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FUNÇÃO HEPÁTICA Prof. Drª Cinthia Melazzo de Andrade UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS DISCIPLINA DE PATOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA Fígado Maior glândula isolada do corpo Constituído por células hepáticas – hepatócitos LÓBULOS HEPÁTICOS Anatomia Unidade Morfológica Lóbulo hepático Canalículos biliares Capilares sinusóides Anatomia Bile (água, ácidos biliares, colesterol e bilirrubina) Caminho da bile: hepatócito → canalículos biliares → ductos biliares → vesícula biliar → duodeno. Produção e circulação normal dos ácidos biliares Funções do fígado Metabolismo da Amônia Ciclo da Uréia Excreção Produtos Nitrogenado Responsável Pela Síntese Albumina Globulinas (α e β) Fatores de Coagulação Ácidos Biliares Metabolismo da bilirrubina Funções do fígado Armazenamento Vitaminas (A, D, K e B12) Ferro (ferritina) Gordura Glicose Detoxificação Endógena (Metabólitos, Toxinas) Exógena (biotransformação de fármacos) Atividade Reticuloendotelial Fagocitose de Partículas Estranhas (células de kupffer) Diagnóstico da doença hepática Doença Hepática (lesão dos hepatócitos e/ou colestase) Insuficiência Hepática (perda de >70% da massa funcional) Deve-se suspeitar de doença hepática em animais que apresentam: 1. Vômito e diarreia persistentes 2. Dor abdominal 3. Ascite 4. Icterícia 5. Bilirrubinúria Diagnóstico da doença hepática ENZIMOLOGIA DIAGNÓSTICA Mistura-se um volume padrão de soro que contém a enzima c/ uma solução que contém substrato (Kits) Taxa de desaparecimento do substrato Formação do produto Diagnóstico da doença hepática Determinado por espectrofotômetro Comprimento de onda específico → enzima Unidade utilizada para expressar atividade enzimática: U/L U=unidade internacional Diagnóstico da doença hepática Cuidados com a Amostra: Exames são colorimétricos Hemólise Lipemia Icterícia Congelamento (várias vezes) P ro v a s e n zi m á ti c a s TESTES ENZIMAS SÉRICAS Citoplasma, mitocôndrias ou membrana FUNCIONAIS Enzimas de extravasamento - ALT: alanina aminotransferase - AST: aspartato aminotransferase - SD: sorbitol desidrogenase - GD: glutamato desidrogenase Enzimas colestáticas - FA: fosfatase alcalina - GGT: -glutamiltransferase Substâncias excretadas - Bilirrubinas - Ácidos biliares - Colesterol Substâncias metabolizadas - Albumina - Uréia - Fatores de coagulação -Glicose Provas enzimáticas Enzimas Sigla Localização Alanina aminotransferase ALT Fígado, Músc. esquel./cardíaco Aspartato aminotransferase AST Fígado, Músc. esquel./cardíaco Glutamato desidrogenase GD Fígado – todas as espécies Sorbitol desidrogenase SD Fígado – (princ. Grandes animais) Fosfatase alcalina FA Fígado, Ossos, Rins, Intestino Gama-glutamiltransferase GGT Fígado, Pâncreas, Rins e intestino Isoenzimas São enzimas que catalisam a mesma reação (funções similares), porém estão em compartimentos diferentes. Exemplo da Fosfatase alcalina: Distúrbios hepáticos Os testes podem nos fornecer informações sobre: LESÃO HEPATOCELULAR COLESTASE DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA (perda de >75% dos hepatócito) DOENÇA HEPÁTICA x INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Interpretação correta dos resultados IMPORTANTE SABER!!!! 1. Diferença entre enzima de extravasamento e de indução 2. Meia vida biológica da enzima no sangue 3. Especificidade das enzimas aos tecidos ENZIMAS DE EXTRAVASAMENTO Distribuição das enzimas Hepatócito AST FA GGT ALT AST ALT – Alanina aminotrasferase Origem: Citoplasma Espécie-específica: cão, gato e primata Interpretação: lesão hepática Meia-vida: 1-5 dias ALT – Alanina aminotrasferase Hepato-específica para cães e gatos Sua elevação indica dano no hepatócito (inflamação, hipoxia, substâncias tóxicas, traumatismos etc.) ALT – Alanina aminotransferase Pequenos aumentos geralmente não tem significado clínico → metabolização Aumento significativo (3 x ou mais que o valor de referência: (21-86) Pode ocorrer aumento em graves danos musculares Em grandes animais sua atividade no fígado é baixa, e não há um aumento acentuado em dano hepático. Lesões menos intensas → pico mais precoce e retorno mais rápido aos valores de referência Lesão hepatocelular ALT ALT ALTALT ALT ALT Lesões menos intensas → pico mais precoce e retorno mais rápido aos valores de referência Lesão hepatocelular ALT ALT ALTALT ALT ALT Lesões menos intensas → pico mais precoce e retorno mais rápido aos valores de referência Lesão hepatocelular ALT ALTALT ALTALT ALT 3 dias 10-14 dias Lesões persistentes Aumento da atividade enzimática (hepatite, toxinas e neoplasias) Atividade da ALT indica o número de células lesionadas e não à gravidade da lesão Lesão hepatocelular ALT ALT ALTALT ALT ALT ALT 3 dias Lesões persistentes Aumento da atividade enzimática (hepatite, toxinas e neoplasias) Atividade da ALT indica o número de células lesionadas e não à gravidade da lesão Lesão hepatocelular ALT ALTALT ALT ALT Drogas que podem causar aumento na atividade da ALT sérica (toxidade) Acetominofeno Barbitúricos Glicocorticóides Cetoconazol Mebendazol Fenobarbital Aflatoxina Fenilbutazona Primidona Tetraciclina Plantas hepatotóxicas Causas de aumento da ALT sérica → alteração da permeabilidade membrana hepatocelular Hepatite infecciosa aguda (vírus, bactérias, fungos ou protozoários) Hepatite tóxica (medicamentos, toxinas químicas ou biológicas): Hepatite ativa crônica (distúrbios imunomediados, distúrbios da estocagem do cobre) Trauma hepático grave (atropelamentos) Pancreatite aguda (toxinas do pâncreas levadas ao fígado) Colangite linfocítica e lipidose hepática felina idiopática Choque grave causando hipóxia Neoplasia (primárias: carcinoma, hepatoma e hiperplasia nodular; metastática) Amiloidose hepática Doença hepática secundária (hiperadrenocorticismo e adm. Glicocorticóides; hipotireoidismo, acromegalia e diabete melito, tumores de tireóide) Desvio portossistêmico AST – Aspartato-aminotransferase Origem: mitocôndria, citoplasma Espécies: ruminantes, eqüinos e suínos Interpretação: Lesão do parênquima hepático Meia -vida: 1-3 dias 5h cães, 1h gatos (sensível marcador doença hepática) AST – Aspartato-aminotransferase Também presente: Portanto, não é uma enzima hepato-específica!!! AST – Aspartato-aminotransferase A AST É INDICADA COMO TESTE HEPÁTICO EM GRANDES ANIMAIS. Em cães e gatos a elevação da AST associada à elevação da ALT sugere uma severa lesão hepatocelular (inflamação, hipoxia, substâncias tóxicas etc) AST – Aspartato-aminotransferase Eritrócitos contém AST, assim um aumento na atividade desta enzima pode ocorrer na hemólise in vivo e in vitro. Seu aumento sérico pode ser atribuído a uma lesão hepática, cardíaca ou do músculo esquelético (trauma/injeções/decúbito prolongado) Causas de aumento da AST sérica LESÃO HEPÁTICA ( hepatopatias, toxinas, fármacos) LESÃO DA MUSCULATURA ESQUELÉTICA DISTÚRBIOS MIOCÁRDICOS (isquemia cardíaca: endocardite, dirofilaríase, trombose aórtica) ESFORÇO EXTENUANTE (cavalos de corridas, etc) Hemólise HISTÓRICO CLÍNICO Lesão hepática X Lesão muscular E AGORA? CK – Creatina quinase Encontrada citoplasma de células musculares Enzima extravasamento específica do músculo Esquelético Cardíaco Liso Solicitar a AST e CK → Comportamento enzimático Meia vida CK no plasma: Cão: < 3h Bovinos: 4h Equinos: < 2h MIOGLOBINA ➢ A mioglobina é proteína encontrada no tec. muscular ➢ Aparece na urina de pacientes após necrose muscular (MIOGLOBINÚRIA) ➢ urina → coloração amarronzada variando de tonalidade até negra ou esverdeada Não é acompanhadade pigmento no plasma → rapidamente depurada do plasma Enzimas musculares CK e AST → elevadas no soro Resultado severo dano muscular (trauma, exercício intenso (cães corredores da raça Greyhound, insolação e acidente ofídico) Mioglobinúria paralítica dos equinos ( Mal da segunda - feira, rabdomiólise, azotúria e síndrome do cavalo atado). Urina após a centrifugação: A: Hemoglobinúria/mioglobinúria B: Hematúria A B Mioglubinúria CASO CLÍNICO: Foi atendido um equino macho, pelagem castanha, 17 anos, no qual o seu proprietário relatou que o mesmo estava parado a uma semana e foi colocado na pista para treinamento pela manhã e que ao findar do treino o animal apresentou: Tremores musculares, sendo notado que a urina do animal era de cor enegrecida (coca-cola) Apresentava sudorese Dor à palpação dos músculos glúteos enrijecidos Adotou a posição de cão sentado Oligúria LEUCOGRAMA Leucócitos Totais % 15.200 / L 5.400-14.500 Bastonetes 03 483 0 – 100 Neutrófilos seg. 74 11.914 2.260 – 8.580 Linfócitos 15 2.415 1.500-7.700 Monócitos 08 1.288 0 –1000 Eosinófilos 0 0 0 – 1000 Eritrograma Eritrócitos: 9,0 (6,8-12,9) VG: 37% (32-53) Hb: 13 g/dl (12-18) Obs: Plasma límpido e incolor URINÁLISE Exame físico: Volume: 20ml Cor: enegrecida Aspecto: turvo Densidade: 1020 Exame químico: pH: 7,5 Proteína: ++++ Glicose: neg Corpos cetônicos: neg Uro.: normal Bilirribina: neg. Sangue oculto: ++++ Sais biliares: neg Sedimento: Células: cilindro granuloso: 2-3/cga Hemácias: 0-1/cga Leucócitos: 4- 5/cga Cristais: cristais de carbonato de cálcio e muco Bioquímica do soro Uréia: 150 mg/dL (21,4 - 51,3) Creatinina: 4,7 mg/dL (1,2-1,9) CK: 320 U/mL (2,4-23,4) AST: 560 UI/L (58-94) Ca: 7,3 mmol/L (2,8-3,4) P: 5,4 mmol/L (1-1,81) Problemas identificados: ✓ Hemograma inflamatório: neutrofilia c/ desvio à esquerda e monocitose → demanda tecidual; ✓ Urina acastanhada com reações positivas para proteína e sangue oculto; ausência de hemácias no sedimento e cor normal do plasma indicam → mioglobinúria; ✓ Miopatia: CK e mioglobinúria → doença muscular; ✓ Doença renal: Azotemia, hiperfosfatemia e cilindros → doença renal, pois a mioglobina é nefrotóxica; Cirrose hepática A atividade da ALT, AST e FA podem estar: Aumentados Normais Diminuídos ENZIMAS COLESTÁTICAS: FA e GGT Colestase obstrução do fluxo biliar → estímulo dos ácidos biliares e pressão nos ductos biliares Causas: Inflamação, Neoplasia e cálculo biliar → sistema biliar Colestase intra-hepática ( ↑ FA e GGT) (Colangite, hepatite, neoplasia hepática e desordens metabólicas)→consequente inchaço dos hepatócitos e oclusão canalículos biliares Colestase pós-hepática (Obstrução de ducto biliar: pancreatite, neoplasia pancreática, calculo biliar) Produção aumentada da FA e GGT por indução Indução → refere-se a um aumento produção enzimática estimulado → ácidos biliares e drogas (fenobarbital e corticosteroides). FA – Fosfatase alcalina É um grupo de isoenzimas produzidas pelas células de vários órgãos: Os aumentos séricos são derivados de isoenzimas hepáticas e ósseas (as demais isoenzimas possuem meia-vida de apenas 3 a 6 minutos) FA – Fosfatase alcalina A FA é uma enzima associada a membrana do hepatócito e epitélio biliar ✓ Avaliar colestase: • Principalmente em Cães (FA: meia vida -3 dias) • Felinos* (se elevada é significativo → lipidose FA: meia vida de 6h) FA GGT FA – Fosfatase alcalina A FA é menos utilizada para detectar colestase em grandes animais (bovinos, equinos e peq. Rum.) GGT é um indicador preferido para colestase para grandes animais. Causas aumento da atividade sérica da FA Colestase (Obstrução biliar) Corticóides (CÃES)-isoenzima esteroidal Tratamento c/ fenobarbital (injúria hepática/colestase) Animais em crescimento (atividade osteoblástica) Gestação Diabete melito Lipidose hepática (felinos) Cólica em equinos Isoenzimas da fosfatase alcalina Isoenzima hepática Localização: hepatócitos e canalículos biliares Meia-vida: 6hs no gato e 3 dias no cão Aumentada: Indução em processos colestáticos Isoenzimas da fosfatase alcalina Isoenzima óssea Local de produção: osteoblastos Atividade: Animal crescimento 3X > que o adulto Doenças com atividade osteoblástica: ↑ 2–4X Isoenzimas da fosfatase alcalina Doenças ósseas: Fraturas Neoplasias ósseas (↑ FA associado sobrevida curta) Cães idosos Isoenzimas da fosfatase alcalina Isoenzima Esteroidal Corticosteróide – Apenas no CÃO Meia-vida: 3 dias - atividade permanece aumentada por várias semanas Hiperadrenocorticismo FA induzida por Corticosteróides Lipidose hepática (gato) Excesso gordura acumulada fígado Anorexia (particularmente gatos obesos) Evento estressante Quantidades de gorduras degradadas a partir tecido periférico → fígado Lipidose hepática (gato) Aumento enzima de indução se deve a tumefação de hepatócitos → comprime os canalículos biliares → colestase Lipidose hepática (gato) Sinais Clínico Anorexia Perda de peso Icterícia Hiperamonemia Sinais neurológicos (cegueira, ptialismo) Deficiência arginina e metionina → alimento uréiaArginina Ornitina + Arginase Lipidose hepática (gato) Exames laboratoriais Bilirrubina Total alta ALT: normal a alta FA: Alta (10 a 15 vezes) GGT: normal ou ligeiramente elevada Porque do aumento da FA? ➢Atraso na eliminação (clearance) da FA ➢Diferença de localização das duas enzimas no fígado e na árvore biliar (GGT: arvore biliar baixa). Sialorreia e prostração Icterícia Prostração Plasma ictérico Colangite/ colangio-hepatite: inflamação do trato biliar Tríade felina (Acomete simultaneamente: Colangite com pancreatite e doença inflamatória intestinal) ↑↑GGT x FA FELINOS GGT – -glutamiltransferase Doença hepática Obstrução dos ductos biliares Possui alta atividade: Bovino, equinos, peq. ruminantes e suínos Felinos (maior sensibilidade) GGT – -glutamiltransferase Colostro de cães, bovinos e ovelhas contem alta atividade da GGT → usada indicador transferência passiva Neonatos: ↑ atividade da GGT no soro e até 10 dias de idade ↑ GGT detectada urina: injúria tubular renal (realizado no dia) Os aumentos da FA e GGT hepática, são indicadores sensíveis dos processos colestáticos, precedendo o aumento da bilirrubina sérica PROVAS FUNCIONAIS Lembre-se: “Ocorre redução da função hepática em caso de perda de uma grande quantidade de células hepáticas funcionais (>75%)” Amônia/Uréia Amônia é um derivado primário do catabolismo dos aminoácidos Amônia que escapa à detoxificação hepática é tóxica ao sistema nervoso → encefalopatia hepática Amônia Uréia Insuficiência hepática Desvio portossistêmico Defeito no ciclo da uréia (raro) Metabolismo da amônia Amônia é produzida no trato gastrointestinal (microflora entérica) e pelo metabolismo dos aa Biurato de Amônio Caso clínico Espécie: canino/Benji Idade: 6 meses Sexo: M Raça: Maltês História clínica: Animal apresentava sialorréia, estava sonolento e com andar compulsivo (sem rumo) e quando comia piorava, estava desidratado Suspeita: Crise convulsiva Filhote (congênita) Exames solicitados Hemograma sem alterações ALT: discretamente elevada Exame de urina foi observado cristais de biurato de amônia Tratamento Fluidoterapia Dieta Lactulose (quelar as toxinas) Desvio portossistêmico Análise de líquido cavitário Material coletado: Líquido peritoneal Densidade: 1004 Proteínas (g/dl): 1.0 Celulas (/uL): 20 Transudato puro Hemograma Eritrograma Leucograma Resultado Valores de referência Resultado Valores de referência Hemácias 5,23 x106 (5.5-8.5)Leucócitos totais 23.600/l (6,000-17,000) Hb 8,9 g/dl (12.0-18.0) Bastonete - - (0-300) Hematócrito 29,6% (37-55) Neut. Segm. 77 18172 (3.000-11.500) VCM 56,6 fl (60-77) Linfócito 15 3.540 (1.000-4.800) CHCM 30,0 % (32-36) Monócito 05 1.180 (150-1.350) PPT 4,8 g/dl (6.0-8.0) Eosinófilo 03 708 (150-1.250) Bioquímica sérica Ureia: 9,92 mg/dl (21,2-59,92) Creatinina: 0,42 mg/dL (0,5-1,5) Albumina: 1,03 g/dl (2,5-3,6) ALT: 75,02 UI/L (21-102) FA: 153,90UI/L (20-156) U ri n á lis e Exame físico Exame químico Volume 10 mL pH 8,0 Cor Amarelo claro Proteínas Neg. Odor Sui generis Glicose Neg. Aspecto Límpido Corpos cetônicos Neg. Densidade 1.014 Urobilinogênio Normal Bilirrubina Neg. Sangue oculto + Sai biliares Neg. Análise do sedimento Células Renais 0/cga Hemácias 50/cga Pelve 0/cga Leucócitos 5-20/cga Vesicais 0-8/cga Bactérias discretas Pavimentosas 0/cga Presença de cristais de biurato de amônia (+) Biurato de amônia Fatores de coagulação O fígado sintetiza a maioria fatores de coagulação Hepatopatias extensas tende a ocorrer um aumento do tempo de coagulação Obstrução fluxo biliar (colestase) pode causar menor absorção Vit K Proteínas Sintetizadas no fígado Frações Albumina (35-50%) Globulinas - globulinas - globulinas - globulinas: imunoglobulinas F ra c io n a m e n to d a s p ro te ín a s p la sm á ti c a s Proteína Função Mudança na doença Pré-albumina transporte tiroxina síndrome nefrótica hepatopatia, def. proteica desidratação Albumina pressão osmótica, transporte probl. hepático,renal,intestinal subnutrição, perda sanguínea G L O B U L I N A S 1 transporte de lipídios e outros doença inflamatória aguda 2 inibe enzimas probl. hepático,renal,intestinal haptoglobina transporte hemoglobina doença inflamatória aguda ceruloplasmina transporte de cobre doença inflamatória aguda Lipoproteínas transporte lipídios doença inflamatória aguda Transferrina transporte de ferro anemias, def. ferro Ferritina Transporte de ferro doença hepática, inflam.aguda C3 e C4 fatores do complemento doença inflamatória aguda Fibrinogênio precursor da fibrina doença inflamatória aguda Proteina C reativa doença inflamatória aguda Anticorpos imunidade humoral ativação imune,hepatopatia Proteínas • Classificadas em função de sua mobilidade eletroforética Gamopatia monoclonal • Ig induzido por um único clone de linfócitos B • Ex: neoplasias (mieloma e linfoma) Gamopatia policlonal • Ig induzido por uma população heterogênea de linfócito B → estimulação antigênica • Ex: infecciosas e imunomediadas Bilirrubina Eritrócito senescente Hemoglobina GlobinaHeme Bilirrubina não conjugada Complexo bilirrubina - Albumina Albumina Fígado Célula Fagocítica Mononuclear Intestino Estercobilina 1 2 3 4 Hepatócito Bilirrubina conjugada Bactérias Ductos biliares Circulação entero hepática Urobilinogênio Urobilinogênio excretado na urina 5Ácido-glicurônico Icterícia (hiperbilirrubinemia) ICTERICIA: ↑ de bilirrubina A mensuração da bilirrubina total inclui tanto a bilirrubina conjugada quanto a não-conjugada Na icterícia, o plasma adquire uma coloração amarelada quando a concentração for maior que 1mg/dL no soro e nos tecidos quando a concentração variar de 2 a 3mg/dL ... Ou seja, se a amostra plasmática não estiver amarelada é improvável que a concentração de bilirrubina esteja elevada ↑ de hemoglobina Tomada defeituosa pelos hepatócitos Conjunção defeituosa pelos hepatócitos Excreção defeituosa Obstrução do fluxo (intra ou extra - hepático Causas Pré-hepática Hepática Pós- hepática 1. Pré-hepática HEMÓLISE INTRAVASCULAR ↑↑↑Hemoglobina GlobinaHem e ↑↑↑Bilirrubina não conjugada Complexo bilirrubina - Albumina Albumina Fígado Célula Fagocítica Mononuclear Intestino ↑ Estercobilina 1 2 3 4 Hepatócito ↑ Bilirrubina conjugada Bactérias Ductos biliares Circulação entero hepática ↑ Urobilinogênio ↑ Urobilinogênio excretado na urina 5 1. Pré-hepática Hemólise aguda Aumento aporte bilirrubina ao fígado (saturação) Sobrecarga à conjugação hepática Hemólise: ↑↑ Bilirrubina não conjugada 2. Hepática ↑ BNC: Devido a diminuição da captação e conjugação bilirrubina pelos hepatócitos danificados ↑ BC: devido colestase intra-hepática Disfunção hepática: ↑ Bilirrubina não conjugada (BNC) Obstrução dos canalículos: ↑ Bilirrubina conjugada (BC) 3. Pós-hepática Eritrócito senescente Hemoglobina GlobinaHeme Bilirrubina não conjugada Complexo bilirrubina - Albumina Albumina Fígado Célula Fagocítica Mononuclear Intestino ↓ Estercobilina 1 2 4 Hepatócito Bilirrubina conjugada Bactérias Ductos biliares Circulação entero hepática ↑↑↑ Urobilina excretado na urina 5 3 3. Pós-hepática Obstrução vias biliares gerando colestase Obstrução dos canalículos: ↑ Bilirrubina conjugada Esteatorréia (gordura nas fezes), fezes claras e bilirrubinúria acentuada Massa, abscesso, obstruindo o ducto biliar Outros parâmetros laboratoriais pode promover mais informações sobre a causa da hiperbilirrubinemia ANEMIA → SUGERE → Doença hemolítica (esferócitos, corpúsculo de Heinz) ↑ FA E GGT → Sugere colestase Imagem (Ultrassom) Hiperbilirrubinemia de jejum Evidente em Equinos Ocorre ↑ bilirrubina sérica superior a 5mg/dL 64 a 136h de jejum Mobilização de ácidos graxos de reserva Compete com a bilirrubina pelos locais de ligação da ligandina ↑↑ bilirrubina não- conjugada OUTROS TESTES Hemograma Inflamação crônica (cirrose): comumente é observado anemia não regenerativa, presença de acantócitos e células em alvo Pode ocorrer anemia por hemorragias devido o prolongamento do tempo de coagulação. Urinálise Considerações finais Slide 1: FUNÇÃO HEPÁTICA Slide 2 Slide 3: Anatomia Slide 4: Anatomia Slide 5: Produção e circulação normal dos ácidos biliares Slide 6: Funções do fígado Slide 7: Funções do fígado Slide 8: Diagnóstico da doença hepática Slide 9: Deve-se suspeitar de doença hepática em animais que apresentam: Slide 10: Diagnóstico da doença hepática Slide 11: Diagnóstico da doença hepática Slide 12: Diagnóstico da doença hepática Slide 13: Provas enzimáticas Slide 14: Provas enzimáticas Slide 15: Isoenzimas Slide 16: Distúrbios hepáticos Slide 17: Interpretação correta dos resultados Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21: ALT – Alanina aminotrasferase Slide 22: ALT – Alanina aminotrasferase Slide 23: ALT – Alanina aminotransferase Slide 24: Lesão hepatocelular Slide 25: Lesão hepatocelular Slide 26: Lesão hepatocelular Slide 27: Lesão hepatocelular Slide 28: Lesão hepatocelular Slide 29: Drogas que podem causar aumento na atividade da ALT sérica (toxidade) Slide 30: Causas de aumento da ALT sérica → alteração da permeabilidade membrana hepatocelular Slide 31: AST – Aspartato-aminotransferase Slide 32: AST – Aspartato-aminotransferase Slide 33: AST – Aspartato-aminotransferase Slide 34: AST – Aspartato-aminotransferase Slide 35: Causas de aumento da AST sérica Slide 36 Slide 37 Slide 38: CK – Creatina quinase Slide 39: Solicitar a AST e CK Comportamento enzimático Slide 40 Slide 41: MIOGLOBINA Slide 42: Mioglubinúria Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48: Cirrose hepática Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52: Colestase Slide 53: Colestase intra-hepática ( ↑ FA e GGT) (Colangite, hepatite, neoplasia hepática e desordens metabólicas)→consequente inchaço dos hepatócitos e oclusão canalículos biliares Slide 54: Colestase pós-hepática (Obstrução de ducto biliar: pancreatite, neoplasia pancreática, calculo biliar) Slide 55: Produção aumentada da FA e GGT por indução Slide 56: FA – Fosfatase alcalina Slide 57: FA – Fosfatase alcalina Slide 58: FA – Fosfatase alcalina Slide 59:Causas aumento da atividade sérica da FA Slide 60: Isoenzimas da fosfatase alcalina Slide 61: Isoenzimas da fosfatase alcalina Slide 62: Isoenzimas da fosfatase alcalina Slide 63: Isoenzimas da fosfatase alcalina Slide 64: Hiperadrenocorticismo Slide 65: Lipidose hepática (gato) Slide 66: Lipidose hepática (gato) Slide 67: Lipidose hepática (gato) Slide 68: Lipidose hepática (gato) Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75: Colangite/ colangio-hepatite: inflamação do trato biliar Slide 76 Slide 77: GGT – -glutamiltransferase Slide 78: GGT – -glutamiltransferase Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82: Amônia/Uréia Slide 83: Amônia Uréia Slide 84: Metabolismo da amônia Slide 85: Caso clínico Slide 86: Exames solicitados Slide 87: Desvio portossistêmico Slide 88 Slide 89: Análise de líquido cavitário Slide 90: Hemograma Slide 91: Bioquímica sérica Slide 92: Urinálise Slide 93: Biurato de amônia Slide 94: Fatores de coagulação Slide 95: Proteínas Slide 96 Slide 97 Slide 98: Bilirrubina Slide 99: Icterícia (hiperbilirrubinemia) Slide 100 Slide 101 Slide 102: Causas Slide 103: Pré-hepática Slide 104: Pré-hepática Slide 105: Hepática Slide 106: Pós-hepática Slide 107: Pós-hepática Slide 108: Outros parâmetros laboratoriais pode promover mais informações sobre a causa da hiperbilirrubinemia Slide 109: Hiperbilirrubinemia de jejum Slide 110 Slide 111: Hemograma Slide 112: Urinálise Slide 113: Considerações finais