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1 Entendendo o PBL LEISHMANIOSE VISCERAL CALAZAR → doença sistêmica e potencialmente fatal se não tratada → apresentação clássica: febre + hepatoesplenomegalia em área endêmica (viagem) → OMS: 95% ocorrem em 10 países: brasil, china, Etiópia, índia, Iraque, Quênia, Nepal, Somália, África do sul e Sudão EPIDEMIOLOGIA → 2018: 50 A 90mil casos/ ano, principalmente no brasil, índia e leste africano → No brasil cerca de 3500 novos casos/ano, sendo >50% no NE → 60% do sexo masculino – destes, 30% <5anos → 10% vem a óbito (<12 meses e acima de 50 anos) → 7% coinfectados por HIV O reservatório original da doença são os mamíferos selvagem, principalmente o gamba e a raposa do mato, com a urbanização começou a infectar os cães, os humanos os hospedeiros. CICLO DE TRANSMISSÃO → RESERFATORIO mamífero silvestre/ domesticado contaminado → VETOR: mosquito palha (flebotomíneo) contaminado pela forma promastigota (fragelada) → AGENTE ETIOLOGICO: leishmania infantun chagasi (parasita intracelular obrigatório) → Contaminação humana (RESERVATÓRIO): Forma amastigota CICLO BIOLOGICO → Leishmania sp é um parasita intracelular obrigatório → Após a entrada no corpo humano em sua forma flagelada, é fagocitado pelo macrófago e forma um vacúolo citoplasmático onde se transforma em sua forma amastigota e se reproduz → Posteriormente essas amastigotas rompem a membrana celular (destruindo as células), caindo na corrente sanguínea e procurando novas células para adentrarem e se multiplicarem) → Os amastigotas digeridos pelos invertebrados migram para o intestino onde se transformam novamente em promastigotas e com seus flagelos conseguem ascender para o aparelho bucal dos mosquitos, onde serão transmitidos para outros mamíferos quando o vetor se alimenta → O ciclo nos animais é similar aos humanos RESPOSTA IMUNOLOGICA → Imediatamente após a infecção, é ativada a via inespecífica: macrófagos sinalizam a presença de antígenos, recrutando mais células de defesa e liberado citocinas → A capacidade do corpo humano de desenvolver a doença vai depender da resposta imunológica diante ao agente 2 Entendendo o PBL → VIA COMPETENTE DE RESPOSTA IMUNE: CD4 + TH1: LIBERANDO IL2, TNF-ALFA E INF-GAMA o se diante da presença deste protozoário o sistema imune conseguir induzir a via th1 de resposta celular, o corpo humano não irá desenvolver a doença → VIA NÃO PROTETORA DE RESPOSTA IMUNE: CD4 + Th2: liberando IL10, IL3 e IL4 o Se diante da presença do protozoário o sistema imune ativar a via th2, o combate ao parasita sera ineficaz e a doença insaturada → Haverá então uma imunodepressão especifica e antígenos de leishmania, levando a deficiência da imunidade efetora o Redução dos LT → Ativação imunológica sistêmica na tentativa de combater o agente (resposta imune exagerada) → Ativação policlonal: hipergamaglobulinemia, elevação das citocinas inflamatórias o É esse processo que se relaciona os sintomas, muitas vezes cursando com uma síndrome inflamatória sistêmica → As reações e sintomas desencadeadas pelas respostas th2 são reversíveis após o tratamento IMUNOPATOGENESE → Como os amastigotas não conseguirão ser controlados efetivamente, conseguem ocupar órgãos linfoides (MO, linfonodos, baço e fígado); e interferir no funcionamento deles principalmente na produção de células pela MO → Manifestações clínica: anemia, leucopenia e plaquetopenia; sangramento; hiperplasia dos órgãos linfoides acometidos (hepatomegalia, esplenomegalia, linfoadenomegalia) → Não precisam ser concomitantes, vai depender da intensidade dos sintomas e tempo de evolução → Síndrome inflamatória sistêmica FASES CLINICAS → INICIAL: sintomas inespecíficos (febre, indisposição, perda de peso) → ESTADO: cursa com sintomas os sintomas clássicos da doença (os acima + anemia, palidez, hepatoesplenomegalia -> evoluiu para pancitopenia, hepatoesplenomegalia grave, hipergamaglobulinemia, hipoalbuminemia) → FINAL: presença de complicações (icterícia, sangramento, infecções, choque), pouco responsivo ao tratamento o Estado nutricional, aceso a saneamento básico, acesso ao serviço de saúde; tem uma correlação diretamente proporcional à sobrevida desses pacientes DIAGNOSTICO → CLINICO: febre prolongada (4 semanas) + visceromegalia + citopenia (não precisa ser concomitante) o Laboratório inespecífico: citopenias, elevação de provas de atividade inflamatórias, elevação de transaminases (mias tardia), hipoalbuminemia, hipergamaglobulinemia, elevação da bilirrubina (nos ictéricos) → PRESUNTIVO: RIFI, teste rápido, sorologia especifica, método molecular + clinica e epidemiologia sugestiva e/ou respostas e teste terapêutico. 3 Entendendo o PBL o O teste rápido está disponível na rede pública, não invasivo, alta sensibilidade e especificidade → DEFINITIVO: confirmação parasitológica por exame direto ou cultura (aspirado de medula óssea, ganglionar ou esplênico, Bx hepática) INDICAÇÃO DE TRATAMENTO INTRAHOSPITALAR → extremos de idade (<2 anos, acima de 50 anos) → Sangramento → Icterícia → Leucopenia <1500 → Plaquetopenia <50mil → Coinfecção por bactérias/HIV → Doenças de base que possam ser complicadas pela leishmaniose ou seu tratamento CRITERIOS DE CURA → Melhora do apetite e do estado geral → O desaparecimento da febre acontece entre o segundo e o quinto dia de tratamento → O ganho ponderal e a redução do volume do baço e do fígado podem ser verificados nas primeiras semanas, embora a regressão total possa levar alguns meses → Os parâmetros hematológicos melhoram a partir da segunda semana → O processo de normalização das proteínas sérica ocorre de forma lenta, poderão durar meses → Com evolução clinica favorável, o controle parasitológico é dispensável → O paciente tratado deve ser acompanhando durante seis meses. Ao final desse período, se o estado do paciente permanecer estável, ele será considerado clinicamente curado → Será considerada recidiva quando houver recruta descimento da sintomatologia, em até 12 meses após o término do tratamento