Buscar

Aula de Odontopediatria Radiografia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula de Odontopediatria 
Prof. Naelka 
Radiologia em Odontopediatria
O exame radiográfico não pode ser feito indistritamente para todos os indivíduos e de qualquer forma, temos que observar os sinais e sintomas que o paciente apresenta para pode indicar os exames radiográficos para fechar o diagnóstico. Ele é auxiliar, por si só não consegue fechar um diagnóstico. 
Devemos considerar: os dados epidemiológicos sobre aquela doença, a prevalência, padrão de progressão da doença na população (crianças com altos índices de cárie, não é incipiente, é mais grave), exposição aos fluoretos (essa população tem exposição aos fluoretos? Quais as fontes de fluoreto?), situação sócio-econômica e cultural da família, experiência presente e passada da lesão, higiene oral e dieta. 
· Familiarizar a criança com o aparelho radiográfico; 
Nem todas as crianças vão aceitar a fazer as radiografias. Usar filmes radiográficos que sejam compatíveis com a cavidade bucal da criança, usar a película infantil. Fala para a criança que vai tirar uma foto do dente para que ela possa entender o que você vai fazer. Primeiro fazer as tomadas radiográficas mais fáceis que são da região anterior, as inferiores posteriores são mais difíceis por causa do assoalho bucal. 
· Exame Radiográfico
Auxilia no diagnóstico para elaborar o plano de tratamento e para fazer acompanhamento e controle. Tomada radiográfica, processamento e interpretação correta. A película precisa ser bem armazenada. 
· Proteção a Radiação 
As crianças estão em desenvolvimento e elas são mais suscetíveis aos efeitos da radiação, porque as células da criança estão em menor grau de diferenciação celular, principalmente as células gametas, por isso precisamos proteger essas células. Para isso devemos usar os recursos que temos, como aparelho de raio x de cone curto, posicionadores radiográficos (permite o enquadramento correto da imagem e teremos imagens padronizadas, mas, mesmo o posicionar infantil ainda é grande para a cavidade bucal de certas crianças, e elas não aceitam muito bem), filmes ultrarrápidos, proteger o paciente com avental. 
Filtro – diminui a quantidade de radiação dos fótons; 
Cones longos e abertos –diminuem a propagação da radiação;
O aparelho deve estar bem calibrados! Não esquecer de proteger as gônadas, principalmente nas meninas. Executar a técnica de forma correta e da melhor forma possível. 
· Princípios de ALARA 
É responsabilidade do cirurgião-dentista. O objetivo é minimizar as doses de radiação recebidas pelo paciente, todos os dados devem ser tomados com a utilização de filmes radiográficos mais sensíveis que podem reduzir a dose de radiação em 20%. 
Do profissional: nunca deverá estar na direção do feixe útil de Rx, não permanecer atrás do cabeçote, nunca segurar o filme, colocar-se a distância mínima de mais ou menos 1,80m do aparelho num ângulo de 90 a 135º, posicionar-se atrás da barreira mecânica (paredes chumbadas). 
Filmes – nº 0, nº 2 (para crianças maiores), nº 4 oclusal.
· Processamento do Filme
A qualidade do Raio X depende do processamento adequado do filme, 30s no revelador, 10s na água e 10minutos no fixador. 
· Técnicas Radiográficas (interproximais e periapicais)
- Método da Bissetriz: a incidência no raio x no ângulo bissetor formado pela película e o dente, perpendicular. 
Se mudar a angulação e esse feixe de raio x ficar paralelo ao longo deixo do dente tem um alongamento da imagem; se for perpendicular em relação a película radiográfica vai ter um encurtamento. Tem que estar perpendicular ao plano entre o dente e a película radiográfica.
Desvantagem: para essa técnica ser bem executada temos que posicionar corretamente a cabeça do paciente, usar as angulações verticais e horizontais corretamente, e a incidência do feixe de raio x deve ser correta para que a técnica seja bem executada, por isso é uma técnica difícil. 
Respeitar o posicionamento correto: plano sagital mediano perpendicular ao solo, a linha do trágus e da asa do nariz paralela ao solo. 
Angulações: Incisivos: 50º Pré:40º e Molares: 30º (superiores), I: -20 P: -10 e M: 0 (inferiores).
- Paralelismo: feixe incide perpendicularmente ao filme e ao longo eixo do dente, quando usa os posicionadores radiográficos, mas só dá para usar em crianças maiores. 
Vantagens: simplicidade, menor grau de ampliação, variação das imagens e padronização da imagem. Desvantagens: maior tempo de exposição e adaptação do posicionar na cavidade bucal da criança. 
- Para pré-maturos, recém-nascidos e lactantes até 3 anos: A película fica posicionada na horizontal e o paciente fecha a boca, só fazer em casos especiais, oclusal de mandíbula e maxila, filme periapical nº 2. Para criança maior de 6 anos: ela já pode segurar a película. 
- Tomada dupla: 2 películas radiográficas, pegar uma lâmina de chumbo, gruda com fita crepe, paciente morde a película dupla e faz a incidência tanto em maxila quanto em mandíbula. 
- Periapical modificada para região de molares decíduos: película de adulto, fazer uma pequena dobra para construir uma aleta, prende-se um rolete de algodão, para que ela consiga ocluir para obtermos tipo uma radiografia interproximal. 
-> Técnica Interproximal 
Indicada para diagnosticar alterações da crista alveolar, fundamental para lesões de cárie na interproximal. Ângulo de 8 a 10º. Coloca a fita crepe na película, bem no meio, a aleta deve ficar posicionada no meio do filme, puxa a aleta para o paciente morder e posiciona. Paciente deve estar posicionado de modo que a linha de trágus fique paralela ao solo. 
Consegue observar a região interproximal dos dentes. 
Tem uma outra técnica que não usamos muito, pois é comum ter sobreposição de imagens nela, e o diagnóstico fica mais difícil, também usada em crianças com 3 anos de idade. Pega a película radiográfica, dobra o filme periapical de adulto, faz duas tomadas radiográficas interproximais com a mesma película, tem que ter uma aleta para cada lado da película. 
- Ténica oclusal – mesmo princípio da técnica do adulto. Ela pode ser feita com a película do adulto se for uma criança muito pequena. Com ela tem um panorama todo da maxila ou da mandíbula, principalmente para observar dentes supranumerários, dentes inclusos. 
-> Técnica de Clark: tem a radiografia inicial de preferência padronizada com o posicionador radiográfico, e mudamos a angulação para fazer uma segunda tomada radiográfica, ou para mesial ou para a distal para conseguir fazer a localização do dente supranumerário, por exemplo, ou de odontoma, ou de lesões. 
Princípio de Paralaxe: dados dois objetos em linha reta com o observador, o objeto mais afastado será escondido pelo outro objeto. Se o observador move-se para a direita, o objeto mais distante aparentemente se moverá para a direita, ou seja, o objeto mais distante acompanha o observador e o mais próximo faz o movimento contrário ao observador.
- Técnica de Miller Winter: para diagnosticar alterações, dentes supranumerários na região de mandíbula, faz uma tomada radiográfica periapical normal e faz uma “semi-oclusal” só da região que queremos saber. A técnica consiste em: uma radiografia periapical e uma radiografia oclusal (com filme periapical) cujas incidências são perpendiculares entre si, daí o nome técnica do ângulo reto. Na periapical o ideal é que faça-a com a técnica do paralelismo, já na oclusal o paciente morde levemente a película e inclina a cabeça para trás.
- Panorâmica: não nos dá uma imagem bem nítida, mas permite a visualização de um todo, tanto da maxila quanto da mandíbula. A criança deve ficar parada para fazer essa radiografia, e muitas crianças não conseguem fazer isso. Vantagens: em uma tomada radiográfica conseguimos visualizar todos os elementos dentários, nível de radiação é baixo, bom instrumento para demonstrar os dentes do paciente aos pais, por exemplo. Desvantagens: a imagem não é nítida, não se pode pesquisar cárie em panorâmica. 
- Técnica Lateral de Fazzi: usa-se a película radiográfica fora da boca, para verificar traumatismo em região anterior. A película ficaperpendicular. Usa um filme periapical ou oclusal, que fica fora da boca da criança e ela fica segurado com o indicador e o polegar, seguindo a linha da pupila.
Nº de tomadas radiográficas recomendado na odontopediatria: no caso de dentição decídua, no máximo seriam 3 tomada radiográfica, 2 interproximais e 1 periapical anterior (superior ou inferior) – isso é só para prevenção, para saber se o paciente tem ou não atividade de cárie na região interproximal. 
No caso da dentição decídua onde precisa intervir com tratamento curativo: são no máximo 6 tomadas radiográficas no exame inicial, uma na anterior superior e inferior e 4 periapicais. 
Já na dentição mista são 8 tomadas radiográfica, 4 periapicais e 2 interproximais. 
Dentição permanente: 2 tomadas radiográficas, sempre dando importância que a interproximal deve estar no nosso planejamento diagnóstico. Para cada hemiarcada, para ver incisivo, pré-molares e molares. 
· Interpretação 
Fase de iniciação e proliferação: podemos ter uma alteração de numero de dentes, que é o caso de agenesia, tem o dente decíduo e no exame radiográfico identificamos que ele não tem sucessor permanente, por exemplo. 
Maior número de dentes: condição rara, frequente na dentadura mista, causa retenção prolongada. Dentes supranumerários. Devem ser removidos pois podem fazer alteração da oclusão. 
- Fusão: união de 2 dentes pela raiz e coroa clínica, forma de “h”. 
- Geminação: bipartição do broto dentário, 2 coroas, única câmara pulpar e uma raiz. 
- Amelogênese imperfeita hipoplásica: alteração onde a matriz do esmalte é reduzida então não tem esmalte, tem exposição da dentina. Radiograficamente, observam-se áreas radiopacas e radiotransparentes. Esses pacientes têm sensibilidade dentinária.
- Macrodontia: dentes que sofreram alteração de morfodiferenciação e ficam maiores que o normal, há aumento do volume pulpar também.
- Taurodontia: câmara pulpar alongada e assolho mais próximo a região periapical, a raiz é mais curta e a coroa é alongada. 
- Dens in dente: invaginação do epitélio interno do esmalte para dentro da coroa, vamos ter como se fosse um dente dentro de outro dente, implica com a necessidade de tratamento endodôntico. 
-> Aposição 
- hipoplasia do esmalte: manchas irregulares formando fóssulas e fissuras na região de coroa. É falha na deposição de esmalte, formam depressões, erosões, não tem esmalte homogêneo. E na região de falha do esmalte tem exposição de dentina também. Pode ser superficial ou mais profundo.
-> Calcificações 
- Amelogênese imperfeita hipocalcificada; 
- Hipocalcificação dentária; 
-> Irrupção 
- Dentes natal ou neonatal: o bebe pode nascer com o dente ou o dente pode aparecer na cavidade bucal até 30 dias de nascimento. Essa condição precisa ser radiografada para sabermos se esse dente é da dentição decídua ou se é supranumerário, e para ver o nível de formação da raiz, de implantação desse dente, pra saber se ele vai ser extraído ou não, porque se o grau de formação da raiz for muito pequeno, ainda mais se for dente supranumerário, o bebe pode aspirar. 
- Lesão de Riga Fede: é uma lesão comum nos pacientes que tem dente neontal até 30 dias de nascidos que fica localizada na base da língua do bebê, por causa do atrito da língua no dente, pelo ato da amamentação. É uma úlcera aftosa causada pelo dente na base da língua do bebê, deve-se fazer o arredondamento dos bordos (se for dente decíduo) com disco de lixa para que não exista mais esse atrito. 
- Anquilose: quando o ligamento periodontal desaparece, há uma consolidação do dente com o osso alveolar. O dente pode ficar em infra-oclusão, faz a remoção desse dente para que o permanente erupciona, faz odontossecção porque esse dente não tem mobilidade.
Quando fazemos tratamento endodôntica em dentes decíduos molares superiores vamos utilizar da técnica radiográfica interproximal modificada, é a única que oferece paralelismo da imagem. Quando fazemos a periapical normal não conseguimos observar as raízes porque tem o dente permanente. 
Faz uma tomada radiográfica periapical, ao invés de fazer com que a aleta fique no meio da película, fazemos com que ela fique um pouco abaixo, para incisal ou oclusal dos dentes decíduos, a criança morde a aleta. Isso é indicada para crianças menores de 9 anos.