIMA (mg/kg) Lidocaína 2 e 3 % 4,4 300 Mepivacaína 2 e 3 % 4,4 300 Articaína 4% 5,0 500 Prilocaína 3% 6 400 Bupivacaína 0,5% 1,3 90 Cálculo REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: GUEDES-PINTO AC. Fundamentos de Odontologia Odontopediatria. 8. ed. São Paulo: Santos, 2010; Corrêa M. S. N. P. Odontopediatria na primeira infância, 3ª edição, 2011 KATCBURIAN, Eduardo. Histologia e embriologia oral: texto, atlas, correlações clínicas. 3. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012 Conteúdo licenciado para Lanna Giovanna Neves Santos - 621.678.843-46