Buscar

Tétano em equinos [Resumo]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Tétano em equinos
Etiologia
Doença tóxicoinfecciosa de
caráter agudo, não-contagiosa,
que acomete os animais
domésticos e humanos, causada
pela toxina do Clostridium tetani.
O Clostridium tetani é uma
bactéria ciliada que mede 2,5 por
0,5 micra e tem suas
extremidades arredondadas.
Bacilo anaeróbio, gram-positivo,
móvel e encontrado sob a forma
de esporos no trato intestinal e
matéria orgânica em
decomposição.
Epidemiologia
Idade: maior prevalência em adultos e
neonatos (umbigo);
Sexo: predominância por machos.
É encontrado em todas as partes
do mundo. É mais comum a
ocorrência em equinos do que
nas demais espécies.
As características
epidemiológicas mais
importantes são: 
Feridas recentes não curadas
Quantidade de toxinas e de bactérias
Estado imunológico individual
Fatores predisponentes:
1.
2.
3.
Transmissão
As fontes mais comuns de
infecção são os solos cultivados,
currais e estábulos e as portas de
entrada do bacilo são as feridas
profundas não-arejadas, onde os
esporos podem permanecer
latentes por algum tempo,
produzindo a doença em
condições favoráveis de
proliferação.
Tétano em equinos
A via de entrada geralmente se
dá por ferimentos com
perfurações profundas,
principalmente na região dos
cascos.
Patogenia
A bactéria entra em contato
com tecidos através de
ferimentos, onde começa a
produção de neurotoxinas
(somente quando há redução
de oxigênio, um ambiente de
anaerobiose criado pelo
processo de cicatrização do
ferimento). 
O esporo se instala nos tecidos
anóxicos e desvitalizados do
hospedeiro, germina, se
multiplica e produz uma
potente neurotoxina
(tetanospasmina), que penetra
nas fibras nervosa motoras
periféricas até chegar no
sistema nervoso central, onde
se dissemina com rapidez, num
período de 16 a 24 horas, pela
medula e bulbo.
A progressão da
neurotixicidade favorece o
surgimento dos sinais clínicos
neurológicos clássicos, como
tremores, rigidez e espasmos. 
Sinais Clínicos
Tétano Local: rigidez dos músculos
próximos a ferida contaminada.
Isto, atribui-se à pouca toxicidade
da bactéria ou à vacinação parcial.
Os sinais persistem durante
semanas ou meses, e desaparecem
sem deixar sequelas;
Tétano Encefálico: normalmente
tem um período de incubação
curto (24 à 48h). Tem como porta
de entrada à face, e caracteriza-se
por paralisia dos músculos da face
ou dos olhos e dificuldade para
deglutir;
Tétano Generalizado: É a forma
mais frequente e grave desta
doença, onde se observam
alterações clínicas clássicas, como
os espasmos e a rigidez muscular
desencadeados por diferentes
estímulos (luz, frio, ruído, tato,
alimentação, etc.), levando à asfixia
por falta de movimento dos
músculos respiratórios.
Varia de acordo com a
distribuição da neurotoxina no
organismo:
Tétano em equinos
Rigidez muscular geral,
acompanhado por tremores
Orelhas eretas ou cruzadas (orelhas
em tesoura), 
Prolapso da terceira pálpebra
Dilatação das narinas Paralisia
espástica 
Abdução dos membros (postura de
cavalete)
Cauda estendida em forma de
bandeira (Figura 6); 
Pescoço estendido; 
Trismo (Mandíbula travada); 
Tremores infraorbitários; 
Convulsões clônicas; 
Expressão apreensiva e alerta; 
Hiperexcitabilidade; 
Tremores musculares quando o
animal é excitado; 
Reações a estímulos sonoros e
luminosos; Sudorese intensa;
Acidose; Hipertermia (41°C a 42°C); 
Taquicardia; 
Decúbito lateral com formações de
úlceras; 
Morte por asfixia devido à parada
respiratória ou pneumonia;
Os sinais clínicos mais
observados são: 
A duração clínica varia de 5 a
20 dias nos casos de evolução
rápida e de 15 a 20 dias nos de
evolução lenta.
A morte do animal ocorre entre
5 e 15 dias após os primeiros
sintomas, devido à asfixia
causada pela paralisia dos
músculos respiratórios, falta de
alimentação e água e,
finalmente, por acidose
Tétano em equinos
Baseia-se basicamente na
anamnese e observação dos
sinais clínicos.
Pode ser feito cultivo anaeróbico
do C. tetani de material da ferida. 
Diagnóstico
Diagnóstico Diferencial
Intoxicação pela estricnina: 
 há ausência de trismos e de
hipertonia generalizada
durante os intervalos dos
espasmos;
Meningites: há febre alta
desde o início, ausência de
trismos, hiperestasia; 
Raiva: histórico de
mordedura por animais,
convulsão, ausência de
trismos, hipersensibilidade
cutânea e alterações de
comportamento; 
Processos inflamatórios da boca e
faringe, acompanhados de trismo:
abscesso dentário, periodontite
alvéolo-dentária, erupção
viciosa do dente do siso, fratura
e/ou osteomielite de mandíbula,
abscesso amigdaliano e/ou
retrofaríngeo; 
Eliminar as bactérias causadoras,
neutralizar a toxina residual; 
Controlar os espasmos
musculares até que a toxina seja
eliminada ou destruída;
Fornecer tratamento de suporte; 
Manter a hidratação e a nutrição.
Os princípios fundamentais no
tratamento do tétano são: 
O paciente deve ser mantido em
um ambiente escuro, tranquilo e
silencioso, protegido de
estímulos súbitos, movimentos
desnecessários ou qualquer
excitação. 
Tratamento
Tétano em equinos
Acepromazina (0,5 a 1,0 mg/kg IV)
Diazepam (0,01-0,4mg/kg) 
 Xilazina (0,5- 1,0 mg/kg IM ou IV)
Dose 5.000 UI e 50.000 UI IV, IM
ou SC.
Penicilina G potássica (22.000-
44.000 UI/Kg, 3 a 4 vezes ao dia,
IV)
Penicilina G benzatina na (22.000
UI/Kg, IM, duas vezes ao dia), por
via intramuscular
Fluidoterapia;
Sintomático;
Cocho de alimento e água
mantidos elevados;
Nutrição parenteral
(incapacidade de deglutição);
Tamponamento dos condutos
auditivos com algodão;
Piso de boa qualidade e camada
profunda de serragem ou palha
na baia.
Tranquilização e redução de
espasmos musculares:
Antitoxina Tetânica (TAT)
Antibioticoterapia
Tratamento de suporte
Controle e Profilaxia
Prognóstico
O prognóstico da doença está
diretamente ligado à velocidade
de evolução da mesma, sendo
considerado mau quando é de
evolução rápida e reservado
quando é de evolução lenta e
mais branda.
Como medida profilática
preconiza-se a vacinação e a
adoção de medidas de assepsia e
antissepsia na realização de
práticas de manejo.
A vacinação com toxóide,
administração de reforço vacinal
previamente aos procedimentos
cirúrgicos, bem como a
administração de soro
antitetânico no momento ou
após são medidas profiláticas
que podem ser tomadas para
evitar a ocorrência da doença. 
Tétano em equinos
A antitoxina do tétano deve ser
administrada a qualquer cavalo
com ferida penetrante ou
laceração profunda, e a ferida
também deve ser limpa de forma
agressiva.
As éguas prenhas devem
receber injeção de reforço 4-6
semanas antes do potro para
fornecer imunidade colostral
adequada ao potro.
Em áreas enzoóticas todos os
animais susceptíveis devem ser
imunizados. Uma recomendação
geral deve incluir vacinação
depotros aos dois, três e seis
meses de idade, seguindo-se
uma dose de reforço após um
ano.