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Estágio na área sanitária e Gestão de Tecnologia de Saúde

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Estágio na área sanitária e Gestão de Tecnologia de
Saúde
Prof.º Samuel Ferreira da Costa
Descrição
Estágio em Vigilância Sanitária, Saúde Pública e Gestão de Tecnologias: atribuições do biomédico e noções
sobre o estágio nessa área.
Propósito
Compreender a atuação do biomédico na Vigilância Sanitária, Saúde Pública e Gestão em Tecnologias e a
legislação pertinente às áreas é importante para relacionar os conhecimentos adquiridos nessas
habilitações com a aplicação prática durante o estágio supervisionado.
Objetivos
Módulo 1
Estágio em Saúde Pública e Vigilância Sanitária
Descrever a história da saúde pública, a regulamentação, as atribuições do biomédico e o estágio
supervisionado em Saúde Pública e sanitarista.
Módulo 2
Estágio em Gestão de Tecnologia em Saúde
Descrever a regulamentação, as atribuições do biomédico e o estágio supervisionado em Gestão de
Tecnologia em Saúde.
O biomédico possui um papel importante nas atividades que são desenvolvidas na área de Vigilância
Sanitária e Saúde Pública. Essas áreas são necessárias para que existam conjuntos de ações
capazes de reduzir os riscos à saúde e eliminar problemas sanitários que podem estar relacionados
com as áreas de produção, meio ambiente, controle e circulação de bens de consumo e prestação de
serviços — que podem estar ligados, direta ou indiretamente, com a saúde. Já a área de Saúde
Pública engloba todas essas ações e medidas, quando executadas pelo Estado, garantindo assim o
bem-estar físico, mental e social da população.
A partir desses princípios, discutiremos e reconheceremos a importância do biomédico nas áreas de
Vigilância Sanitária e Saúde Pública. Demonstraremos também as atribuições do biomédico nessa
área, como obter a habilitação e a importância do estágio supervisionado para o destaque no
mercado de trabalho.
Além disso, conheceremos a gestão das tecnologias em saúde, umas das mais novas habilitações
do biomédico que atribui a esse profissional um conjunto de atividades gestoras, entendendo quais
são as atribuições, a regulamentação e o que o estágio nessa área pode proporcionar para a vida
profissional do biomédico.
Introdução
1 - Estágio em Saúde Pública e Vigilância Sanitária
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever a história da saúde pública, a
regulamentação, as atribuições do biomédico e o estágio supervisionado em Saúde Pública e
sanitarista.
O histórico da saúde pública
Historicamente, com a origem das doenças, muitos métodos curativos eram aplicados para que houvesse a
redução nos índices de mortalidade. Entretanto, ainda não existiam medidas preventivas para reduzir esse
quadro de doenças.
Esse pensamento, voltado para a prevenção de doenças, surgiu com base nas
atribuições relativas aos profissionais da Saúde Pública, com foco na promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Esses profissionais precisavam então analisar dados como aumento da população em áreas urbanas,
propagação de enfermidades, aumento da mortalidade infantil, falta de saneamento básico e controle de
doenças transmissíveis. Ou seja, o dever era identificar os acontecimentos e aplicar medidas necessárias
para melhorar e evitar o adoecimento. Foi nesse contexto que as instituições de ensino voltadas para a
educação em saúde foram criadas. Vamos começar a nossa história em 1918, quando foi implementado o
Laboratório de Higiene e Saúde Preventiva ligado à Faculdade de Medicina. Esse projeto foi financiado pela
fundação Rockfeller, uma instituição americana com o intuito de promover, em outros países, o estímulo à
saúde pública.
Os primeiros cursos oferecidos foram os de formação de sanitaristas para o controle da febre amarela e o
de educadores sanitários para capacitar professores primários a educar a população para a consciência
sanitária.
Em 1923, sob o comando de Geraldo Horácio Paula Souza, o então Laboratório de Higiene foi desvinculado
da Faculdade de Medicina, passou a ser chamado de Instituto de Hygiene e ficou vinculado à Secretaria de
Educação e Saúde Pública de São Paulo.
Em 1925, foi fundado o Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza, considerado o primeiro serviço de saúde
pública implantado no Brasil.
Geraldo Horácio Paula Souza (1889-1951), farmacêutico e médico sanitarista – fundador do Instituto de Hygiene e da Faculdade de Higiene e
Saúde Pública.
Em 1934, com a criação da Universidade de São Paulo (USP), pelo governo de São Paulo, a escola passou a
ser uma referência tanto nacional como internacional. Em 1938, a Escola de Higiene começou a oferecer
cursos para médicos sanitaristas. No entanto, apenas em 1945 esse instituto conseguiu autonomia e
recebeu o nome de Faculdade de Higiene e Saúde Pública, e depois, em 1969, mudou o nome para
Faculdade de Saúde Pública.
Faculdade de Saúde Pública da USP.
A partir da década de 1950, a educação em Saúde Pública passa a ter um importante papel em ações de
prevenções de doenças e no controle de epidemia. Podemos citar dois fatos importantes que mudaram
esse panorama. Em 1958, a Lei nº 3427 mencionava, pela primeira vez, sobre o engenheiro sanitarista, um
profissional que trabalhava com questões relacionadas ao saneamento básico. Nessa mesma época,
constataram que a falta de saneamento básico tinha relação direta com o adoecimento. Ainda em 1958, a
Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) deu início a cursos de especialização para formar novos
sanitaristas.
Posteriormente, no ano de 1966, a Lei nº 5019, que tratava sobre as diretrizes e bases da educação, instituiu
a Fundação Ensino Especializado em Saúde Pública, possibilitando que diversos profissionais iniciassem
sua formação como sanitaristas. Já em 1969, essa fundação passou a ser chamada de “Fundação de
Recursos Humanos para a Saúde” e hoje em dia ela é conhecida como “Fundação Oswaldo Cruz” —
FIOCRUZ, com caráter nacional. Assim, foi possível a descentralização dos cursos básicos de saúde pública,
estimulando a criação de núcleos regionais de formação e aumentando a produção científica, em benefício
da população.
Fiocruz.
A evolução no contexto dos estudos sobre saúde pública levou a algumas reformas sanitárias, ou seja, um
conjunto de ideias com caráter coletivo que visava implementar mudanças e transformações necessárias
na área da Saúde, garantindo a busca por melhoria das condições de vida da população.
Saiba mais
A Faculdade de Saúde Pública de São Paulo foi responsável pelas reformas sanitárias do estado de São
Paulo (1925), da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (1969) e do Ministério da Saúde ‒ MS (1975-
1979).
Sérgio Arouca (1941-2003), médico sanitarista.
Em 1970, iniciou-se um dos movimentos sanitaristas mais importantes que mudou o tratamento de saúde
pública no Brasil. Esse movimento teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, em
1986, com destaque para o sanitarista Sérgio Arouca.
De acordo com as ideias e propostas de mudança discutidas na 8ª Conferência Nacional de Saúde, ocorreu
então a universalidade do direito à saúde, que foi oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a
criação do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
O SUS é considerado o maior sistema público de saúde no mundo, que promove à população acesso
gratuito a serviços de saúde, mesmo ao indivíduo que não é naturalizado brasileiro. Os serviços oferecidos
vão desde a atenção básica e saúde da família até mesmo a grandes cirurgias.
O MS e as secretarias estaduais e municipais de saúde são os órgãos envolvidos no funcionamento do SUS
e englobam ações de desenvolvimento de políticas públicas, diretrizes, normas e fiscalizações para
avaliação das implementações dessas políticas, como, por exemplo, o Plano Nacional de Saúde, o Plano
Estadual de Saúde e o Plano Municipal de Saúde. Dessa forma, é importante que existam profissionais bem
qualificados, para que essas políticas públicas alcancem a população (independentemente do seu contexto
social).
Além disso,o espaço de saúde coletiva, como espaço multiprofissional e interdisciplinar, tem se
preocupado amplamente com a efetivação do SUS, e dado importância à necessidade de formar
profissionais qualificados para a transformação das práticas já existentes, mobilizando politicamente as
mudanças dos modelos que precisam de atenção e melhorias.
Dentro desse contexto, o biomédico é considerado um profissional qualificado para essa função, já que
possui um amplo conhecimento na área da Saúde e consegue correlacionar seus conhecimentos com as
necessidades da população. Isso é um diferencial quando se diz respeito ao desenvolvimento de novas
ideias para a melhoria dos serviços de saúde pública.
O biomédico sanitarista
Como sabemos, o curso de Biomedicina busca formar um profissional de saúde com perfil generalista,
humanista, com participação em todos os níveis de atenção à saúde, embasamento científico, intelectual e
ético.
A ação do biomédico sanitarista (habilitado como sanitarista ou em saúde pública) é de caráter
interdisciplinar, com visão de integralizar a assistência a serviços preventivos individuais e coletivos,
buscando a promoção da qualidade de vida em diversas áreas de execução.
Vamos conhecê-las?
Epidemiologia
Área relacionada à prevenção e controle de doenças. Ocorre a detecção e, em seguida,
métodos de prevenção para reduzir os casos de doenças como Infecções Sexualmente
Transmissíveis – ISTs (HIV, Hepatites B e C); doenças transmissíveis crônicas (tuberculose,
doença de chagas), doenças transmissíveis agudas (sarampo, rubéola, difteria, tétano
acidental e neonatal, coqueluche, caxumba) etc.
Ciências Sociais
Análise da situação socioeconômica de determinada população, tendo em vista que tal
condição pode estar diretamente relacionada com processos de adoecimento.
Políticas Públicas
Desenvolvimento de métodos que auxiliem e melhorem os quadros de saúde de determinada
população, assim como a prestação de serviços.
Planejamento
Área estratégica que determina o planejamento de ações de saúde, visando sempre ao bem-
estar da população.
Gestão e Avaliação em Saúde
Área estratégica que compreende e avalia as tomadas de decisão e os planejamentos
necessários para diferentes eixos observados, organizando, assim, tais ações, de acordo com
a sua necessidade.
Vigilância em Saúde
Área que se enquadra na vigilância epidemiológica, ambiental e sanitária. Tem como foco a
melhoria da gestão clínica, promoção da saúde e uso racional de recursos.
Saúde Ambiental
Conjunto de medidas que estão relacionadas ao meio ambiente e riscos de contaminação em
ambientes como água, solo, ar e contaminação por/de animais.
Saúde Mental
Área que garante um suporte psicológico/psiquiátrico aos pacientes e trabalhadores que
fazem uso de serviços de saúde.
Saúde da Família
Área que busca a promoção na qualidade de vida da população, garantindo o cuidado da
sociedade com base em atendimentos nas unidades básicas de saúde, na própria casa ou em
comunidades.
Saúde do Trabalhador
Ações que estão voltadas para a proteção à saúde dos trabalhadores, assim como na
recuperação e reabilitação desses trabalhadores submetidos a condições de risco.
As áreas de execução podem passar por modificações (individuais ou coletivas) a
fim de promover uma melhoria na qualidade de vida e nos serviços de saúde
prestados.
O biomédico sanitarista pode atuar tanto em instituições privadas (Setor de Qualidade, Boas Práticas
Laboratoriais, Regulatório Ético, Centros de Pesquisa etc.) como públicas. Nas instituições públicas,
destacam-se as áreas relacionadas ao SUS, local em que esse profissional apresenta diferentes atribuições,
como:
1. Secretarias municipais, estaduais e Ministério da Saúde para a criação e fortalecimento de estruturas
regulatórias, com base no desenvolvimento de diretrizes voltadas para os serviços de saúde.
2. Núcleos de apoio à Saúde da Família para o desenvolvimento de serviços de atenção básica em saúde,
voltados para o contexto gestacional em populações carentes.
3. Atenção à saúde como um papel de suporte, e não assistencial, auxiliando no controle de qualidade dos
serviços prestados.
4. Laboratório de saúde pública auxiliando o processo de trabalho dos analistas clínicos. Dando suporte
nos diagnósticos e nas dúvidas relacionadas aos exames dos pacientes.
5. Promoção à saúde para o desenvolvimento de ações de educação em saúde, para conscientizar e
aprimorar o conhecimento da população.
�. Planejamento, controle e avaliação em saúde auxiliando às áreas estratégicas, ajudando no
desenvolvimento de ideias que melhorem as condições de saúde.
7. Regulação em saúde na monitoração e fiscalização de serviços especializados, visando aumentar a
oferta desses serviços.
�. Auditoria em saúde realizando a fiscalização e a identificação dos processos de trabalho, criação de
relatórios etc.
9. Ouvidoria como um canal de denúncia no próprio Sistema Único de Saúde, garantindo que a população
consiga avaliar e indicar possíveis problemas que estejam ocorrendo.
10. Executar ações de vigilância em saúde, ou seja, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à
saúde. Esse conceito inclui a vigilância e o controle das doenças transmissíveis e não transmissíveis,
vigilância ambiental, da saúde do trabalhador e da vigilância sanitária.
Falamos em vigilância sanitária, você sabe o que é?
A vigilância sanitária é o monitoramento de serviços, com a função de fiscalizar locais como laboratórios,
hospitais, clínicas médicas, estéticas e odontológicas. São lugares com maior risco de contaminação de
doenças, e precisam de maior atenção quanto a questões de higienização.
De acordo com a Lei Federal nº 8.080, de 1990, a vigilância sanitária se baseia no conjunto de medidas que
propõe elaborações, aplicações, controles e fiscalizações de normas e padrões de interesse da saúde
individual e coletiva, que podem estar relacionadas ao meio ambiente, produtos ou serviços.
Acerca do entendimento sobre vigilância sanitária, a Lei nº 8.080, de 1990, abrange 2 fatores fundamentais:
I. O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem
com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao
consumo.
II. O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde.
(Lei Federal nº 8.080, de 1990)
Essas ações são capazes de reduzir e eliminar os riscos à saúde que possam estar relacionados a
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, de ambientes de produção e de prestação de serviços
de interesse da saúde. Os riscos, por sua vez, se baseiam na probabilidade de ocorrência de um evento que
tenha como consequência danos à saúde, que podem ocorrer em diferentes etapas, desde o
desenvolvimento de produtos, processos até a atribuição de serviços.
Sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Essas atividades, desenvolvidas pelo profissional sanitarista, são de grande importância para que haja
controle, fiscalização e melhoria nos serviços de saúde. A empresa que recebe esses profissionais entende
a importância desse serviço, para que ela mesma consiga oferecer um trabalho de qualidade
(independentemente do setor que está sendo fiscalizado). As normas de vigilância sanitária existem
justamente para garantir que o prestador de serviço continue garantindo produtos (ou atendimento) de
qualidade, e que os clientes (ou pacientes) sejam bem atendidos, com empatia e suporte necessário.
Vamos entender a diferença entre o profissional de vigilância de alimentos e de produtos:
Vigilância de alimentos
Tem uma função importante na garantia de qualidade dos serviços relacionados com matéria-prima,
equipamentos e utensílios utilizados, embalagens, prazos de validade, métodos de preparo,
conservação e armazenamento de alimentos etc.
Vigilância de produtos
Esse tipo de vigilância vai controlar, monitorar e fiscalizar a produção, comercialização e distribuição
de produtos diversos (cosméticos, higiênicosetc.).
Como percebemos, um biomédico sanitarista pode atuar em diferentes áreas na Saúde Pública. No entanto,
aqui cabe um questionamento: você imagina por que os biomédicos têm uma habilitação em Saúde Pública
e outra em sanitarista?
Resposta

A resposta dessa pergunta está relacionada com a atuação de cada uma dessas habilitações. Um
biomédico habilitado em Saúde Pública tem o foco mais direcionado no sistema público de saúde, portarias
e legislações do serviço público e possui um papel fundamental no desenvolvimento e, principalmente, na
implementação de planejamentos organizacionais em sistemas e serviços de saúde, tanto públicos quanto
privados. Além disso, esse profissional é capacitado para atuar em fatores determinantes do processo
saúde-doença, no controle de doenças nas populações, com base em ações de vigilância sanitária e
intervenções governamentais. Já o biomédico sanitarista está mais direcionado às práticas e ações que
precisam ser tomadas a partir da criação de novos projetos em favor dos serviços de saúde.
O estágio supervisionado em Saúde Pública e na área
sanitária
Como já sabemos, o estágio supervisionado é muito importante para que o aluno, ainda no curso de
graduação, entre em contato com a área profissional e adquira conhecimento acerca das atividades práticas
que são atribuídas ao biomédico sanitarista (seja na saúde pública ou privada). Se realizado dentro dos
critérios para a obtenção da habilitação, o estágio permite que o aluno saia pronto para o mercado de
trabalho, sem a obrigatoriedade de qualificação profissional após a graduação.
Para o estágio na área sanitária, algumas disciplinas são importantes para o entendimento das principais
atividades desenvolvidas. São elas:
Epidemiologia
Uma vez que será necessário analisar contextos urbanos e populacionais, nascimentos, mortes,
migração, transição demográfica e saúde nas cidades.
Metodologias de pesquisa, bioestatística e bioética
Para a formulação de problema/questão de pesquisa, formação de conceitos, coleta e análise de dados.
Todas as pesquisas devem ser conduzidas de acordo com as questões bioéticas e éticas relacionadas à
pesquisa.
Planejamento, gestão e avaliação em saúde
Para entender a gestão em saúde dos serviços públicos, gestão de trabalho, financiamento em saúde,
avaliação em saúde como estratégia de monitoramento. Além disso, possibilita a análise de
características dos componentes presentes no sistema de saúde, visando garantir igualdade, equidade e
universalidade dos serviços de saúde prestados.
Políticas de saúde e globalização
Para compreender e analisar a organização política em saúde e realizar uma análise das políticas do
Brasil e do mundo.
É importante mencionar que, durante a formação acadêmica, os biomédicos adquirem as habilidades e
competências para a realização de ações que garantam um suporte para a saúde pública, garantindo o bem-
estar da população, uma melhor qualidade e medidas de segurança que estão voltadas para prevenção e
promoção da saúde.
Mas quais são as atividades vivenciadas no estágio?
As atividades desenvolvidas no estágio dependem da área e local de atuação. Como vimos, o biomédico
sanitarista possui um leque de atribuições e atividades para serem desempenhadas durante sua vida
profissional.
Exemplo
Imagine que você está estagiando na vigilância sanitária estadual. Durante o estágio, você poderá
acompanhar as atividades de inspeção de um serviço de hemoterapia.
Segundo a ANVISA:
A inspeção sanitária constitui atividade essencial exercida pelo Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), tendo em vista sua função de fiscalizar
os estabelecimentos sujeitos à ação de vigilância sanitária. Ela possui o
objetivo principal de verificar e fazer cumprir os requisitos de Boas Práticas e
demais determinações previstas na legislação sanitária vigente aplicável aos
estabelecimentos.”
(ANVISA, 2021)
Durante a inspeção, devemos verificar informações importantes, como a presença de um responsável
técnico legalmente habilitado, limpeza e desinfecção de ambientes, bancadas e materiais, atividades
desenvolvidas naquele ambiente, licença de funcionamento sanitária, número do processo de
licenciamento, certificado de responsabilidade técnica atualizado, comprovação de habilitação dos
profissionais técnicos, recebimento de material biológico de forma adequada, registros de transfusão,
registros de entrada e saída de bolsa etc.
É importante mencionar que existem legislações específicas que devem ser seguidas para realizar tal
inspeção. Além disso, no site da ANVISA existem modelos de roteiros de inspeção, guias, manuais
conforme o tipo de estabelecimento para orientar os inspetores e os profissionais de saúde. Para a
inspeção de um banco de sangue pela VISA estadual, os roteiros estão estruturados em 5 módulos. São
eles:
Módulo I
Informações gerais.
Módulo II
Captação, recepção/registro, triagem clínica e coleta.
Módulo III
Triagem laboratorial.
Módulo IV
Processamento, rotulagem, armazenamento e distribuição.
Módulo V
Agência transfusional; terapia transfusional.
A utilização desses roteiros depende da complexidade do serviço. Para um serviço de hemoterapia, como o
serviço de hemoterapia do Hemorio, que coleta bolsas de sangue, fornece hemoderivados para todos os
hospitais do estado do Rio de Janeiro e realiza transfusões, durante a inspeção, serão utilizados os 5
módulos. Entretanto, durante a inspeção em uma agência transfusional, em um setor destinado apenas para
atender às necessidades transfusionais de um hospital, sem a coleta de doadores, serão utilizados apenas
os módulos I e V.
A seguir, veremos apenas uma pequena parte de um roteiro de inspeção.
Print do modelo de roteiro da ANVISA para inspeção em serviços de hemoterapia.
Você deve ter percebido na imagem anterior que existe um nível de complexidade. O que isso significa?
Os níveis de complexidade significam a criticidade, ou seja, quanto a ausência de uma ação pode ser
prejudicial para a qualidade do serviço. Na imagem vemos que a presença ou ausência de médico
responsável técnico (RT) é nível III. Isso quer dizer que sem um RT há uma exposição ao risco que influencia
no grau máximo na qualidade dos produtos e serviços gerados pelo serviço inspecionado. O nível II indica
que aquela ação contribui, mas não determina a exposição imediata ao risco, e interfere na qualidade e
segurança dos produtos e serviços; e o nível I afeta, mas não em grau crítico, podendo ou não interferir na
qualidade. Além disso, temos o código INF, que quer dizer que aquela verificação é apenas uma informação
adicional.
Após a visita, é gerado um relatório de inspeção sanitária, documento sobre o estabelecimento, ou seja, um
relato da situação encontrada, quais as normas que não foram cumpridas, qual a conclusão da inspeção
quanto ao cumprimento das boas práticas e/ou condições de funcionamento do estabelecimento, a adoção
das medidas pertinentes e assinatura da equipe. Em seguida, o responsável técnico pelo estabelecimento
deve responder ao relatório no prazo estabelecido, com as ações e medidas corretivas e sua ciência.
Print do modelo do relatório de inspeção da ANVISA em serviços de hemoterapia.
É importante mencionar que, de maneira independente da atuação nessa área, o biomédico, durante sua
vida acadêmica e profissional, poderá receber fiscalizações da vigilância sanitária nos seus locais de
trabalho. Por exemplo, um biomédico habilitado em análises clínicas trabalha em um laboratório realizando,
entre outras funções, a coleta, o processamento, a análise de amostras biológicas e o descarte de resíduos
sólidos de saúde. O risco de infecção do profissional e da comunidade e a necessidade de diagnósticos
fidedignos fazem com que o laboratório tenha rígidas normas de segurança, limpeza e responsabilidades.
Assim, para garantir a segurança e a maior confiabilidade nos resultados encontrados, a vigilância sanitária
realiza fiscalizações regulares.Quando o laboratório não segue as normas estabelecidas por lei, a vigilância sanitária pode interditar seu funcionamento.
Saiba mais
A RDC nº 11, de 16 de fevereiro de 2012, define os princípios e requisitos para a execução das análises com
qualidade, confiabilidade e segurança, em produtos sujeitos à vigilância sanitária, como os laboratórios
públicos ou privados de análises clínicas.
Durante o estágio, você pode atuar tanto em instituições públicas como privadas, mas é interessante que
essa vivência seja adquirida ainda no período de formação, seja no setor público ou no setor privado.

Atuação do biomédico sanitarista: um pro�ssional em
favor da saúde pública
Neste vídeo, o especialista Samuel Costa conversa sobre a atuação profissional, desafios e perspectivas na
área.
As habilitações do biomédico em Saúde Pública e
sanitarista
Para o profissional biomédico, a Resolução nº 140, de 4 de abril de 2007, garante que o biomédico obtenha
a habilitação como sanitarista a partir do cumprimento de uma carga horária mínima de 500 horas de
estágio na área. O mesmo se aplica à habilitação em Saúde Pública (Resolução do CFBM nº 78, de
29/04/2002). Essa carga horária precisa ser, no mínimo, correspondente a 20% da carga horária total do
curso.
Além disso, as habilitações também podem ser obtidas por meio de uma pós-graduação Lato Sensu ou
Stricto sensu em Saúde Pública ou Saúde Coletiva, ou uma pós-graduação Stricto Sensu nas áreas de
pesquisa em Saúde Pública ou Saúde Coletiva, no contexto acadêmico de mestrado e doutorado, e pelas
residências multidisciplinares em Saúde Pública ou Saúde Coletiva.
O programa de residência multiprofissional se compromete a formar sanitaristas
com base nos princípios estabelecidos na Reforma Sanitária Brasileira. Essa
capacitação é desenvolvida a partir de atividades pedagógicas que englobam
análises críticas sobre a prática da saúde coletiva (pública e/ou privada).
Durante a formação, o aluno terá disciplinas referentes à saúde coletiva e às práticas que estão
relacionadas com o contexto sanitário. Acompanhe:
Atividades teóricas contextuais
As atividades teóricas são compostas de disciplinas com atividades expositivas, simpósios, estudos
dirigidos e debates sobre o contexto de saúde coletiva.
Tópicos focais em saúde coletiva
São abordados tópicos relativos ao planejamento e políticas de saúde, epidemiologia, bioestatística,
saúde ambiental e do trabalhador, ciências sociais e humanas em saúde e bioética.
A seguir, é possível visualizar todas as considerações necessárias, a partir da Lei nº 140 para obter a
habilitação como sanitarista.
O profissional biomédico, pela sua formação e perfil de generalista, humanista, o autoriza a atuar
mesmo de forma parcial em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico,
intelectual, com os primores éticos, dirigindo sua atuação para a transformação da realidade em
benefícios da sociedade e do homem.
A interação com outros profissionais de saúde deve ser acessível e atuando em todos os níveis de
atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e
recuperação da mesma.
A atuação do biomédico é interdisciplinar e com extrema acuidade na promoção da saúde
estabelecida na convicção científica, de cidadania e de ética; visto que reconhece a saúde como
direito e condições dignas de vida, e garantindo a integralidade da assistência, entendidas as ações
e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, respeitando a complexidade de cada caso
e contribuindo para a manutenção da saúde, bem-estar e qualidade de vida, respeitando os
princípios éticos inerentes ao exercício profissional.
O profissional biomédico exerce sua atividade, ainda que não restrita às análises clínicas, ato voltado
para prevenção e controle de doenças e deficiências, inclusive na promoção da saúde da população
em geral.

Considerações da Resolução nº 140, de 04 de abril de 2007 
A atuação do profissional biomédico é feita por meio de procedimentos técnicos, além de programas
e métodos qualificadores de ordem social, uma vez que sua atividade tem como princípio básico a
análise com respeito a valores humanos e sociais.
A atuação do profissional biomédico frente aos desafios sócio-sanitários, dentro de um contexto
específico, nos quais envolvem situações de risco ambientais e ocupacionais que submetem muitas
vezes o ser humano a perigos, inclusive ambientais, como exposição química em ambiente onde
trabalham e/ ou residem.
O biomédico busca equilíbrio na gestão dos serviços de saúde, sendo esta uma necessidade prática,
uma vez que há situações sócio-sanitárias complexas, inclusive de ordem industrial e agrícola.
O profissional biomédico, por meio de sua grade curricular e graduações, recebeu aportes técnico-
científicos e filosóficos para abordagem com perspectiva ecossistêmica para os problemas de
saúde do ser humano, inclusive os relacionados com o ambiente e os processos produtivos.
O profissional biomédico encontra-se credenciado a exercer sua atividade profissional em qualquer
área da saúde, respeitando aquelas fora de sua atuação.
A necessidade de reforçar a estrutura de recursos humanos dos serviços de saúde, além de dar
maior celeridade às atividades sanitárias, em especial, atenção à saúde pública do País.
A necessidade de normatizar o direito do profissional biomédico para atuar como sanitarista, cuja
área, também, está subordinada, conforme grade curricular e em face a essa contextualização.
A importância e a contribuição dos sanitaristas e do processo de construção da saúde pública na
concepção e viabilização da Reforma Sanitária Brasileira e do Sistema Único de Saúde.
Mercado de trabalho para o biomédico sanitarista
O profissional habilitado na área encontra um mercado muito competitivo e alguns pontos podem ser
determinantes para se destacar, como a autonomia, autoconfiança, liderança, conhecimento técnico, bom
relacionamento, gostar e saber trabalhar em equipe, saber desenvolver pensamentos críticos e ideias de
melhoria. Após o reconhecimento da profissão de sanitarista no país, no ano de 2017 pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), ocorreu o fortalecimento e uma maior visibilidade para os profissionais da área.
Com isso, ocorreu uma busca mais acentuada por cursos especializados, aumentando a demanda de
profissionais no mercado de trabalho. O biomédico carrega uma bagagem importante por conta da sua
formação acadêmica, e isso garante um diferencial positivo quando falamos sobre oportunidades no
mercado de trabalho.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As medidas de controle e fiscalização de normas e padrões de interesse da saúde individual ou coletiva
estão relacionadas a processos que envolvam o meio ambiente, produtos ou serviços. Essas medidas
são importantes para reduzir e eliminar os riscos à saúde, que podem estar associados a problemas
sanitários, ao próprio ambiente de produção ou até mesmo a algum tipo de serviço feito. Isso leva a
consequências negativas e danos à saúde. Nesse caso, cabe ao biomédico sanitarista:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A vigilância sanitária baseia-se em um conjunto de medidas que visam à elaboração, aplicação,
controle e fiscalização de normas e padrões de interesse da saúde individual e coletiva, que podem
A
Atribuir modelos de regulamentação e fiscalização apenas em locais com maiores
riscos de contaminação.
B
Atribuir modelos de regulamentação e fiscalização de produtos, serviços e alimentos,
sem se preocupar com o contexto socioeconômico em que esses danos estão
inseridos.
C
Atribuir modelos de regulamentação e fiscalização que controlem os bens de consumo
e prestação de serviços, relacionando todas as etapas e processos, da produção ao
consumo.
D
Aplicar apenas seus conhecimentos de graduação, para desenvolver um planejamento
de redução de danos, considerando um núcleo identitárioespecífico.
E
Considerar as ideias obtidas a partir da Reforma Sanitária Brasileira, tratando tais
problemas de maneira individual, sem considerar a universalidade do direito à saúde.
estar relacionadas ao meio ambiente, produtos ou serviços. Essas ações são capazes de reduzir e
eliminar os riscos à saúde que possam estar relacionados a problemas sanitários decorrentes do meio
ambiente, de ambientes de produção e de prestação de serviços de interesse da saúde.
Questão 2
Um biomédico sanitarista obteve tal habilitação com base na Resolução Nº 140, de 4 de abril de 2007,
após o cumprimento de uma carga horária mínima de estudos e atividades relacionadas ao contexto de
saúde coletiva (pública ou privada). Sobre o assunto, analise a relação entre as assertivas a seguir:
I. Um aluno com estágio não obrigatório na área de sanitarista com carga horária total de 200 horas
teve o pedido de registro no Conselho Regional de Biomedicina negado.
PORQUE
II. A habilitação em Saúde Pública apenas é obtida a partir do estágio supervisionado de 500 horas e
uma pós-graduação na área.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
Parabéns! A alternativa D está correta.
Para o biomédico conseguir a habilitação de sanitarista deve cumprir uma carga horária mínima de 500
horas de estágio na área, ou por meio de uma pós-graduação Lato Sensu ou Stricto Sensu em Saúde
A As afirmativas I e II são verdadeiras.
B A afirmativa I é verdadeira, mas a II é falsa.
C A afirmativa II é verdadeira, mas a I é falsa.
D As afirmativas I e II são falsas.
E A afirmativa II não é uma justificativa da afirmação I.
Pública ou Saúde Coletiva, ou pela residência multidisciplinar, também em Saúde Pública ou Saúde
Coletiva.
2 - Estágio em Gestão de Tecnologia em Saúde
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever a regulamentação, as atribuições do
biomédico e o estágio supervisionado em Gestão de Tecnologia em Saúde.
A Política Nacional de Gestão de Tecnologia em Saúde
O conceito de Tecnologia em Saúde engloba qualquer intervenção para melhoria da saúde individual e
coletiva, não ficando restrito apenas às tecnologias que interagem diretamente com os pacientes, como
equipamentos, medicamentos, procedimentos médicos, dentro outros, incluindo os sistemas de
organização e o suporte aos sistemas de saúde.
O uso de novas tecnologias demanda observação do custo em relação à efetividade, acompanhe:
Custo
N últi dé d d l i t i tífi iti i ú d
A partir do início da década de 1990, alguns países, como a Austrália, começaram a implementar o uso de
evidências científicas na incorporação de tecnologia.
No Brasil, o Ministério da Saúde, em 2010, desenvolveu a Política Nacional de Gestão de Tecnologia em
Saúde (PNGTS) como forma de aprimorar a capacidade regulatória dos serviços desenvolvidos em
benefício do Estado. Essa política se baseia na produção de conhecimentos científicos para auxiliar os
gestores nas tomadas de decisão relativas a processos relacionados ao sistema de saúde, assegurando o
acesso da população a tecnologias efetivas e seguras, em condições de equidade.
Atenção!
A PNGTS auxilia os gestores nos processos de avaliação, incorporação, difusão, gerenciamento da
utilização e retirada de tecnologias no sistema de saúde.
O processo de avaliação é importante para identificar o que precisa ser modificado no sistema de saúde.
Em seguida, é preciso incorporar o que foi planejado e verificar se essa mudança vai auxiliar nos serviços de
saúde prestados. Após avaliar e garantir que esses novos planejamentos são importantes para garantir uma
melhoria na qualidade de vida da população, é possível aplicá-los, ou seja, difundir, em diversos contextos
Nas últimas décadas, o enorme desenvolvimento científico permitiu inúmeras mudanças
tanto na estrutura dos sistemas de saúde, como também no surgimento de novas tecnologias
para o cuidado. Todo esse cenário gera um aumento nos custos em saúde, pois as novas
tecnologias são mais caras e têm um aspecto cumulativo.
E�cácia, segurança e efetividade
No entanto, nem todas as tecnologias trazem benefícios para a sociedade. Isso mostra que a
sua implementação precisa ser avaliada em termos de eficácia, segurança e efetividade antes
da sua aplicação nos sistemas de saúde.
sociais. E, em seguida, há o gerenciamento dessa tecnologia, sendo essa responsabilidade de competência
do gestor.
É importante ressaltar que o planejamento de uma medida deve acontecer de forma a trazer benefícios a
um conjunto de habitantes que se encaixam num mesmo contexto social, como, por exemplo, quando
falamos sobre cuidados com a mulher, saúde da população indígena, saúde do idoso, saúde da população
LGBTQIA+ etc.
De acordo com o manual do Ministério da Saúde, na Avaliação de Tecnologias em Saúde (ferramentas para
a gestão do SUS) o gestor deve considerar questões importantes, como:
As tecnologias identificadas como necessárias irão funcionar (gerar o benefício
esperado) para a população local?
Os recursos disponíveis serão suficientes para oferecer a tecnologia a todos que
dela necessitam?
Como distribuir os recursos, considerando questões éticas e sociais relativas à
utilização dessas tecnologias?
A quem e como deverão ser oferecidas as tecnologias?
Uma vez distribuídos os recursos e incorporadas as tecnologias identificadas como
necessárias, os efeitos em saúde esperados estão sendo alcançados?
Ao pensar dessa forma, é possível estabelecer inúmeros planejamentos e colocar em prática políticas que
tenham como foco a humanização, anteparo e cuidado para com essas pessoas.
A PNGTS ainda pontua que os processos relacionados à Gestão de Tecnologia em Saúde devem ser
pautados nas necessidades de saúde, nos princípios do SUS — equidade, universalidade e integralidade, que
fundamentam a atenção à saúde no Brasil, no orçamento público, nas responsabilidades dos três níveis de
governo e do controle social (MS, 2010).
É fundamental determinar se uma tecnologia em saúde trará benefícios com os recursos que estão
disponíveis, assegurando o acesso da população às tecnologias efetivas e seguras e em condições de
equidade. Para alcançar isso, foram estabelecidas algumas diretrizes. São elas:
A utilização de evidências científicas para subsidiar a gestão por meio da Avaliação Tecnológica em
Saúde (ATS), para justificar a alteração de uma técnica;
O apoio ao fortalecimento de ensino e pesquisa em Gestão de Tecnologia em Saúde;
A sistematização e disseminação de informações;
O fortalecimento das estruturas governamentais e articulação política e institucional;
O aprimoramento do processo de incorporação de tecnologias.
Além da PNGTS, a RDC nº 2, de 25 de janeiro de 2010, estabelece que os hospitais e estabelecimentos de
saúde precisam obter um plano de gerenciamento das tecnologias que são utilizadas na assistência à
saúde. Nessa mesma resolução, é dito, no Art. 6º, que os estabelecimentos de saúde devem elaborar e
implantar planos de gerenciamento que precisam englobar os serviços de saúde. Todos esses processos
devem ser gerenciados, avaliados e planejados por profissionais capacitados, e nesse contexto, o
biomédico se destaca.
A habilitação na Gestão de Tecnologia em Saúde
A habilitação na Gestão de Tecnologia em Saúde é garantida pela Resolução nº 308, de 27 de junho de
2019. Segundo a resolução, para garantir essa habilitação o biomédico deve ter concluído o curso de pós-
graduação em Gestão da Tecnologia em Saúde ou comprovar estágio supervisionado nessa área, com no
mínimo 500 horas durante a graduação, ou ter o título de especialista em Gestão das Tecnologias em
Saúde, de acordo com normas vigentes da Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM).
A resolução ainda pontua os motivos que garantem a habilitação em Gestão de Tecnologia da Saúde para
os biomédicos. Vamos conhecer alguns deles:
Considerações da Resolução nº 308, de 27 de junho de 2019 
No Brasil, como em outros países, existem regulamentações sobre o gerenciamento dastecnologias
em saúde, cujos objetivos são de estabelecer os critérios mínimos a serem seguidos pelos
estabelecimentos de saúde para o gerenciamento das tecnologias em saúde, utilizadas na prestação
de serviços de saúde, de modo a garantir sua rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade,
segurança e desempenho, desde a entrada dessas tecnologias nos estabelecimentos de saúde até o
seu destino final, incluindo o planejamento dos recursos físicos, materiais e humanos, bem como da
capacitação dos profissionais envolvidos.
Os estabelecimentos de saúde devem designar profissionais com nível de escolaridade superior,
com registro ativo junto ao seu conselho de classe, para exercer a função de responsáveis pela
elaboração, implantação e monitoramento do Plano de Gerenciamento das Tecnologias, utilizadas na
prestação de serviços de saúde.
A necessidade de normatizar as atividades do profissional biomédico, quanto à implantação e
gestão do Plano de Gerenciamento das Tecnologias em Saúde.
O uso das tecnologias em saúde impacta diretamente na segurança dos pacientes.
A necessidade de se garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e
desempenho das tecnologias em saúde utilizadas na prestação de serviços em saúde.
O biomédico habilitado em Gestão de Tecnologia em
Saúde
O profissional habilitado em gestão de tecnologia será um gestor responsável pelos processos de avaliação,
incorporação, difusão, gerenciamento da utilização e retirada de tecnologias do sistema de saúde que são
preconizados pelo PNGTS e que já aprendemos anteriormente.
É uma área muito importante, pois garante que ocorram atualizações nos serviços de saúde, na prestação
de serviços, controle dos bens de consumo etc. Ao garantir que os serviços de saúde estejam sempre
atualizados, para o bem-estar da população, o gestor de tecnologias assume um papel fundamental no
desenvolvimento e avaliação de novas ideias a serem aplicadas nos sistemas de saúde.
O biomédico gestor precisa sempre estar atualizado com as ferramentas tecnológicas utilizadas no dia a
dia dos serviços de saúde, mas que não são necessariamente voltadas para a área da Bioinformática.
Em saúde, as ferramentas utilizadas são:
Softwares de gestão;
Ferramentas estatísticas;
Utilização de prontuário eletrônico;
Ferramentas de controle de acesso;
Programas que auxiliem no gerenciamento de boas práticas de saúde;
Medicamentos;
Materiais;
Equipamentos;
Procedimentos;
Sistemas organizacionais;
Programas e protocolos assistenciais.
Saiba mais
A Gestão de Tecnologia em Saúde não abrange a etapa de pesquisa e desenvolvimento das tecnologias em
saúde. Por exemplo, um engenheiro biomédico desenvolve novos programas de computador, equipamentos,
softwares, mas quem avalia é o gestor.
O estágio em Gestão de Tecnologia em Saúde
As atividades desenvolvidas no estágio na área de Gestão de Tecnologia em Saúde vão demonstrar ao
aluno que um bom planejamento de políticas e normas auxilia no fornecimento de produtos de qualidade,
sempre buscando melhorar o atendimento em saúde, visando à recuperação, promoção e prevenção à
saúde. No entanto, assim como no estágio na área sanitária, aqui cada atividade vivenciada depende do
local em que o estágio está sendo realizado.
E quais são esses locais?
Podemos listar:
Agências de Vigilância Sanitária e de Saúde Suplementar;
Secretarias estaduais e municipais de Saúde;
Universidades, hospitais de ensino e centros de pesquisa;
Prestadores de serviço de Saúde;
Entidades do controle social, como Conselhos de Saúde;
Órgãos do Executivo envolvidos com ciência, tecnologia e produção industrial;
Operadoras de planos de saúde.
Durante o estágio, o aluno terá contato com desenvolvimento de relatórios, avaliação de serviços e de
ambientes que prestam serviços de saúde etc. Além disso, vai conseguir desenvolver uma visão
organizacional, de planejamento, de avaliação da efetividade, eficiência e custos das técnicas e
equipamentos, da criação dos protocolos, planos e passos para avaliar se uma determinada tecnologia
pode ser implementada ou se caiu em desuso.
Vamos a um exemplo?
É importante destacar que o estagiário não tem autonomia para atuar como gestor. Entretanto, a vivência do
estágio garante que o aluno tenha noção de como o gestor trabalha, e que consiga criar um pensamento
crítico acerca do que está sendo desenvolvido. Essa vivência vai garantir a formação de um profissional de
excelência.
Imagine que durante o estágio foi solicitado verificar se um aparelho para a realização de
eletroforese de hemoglobina de forma automatizada poderia substituir o método de
diagnóstico empregado, que era manual. Segundo o representante técnico, o aparelho garante
melhores resultados, em menos tempo, pois consegue analisar em 15 minutos até 100
amostras, realidade inviável pela metodologia manual.
Para a avaliação foi desenvolvido um estudo comparativo entre as duas metodologias,
avaliando diferentes parâmetros técnicos, e foi feito um levantamento de custos, que incluíam
desde a compra de insumos até a manutenção preventiva do equipamento.
Após o estudo, o gestor constatou que a elevação dos custos para a implementação do
equipamento automatizado era compensada pela rapidez, sensibilidade e precisão dos
resultados em menor tempo, sendo assim um benefício para o paciente, que teria seu
resultado disponibilizado de forma mais rápida e segura, e para o dono do laboratório, cujos
funcionários do setor teriam mais tempo para realizarem outras atividades.
O mercado de trabalho do biomédico na Gestão de
Tecnologia em Saúde
Como a Gestão de Tecnologia em Saúde é uma área recém-regulamentada, é difícil avaliar o mercado de
trabalho. No entanto, com o enorme avanço científico e tecnológico que vivemos, associado à necessidade
de diminuição de custos e de reinvenção de novos métodos de diagnóstico, equipamentos e programas de
computador, como os programas utilizados na área de Bioinformática, predizem que essa será a habilitação
do futuro para o biomédico.
O desenvolvimento tecnológico está mudando a realidade da maioria dos profissionais biomédicos nas
diferentes habilitações. Veja a seguir essa realidade para um biomédico habilitado em patologia clínica:
Tecnologia x recurso humano
Os profissionais precisam se reinventar para acompanhar tanto desenvolvimento. Por exemplo, um
profissional que é habilitado em análises clínicas, provavelmente irá perder sua vaga para um
equipamento que realiza sozinho o diagnóstico laboratorial, realidade que já é vivenciada no setor de
Bioquímica.
Automatização de serviços
Há menos de 20 anos, um biomédico tinha que identificar, de forma manual, a partir de provas
bioquímicas, as bactérias. Não é difícil pensar que daqui a alguns anos teremos uma tecnologia que
consiga realizar todas as etapas de um exame bacteriológico (coleta, semeadura, identificação,
verificação da sensibilidade e, ainda, liberar o resultado).
Essa realidade também é verificada nos serviços de hemoterapia.Vamos entender melhor a evolução:

Transfusão direta
N i í i d hi tó i t f i l d õ d t t l t f did
No início da história transfusional, as doações de sangue total eram transfundidas
diretamente do doador para o receptor.
Descoberta dos anticoagulantes
Em seguida, com a descobertas dos anticoagulantes, foi possível armazenar o sangue doado
em garrafas de vidro. Essa forma de armazenamento foi muito empregada durante a Segunda
Guerra Mundial.
Bolsas de plástico e sistemas estéreis
Em seguida, a partir da centrifugação e utilização das bolsas de plástico com
anticoagulantes, conservantes e sistemas estéreis de separação do sangue, os
hemocomponentes já são processados após a doação, e o paciente recebe apenas o
hemocomponente necessário.
Automatização das fracionadoras de sangue
O processamento do sangue antigamente era realizado com fracionadoras manuais e hoje
com fracionadoras automatizadas, sendo utilizada apenas a fração de sanguenecessária
para o paciente. Na imagem: profissional realizando a extração do plasma no equipamento
manual.
Doação de um componente sanguíneo
Hoje já temos máquinas que permitem a doação apenas de um componente sanguíneo. No
entanto, ainda é caro e nem todo mundo é elegível. Na imagem, vemos uma doação de
plaquetas por aférese.
No entanto, os testes no doador ainda são realizados em setores separados. Daqui a um tempo, após a
doação, a própria máquina que realiza a separação dos componentes fará todos os exames do doador.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde — OMS (2010), cerca de 50% de
todos os avanços terapêuticos que existem hoje não vão existir daqui a 10 anos. As
tecnologias conhecidas atualmente tendem a se tornar obsoletas com o tempo,
levando o biomédico a se especializar em áreas como programação e uso de
Inteligência Artificial para avaliação de dados epidemiológicos, por exemplo.
nteligência arti�cial
É um ramo da ciência da computação que busca simular a inteligência humana em uma máquina.
O que também se espera no futuro é que os serviços de saúde sejam oferecidos de maneira prática e de
fácil acesso para todos. Investir em tecnologias que facilitem esses serviços de saúde é garantir que a
população continue sendo assistida da melhor maneira possível. O biomédico traz consigo atribuições
importantes, que garantem que esse profissional consiga cumprir com seu papel de gestor de tecnologias
em saúde.
Atuação do gestor de tecnologia em saúde municipal,
estadual e federal
O biomédico sanitarista e o biomédico habilitado em Gestão de Tecnologias em Saúde podem atuar de
maneira conjunta na saúde pública. Veja, a seguir, as atribuições:
Biomédico sanitarista
O biomédico sanitarista pode estar à frente de possíveis mudanças e atualizações em processos
relacionados à melhoria na saúde.
Gestor de tecnologia em saúde
Apenas o gestor de tecnologia em saúde vai poder avaliar e afirmar se essas alterações são
necessárias ou não.
No entanto, ambos podem ser gestores nas diferentes esferas do governo.
A Lei nº 8080, de 1990, de criação do SUS, também retrata a normatização da ação do SUS sobre a
responsabilidade de cada gestor, de acordo com a esfera do governo. Para a Saúde Pública, a gestão vai ser
aplicada em sistemas específicos, de acordo com as atuações permitidas para cada habilitação
profissional.
Gestor municipal
No âmbito municipal, o gestor participa da execução de serviços de vigilância epidemiológica; sanitária;
alimentação e nutrição; saneamento básico e saúde do trabalhador. O biomédico gestor municipal pode se
encaixar em contextos, como:
Gestão ambiental
Para o desenvolvimento de programas de vigilância de controle de contaminantes; planejamento de
medidas necessárias para o cuidado e acesso à saúde e diagnóstico em situações de exposição a
agentes tóxicos.
Gestão epidemiológica

Na análise dos indicadores de saúde e no planejamento de ações necessárias.
Gestão sanitária
Para o controle de doenças; análise do saneamento básico e desenvolvimento de políticas que auxiliem
numa melhor infraestrutura para a população.
Saúde do trabalhador
Analisando a condição de trabalho e a relação dessas condições com o perfil de mortalidade de uma
determinada região; na verificação da qualificação profissional, exposição a substâncias químicas e o uso
de equipamento de proteção.
Gestão dos serviços e sistemas de saúde
Na gestão ao nível básico de saúde e no desenvolvimento de políticas de qualificação de profissionais e
políticas de ação permanentes.
Gestor estadual
No âmbito estadual, o gestor é responsável pelo apoio técnico e financeiro aos municípios, por coordenar a
rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros; identificar e realizar a gestão de hospitais de
referência; coordenar e executar ações e serviços de vigilância sanitária, de alimentação e nutrição e saúde
do trabalhador.
Nesse contexto, o biomédico pode atuar:
Nos hemocentros monitorando as condições de coleta, armazenamento e dispensa de
hemocomponentes;
Na coordenação dos laboratórios centrais de saúde pública (LACEN), realizando o controle de qualidade
e conferindo apoio técnico e pedagógico ao profissional municipal, com realização de capacitações
sobre padrões de qualidade e interferências em amostras;
Nas secretarias estaduais e unidades regionais na gestão de programas e políticas;
Na coordenação de políticas de vigilância sanitária e nas inspeções em estabelecimentos de saúde;
Nas escolas de saúde pública ministrando cursos de qualificação profissional e pós-graduação;
Nas fundações públicas auxiliando o diagnóstico de doenças.
Gestor federal
O gestor federal, por sua vez, pode atuar estabelecendo normas de vigilância em portos, aeroportos e
fronteiras e coordenando as políticas nacionais de saúde, as redes de assistência de alta complexidade; as
redes de laboratórios de saúde pública; as redes de vigilância epidemiológica e sanitária. Assim, ao
pensarmos em um biomédico gestor federal, ele poderia atuar nos escritórios internacionais e regionais do
Ministério da Saúde para a regulação e o planejamento da atenção básica.
O biomédico gestor, ao nível federal, também pode atuar no desenvolvimento de pesquisa, educação em
saúde da população e comunidade, estimulando ações preventivas e melhorias nas condições de saúde,
análise de medicamentos e produtos de diagnóstico, na regulação e planejamento de políticas de atenção
básica para o Ministério da Saúde e implementação e monitoramento de projetos de instituições
internacionais.
Atuação do biomédico na pesquisa clínica
Neste vídeo, o especialista Samuel Costa fala sobre a atuação do biomédico na pesquisa clínica,
respondendo alguns questionamentos a respeito dessa área de atuação.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Vimos que um graduando em Biomedicina pode atuar como estagiário na área de Gestão de Tecnologia
em Saúde. Sobre o estágio nessa área, analise as afirmativas a seguir:
I. O estágio pode ser realizado em órgãos do Executivo envolvidos com ciência, tecnologia e produção
industrial, mas não em hospitais privados.
II. O estagiário atuará como um gestor atuando na avaliação, incorporação, difusão, gerenciamento da
utilização e retirada de tecnologias do sistema de saúde.
III. O estagiário participará de processos que desenvolverão um pensamento crítico, pois acompanhará
a avaliação da utilização e retirada das tecnologias do sistema de saúde.
É correto o que se afirma em:
A I
B II
C III
D I e II
E I e III
Parabéns! A alternativa C está correta.
O estágio em Gestão da Tecnologia em Saúde pode ser realizado em instituições públicas e privadas. O
estagiário nessa área não tem autonomia, assim acompanhará o gestor durante a avaliação das
tecnologias em saúde na avaliação, incorporação, difusão, gerenciamento da utilização e retirada de
tecnologias do sistema de saúde, o que será importante para o desenvolvimento do pensamento
crítico.
Questão 2
Vimos que o biomédico pode atuar na Gestão de Tecnologia em Saúde. Sobre a atuação do biomédico
gestor, analise as afirmativas a seguir:
I. Avaliar a partir do embasamento científico o impacto de um novo sistema de informação.
II. Pesquisar um novo medicamento para o tratamento de doenças emergentes.
III. Desenvolver um kit de diagnóstico para o diagnóstico de uma doença emergente.
É correto o que se afirma em:
Parabéns! A alternativa A está correta.
A I
B II
C II e III
D I e II
E I e III
O biomédico habilitado em Gestão de Tecnologia em Saúde é responsável pela avaliação, incorporação,
difusão, gerenciamento da utilização e retirada de tecnologias do sistema de saúde que são
preconizadas pelo PNGTS. As principais tecnologias em saúde são equipamentos, medicamentos, kits
de diagnóstico, sistemas de informação hospitalar etc. que garantem a promoção, prevenção da saúde
individual e coletiva, pensando sempre no contexto social eno benefício-custo. O gestor não é
responsável pela pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
Considerações �nais
Ao longo deste conteúdo, vimos quais são as regulamentações para o biomédico ser habilitado em Saúde
Pública, sanitarista e Gestão de Tecnologias em Saúde. Conhecemos um pouco da história de cada um
desses campos de atuação, as atribuições do biomédico, como é o estágio na área e o mercado de
trabalho.
Vimos também que essas áreas de atuação estão interligadas, apresentam abrangências muito parecidas e
um papel importantíssimo para a saúde individual e coletiva, sendo que a área sanitária trabalha com o
monitoramento, fiscalização e desenvolvimento e implementação de normas e ações que garantam a
prevenção e promoção da saúde, e a Gestão de Tecnologia em Saúde visa avaliar, com embasamento
científico, os benefícios e riscos dessa tecnologia para a sociedade.
Podcast
Neste podcast, o biomédico Samuel Costa bate um papo com Lucas Cunha sobre a atuação do biomédico
na Biofísica, uma área ainda pouco conhecida pelos profissionais.

Explore +
Assista:
A um breve vídeo sobre a História da Saúde Pública no Brasil, desenvolvido pelo Ministério da Saúde.
Ao vídeo sobre O sanitarista que descreveu uma doença do começo ao fim: Carlos Chagas, que faz parte
de uma série chamada “Cientistas do Brasil que você precisa conhecer”.
Leia:
O Guia de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, que traz uma ótima compreensão sobre a amplitude e
importância das ações de vigilância sanitária e epidemiológica.
A Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, com a cartilha oferecida pelo Ministério da
Saúde.
A Avaliação de Tecnologias em Saúde – Ferramentas para a Gestão do SUS, com a cartilha oferecida pelo
Ministério da Saúde.
Referências
ANVISA. Relatório de Inspeção Sanitária em Serviços de Hemoterapia. Consultado na Internet em: 04 jan.
2022.
ANVISA. Roteiro de Inspeção em Serviços de Hemoterapia. Consultado na Internet em: 04 jan. 2022.
ANVISA. Inspeção. Publicado em: 21 set. 2020. Consultado na Internet em: 04 jan. 2022.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA ‒ CFBM. Guia da Biomedicina. Acessado na Internet em: 7 out.
2021.
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA ‒ CFBM. Resolução CFBM nº 308, de 27 de junho de 2019.
Consultado na Internet em: 04 jan. 2022.
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Acessado na Internet em: 7
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde – PNGTS. Brasília, DF,
2021.Acessado na Internet em: 7 out. 2021.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório mundial da saúde. Acessado na Internet em: 29 out. 2021.
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