Prévia do material em texto
SARS-COV-2 Características estruturais: • São organismo acelulares, desprovido de qualquer estrutura celular. • Constituído basicamente pelo ácido nucleico recoberto por uma camada proteica. • Utiliza-se da maquinaria celular, para replicar, empacotar e preservar seu material genético e produzir novas partículas virais. • Material genético de RNA - simples fita positiva (5'3’): RNAss. • Envelopado: capsídeo • Proteínas na superfície que se ligam à célula hospedeira por meio de um receptor: proteínas de adsorção. INTRODUÇÃO Dimensões: são organismos com capacidade de gerar novos descendentes e de evoluírem. Apresentam material genético que é passado, para os descendentes. Proteínas: Estruturais: capsômeros formam o capsídeo, que envolvem o material genético. Não estruturais: enzimas responsáveis pela replicação viral. Material genético: DNA (herpes vírus, adenovírus, hepatite B, bacteriófago) e RNA (retrovírus, influenza, hepatite A C D, dengue). Envelope: composto de bicamada fosfolipídica (lipoproteico), não são todos os vírus que possuem envelope, vírus envelopado e não envelopados. OBS.: Os vírus não envelopados possui uma maior resistência ambiental do que os envelopados, como ele é feito só de capsídeo (proteína). Os envelopados é muito fácil de quebrar, assim, perde as proteínas de adsorção (essas proteínas se ligam a célula hospedeira). OBS.: Vírus hepatite B - envelopado, porém resistente uma vez que seu envelope é muito aderido ao capsídeo, assim, deterioração do envelope - proteínas de adsorção não se perdem. REPLICAÇÃO VIRAL 1) Adsorção: proteínas que se ligam a células hospedeiras. 2) Penetração: • Endocitose: Acontece uma evaginação da célula. • Fusão de membrana: Quando o vírus for envelopado, acontecerá uma fusão de membranas entrando só o capsídeo. • Transmissão direta: acontece com o bacteriófago (bactéria infectado por um vírus), ele só injeta o material genético. 3) Desnudação: capsídeo se desfaz e libera o material genético dentro da célula. 4) Biossíntese: A célula usa o código genético presente no vírus, assim, produzindo os componentes virais (proteínas, ácido nucléico, replicação). c c 5) Montagem: quando todos os componentes virais já forem construídos, será organizado, assim, produzindo novas partículas virais. 6) Maturação: amadurecimento das proteínas, como um enovelamento correto das proteínas. 7) Liberação/saída: • Brotamento: capsídeo aproxima da membrana celular, como se estivesse esticando a membrana, assim, levando um pedaço dela, virando um envelope. • Exocitose: O vírus é expelido pela célula • Lise celular: Quando o vírus sai da célula hospedeira, rompe a membrana plasmática. CLASSIFICAÇÃO BALTIMORE Como se parece com a um RNAm, o ribossomo reconhece e começa a lê, assim, acontece a replicação viral. DF: dupla fita FS: fita simples Positivo: 5’3’ Negativo: 3’5’ (o vírus tem uma enzima que carrega, para transforma em positivo, assim, a nossa maquinaria consegue replica ele). DNAse: enzima que quebra DNA RNAse: enzima que quebra RNA Vírus genoma infectante = RNAss+ PATOGÊNESE VIRAL Os vírus causam doenças quando atravessam as barreiras (resposta imune) de proteção natural, escapam do controle imune, matam células teciduais ou desencadeiam uma resposta imune inflamatória destrutiva. Células NK (Natural Killer): faz parte da imunidade inata e consegue reconhecer a célula infectada causando a sua morte. Para que um indivíduo desenvolva uma doença, o vírus deve entrar pela porta de entrada correta, se não ele não conseguirá se ligar na célula, pois nem toda célula possui receptor. Quantidade de inóculo: carga viral, quantidade de vírus que o ser humano entra em contato. Habilidade citopática: alterações que os vírus causam na célula do hospedeiro, quanto mais alterações, maior a chance de desenvolver a doença. Capacidade de destruir a célula. c Os vírus já se replicam um pouco no local de entrada (Ex.: vírus respiratórios: ele se replica no trato respiratório superior, para aumentar a carga viral e suas chances). Depois caem na corrente sanguínea (viremia primária), assim, chegando nos linfonodos, aumentado a carga viral. Depois vão para o órgão alvo. Resposta imune inata: Células de langerhans: tipo de célula dendriticas e encontra-se na pele e mucosa. Lisozimas: enzimas encontradas em mucosa, importante para destruir as membranas, tem um pouco no suor. Microbiota: uma barreira que está presente em todas as portas de entradas. Infecção aguda: indica a produção rápida de vírus, seguida da resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. Essas infecções são relativamente passageiras e, em um hospedeiro saudável, as partículas virais e as células infectadas são completamente eliminadas pelo sistema imunológico em poucos dias. Uma infecção aguda é uma estratégia eficiente de manutenção de alguns vírus, visto que sua progênie estará disponível para infectar outro hospedeiro antes da infecção ser debelada. Ex.: COVID-19 Crônica progressiva: não é eliminada rapidamente pela resposta imunológica adaptativa. Ocorre um longo período entre a infecção aguda primária e o surgimento dos sintomas, havendo produção contínua de vírus durante esse período. Ex.: HIV (sem tratamento) Infecção crônica persistentes: não é eliminada rapidamente pela resposta imunológica adaptativa. As partículas ou produtos virais continuam sendo produzidos por longos períodos. As partículas infecciosas podem ser excretadas intermitentemente por meses ou anos. Em algumas situações, o genoma viral permanece por longos períodos na célula infectada, mesmo depois de cessar a detecção das proteínas virais. Ex.: Hepatite B Infecção abortiva: é aquela em que o vírus infecta um hospedeiro ou uma célula suscetível, mas a biossíntese não se completa, geralmente pelo fato de um gene viral ou celular essencial não ser expresso. Desse modo, a infecção abortiva é não produtiva; no entanto, essa infecção não é necessariamente ignorada ou benigna para o hospedeiro infectado. A interação do vírus com proteínas da superfície da célula, seguida do desnudamento da partícula, pode induzir danos na membrana, desarrumação de endossomos, ou ativar vias de sinalização que causam apoptose e produção de citocina. Ex.: Hepatite B Latente: as infecções latentes podem ser caracterizadas por três propriedades gerais: expressão do ciclo viral produtivo ausente ou ineficiente; reconhecimento ineficiente da célula contendo o genoma viral latente pelo sistema imunológico; e persistência do genoma viral intacto, podendo, eventualmente, iniciar uma infecção aguda produtiva, garantindo a disseminação da progênie para um novo hospedeiro. Ex.: Herpes OBS.: Catapora é a primeira infecção da varicela e a segunda infecção (herpes zoster) vem mais forte. Esse vírus fica de forma latente nos nossos gânglios, pode ser ativo pela baixa da imunidade. O fator de virulência é por meio da latência do vírus no gânglio. CASO CLÍNICO CASO 01: Paciente masculino, 45 anos, procurou atendimento médico em decorrência de ascite e melena. Os exames laboratoriais mostraram: aumento de enzimas hepáticas, queda do tempo de protrombina, hipoalbuminemia e elevação de alfa fetoproteína (AFP - marcador tumoral). A sorologia foi reagente para HCV (IgG), RNA- HCV quantitativo de 309.000 UI/ml, revelando um agente viral com característicade genoma infectante. Ultrassonografia de abdome revelou hepatoesplenomegalia; endoscopia digestiva alta evidenciou varizes esofágicas e gastropatia hipertensiva e a ressonância magnética revelou 3 nódulos hepáticos sugestivos de hepatocarcinoma. Resposta: Hepatite C, crônica persistente, Genoma RNAss+, genes para proteínas inibidoras do apoptose, dano hepático com estímulo contínuo de reparo, propiciando mutações. CASO 02: Paciente do sexo feminino, de 45 anos, transplantada cardíaca há um ano e sete meses. Apresenta antecedente de HAS, diabetes mellitus tipo II e esclerose múltipla. Faz uso de oxigenioterapia domiciliar em razão da pneumopatia crônica. Em uso de terapia imunossupressora. Procurou o PS com quadro de 10 dias de tosse produtiva e piora progressiva de dispneia. Relatava ter apresentado febre nos três dias anteriores ao atendimento. Na avaliação inicial a paciente apresentava-se com piora da hipóxia, necessitando de um maior aporte de oxigênio. Foi colhido swab de nasofaringe para pesquisa de vírus Influenza A (H1N1) por técnica de PCR em tempo real e iniciado tratamento com oseltamivir, ceftriaxone e claritromicina. c Resposta: Infecção aguda, vírus influenza, Vírus de RNAss- segmentado. OBS.: Uma infecção viral inicial gerou danos, assim, acumulando muito muco, ajudando a proliferação das bactérias do próprio da própria mucosa, por isso que entra com antibiótico, para acaba com a colonização de bactérias da infecção secundaria, não da primária. Vírus shift: é o surgimento de vírus híbrido. Ex.: Gripe aviária. Vírus drift: Mutações pontuais em genes do vírus. Ex.: H1N1 c