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01. Do Conselho Tutelar
Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela 
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, defini-
dos nesta Lei.
Composição
Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mí-
nimo, 1 (um) Conselho, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local 
para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.  
Candidatura a membro do Conselho Tutelar requisitos 
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
*O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e esta-
belecerá presunção de idoneidade moral.  
1.1 Das Atribuições do Conselho
São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando 
as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 
129, I a VIII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, 
trabalho e segurança;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado 
de suas deliberações.
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administra-
tiva ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; orientação, apoio e 
acompanhamento temporários; matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de 
ensino fundamental; inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e 
promoção da família, da criança e do adolescente;  requisição de tratamento médico, psicológico ou 
psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; inclusão em programa oficial ou comunitário de 
auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; acolhimento institucional;
encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e 
promoção da família; inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação 
e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; encaminhamento a tratamento psicológico ou 
psiquiátrico; encaminhamento a cursos ou programas de orientação; obrigação de matri-
cular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar; obrigação 
de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; advertência
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no 
art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;
VII - expedir notificações;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando 
necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para pla-
nos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos 
no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal ;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do 
poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do ado-
lescente junto à família natural.  
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divul-
gação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e 
adolescentes.  
1.2 Da Escolha dos Conselheiros
O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei 
municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da 
Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.  
 Processo de escolha
1.3 Dos Impedimentos
São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descen-
dentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio (durante o casa-
mento, ao divorciar o cunhado deixa de ser parente), tio e sobrinho, padrasto ou madras-
ta e enteado. 
ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a 
cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outu-
bro do ano subsequente ao da eleição presidencial.  
A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de Ja-
neiro do ano subsequente ao processo de escolha. 
EXERCÍCIOS
(CESPE - 2013 - SESA-ES - Assistente So-
cial)
01. Com relação ao Conselho Tutelar é cor-
reto afirmar que é órgão jurisdicional en-
carregado de investigar casos de violação 
de direitos a crianças e adolescentes.
(CESPE - 2016 - INSS - Analista do Seguro 
Social - Serviço Social)
02. Com fundamento no Estatuto do Idoso 
e no ECA, julgue o item subsequente.
Conforme o ECA, figura entre as atribui-
ções do conselho tutelar promover a exe-
cução de suas decisões, podendo ele, para 
tanto, requisitar serviço público na área de 
previdência.
(CESPE - 2015 - TJ-DFT - Analista Judiciá-
rio - Judiciária) Julgue o próximo item, 
de acordo com o disposto no Código de 
Defesa do Consumidor e no Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA).
03. De acordo com o ECA, o conselho tute-
lar pode aplicar, conforme a gravidade do 
caso, medida de encaminhamento a trata-
mento psicológico ou psiquiátrico aos pais 
que apliquem castigo físico ou tratamento 
cruel ou degradante como formas de dis-
ciplina ou correção do comportamento de 
criança ou adolescente.
(CESPE - 2015 - DPE-RN - Defensor Públi-
co Substituto)
04. Em relação a conselho tutelar é correto 
afirmar que sob o ponto de vista adminis-
trativo, o conselho tutelar é subordinado 
hierarquicamente a uma das secretarias 
integrantes do Poder Executivo local.
(CESPE - 2015 - MPOG - Assistente Social 
- Cargo 16) Acerca do conselho tutelar, 
conforme previsto no Estatuto da Crian-
ça e do Adolescente (ECA), julgue o item 
a seguir.
05. O processo de escolha dos membros do 
conselho tutelar deve ocorrer a cada qua-
tro anos, em data unificada em todo o ter-
ritório nacional, e a posse acontece no ano 
subsequente, no mês de janeiro. Para que 
a candidatura seja efetivada, é exigido dos 
candidatos que eles residam no município, 
tenham reconhecida idoneidade moral e 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2013-sesa-es-assistente-social
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2016-inss-analista-do-seguro-social-servico-social
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-tj-dft-analista-judiciario-judiciaria
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-dpe-rn-defensor-publico-substituto
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-mpog-assistente-social-cargo-16
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idade superior a vinte e um anos.
2. MEDIDAS SOCIO EDUCATIVAS
2.1. ADVERTÊNCIA
2,2. OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO
2.3. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (PSC)
2.4. LIBERDADE ASSISTIDA (LA)
2.5. SEMILIBERDADE 
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação 
verbal, que será reduzida a termo e assinada.
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, 
a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente res-
titua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, 
compense o prejuízo da vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade,a medida pode-
rá ser substituída por outra adequada.
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na 
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não 
excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, 
escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em pro-
gramas comunitários ou governamentais.
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as apti-
dões do adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada má-
xima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou 
em dias úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à 
jornada normal de trabalho.
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para 
o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser 
recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer 
tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Minis-
tério Público e o defensor.
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a reali-
zação dos seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, 
se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusi-
ve, sua matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de 
trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, pos-
sibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial.
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes 
na comunidade.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à internação.
2.6. INTERNAÇÃO 
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade 
e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamen-
tada, no máximo a cada seis meses.
Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
§ 1 o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo 
ser decretada judicialmente após o devido processo legal. 
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada
EXERCÍCIOS
(Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Agente Fis-
cal) Julgue o item, relativo ao Estatuto da 
Criança e do Adolescente.
01. A medida socioeducativa de internação 
constitui medida privativa da liberdade, su-
jeita aos princípios de brevidade, excepcio-
nalidade e respeito à condição peculiar de 
pessoa em desenvolvimento, e comporta o 
prazo mínimo de seis meses.
(CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público 
Federal)
Gerson, com vinte e um anos de idade, e 
Gilson, com dezesseis anos de idade, foram 
presos em flagrante pela prática de crime. 
Após regular tramitação de processo nos 
juízos competentes, Gerson foi condenado 
pela prática de extorsão mediante seques-
tro e Gilson, por cometimento de infração 
análoga a esse crime.
Com relação a essa situação hipotética, 
julgue o próximo item:
02. Gilson poderá ser submetido a medidas 
socioeducativas de meio aberto, como, por 
exemplo, prestação de serviços à comuni-
dade pelo prazo máximo de doze meses, li-
berdade assistida por, no mínimo, um mês, 
ou a regime de semiliberdade.
(CESPE - MPE-RR)
Pedro, aos 14 anos de idade, foi encaminha-
do à vara da infância e da juventude, por 
tráfico de entorpecentes. A ele, que não ti-
nha passagens anteriores pela vara da in-
fância e da juventude, foi aplicada a medi-
da de internação pelo prazo mínimo de um 
ano. Após o cumprimento da internação, o 
juiz aplicou a Pedro medida de semiliber-
dade e restringiu o direito de Pedro realizar 
visitas a familiares, instituindo um regime 
de visitas progressivas e condicionadas. 
Considerando a situação hipotética aci-
ma apresentada, julgue o item subse-
qüente:
03. O ECA possibilita a Pedro a prática de 
atividades externas sob o regime de semi-
liberdade, sem necessidade de autorização 
judicial.
(Quadrix - 2019 - Prefeitura de Jataí - GO - 
Assistente Social)
04. No Brasil, ao adolescente que comete 
ato infracional são aplicadas as medidas 
socioeducativas. No que se refere às medi-
das socioeducativas é correto afirmar que a 
prestação de serviços comunitários consis-
te na realização, pelo adolescente, de tare-
fas gratuitas, por período não excedente a 
oito meses, devendo ser cumpridas duran-
te jornada máxima de oito horas semanais, 
exceto aos sábados, domingos e feriados, 
junto a entidades assistenciais, hospitais, 
escolas e outros estabelecimentos congê-
neres.
(CESPE - DPE-ES - Defensor Público)
05. A obrigação de reparar o dano causa-
do com o ato infracional não é considera-
da uma medida socioeducativa, tendo em 
vista que o adolescente não responde civil-
mente por seus atos, sendo obrigação dos 
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pais ressarcir a vítima de eventual prejuízo.
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