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RESUMO DE HIDROLOGIA 2NDA 
INFILTRAÇÃO: O processo de infiltração pode ser definido como a 
passagem de água da superfície para o interior do solo, o qual 
depende fundamentalmente: 
da disponibilidade de água para infiltrar; 
da natureza do solo; 
do estado da sua superfície; 
das quantidades inicialmente presentes de ar e água no seu interior. 
A caracterização da infiltração basicamente envolve a capacidade de 
infiltração e a taxa (velocidade) de infiltração. 
A capacidade de infiltração pode ser entendida como a quantidade 
máxima que um solo, sob determinadas condições, pode absorver 
(lâmina de água por unidade de tempo). Em outras palavras, 
representa o potencial do solo em absorver água, naquele instante, 
sob tais condições 
Já a taxa de infiltração é a taxa efetiva com que está ocorrendo, 
naquele instante, a infiltração no solo. Percebe-se, então, que taxa 
de infiltração ≤ capacidade de infiltração. Então em um determinado 
instante de tempo, para o solo sob as condições desse instante, tem-
se a quantidade máxima que pode infiltrar (capacidade de infiltração) 
e a quantidade que efetivamente está infiltrando nesse momento 
(taxa de infiltração). 
INFILTRAÇÃO X ESCOAMENTO 
Os dois conceitos, que esbarramos muito durante o período de 
chuvas, são distintos. O escoamento, ou escoamento superficial, é o 
processo pelo qual a água se movimenta pela superfície do solo 
quando chove. Ocorre quando o volume de água da chuva é maior 
que a possibilidade dessa água ser absorvida pelo solo. Se essa 
água não penetra no solo, pode carregar encostas, mata e causar 
problemas como desmoronamentos. 
Já a infiltração é o processo da água atravessar a superfície do solo. 
Ele é importante, pois é assim que são formados os reservatórios de 
água subterrânea que abastecem as nascentes. Há várias técnicas 
aplicadas na agricultura para aumentar a infiltração, o que reduz o 
volume e a velocidade do escoamento superficial, e isso é bom para 
nossos rios e nosso abastecimento de água. 
ESCOAMENTO SUPERFICIAL 
É de grande importância pois define (i) o volume escoado e (ii) a 
vazão de enchente (cheia máxima). O primeiro é importante na 
determinação do armazenamento superficial e o segundo utilizado 
para dimensionar obras de drenagem. 
ESCOAMENTO SUBSUPERFICIAL 
É de grande importância para (i) a umidade da zona radicular e (ii) o 
processo de percolação de água para o lençol. O primeiro está 
interligado com o processo de evapotranspiração, enquanto o 
segundo vai influir na recarga do lençol subterrâneo. 
ESCOAMENTO DE BASE 
É de grande importância para (i) o armazenamento subterrâneo e (ii) 
a integração do aquífero com o rio. O primeiro define o potencial do 
aquífero para possível exploração e o segundo define se o rio é: 
EFÊMERO, INTERMITENTE, PERENE. A geração do escoamento 
de base é a responsável pela recarga do lençol devido a percolação. 
DRENAGEM URBANA 
MICRODRENAGEM: estruturas que coletam as aguas da chuva nas 
áreas urbanas, formadas por bueiros e tubulações secundárias de 
menor diâmetro. 
São estruturas que conduzem as águas do escoamento superficial 
para as galerias ou canais urbanos 
Pavimentos das ruas 
Guias e sarjetas 
Bocas de lobo 
Poços de visita 
Galerias de águas pluviais 
Canais de pequenas dimensões 
MINIMIZAM CONSIDERAVELMENTE OS ALAGAMENTOS NA 
ÁREA URBANA, EVITANDO AS INTERFERÊNCIAS NO TRÁFEGO 
DE PEDESTRES E DE VEICULOS E DANOS ÀS PROPRIEDADES 
PÚBLICAS E PRIVADAS 
SARJETAS: elemento de drenagem das vias públicas. A calha 
formada é a receptora das águas pluviais que incidem sobre as vias 
públicas e que para elas escoam. 
MEIO-FIO: é o degrau entre a rua e a calçada 
BOCA DE LOBO: dispositivos para a captação de águas pluviais, 
localizadas nas sarjetas. 
TUBOS DE LIGAÇÃO: condutos que levam as águas captadas pelas 
bocas de lobo às galerias, ou diretamente aos canais. Merecedores 
de uma análise detalhada pelo projetista. 
POÇOS DE VISITA: são câmaras visitáveis situadas em pontos 
previamente determinados, destinadas a permitir a inspeção e 
limpeza dos condutos subterrâneos. 
CAIXA DE LIGAÇÃO: são câmaras não visitáveis que permitem a 
interligação entre a boca de lobo e as canalizações, por meio dos 
tubos de ligação. 
MACRODRENAGEM 
SÃO DISPOSITIVOS RESPONSAVEIS PELO ESCOAMENTO 
FINAL DAS ÁGUAS PLUVIAIS PROVENIENTES DO SISTEMA DE 
MICRODRENAGEM URBANA 
TALVEGUES 
FUNDOS DE VALE 
CURSOS DE ÁGUA 
CANAIS NATURAIS OU ARTIFICIAIS 
VISA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO DE FORMA 
A ATENUAR OS PROBLEMAS DE EROSÕES, ASSOREAMENTO E 
INUNDAÇÕES AO LONGO DOS PRINCIPAIS TALVEGUES 
 
 
 
IRRIGAÇÃO 
 
 
IRRIGAÇÃO SUPERFICIAL 
É muito utilizada para a cultura de cereais, se caracterizam por serem 
canais de irrigação onde a água vai circular por meio da gravidade 
na parte central mais elevadas para as plantas. É o tipo de sistema 
que apresenta a maior área de irrigação no mundo os métodos mais 
utilizados nesse tipo de irrigação são por inundação e pelos sulcos. 
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO 
É uma técnica que vai simular uma chuva artificial através de um 
aspersor que é o mecanismo responsável pela pulverização da água. 
Os sistemas de irrigação por aspersão podem ser classificados em 
dois grupos: os sistemas mais convencionais, e os sistemas 
mecanizados (pivô-central e o autopropelido) 
OS SISTEMAS CONVENCIONAIS são considerados básicos, A 
aspersão convencional é denominada sistema básico de irrigação, 
constituído por: sistema de captação; sistema de bombeamento; 
tubulação de recalque ou linha principal; ramal ou linha lateral; e 
aspersores. Pode ser classificada como portátil, semi portátil ou fixa 
Um sistema de aspersão mecanizado tem por principais objetivos 
realizar a irrigação em grandes áreas (nas quais se tornaria inviável 
técnica e economicamente a utilização de sistemas convencionais), 
elevar a eficiência de aplicação de água e diminuir os custos com 
mão-de-obra. Para que ocorra a movimentação, o aspersor (ou o 
conjunto de aspersores) é montado sobre um sistema mecânico 
dotado de rodas. 
IRRIGAÇÃO LOCALIZADA 
Este método aplica água localizada e controlada na planta, 
reduzindo, assim, a superfície do solo que fica molhada, exposta às 
perdas por evaporação. Com isso, a eficiência de aplicação é bem 
maior e o consumo de água menor. A irrigação localizada é usada, 
em geral, sob a forma de sistema fixo, ou seja, o sistema é constituído 
de tantas linhas laterais quantas forem necessárias para suprir toda 
a área, isto é, não há movimentação das linhas laterais. Porém, 
somente determinado número de linhas laterais deve funcionar por 
vez, a fim de minimizar a capacidade e melhor controle. Os dois 
sistemas básicos na irrigação localizada são o gotejamento e a 
microaspersão. 
O SISTEMA POR GOTEJAMENTO tem como característica a 
economia de água, dado a proximidade da fonte de água com a raiz 
da planta, evitando o desperdício através da evaporação e 
aumentando o aproveitamento geral da água e nutrientes. Neste tipo 
a água é aplicada na área ocupada pelas raízes das plantas, 
formando um círculo molhado ou faixa úmida. Essa técnica é muito 
utilizada atualmente, sendo muito aplicada na produção de frutíferas. 
O SISTEMA DE MICROASPERSÃO é um método normalmente 
utilizado na irrigação em prol da alta rentabilidade e caracteriza-se 
pela aplicação de água e produtos nutrientes numa fração do volume 
do solo explorado pelas raízes das plantas. Utiliza micro aspersores 
autocompensados ou regulares, além de filtros de disco ou tela. Pode 
ser totalmente modular é indicado para pomares e várias espécies 
que nascem e crescem em estufa 
IRRIGAÇÃO POR SUBSUPERFÍCIE 
A irrigação por subsuperfície é uma técnica um pouco menos comum, 
pois envolve o fornecimento da água abaixo do solo, quase que 
diretamente às raízes. Pode ser aplicada para produção de algumas 
hortaliças em ambiente protegido.Quando em condições adequadas, 
seu custo é reduzido, mas para isso é necessário também de regiões 
mais planas. Ao contrário do gotejamento convencional, a 
manutenção é difícil pelo fato da irrigação estar abaixo do solo. 
 
ESCOLHA DO MELHOR SISTEMA DE IRRIGAÇÃO 
Os inúmeros métodos e tipos de sistemas existentes podem dificultar 
a decisão da melhor opção. Por isso, no momento de montar o seu 
sistema de irrigação é preciso ter em mente todos os fatores que 
contribuem para a sua eficiência. Muitos agricultores cometem 
grandes erros e acabam prejudicando a plantação. Abaixo vamos 
ressaltar passo a passo o que precisa levar em consideração para 
escolha do sistema de irrigação. 
1º Passo: Levar em conta na hora de escolher o seu sistema de 
irrigação é para quais culturas ele será montado. Outro fator 
importante é estruturar um sistema de irrigação que possa atender a 
todas as culturas plantadas naquela área, levando em conta a lógica 
de rotação. 
2º Passo: Avaliar as características que diferencia os solos no ponto 
de vista da irrigação é a velocidade de infiltração básica. 
3º Passo: A topografia da área a ser irrigada é um fator muito 
importante. Dependendo do relevo e da inclinação, o custo de 
implementação pode tornar o investimento inviável. Quando falamos 
de relevo é fácil pensar que uma área plana pode receber grande 
parte dos sistemas, mas quando olhamos para terrenos com declives 
é necessária mais atenção. 
4º Passo: A quantidade de chuva, velocidade e frequência dos ventos 
é o princípio que vai decidir o foco da sua irrigação. Se vai ser um 
sistema de complementação ou um sistema necessário. Cultivos em 
áreas com ausência de chuva, principalmente durante o período de 
crescimento, requerem obrigatoriamente um sistema de irrigação. Já 
em regiões com altos índices pluviais, pode se ter um sistema de 
irrigação apenas complementar, e em alguns casos nem se faz 
necessário. 
5º Passo: Obviamente o principal de um sistema de irrigação é a 
água. Dessa forma, deve ser considerada como fator chave na 
escolha do melhor modelo. A vazão e o volume total de água 
disponível são os principais pontos a serem observados. É 
necessário ter em mente a quantidade de água necessária para a 
cultura durante um ciclo completo. A partir desse ponto, levando em 
conta a eficiência do sistema escolhido, iremos calcular a real 
quantidade que será utilizada. 
 
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

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