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AFC – Roteiro NP2
Aula 11 – Transtornos Psiquiátricos
AULA 11 – TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
· Problemas clínicos
Autoconhecimento: busca maior acesso a reforçadores. A pessoa busca maior conhecimento sobre seus comportamentos (aquilo que faz, pensa e sente) e como as contingências controlas essas respostas para melhor lidar com esses eventos, alterá-los e obter mais e mais potentes reforçadores.
Problemas clínicos: quando os comportamentos não produzem as consequências desejadas ou trazem sofrimento, ou seja, dificuldades de emitir Rs que diminuam os SAV ou que deem acesso a reforçadores. Ocorre por falta de repertório, falha no controle discriminativo ou dificuldade na intensidade da resposta. Multideterminados e sofrem seleção por consequências.
· A multideterminação do comportamento
Todo comportamento é multideterminado pelos três níveis e sofre seleção por consequências.
· Existe diferença entre transtornos psiquiátricos e clínicos?
Transtornos psiquiátricos também são multideterminados em sua origem e manutenção, recebendo maior ou menor influência de cada um dos níveis constantemente entrelaçados, diferindo-se pelos diferentes graus de comprometimento nos diferentes níveis de variação e seleção.
· Conceito de normalidade e práticas culturais
A classificação de normalidade ou transtorno é determinada por práticas culturais que estabelecem os padrões socialmente aceitos ou não. O modelo estatístico de normalidade é uma distorção do modelo darwiniano de seleção natural e tem como critério de determinação a comparação entre pessoas (curva normal). 
· Problemas do critério de normalidade 
O critério de normalidade desvirtua a teoria darwiniana as atribuir ao ambiente papel selecionador da perfeição ao considerar que a natureza seleciona formas mais perfeitas e abre caminho para visões segregacionistas ao hierarquizar as pessoas em categorias de diferentes qualidades.
· Sofrimento em análise do comportamento
	Causam sofrimento aqueles comportamentos que violam expectativas sociais e trazem sofrimento (SAV, Pun) àqueles que os apresentam ou àqueles que convivem. O critério para definir quais comportamentos devem receber atenção especial é o sofrimento.
· Transtorno mental na análise do comportamento
	Não considera nenhum comportamento como psicopatológico, desadaptativo ou anormal, pois considera que todo comportamento decorre da seleção em três níveis ao longo da história entre as respostas emitidas pelo indivíduo e os efeitos ambientais decorrentes. Seriam respostas normais para situações “transtornadas”
Esses padrões devem ser analisados como déficits ou excessos comportamentais, sendo mantidos por contingências de reforçamento em um nível que justificaria sua manutenção, mas produzindo punição com manifestações emocionais intensas, gerando sofrimento para a pessoa que se comporta ou seu entorno.
Sidman defende que os transtornos psiquiátricos são produto de uma sociedade coercitiva que pune alguns comportamentos que para ela são aversivos. Algumas formas de adaptação à coerção seriam caracterizadas por respostas de fuga e pela esquiva que interferem no funcionamento cotidiano da pessoa, levando ao desajustamento social e à capacidade reduzida para engajamento construtivo, implicando em custos pessoais e sociais severos.
	
· Objetivos terapêuticos
Os objetivos terapêuticos seriam buscar novas formas de interação entre o indivíduo e seu meio, minimizando estimulações aversivas presentes nessas relações e aumentando estimulações apetitivas, diminuindo o sofrimento do indivíduo de forma direta ou indireta (quando diminui a estimulação aversiva que seu comportamento produz aos outros e estes, por consequência, diminuem as punições direcionadas aos seus comportamentos).
AULA 12 – 1ª, 2ª E 3ª GERAÇÃO – possivelmente dissertativa cai a diferença entre as ondas e o que as fez surgir.
· Desenvolvimento da abordagem
TC fundou nova fase na psicologia clínica embasada cientificamente no estudo do comportamento humano de forma objetiva, racional e clara, com rigor científico e com o desenvolvimento de leis de aprendizagem que sejam validadas empiricamente: foco na promoção da saúde mental través da observação, predição e modificação comportamental.
A primeira geração surge contra as terapias de insight, se contrapondo à subjetividade e à ineficácia da psicoterapia (Eysenck). Neobehaviorismo e análise do comportamento se uniram contra os paradigmas clínicos predominantes.
A Terapia Comportamental contemporânea surgiu no começo do Sec. XX a partir de trabalhos experimentais sobre aprendizagem.
· Eysenck e seu estudo sobre as terapias de insight – não cai o que ele fez
Eysenck observou e disseminou a ideia de que os tratamentos psicoterápicos da época não possuíam evidência de eficácia, o que despertou nos psicoterapeutas a busca por alternativas mais efetivas.
· Discussão das terminologias: TC ou TCC?
Não há distinção padronizada na literatura. 
TC: todo o campo de estudos que inclui as três gerações; termo aplicado de forma genérica para se referir a uma ampla variedade de técnicas que focam nos comportamentos ou em combinações de comportamentos e sentimentos.
TCC: termo específico que distingue os tratamentos que incluem estratégias de estruturação cognitiva.
· Características centrais da Terapia Comportamental
Científica: compromisso com uma abordagem científica precisa, avaliada e suportada empiricamente.
Ativa: o paciente deve fazer algo para lidar com os problemas, não somente falar sobre eles. É uma terapia de ação dentro e fora da sessão.
Focada no paciente: os problemas que acontecem no presente são influenciados por condições do presente. Os procedimentos visam a mudança de fatores atuais que estão afetando o comportamento do cliente.
Focada na aprendizagem: assume que a maioria dos problemas comportamentais é desenvolvido, mantido e mudado a partir da aprendizagem. Há um forte componente educacional com princípios básicos nas teorias de aprendizagem (condicionamentos clássico e operante)
Individualizada: as circunstâncias específicas de cada problema e as características individuais dos pacientes são levados em alta consideração.
Progressiva: se move do mais simples ao mais complexo, do mais fácil ao mais difícil, do menos ao mais ameaçador.
Breve: geralmente leva menos tempo global que varia de acordo com a complexidade e severidade do problema. 
· A classificação das Terapias Comportamentais em três gerações: Hayes / Por que surgem novas ondas?
Hayes examinou as terapias de insight e concluiu que pessoas tratadas com elas não tinham maior probabilidade de melhora quando comparadas com as que não recebiam tratamento nenhum. Dessa forma, despertou a busca por alternativas mais eficazes, sendo a melhor alternativa a Terapia Comportamental, graças a ele a TCC passa a ser levada a sério a partir de 1950; é o grande difusor da ideia da evolução em três ondas.
· Primeira geração: aspectos históricos e aspectos clínicos
Aspectos históricos:
O Neobehaviorismo e a Análise do Comportamento surgem a partir do movimento contrário às concepções clínicas predominantes da época, se contrapondo à subjetividade e ineficácia da psicoterapia, em resposta à fraqueza científica da teoria psicanalítica. Auge do pensamento mecanicista.
- Pavlov: aprendizado, condicionamento respondente
- Watson: objetividade; fundador do behaviorismo; destaca a importância da objetividade.
- Thorndike: condicionamento operante, fortalecimento e enfraquecimento de comportamentos por meio de reforço e punição.
- Jacobson: relaxamento muscular progressivo, base para o relaxamento muscular na TC.
- Skinner: condicionamento operante
- Wolpe: dessensibilização sistemática
- 1950: início formal – EUA, África do Sul e Grã-Bretanha
Aspectos clínicos:
Embasado nos princípios de aprendizagem, com uso de técnicas derivadas do condicionamento clássico e operante com experimentos com animais. Focava diretamente nas emoções e comportamentos problemáticos, com uma visão mais estreita do paciente, colocando de lado os propósitos básicos dos conceitoshumanísticos e analíticos e dava pouca atenção à relação terapêutica.
· Segunda geração: aspectos históricos e aspectos clínicos
Aspectos históricos:
- Bandura: teoria da Aprendizagem Social – incluía os princípios do condicionamento clássico e operante, os princípios de aprendizagem por observação e enfatizava o papel das cognições no desenvolvimento e no tratamento dos transtornos psicológicos. Contrariava o behaviorismo watsoniano pela impossibilidade da observação direta das cognições, mas já se acreditava que lidar somente com os comportamentos observáveis era muito restritivo.
- Beck e Ellis: pais da TCC; busca da modificação de pensamentos negativos e ilógicos associados a dificuldades psicológicas.
- 1960: TCC – mudanças nas cognições mal adaptativas ajudando os pacientes a reavaliar padrões de pensamentos distorcidos usando estratégias como a descoberta guiada. Combinava técnicas cognitivas com as comportamentais, baseando-se a psicologia da aprendizagem e no processamento da informação.
Destacava a importância da linguagem e da cognição no desenvolvimento e tratamento da psicopatologia, dando ênfase em explorar a maneira pelas quais as interpretações pessoais do mundo e das situações emocionalmente relevantes moldavam a experiência.
Aspectos clínicos:
A segunda onda procurou preservar a objetividade e o foco técnico presente na primeira geração ao mesmo tempo que tentou valorizar o ser humano racional.
A TCC adiciona a cognição como um dos alvos do tratamento, junto com os comportamentos e emoções. Parte da premissa de que cognições mal-adapttivas estão relacionadas de forma causal ao sofrimento emocional e, portanto, através da modificação das cognições, o sofrimento e os comportamentos mal-adaptativos diminuem. Passa a enfatizar a relação terapêutica.
· Críticas à segunda geração
Ainda não foi encontrado um padrão de evidências que suporte a mudança cognitiva como um mediador-chave da efetividade da TCC tradicional. A adição de técnicas cognitivas não demonstra produzir benefícios e ainda podem reduzir a eficácia das intervenções. Os resultados ocorrem mais pelas técnicas comportamentais do que pela combinação de técnicas.
A supressão voluntária de um pensamento é contraproducente devido ao “efeito rebote”. As estratégias desenhadas para nos liberar de pensamentos desconfortáveis geralmente acabam por aumentar a frequência e a intensidade dos pensamentos que desejamos evitar ou diminuir.
· Razões para o surgimento da terceira onda
Ênfase diminuída da segunda onda no papel contextual; questionamentos relacionados à eficácia das estratégias cognitivas, classificação do cognitivo como uma categoria à parte em detrimento de ser considerado como comportamento.
O uso de mesmas técnicas na segunda e terceira onda não é incompatível, visto que são utilizadas sob embasamentos teóricos distintos.
· Semelhanças e diferenças entre TCC e ACT 
Semelhanças: 
- Estratégias de mudança comportamental: exercícios de exposição, habilidades de solução de problemas, role playing, tarefas de cassa e modelagem. 
- Estabelecimento de objetivos claros e observáveis
- Encorajamento de maior consciência dos pensamentos, sentimentos e sensações
- Objetivam melhorias gerais na qualidade de vida
Diferenças:
	ACT (mais proeminente da 3ª G.)
	TCC
	Vê as cognições como comportamento privado que deve ser identificado e ter sua função alterada
	Foca em modificar o conteúdo das cognições
	Não objetiva refutar cognições desadaptativas para modificar a resposta emocional/comportamental a elas associada. Foca na função dos pensamentos e nas estratégias de regulação emocional que se contraponha à esquiva de experiências internas. 
	Foca na mudança dos conteúdos dos pensamentos, baseado na premissa de que as cognições exercem papel na manutenção dos transtornos devido a sua influência nas emoções e comportamentos.
· Terceira geração: história, embasamento, características e aspectos clínicos
História:
É um conjunto de terapias surgido nos anos 90 dentro da tradição das terapias comportamentais, tendo seu surgimento suportado pelas irregularidades da segunda geração e as irregularidades filosóficas.
Embasamento:
A terceira geração reformula e sintetiza as gerações prévias, além de direcioná-las para temas e domínios previamente valorizados por outras tradições terapêuticas, buscando melhorar seus resultados. Se aventura em áreas tradicionalmente menos empíricas como mindfullness, desfusão cognitiva, aceitação, etc., encorajando o uso dessas técnicas para lidar com experiências internas ao invés de tentar mudar os pensamentos e as sensações negativas.
A terceira onda é fundamentada em uma abordagem empírica e focada em princípios, sensível ao contexto e funções dos fenômenos psicológicos, não somente em suas formas e tende a enfatizar estratégias de mudanças contextuais e experienciais em adição às estratégias diretas e didáticas. Os tratamentos tendem a buscar a construção de repertórios amplos, flexíveis e efetivos, mais do que uma abordagem elimintiva para problemas estreitamente definidos.
Características:
- Fundamentação em uma abordagem empírica e fundamentada em princípios
- Estratégias de mudança contextuais e experienciais em adição às estratégias diretas, focadas na função mais do que na forma.
- Construção de repertórios flexíveis e efetivos, mais do que a eliminação de problemas estreitamente definidos
- Enfatizar a relevância desses aspectos tanto para clínicos como para os clientes
- Sintetiza as gerações prévias
- Lida com questões, problemas e domínios endereçados por outras tradições 
- Melhora a compreensão dos resultados
Dimensões contextuais:
- Ambiente como contexto social interpessoal, denota a configuração social e cultural em que a pessoa vive
- Relação terapêutica como contexto de aprendizagem contextual
- Pessoa como contexto socioverbal: indivíduo socioverbal que incorpora um passado e possui um estilo de enfrentamento. O contexto pessoal se refere ás explicações, avaliações e maneiras de compreender os problemas que prevalecem na sociedade de referência e que aquele indivíduo aprendeu a considerar natural. 
· Terapia analítico-comportamental (comp)
TAC (2001): desenvolvimento gradual desde 1970 pela transposição para o consultório do conhecimento dos processos básicos dos fenômenos comportamentais (incluindo a abordagem skinneriana do fenômeno verbal), dos princípios da análise do comportamento e da subjetividade. Foi desenvolvida no Brasil por um grupo de terapeutas que estenderam os fundamentos filosóficos do BR e os princípios básicos da AC para o âmbito da psicoterapia.
Ainda falta consenso sobre o modelo analítico-comportamental de intervenção psicoterápica.
AULA 13 – TERAPIA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
· Origens, características distintivas e fundamentos teóricos da FAP – cai as 5 regras, as habilidades são as características
A FAP está baseada na Análise do Comportamento e na filosofia do Behaviorismo radical. Debruça-se sobre a relação terapeuta-cliente; o terapeuta age conscientemente nessa relação.
	
· Agências controladoras, audiência não punitiva e intimidade
Agências controladoras: instituições ou sistemas sociais que manipulam variáveis por meio de reforçamento e punição e cujo poder é concedido pelo próprio grupo social, uma vez que suas práticas têm como finalidade a sobrevivência desse grupo. A agência psicoterápica se distingue das demais por cuidar dos efeitos colaterais das práticas coercitivas existentes na nossa cultura e, para isso, o terapeuta deve adotar a audiência não punitiva.
Audiência não punitiva: postura constante do terapeuta na relação com o cliente que tem por efeito a promoção da intimidade. Trata-se de um reforçamento não contingente a respostas específicas, mas á simples presença do cliente (aceitação incondicional e ambiente acolhedor), reforçamento de respostas que precisariam ser modeladas pelo clínico por terem sido punidas ou não ensinadas e, portanto, sua emissão pode ser aversiva por punição condicionada; extinção de respostas socialmenteinadequadas que foram reforçadas pela comunidade do cliente. 
Intimidade: aceitação dos comportamentos com o risco mínimo de rejeição. Surge quando as pessoas se comunicam abertamente, deixando claro o que pensam e o que querem, dividindo carinho, experiências e segredos, mostrando-se o que é, mesmo nos medos, inseguranças e defeitos. O compartilhar de sofrimento, de sentimentos positivos de amor, proximidade, esperança, alegria e orgulho são indicativos de intimidade na relação.
· A relação terapêutica
Está no foco da FAP, desenvolvendo uma nova e única relação intensa e curativa, com foco na construção de intimidade. A FAP funciona quando não é apenas entendida, mas sentida. A relação em si é terapêutica, sendo a própria mudança, promovendo a intimidade e favorecendo que os padrões de relacionamento possam ser modificados.
A relação terapêutica fundamenta-se em Skinner quando faz uma análise do papel social da psicoterapia e, depois, Sidman esclarece alguns aspectos dessa relação baseada nos estudos sobre punição e seus efeitos colaterais. 
O papel da terapia é de ajudarmos o cliente a construir uma nova história de relacionamentos íntimos, a começar pela própria relação terapeuta-cliente (interações regulares entre eles).
· Comportamentos clinicamente relevantes do cliente (CRBs)
Pertencem a classes funcionais constituídas dos problemas do cliente, identificados mediante análise funcional. Alguns CRBs podem ser considerados universais quando organizados em classes funcionais molares associadas ao tema relacionamentos.
CRB1: amostra do próprio comportamento que a terapia se propõe a tratar, não necessariamente corresponde à queixa expressa do cliente
CRB2: comportamentos de melhora ocorrendo na própria relação com o terapeuta.
CRB3: comportamento do cliente de fazer análises, pode ser considerado um estímulo especificador de contingências. Inclui descrições de variáveis envolvidas nos problemas e associadas a melhoras ou mudanças. O papel do terapeuta é modelar os CRB3 por meio de comportamento governado por regras. 
· Desenvolvimento do self e o papel da terapia
A história de reforçamento dos comportamentos abertos sob controle privado constrói no indivíduo a emergência e a estabilidade da unidade funcional do “eu”. É quando somos aceitos a nos comportarmos de acordo com nosso mundo privado que aprendemos a reconhecer quem somos nós. Um self instável é construído mediante um histórico crônico de invalidação resultando em uma extrema dificuldade de saber quem somos. 
Um dos papeis centrais da terapia seria o de construir uma nova história de relacionamentos que colabore para a construção de um self estável.
· As cinco regras da FAP e habilidades do terapeuta – cai as 5 regras, as habilidades são as características
Regra 1: Consciência - estar atendo ao que acontece na sessão.
 Habilidades: observar e descrever as contingências da sessão, observar seus próprios comportamentos e seus possíveis evocadores, utilizar o que foi observado na formulação da análise funcional, verificar se o comportamento do cliente é um CRB.
Regra 2: Coragem – manejar as contingências e evocar CRBs mesmo que cause ansiedade ou desconforto. A intimidade exige mais auto exposição. 
Habilidades: usar a gentileza e a empatia como crivos para evocação de CRBs, formular o que será considerado CRB2, evocar CRB2 e bloquear CRB1.
Regra 3: Amor – necessidade de ações e expressões de afeto genuíno por parte do terapeuta.
Habilidades: responder de modo genuíno, se vulnerabilizar
Regras 4 e 5: Behaviorismo – manter o olhar analítico-comportamental.
Habilidades: analisar diferentes indicadores de reforçamento, planejar a generalização.
· Autoconhecimento do terapeuta
Terapeutas efetivos sempre estarão em contato com suas próprias experiências emocionais e esta habilidade representa tanto uma força quanto uma vulnerabilidade. Várias das habilidades exigidas pela FAP exigem autoconhecimento pois os problemas do terapeuta também são objetos de análise.
T1: problema do terapeuta acontecendo na sessão.
T2: fazer uma revelação ou compartilhar um sentimento com objetivos terapêuticos.
O terapeuta deve ter em seu próprio repertório os comportamentos que pretende ensinar, sobretudo em relação às habilidades de auto-observação, expressão e evocação de emoções.
· Discussão sobre a validação científica da FAP e outras terapias
Nenhuma das propostas de terapia de 3ª onda preenche completamente os critérios para ser considerada uma opção de tratamento empiricamente validada. Não foi encontrado nenhum ensaio clínico randomizado sobre a FAP. Existem estudos narrativos, sendo a maioria brasileiros que indicam resultados e a necessidade de pesquisa. Portanto, anda há muito o que se investigar até que a eficácia e efetividade da FAP sejam validadas empiricamente.
O diálogo com outras terapias poderá ser fundamental para combater o isolamento teórico em que muitas vezes se viu o behaviorismo
· FAP: terapia integrativa
A FAP é uma terapia integrativa pois, ao fundar suas bases no Behaviorismo, se abre ao potencial de qualquer outro ponto de vista terapêutico ou técnico a partir da questão: qual é a racional para eu selecionar a técnica apropriada para um cliente em particular em um momento particular de terapia?
AULA 14 – CLÍNICA INFANTIL
· Objetivos e importância do jogo/brincar
Além de crucial para seu desenvolvimento, é uma forma de comunicação e uma maneira pela qual a criança aprende a controlar o ambiente e fortalecer suas habilidades sociais e de raciocínio a partir da intensificação dos contatos da criança com o mundo externo. Em todas tradições culturais, a brincadeira é utilizada com objetivos educacionais distintos como socialização, transmissão de valores e desenvolvimento de autonomia.
Na psicoterapia o brincar passou a fazer parte das práticas psicoterápicas pois na brincadeira, a criança expressa seus sentimentos, desejos, e valores que, muitas vezes ela não consegue expressar por meio do relato verbal.
· Definição do brincar – cai definição e função
O brincar é um comportamento operante multideterminado pelos três níveis de seleção e afetado pelas consequências que produz no ambiente em que a criança pode emitir comportamentos clinicamente relevantes; implica estímulos discriminativos, modelos, instruções e consequências, de tal modo que a criança pode, a partir de seu repertório inicial, refinar seus comportamentos e aprender novos.
Nas diferentes culturas, tem objetivos educacionais distintos como socialização, transmissão de valores e desenvolvimento de autonomia.
Em terapia pode ser compreendido como um conjunto de procedimentos que utilizam atividades lúdicas como mediadoras entre terapeuta-cliente, na medida em que essa relação com o ambiente possibilita a compreensão e a elaboração de intervenções sobre o comportamento de brincar.
Brincar com parceiros: se constitui uma relação de episódios instrucionais nas quais ocorre a apresentação de uma instrução, uma resposta ocasionada pela instrução e uma consequência liberada pelo agente instrucional. O papeis de agente instrucional e emissor das respostas se invertem, produzindo contingências favoráveis para o desenvolvimento de um repertório instrucional complexo, sofisticação do repertório verbal e modificação do repertório existente, possibilitando o acesso a novos ambientes que originarão novos comportamentos.
Na situação lúdica, a criança revela e descobre seus sentimentos, pensamentos, intuições e fantasias, possibilitando ao clínico obter dados importantes para o conhecimento de sua história de vida.
· Distinção entre jogar e brincar livre – cai diferenças entre jogar, brincar, fantasiar
Brincar: sem regras pré-estabelecidas e, portanto, menos controlado pelo ambiente social imediato; 
Jogo: atividade que envolve contingências de reforçamento planejadas (regras pré-estabelecidas)
· Classificação do brincar na terapia analítico-comportamental
1- Brincar (BRC): a interação verbal lúdica com conteúdo restrito às falas do jogo, brinquedo ou brincadeira, não contem fantasiaou falas do cotidiano da criança.
2- Fantasiar (FNT): a interação verbal lúdica com conteúdo de fantasia que extrapola os limites físicos do brinquedo ou jogo. Faz de conta, simulação, etc. Não se refere ao cotidiano.
3- Fazer exercícios (FEX): a criança realiza exercícios propostos pelo terapeuta (caligrafia, contar história, desenho, etc.) Não pode cair nas outras categorias de fantasiar, conversa decorrente e conversar em paralelo.
4 – Conversar decorrente (CDE): tema associado a algum tema variável da brincadeira ou jogo. Podem continuar brincando enquanto conversam. Ex: brincar de escolinha e falar sobre a professora. Se o tema se tornar diferente muda de categoria a conversa.
5- Conversar paralelo (CPA): conversar + brincar; os temas são diferentes e independentes. Ex: brincar de massinha enquanto fala da escola. Se para a brincadeira enquanto fala, vira “conversar outros”.
6 – Conversar sobre brincar (CBR): interação não lúdica com o conteúdo referente a brincadeira. Ex. Planejamento de brincadeiras a serem feitas, comentários sobre brincadeiras já encerradas, etc.
7- Conversar Outros (COU): interação não-lúdica sobre quaisquer temas que não o brincar.
· O brincar na construção da relação terapêutica
É uma atividade altamente reforçadora para a criança, tornando a relação com o clínico também reforçadora, contribuindo para o engajamento da criança e, consequentemente para a efetividade da terapia. Além disso a brincadeira é ferramenta importante para a avaliação funcional e intervenção através do manejo de variáveis sutis.
Objetivos: promover uma boa relação terapêutica, realizar a avaliação funcional dos comportamentos ao identificar variáveis relevantes no aparecimento e manutenção da queixa e estabelecer procedimentos de intervenção que fortaleçam certos comportamentos e enfraqueçam outros.
· O brincar como estratégia de avaliação
Na avaliação, a brincadeira favorece a coleta de dados. Uma vez que a criança não é capaz de relatar os eventos do cotidiano tal como faz um adulto, a brincadeira permite a observação direta sobre o modo como a criança interage com o brinquedo e com a brincadeira em si, oferecendo padrões de comportamento análogos aos comportamentos que ela apresenta em suas interações fora do consultório. O brincar é, portanto, um objeto de avaliação do repertório da criança pois permite acesso direto às suas respostas relacionáveis às variáveis ambientais e acesso indireto aos seus pensamentos, sentimentos, pensamentos, fantasias e etc. 
A avaliação do nível de desenvolvimento da criança é importante para comparar o comportamento observado com o esperado para a idade e ajustar a escolha para as sessões seguintes.
A fantasia é útil na identificação de comportamentos encobertos e manifestos e a criança atribui funções e características a objetos e personagens para além daquelas que poderiam ser observadas na realidade. 
Na brincadeira, o clínico pode manipular variáveis e observar como a criança reage. As reações mais assertivas ou mais criativas podem ser tomadas como indicadores dos recursos comportamentais enquanto que outras reações passivas ou agressivas indicam a necessidade de intervenção sobre esses comportamentos.
· A escolha de quando e como utilizar o brincar nas sessões
Varia em função do objetivo do clínico com cada cliente, do nível de desenvolvimento da criança e das preferências da criança por uma ou outra brincadeira.
 
· Perguntas durante as brincadeiras
As perguntas estão na categoria conversar decorrente e conversar em paralelo. A brincadeira concomitante facilita a obtenção das informações pela redução do contato “olho no olho” e pela redução da semelhança com “conversas sérias”. 
Geralmente respostas monossilábicas resultam da falta de repertório verbal e da generalização de interações aversivas nos diálogos com adultos (“conversa séria”) gerando esquiva das conversas com adultos. Também pode ser causado pela aversividade do conteúdo.
O brincar produz sensações de prazer incompatíveis com as reações desagradáveis e favorece os tatos.
· A brincadeira como estratégia de intervenção
A observação, avaliação e a intervenção podem ser concomitantes. O brincar é considerado um procedimento favorável ao manejo de comportamentos clinicamente relevantes pois é um meio para ensinar outros comportamentos ou uma condição em que novos comportamentos podem ser adquiridos.
· Modelação, esvanecimento, modelagem e bloqueio de esquiva – (deve cair na dissertativa, pensar em exemplos)
Modelagem = Seleção gradual do comportamento pelo reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento-alvo resultando em um novo comportamento construído a partir de topografias de respostas já presentes no repertório comportamental do organismo. (Repetição)
Ex.: Sniffy até apertar a barra. 
Modelação = modificação da probabilidade de um comportamento em decorrência da observação do comportamento de outro organismo e da consequência que ela produz. Como o clínico se comporta pode modificar as contingências via modelação. A postura do clínico deve variar de acordo com a característica de cada cliente.
Ex.:
Esvanecimento (fading) = acréscimo ou retirada gradual de estímulos antecedentes em uma contingência com o objetivo de transferir o controle de uma resposta de um estímulo para outro. Minimiza a probabilidade de esquiva mediante interações ou temas aversivos. Vinculada à modelagem.
Ex.:
Bloqueio de esquiva = SD para a emissão de respostas alternativas que seriam reforçadas na modelagem. Ocorre por que o estímulo apresentado é de alguma forma aversivo (o Ref- da esquiva) ou no dia a dia a criança é reforçada positivamente pelas tentativas de livrar-se da atividade. O clínico pode auxiliar ou diminuir a dificuldade da tarefa proposta.
Ex.: 
* As técnicas podem (e devem) ser combinadas para maior efetividade.
* Modelagem e fading trabalham com aproximações sucessivas. Na modelagem, altera-se o SA e no esvanecimento o SC (esquema de reforçamento).
· Características da terapia com crianças (comp)
- Importância do trabalho lúdico
- Inicio da terapia decidido pelos pais
- Definição de queixas definido pelos pais: definem a necessidade de atendimento, o profissional que irá atender e o que consideram problema para a criança e/ou seu entorno.
- Maior número de pessoas envolvidas no processo terapêutico
· A participação da criança no processo terapêutico (comp)
A própria criança deve ser estimulada a estabelecer seus objetivos terapêuticos; quando se engajam, passam a relatar os comportamentos e dificuldades que emitiram durante a semana.
· Postura do terapeuta no atendimento de crianças (comp)
- Uso frequente da fantasia como procedimento de intervenção e avaliação
- Utilização de estratégias lúdicas
- Primeiras sessões: objetivos e procedimentos - explicação de forma acessível e lúdica a respeito do funcionamento da terapia, estimular a criança a estabelecer seus próprios objetivos terapêuticos, sigilo
- Obtenção de informações e treinamento com pessoas significativas da criança
· Habilidades necessárias para o terapeuta do comportamento que atende crianças (comp)
- Empatia e afeto: padrões verbais semelhantes aos da criança, negociação, sigilo, etc
- Compreensão: definição de contingências que reduzem comportamentos de esquiva por medo
- Aceitação: ausência de crítica aos comportamentos inadequados
- Diretividade: encorajamento para enfrentamento de situações difíceis, prescrição de tarefas e imposição de limites sem confronto
- Questionamento: uso de questionamento reflexivo favorecendo a análise funcional, novas discriminações e o estabelecimento de novas relações
· A análise funcional com crianças (comp)
Crianças também precisam desenvolver um papel ativo realizando a análise funcional na terapia, identificando os SA e SD dos comportamentos-alvo e daqueles estabelecidos pela criança: o aprendizado a leva a aumentar o autoconhecimento e a expressá-lo corretamente.
Aumento do repertório: selecionar o comportamento alternativo que poderia ser emitido na mesma situaçãoe quais consequências ele poderia produzir.
· A função do brincar (comp)
Ver anterior
· Funções do uso de recursos lúdicos na terapia infantil (comp)
Principal: contribuir para diminuir as relações coercitivas entre a criança e as outras pessoas que se relacionam com ela, desenvolver habilidades e fomentar comportamentos de interesse para o atendimento, instrumento de trabalho que possibilita a avaliação e intervenção.
Outras: Ajudar no vínculo terapêutico, identificar recursos potencialmente reforçadores, avaliar o grau de desenvolvimento da criança, identificar características de interações estabelecidas entre a criança e pessoas significativas, identificar relações de contingências relacionadas com a queixa, identificar sentimentos, sensações, pensamentos conceitos e autorregras, verificar e provocar o aparecimento de reações emocionais, analisar com a criança comportamentos públicos e privados, ajudar a criança a identificar os efeitos que suas respostas tem no ambiente e fazer relações entre respostas públicas e privadas, ajudar a criança a formular autorregeras mais realistas, realizar processos de solução de problemas, modelar respostas alternativas e desenvolver habilidades, avaliar a relação terapêutica, ampliar os recursos criativos e lúdicos da criança, estimular o desenvolvimento da inteligência geral.
· Objetivos do uso do desenho na análise funcional com crianças (comp)
Desenho: jogo simbólico (jogo de representação) em que há a representação de um objeto por outro (como no faz de conta)
Objetivos: identificar os comportamentos a serem analisados, estabelecer relações entre comportamento e ambiente, elencar comportamentos alternativos ao comportamento perturbador, modificar contingências, organizar estratégias que facilitem a generalização do comportamento modelado em terapia, mudar o comportamento do próprio cliente no sentido de torna-lo capaz de estabelecer relações funcionais.
AULA 15 – HABILIDADES SOCIAIS
· Conceituação e caracterização das habilidades sociais – quais são, não precisa detalhar, não tem que dizer o que está em cada uma
Habilidades sociais: conjuntos de comportamentos emitidos diante das demandas de uma situação interpessoal em que se maximizem os ganhos e reduzam as perdas para as interações sociais; adjetivação de repertórios que podem reduzir comportamentos que trazem prejuízos ou obtenção de reforçadores.
· Classificação das habilidades sociais
 Categorias de habilidade social: de comunicação, de civilidade, assertivas, de enfrentamento, empáticas, de trabalho, de expressão e sentimento positivo.
· Assertividade, não assertividade e agressividade – geral / situacional
Assertividade: expressão honesta dos sentimentos sem prejudicar o receptor ou ser prejudicado; processo pelo qual o emissor expressaria de forma adequada (com entonação, latência e fluência de fala adequadas) ouvindo o receptor para então responder para atingir seus objetivos sem prejudicar as relações futuras com este, expressando sentimentos negativos e a defesa dos próprios direitos.
Não assertividade: o emissor não expressa seus sentimentos e pensamentos ao receptor emitindo comportamentos contra a vontade ou deixando de defender-se por medo de prejudicar sua relação futura com o receptor. Por isso, muitas vezes o emissor nega e inibe seus sentimentos se sentindo nansioso, autodesvalrozado, explorado e prejudicado sem atingir seus objetivos. 
Pode ser:
- situacional: em apenas algumas situações que trazem ansiedade; pode reconhecer o problema e rapidamente iniciar a asserção
- geral: comportamento tipicamente não assertivo (na maioria das situações); produz baixa auto-estima e ansiedade frente a situações sociais.
Agressividade: por vezes permite que o emissor atinje seus objetivos, mas magoa os demais fazendo escolhas por eles, além de desvalorizá-los como pessoas, possibilitando represálias futuras. Também pode ser situacional ou geral. A pessoa geralmente agressiva pode demonstrar autoconfiança, mas pode ter atrito com a maioria das pessoas de sua convivência, sendo extremamente sensível à crítica, sentindo-se rejeitada boa parte do tempo e ansiosa na maioria das situações sociais.
Comportamentos agressivos são punidores para o receptor, trazendo desvantagens para ambos (generalização operante, fuga/esquiva e contracontrole).
· Formas de interagir socialmente
Habilidosa: assertividade, empatia, expressão de sentimentos positivos e negativos de forma apropriada, civilidade, resolução de problemas imediatos da situação e diminuição da probabilidade de problemas futuros. O comportamento habilidoso deve produzir o reforçador específico para aquela resposta, reações públicas e privadas com as pessoas com as quais interage que melhorem ou mantenham uma boa relação com elas e sentimentos de auto estima e autorrespeito no próprio indivíduo
Não habilidosa passiva: fuga/esquiva ao invés de enfrentamento da situação
Não habilidosa ativa: agressividade, negativismo, ironia, autoritarismo, etc. 
· Competência social e desempenho social
Competência social: atribuição na maximização de ganhos e minimização de perdas para si e para aquelas com quem interagem. Tem sentido avaliativo, visando qualificar o nível de proficiência com que comportamentos deveriam ser emitidos, bem como sua congruência e adequação nas dimensões pessoal e situacional. Indivíduos socialmente competentes geralmente apresentam melhor expressão verbal e não verbal, como variações de postura, maior tempo de fala e maior frequência de perguntas.
Desempenho social: expressa uma leitura adequada do ambiente social, decodifica corretamente os desempenhos esperados, valorizados e efetivos para o indivíduo em sua relação com os demais. Implica as dimensões pessoal, situacional e cultural
Nem sempre a generalização ocorre, para avaliar a competência social, cada ambiente deve ser considerado na análise funcional, entendendo o propósito do comportamento da pessoa.
· Contingências entrelaçadas
Metacontingência: contingências individuais entrelaçadas em que as respostas de um indivíduo são ambiente (SA e SD) de outros. Implicam, a longo prazo, a existência de um produto agregado que tenha valor de sobrevivência para a cultura, além dos próprios indivíduos.
· Comportamento Social – Skinner
É o comportamento de duas ou mais pessoas, uma em relação à outra ou, em conjunto, em relação a um ambiente comum.
· Importância do estudo do THS (comp)
O estudo do THS é importante porque os seres humanos passam a maior parte de seu tempo engajados em alguma forma de comunicação interpessoal e, ao serem socialmente habilidosos, são capazes de promoverem interações sociais satisfatórias. Esta forma de interagir favorece o aumento de reforçadores e, portanto, pode auxiliar na prevenção e/ou redução de dificuldades psicológicas.
· Autoconhecimento e automonitoramento (comp)
Autoconhecimento: repertório de auto-observaçãoe autodescrição; relação fazer-dizer; habilidade de realizar análises funcionais do seu próprio comportamento frente a uma comunidade verbal. Torna a pessoa em melhor condição de prever e controlar seu próprio comportamento. Necessário para o automonitoramento. O autocontrole é a relação dizer-fazer.
Automonitoramento: habilidade metacognitiva e afetivo-comportamental pela qual a pessoa observa, descreve, interpreta e regula seus pensamentos, sentimentos e comportamentos em situações sociais com finalidade de conseguir mais reforçadores.
Ambos são grandes objetivos do processo terapêutico: o cliente passa a ser capaz de observar, descrever e manipular as variáveis que controlam seu responder, lhe dando mais condições para manipular contingências aversivas e produzir mais reforço.
· Situações com consequências desfavoráveis da assertividade (comp)
- dificuldade do interlocutor em tarefas profissionais
- relação com pessoas extremamente suscetíveis ou portadoras de transtornos psicológicos que podem descompensar mais ainda
- situações em que a assertividade contrasta notavelmente com valores subjacentes à prática social.
Nesses casosa pessoa pode comportar-se com inassertividade e procurar outras formas de contracontrole.
· Alternativas de trabalho com habilidades sociais: individual e grupos (comp)
THS: busca superar déficits no desempenho social e promover interações sociais mais satisfatórias através de procedimentos clínicos e educativos. O procedimento consiste em: a)identificar as dificuldades quanto à inadequação social; b) realizar a análise funcional a fim de identificar quais déficits impedem de se comportar de forma socialmente adequada; c) informar o cliente sobre a terapia; d) iniciar o treinamento de habilidades deficitárias.
Individual: avaliação contínua do desempenho na sessão, possibilidade de ensaios extensos e repetição dos mesmos, maior disponibilidade do terapeuta para modelar habilidades sociais específicas e modificação imediata de procedimentos que não estejam sendo efetivos. 
Grupos: Mais efetivo que o individual: favorece ambiente social mais complexo e maior variedade de modelos pois ocorre na presença de pessoas com formas de vida distinta e experiências diversas, permite aquisição de certas habilidades pois fornece oportunidades ao vivo, proporciona um meio protegido que atua como intermediário entre a aprendizagem e o ambiente real, permite a reprodução similar de muitos encontros interpessoais favorecendo a consolidação e generalização das condutas treinadas em grupo, proporciona feedback imediato tanto dos mediadores quanto do grupo, oferece possibilidade de solução ás questões propostas, assim o indivíduo pode decidir entre diferentes tipos de respostas diferentes (maior número de modelos), maior número de situações-problema e mais suporte para suas soluções; o consenso do grupo sobre a eficácia de certa habilidade pode ajudar o terapeuta frente aos membros resistentes e/ou desqualificadores do tratamento; a atividade em grupo favorece o vínculo com os membros do grupo, permitindo que o vínculo com o terapeuta fique minimizado, permite a maximização dos recursos humanos e materiais.
· Behaviorismo radical, análise funcional e habilidades sociais – não cai
· Possibilidades de atuação do analista do comportamento – não cai
· Ética – não cai
AULA 16 – USO DE TÉCNICAS – não precisa ir no detalhe 
· Definição de técnicas 
Técnicas são a sistematização de intervenções com vistas a determinados resultados diante de situações específicas; funcionam como antecedentes para a classe de respostas do clínico de segui-las e tentar produzir consequências iguais ou semelhantes àquelas por elas especificadas, ou seja, são ferramentas disponíveis para a intervenção no comportamento humano visando modifica-lo.
· Definição de sistematização
A técnica possui descrição suficientemente padronizada, de modo que possa servir para treino e aplicação de outrem e resultados empiricamente comprovados a respeito de sua efetividade.
· Discussão sobre o uso de técnicas
1 – Análise de contingências: ferramenta teórico-prático – norteada pelo referencial teórico da análise do comportamento e orienta processos aplicados de avaliação e intervenção. Forma de compreender o mundo, mais amplo.
2 – Avaliação Funcional: obtenção de dados, seleção de comportamentos-alvo, operacionalização desses comportamentos, escolha e aplicação de intervenções a avaliação dessas. Conjunto de comportamentos emitidos pelo clínico durante todo o processo. Avaliação funcional ideográfica = única e exclusiva para aquele caso. O clínico deve ser hábil para não correr o risco de aplicar técnicas precipitadamente. A ampliação de perspectivas sobre o caso leva a uma gama de intervenções mais pertinente.
3 – Intervenção: seleção e utilização de estratégias com o objetivo de alterar o comportamento do cliente. Toda intervenção envolve avaliação contínua. A intervenção em um dos termos da contingência altera todos os demais termos. A distribuição das intervenções nos termos da contingência visa facilitar a escolha por quais delas seria mais apropriado. A escolha das intervenções deve visar o mínimo de aversividade com o máximo de benefícios.
4 – Técnica: parte das intervenções com resultados conhecidos e sistematizado na literatura. Toda técnica é uma intervenção, mas nem toda intervenção é uma técnica.
· Intervenções sobre o comportamento operante baseadas em modificação do antecedente
Alteração no comportamento verbal: regras e autorregras, autoconhecimento e autocontrole. Problemas: regras que não descrevem corretamente uma contingência, excesso de controle por regras reduz a sensibilidade à contingências naturais, reduzido controle por regras deixa mais sensível ao controle de variáveis ambientais. Os problemas relacionados a regras e autorregras podem trazer implicações relacionadas a autoconhecimento e autocontrole. As interações verbais clínico-cliente podem modificar o comportamento deste fora da sessão.
Time-out: período de não reforço programado por extinção durante um estímulo ou pela remoção da oportunidade de responder. A resposta do cliente não terá mais SD para ser emitida, mas toda a contingência é removida. É desejável que seja acompanhado de outras intervenções para que seja possível ensinar outras resposras mais adequadas.
Fading: mudança de controle de estímulos.
· Intervenções sobre o comportamento operante baseadas em modificação da consequência
Modelagem: reforçamento diferencial por aproximações sucessivas. Combinado com fading. DRA, DRI, DRO. 
Pressupostos do uso do reforçamento diferencial: respostas socialmente inadequadas (SAV para si ou para outros) estão sendo reforçadas; provavelmente o cliente as emite em sessão; o analista tentaria consequenciar de maneira diferente daquela que a comunidade tem feito. 
A combinação de diferentes técnicas pode aumentar a probabilidade de generalização: extinção (quebra da relação R-SC), punição (necessidade de supressão rápida de R).
· Intervenções sobre o comportamento operante baseadas em modificação da resposta
Visa o manejo direto da topografia de resposta, ainda assim é necessária uma estreita correlação com os SA e SD. Em tese, nem seria possível dizer que uma intervenção modifica diretamente uma resposta, pois o que o clínico faz só pode ser antecedente ou consequente.
Modelação: imitação, componentes filogenéticos (tendência à imitação). O clínico é um modelo para seu cliente. Pode ser programada como método de ensino, quando conjugada com a modelagem, o indivíduo é reforçado em duas habilidades: a resposta imitada e a resposta de imitar em si. Relaciona-se à Teoria da Aprendizagem social de Bandura em que a observação de modelos poderia influenciar a conduta humana; capacidade de aprendizado de novos comportamentos pela observação. Usada para habilidades de comunicação, assertividade, solução de problemas, etc.
Role play: interpretação e alteração de papéis; uso da modelação planejado e sinalizado em que o clínico aproxima para a situação imediata variáveis presentes em contingências fora da sessão e pode manejar direta e imediatamente essas variáveis ao invés de se restringir ao relato verbal. 
· Intervenções sobre o comportamento respondente baseadas no estímulo e na resposta
O clínico deve atentar para o relato de respondentes e sua manifestação na própria sessão. Respondentes podem alterar os operantes (relação respondente-operante) ou levar à tentativa de controla-los o que pode agrava-los.
Algumas técnicas são ferramentas para reduzir respondentes: dessensibilização sistemática, exposição, relaxamento muscular progressivo de Jacobson. A diminuição de respondentes seria importante e necessária para redução de respostas de esquiva e enfrentamento de estimulação aversiva. 
· Técnicas aplicadas a problemas relacionados à ansiedade (comp)
Dessensibilização sistemática: apresentação de um estímulo fóbico (imaginado ou ao vivo) em um contexto de relaxamento. A ativação parassimpática produzida pelo relaxamento produz uma inibição das respostas autônomas eliciadas pelo estímulo fóbico. 
Técnica de exposição e prevenção de resposta: substitui a DS. A exposiçãoprolongada ao estímulo fóbico produz a extinção ou a habituação da resposta de medo ou ansiedade. Não é realizado o relaxamento, o paciente é mantido exposto ao estímulo eliciador de desconforto enquanto toda resposta de fuga ou esquiva (abertas ou encobertas) são impedidas até que a resposta emocional seja atenuada (prevenção de resposta).
Inundação ou terapia explosiva: não há hierarquização de situações e a exposição é feita diretamente a estímulos geradores de alto grau de ansiedade ou medo. Só é justificada pela impossibilidade de encontrar situações intermediárias que produziriam uma resposta emocional de menor magnitude, impedindo uma abordagem gradual.
· Resolução de problemas e THS (comp) 
Resolução de problemas: objetivos = diminuição do impacto negativo (estresse emocional) relacionado à experiência de eventos vitais e problemas de diferentes magnitudes; aumento de habilidade de lidar com problemas, minimizar a probabilidade de problemas similares no futuro.
Estratégias: treinamento em orientação ao problema, treinamento em definição e formulação do problema, treino na geração de alternativas, treino na tomada de decisões, treino em solução, implementação e verificação.
THS: objetivos = ampliar o repertório operante necessário para a obtenção de reforçadores no contexto social do indivíduo, desenvolver um repertório social que inclua: assertividade (definição e discriminação de padrões assertivos, passivo e agressivo), iniciar e manter uma conversação, controle de estímulos, olhar, expressão facial, gestos, postura, orientação, distância, contato físico, fala, conteúdo, etc..

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