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A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP M S L F M R M O A C L (O) S P 2016 A C L D W L D M L F E M M T N M M K M R G M D L M R M O W M J (A) Realização Pró-Reitoria de Extensão – Proex Rua Quirino de Andrade, 215 – 10° andar São Paulo, CEP 01049-010 – SP Tel. (11) 5627-0264 Reitor Julio Cezar Durigan Vice-reitor Eduardo Kokubun Pró-reitora de Extensão Universitária Mariângela Spotti Lopes Fujita Pró-reitora de Pesquisa Maria José Soares Mendes Giannini Pró-reitor de Graduação Laurence Duarte Colvara Pró-reitora de Pós-Graduação Lourdes Aparecida Martins dos Santos-Pinto Pró-reitor de Administração Carlos Antonio Gamero Secretária Geral Maria Dalva Silva Pagotto Diagramação e capa Edevaldo Donizeti dos Santos Impressão e acabamento: Gráfica FCL/Araraquara Revisão Elide Feres Maria Luzinete Euclides Conselho Editorial da Proex – Unesp Profª. Dra. Marcia Pereira da Silva (FCHS/Franca) Prof. Dr. Claudio Cesar de Paiva (FCL/Araraquara) Profª. Dra. Rosane Michelli de Castro (FFC/Marília) Profª. Dra. Maria Candida Soares Del Masso (FFC/Marília) Sra. Ângela de Jesus Amaral (Proex/Reitoria) Sr. Oscar Kazuyuki Kogiso (ICT/São José dos Campos) Organização Prof. Dr. Mariângela Spotti Lopes Fujita Prof. Dr. Maria Rita Marques de Oliveira Prof. Dr. Antonio Cezar Leal Comissão para Estudo e Atualização do Guia da Extensão Universitária da Proex Prof. Dr. Mariângela Spotti Lopes Fujita Prof. Dr. Antonio Cezar Leal Prof. Dr. Eduardo Galhardo Prof. Dr. Marcelo Tavella Navega Prof. Dr. Wilson de Mello Júnior Prof. Dr. Maria Denise Lopes Prof. Dr. Fábio Erminio Mingatto Prof. Dr. José Alexandre de Jesus Perinotto Prof. Dr. Antonio Sérgio Ferraudo Daniel Wayne Louro Colaboradores Liene Cristina Vieira dos Reis Maira Mayumi Kamikabeya Márcia Regina Guerreiro E96 A Extensão universitária na Unesp / Mariângela Spotti Lopes Fujita, Maria Rita Marques de Oliveira, Antonio Cezar Leal (organizadores) ; Antonio Cezar Leal ... [et al.] (autores). – São Paulo : Cultura Acadêmica, 2016. 88 p. Inclui bibliograia. ISBN 978-85-7983-803-3 1. Extensão universitária - Brasil. 2. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Pró-Reitoria de Extensão Universitária. 3. Comunidade e universidade. I. Fujita, Mariângela Spotti Lopes. II. Oliveira, Maria Rita Marques de. III. Leal, Antonio Cezar. CDD 378.1750981 SUMÁRIO Apresentação ................................................................................................... 9 PARTE I EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: CONCEITUAÇÃO, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 1 Política Nacional de Extensão Universitária .......................................... 13 2 Diretrizes e Princípios no Âmbito das Ações da Extensão Universitária na Unesp ......................................................................... 16 3 Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp: a Dimensão Extensão .............................................................................. 19 3.1 Objetivos do PDI – Unesp para a Extensão Universitária ..................... 20 3.2 Ações da Extensão Universitária Apoiadas no PDI – Unesp .................. 20 3.2.1 Programa Unesp de Cooperação Científica e Tecnológica ..................... : 20 3.2.2 Programa Unesp de Extensão e Desenvolvimento Social ...................... 21 3.2.3 Programa Unesp de Cursinhos, Divulgação, Orientação e Informação Profissional .................................................................... 21 3.2.4 Programa Unesp de Atividades Artísticas e Culturais ............................ 21 4 O Desenvolvimento da Extensão Universitária e sua Evolução Histórica na Unesp ............................................................................................. 22 PARTE II AÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP 5 Programas de Extensão Universitária .................................................... 29 5.1 Programa de Renovação Institucional ................................................... 30 5.1.1 Subprograma de Creditação da Extensão Universitária nos Cursos da Unesp .................................................................................. 30 5.1.2 Subprograma de Articulação e Cooperação Institucional ...................... 31 5.2 Programa de Cooperação Científica e Tecnológica ................................ 32 5.2.1 Subprograma de Nacionalização e Internacionalização da Extensão Universitária da Unesp..................................................... 32 5.2.2 Subprograma de Empresas Juniores ...................................................... 32 5.2.3 Subprograma de Extensão Tecnológica ................................................. 33 5.2.4 Subprograma de Tecnologias para a Inclusão Social .............................. 34 5.2.5 Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação Continuada .................................................... 35 5.3 Programa de Atividades Artísticas e Culturais ....................................... 35 5.3.1 Subprograma de Orquestra Acadêmica e de Coral da Unesp .................................................................................... 36 5.3.2 Subprograma de Museus e Centros de Ciência ..................................... 36 5.3.3 Subprograma Integração sociocultural .................................................. 37 5.3.4 Subprograma de Integração dos Centros de Línguas da Unesp ................................................................................. 38 5.3.5 Subprograma de Ações Artísticas .......................................................... 38 5.4 Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional ........... 39 5.4.1 Subprograma de Cursinhos Pré-universitários ...................................... 39 5.4.2 Subprograma de Informação e Divulgação do Conhecimento .............. 40 5.4.3 Subprograma de Divulgação do Vestibular Unesp e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na Universidade ...................... 41 5.5 Programa de Integração Social e Comunitária ...................................... 42 5.5.1 Subprograma de Atuação da Unesp nos Municípios Sedes de suas Unidades Universitárias .................................................. 42 5.5.2 Subprograma de Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária .......................................................................... 43 5.5.3 Subprograma de Educação de Jovens, Adultos e da Terceira Idade ...................................................................................... 44 5.5.4 Subprograma de Integração Universidade e Comunidade no Enfrentamento de Emergências em Saúde Pública ......................... 45 6 Projetos de Extensão Universitária ........................................................ 46 6.1 Conceituação, Contextualização e Caracterização ................................. 46 6.2 Processo de Avaliação ........................................................................... 48 6.2.1 Questionário de Enquadramento do Projeto de Extensão Universitária ..................................................................... 48 6.2.2 Critérios para Pontuação Específica dos Projetos de Extensão Universitária .......................................................................... 48 6.2.3 Critérios de Avaliação – Parte 1 – Enquadramento do projeto como extensão universitária..................................................... 49 6.2.4 Critérios de Avaliação – Parte 2 – Avaliação dos critérios específicos ............................................................................................ 51 6.2.4.1 Participantes do Projeto .......................................................................51 6.2.4.2 Nível de exequibilidade ....................................................................... 52 6.2.4.3 Visibilidade para a Universidade ......................................................... 53 6.2.4.4 Indicadores de Impacto ....................................................................... 53 6.2.4.4.1 Impacto Interno – No Âmbito da Universidade ............................... 54 6.2.4.4.2 Impacto Externo – Fora do Âmbito da Universidade ........................ 54 6.2.4.5 Importância na Formação do Aluno .................................................... 55 6.2.4.6 Geração de Produtos e Processos ......................................................... 56 6.2.4.7 Coerência entre os Objetivos e a Fundamentação Teórica / Metodológica ........................................................................ 57 6.3 Acesso às informações sobre os Projetos de Extensão Universitária Desenvolvidos na Unesp: SISPROEX .............................. 58 7 Atividades de Extensão Universitária ................................................... 58 7.1 Cursos de Extensão Universitária ........................................................ 60 7.2 Eventos Técnico-Científicos e Artístico-Culturais ................................ 61 7.3 Serviços da Extensão Universitária........................................................ 62 7.4 Publicações e Produtos Acadêmicos de Extensão Universitária ............. 64 8 SISPROEX – Sistema de Informação da Extensão Universitária da Unesp 64 PARTE III DESAFIOS E AÇÕES FUTURAS 9 Creditação Curricular .......................................................................... 67 10 Extensão Universitária, Ciência, Tecnologia e Inovação ....................... 68 11 Integração Regional das Políticas Públicas na Extensão Universitária ... 73 12 Valorização Acadêmica da Extensão Universitária ................................. 78 13 Avaliação da Extensão Universitária: Indicadores da Unesp ................. 81 Referências ..................................................................................................... 82 Anexo A Legislação da Extensão Universitária no Brasil ................................................. 85 Anexo B Legislação da Extensão Universitária na Unesp ................................................ 87 Anexo C “Ações de Extensão Universitária: Programas, Projetos e Atividades” ............... 93 9 APRESENTAÇÃO A extensão universitária caracteriza-se como área acadêmi- ca, traduzindo-se em trabalho coletivo que busca a emancipação do ci- dadão. As universidades que adotam iniciativas de extensão devem inte- ragir com todos os agrupamentos sociais de forma a contribuir com seu desenvolvimento. Conforme citado no Plano Nacional de Extensão Universitária, a extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico, que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e sociedade. A Extensão é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que en- contrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um co- nhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes siste- matizados, acadêmico e popular, terá como consequência: a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regio- nal; a democratização do conhecimento acadêmico; e a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade. Além de instrumentalizadora desse processo dialético de teoria/prática, a Extensão é um trabalho inter- disciplinar que favorece a visão integrada do social. A estruturação da extensão universitária na Unesp iniciou-se em 2000, com a elaboração da Resolução Unesp nº 102/2000, que estabele- ceu seu conceito em conformidade ao definido pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão. Naquela oportunidade, documentos foram sis- tematizados, com o objetivo de orientar a formulação, operacionalização e acompanhamento das iniciativas de Extensão. 10 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) A partir desse marco, inúmeros projetos foram iniciados por do- centes, e a Universidade, dentro de suas possibilidades, estabeleceu uma política de apoio financeiro à execução dessas ações. Em 2003, o Governo Federal, entendendo a importância dessa atividade, criou um Programa de Apoio à Extensão Universitária (PROEXT), voltado às políticas públicas, para contemplar todas as Universidades Públicas do País, o que, natural- mente, exige um montante de recursos muito alto e indisponível, mas, sem dúvida, um início de reconhecimento por essa área acadêmica. Desde 2005, a Unesp mantém uma política de Extensão Universitária de apoio aos projetos e aos alunos de graduação. Bolsas são liberadas para que alunos desenvolvam projetos com a supervisão dos do- centes, fazendo com que a Unesp tenha, na atualidade, um marcante tra- balho extensionista, distribuído por todo o Estado de São Paulo. A partir de 2010, com a implantação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), a extensão universitária passou a contar com recursos garantidos para os programas e projetos. Esse avanço da Universidade está em consonância com as diretrizes do Plano Nacional de Extensão Universitária (2011-2020), sendo neste sentido pioneira entre as Universidades Brasileiras. Também a inclusão das atividades de extensão universitária para a progressão na carreira docente contribuiu para a valori- zação desta dimensão acadêmica pela Unesp, incentivando os docentes na execução dessas ações. Conforme a Portaria Proex nº 01, de 11 de fevereiro de 2016, que dispõe sobre a constituição da comissão para estudo e atualização do Guia de Extensão Universitária da Proex, foram designados nomes para a composição de uma comissão vinculada à Pró-Reitoria de Extensão Universitária, com os objetivos de: conceituar a extensão universitária con- forme política nacional de extensão universitária; discutir as diretrizes da política nacional de extensão universitária no âmbito das ações de extensão universitária da Unesp; registrar o desenvolvimento da extensão univer- sitária e sua evolução histórica na Unesp; identificar e caracterizar insti- tucionalmente as ações de extensão universitária da Unesp; apresentar a construção dos indicadores de avaliação da extensão universitária da Unesp para o ensino de graduação e de pós-graduação e pesquisa; disponibilizar as informações sobre extensão universitária para toda a comunidade interna A Extensão Universitária na Unesp 11 e externa à Unesp; e criar e manter um canal de comunicação para atuali- zação contínua das informações sobre a extensão universitária na Unesp. O resultado desses esforços compreende o documento denomi- nado “A Extensão Universitária na Unesp”. Mariângela Spotti Lopes Fujita Pró-Reitora de Extensão Universitária da Unesp 12 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 13 PARTE I EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: CONCEITUAÇÃO, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES A extensão universitária no Brasil é fundamentada na Política Nacional de Extensão Universitária, idealizada e publicada pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão (FORPROEX). A Unesp orienta-se pela política nacional em suas diretrizes e demonstra por sua trajetória que a institu- cionalização das ações de extensão valoriza a carreira docente e impacta a formação do estudante. 1 POLÍTICA NACIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA A extensão universitária, após debate amplo e aberto, teve seu conceito expresso na Política Nacional de Extensão Universitária1 (FORPROEX, 2012), construída nos encontros do Fórum de Pró-Reitores de Extensão Universitária das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras – FORPROEX, nos quais a Unesp foi participativa e signatária.O conceito apresentado reflete a evolução do entendimento sobre extensão universitária e do crescimento de seus princípios, objetivos e métodos. Sem a visão ampla desse contexto não há como acompanhar as mudanças de significados e ações que ocorreram no campo da extensão universitária, no Brasil e, em especial, na Unesp, nos últimos anos. Com a ressignificação do conceito e da prática da extensão uni- versitária, houve, consequentemente, a necessidade de adequar as práticas, a legislação da Unesp e os procedimentos administrativos para acolher uma 1 Acesso ao texto completo no Anexo A. 14 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) extensão universitária com identidade clara e forte, essencial à valorização de todas as ações extensionistas. No entanto, neste contexto, qual o conceito de extensão universi- tária? De acordo com o FORPROEX, “A extensão universitária, sob o prin- cípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão universitária, é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade.” (FORPROEX, 2012). Esse conceito contém em si as diretrizes básicas da extensão universitária e já vem sendo incorpo- rado à legislação Unesp desde o estabelecimento do Regimento Geral da Extensão Universitária da Unesp (Resolução Unesp nº 11/2012). As diretrizes da extensão universitária, implícitas em seu concei- to, são: Interação Dialógica; Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade, Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão Universitária, Impacto na Formação do Estudante e Impacto e Transformação Sociais. A Interação Dialógica traz a ênfase no diálogo, na troca e na par- ticipação ativa e efetiva de todos os envolvidos, a Universidade e o setor da sociedade que está em interação. Nesse princípio está implícita a ideia de uma Extensão com a sociedade, na construção conjunta de conhecimen- tos, suprimindo a ideia de transferência de saberes, enquanto estabelece uma via de mão dupla. A Interdisciplinaridade e a Interprofissionalidade são diretrizes que permitem às ações extensionistas atingir as questões mais complexas da sociedade, somando contribuições de diferentes áreas e profissionais para atender às demandas de setores e grupos sociais. A Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão Universitária é a diretriz maior, que define a Universidade brasileira e está estabelecida como princípio constitucional. Não há sentido em uma ação extensio- nista universitária sem o caráter de formação e que não resulte em novos conhecimentos ou em novos questionamentos a serem investigados. Tem sido comum a relação parcial e dual da extensão universitária, articulada ou com o Ensino ou com a Pesquisa, mas temos como desafio a indissocia- bilidade entre os três fazeres acadêmicos, que pode ser atingida quando as outras diretrizes forem alcançadas conjuntamente. A Extensão Universitária na Unesp 15 O Impacto na Formação do Estudante possibilita a formação ci- dadã do profissional consciente da realidade da sociedade local na qual atuará. Relacionar o aluno com a sociedade que o mantém faz parte da função básica da Universidade e o aluno deve ser formado por meio de ações presentes, na vivência prática na sociedade na qual, no futuro, atuará como profissional. Não haveria sentindo em realizarmos ações extensionistas sem ter como diretrizes o Impacto e a Transformação Sociais. A Universidade também contribui com a sociedade em transformação ao formar profissio- nais capacitados e produzir conhecimentos novos por meio de pesquisas de qualidade, mas é mediante a extensão universitária que ela realiza o estudo e a busca de solução para problemas locais, regionais, nacionais e globais e atende aos interesses e necessidades da população. A Universidade é capaz de contribuir para a discussão e a solução das questões mais emer- gentes da sociedade local e para o estabelecimento de políticas públicas em diversos setores. Ao causar impacto e transformação da realidade social, a Universidade não será inatingível, mas também sofrerá o impacto das interações estabelecidas, que produzirá transformação mútua. A extensão universitária constitui a função básica da Universidade brasileira, que possibilita o cumprimento de sua função social de forma mais rápida e com interação mais profícua com a sociedade. Além das diretrizes, a Política Nacional de Extensão Universitária apresenta princípios básicos que também foram amplamente discutidos e que deverão ser, cada vez mais, incorporados nas práticas extensionistas. Dentre os principais princípios, temos: a prioridade nas questões locais, regionais e nacionais; o atendimento à demanda social por meio da cons- trução conjunta de saberes e soluções; a superação da desigualdade e da exclusão social; a difusão e democratização do conhecimento produzido; a prestação de serviços como trabalho social; e a atuação junto ao sistema de ensino básico público. 16 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 2 DIRETRIZES E PRINCÍPIOS NO ÂMBITO DAS AÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP A Unesp, ao orientar-se pela Política Nacional de Extensão Universitária (FORPROEX, 2012), passou a ter suas ações de extensão universitária regidas pelos princípios e diretrizes dessa Política, cujo teor foi sumarizado no item precedente a este. Assim sendo, a Resolução Unesp nº 11/2012 considera que a extensão universitária: I representa um trabalho onde a relação escola-professor-aluno-socie- dade passa a ser de intercâmbio, de interação, de influência e de mo- dificação mútua, de desafios e complementariedade; II constitui um veículo de comunicação permanente com os outros seto- res da sociedade e sua problemática, numa perspectiva contextualizada; III é um meio de formar profissionais-cidadãos capacitados e responder, antecipar e criar respostas às questões da sociedade; IV é uma produção de conhecimento, de aprendizado mútuo e de reali- zação de ações simultaneamente transformadoras entre universidade e sociedade; V favorece a remoção e ampliação do conceito de “sala de aula”, que dei- xa de ser o lugar privilegiado para o ato de aprender, adquirindo uma estrutura ágil e dinâmica, caracterizada por uma efetiva aprendizagem recíproca de alunos, professores e sociedade, ocorrendo em qualquer espaço e momento, dentro e fora da Universidade. São objetivos da extensão universitária na Unesp, conforme o Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp (PDI – Unesp): • Sedimentar a excelência da extensão universitária como processo edu- cativo, cultural e científico articulador do ensino e da pesquisa; • Promover a democratização da cultura científica, artística e humanís- tica para viabilizar uma relação transformadora entre a Universidade e a sociedade; • Contribuir para a permanência e o fortalecimento da memória social por meio da preservação, criação e divulgação de acervos de valor his- tórico e cultural; A Extensão Universitária na Unesp 17 • Implementar as ações de extensão universitária que contemplem as grandes questões político-sociais, tais como: meio ambiente, violência, direitos humanos e cultura material e imaterial (popular e erudita). ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS PARA DESENVOLVIMENTO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP Tendo como referências os objetivos e diretrizes anterior- mente apresentados, bem como os desafios e objetivos definidos para a Unesp e para a extensão universitária no Programa de Desenvolvimento Institucional da Unesp (PDI – Unesp), é fundamental dar continuidade ao desenvolvimento de estratégias prioritárias de atuação interna, voltadas à gestão e institucionalização, e de atuação externa, voltadas à plena execu- ção da política extensionista e consecução dos objetivos. A– ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS PARA ATUAÇÃO INTERNA I Implementação de Programas, Subprogramas e projetos de extensão uni- versitária, operacionalizadosatravés de editais e de ações específicas, tais como: projetos, cursos, eventos, etc., com objetivos e metas, critérios de avaliação e indicadores de resultados, e articulados com o PDI – Unesp. II Ampliação e aperfeiçoamento do Sistema da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (SISPROEX) para cadastro, avaliação e registro de proje- tos, cursos, eventos, prestação de serviços e outras atividades de exten- são universitária, bem como sua integração com outros sistemas insti- tucionais da Unesp, com a Central de Cursos de Inovação e Extensão Universitária e com os meios de comunicação institucional. III Aprimoramento da avaliação participativa e colegiada das propostas de extensão universitária, empoderando a comunidade interna quanto à política de extensão universitária na Unesp, seus princípios, diretrizes e formas de implementação, e envolvendo-a na superação dos desafios da aplicação da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão universitária. IV Fortalecimento da extensão universitária nos cursos de graduação e valorização de seu papel para a formação crítica e cidadã dos alunos, 18 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) identificando, valorizando e multiplicando as experiências bem-suce- didas que contribuam para superar as dificuldades e viabilizar a pro- gressiva implantação da creditação curricular da extensão universitária na graduação, prevista no Plano Nacional de Educação. V Valorização da extensão universitária nos processos internos de con- tratação e avaliação docente, na progressão na carreira, na definição de prioridades de atuação nas estruturas universitárias e como impor- tante elo para a integração das dimensões da universidade voltadas à graduação, pós-graduação, pesquisa e gestão e também para a atuação conjunta nas/das unidades universitárias. B– ESTRATÉGIAS PRIORITÁRIAS PARA ATUAÇÃO EXTERNA I Ampliar a cooperação com outras instituições municipais, regionais, nacionais e internacionais, agilizando processos de gestão acadêmica e administrativa que proporcionem a participação de professores, alunos e servidores técnico-administrativos da Unesp em ações extensionistas, notadamente em redes colaborativas no país e no exterior, em temas prioritários para a sociedade. II Definir, em conjunto com parceiros externos, formas de atuação que possibilitem desenvolver programas e projetos sociais de inovação, de empreendedorismo, de incubadoras, de parques tecnológicos, de tec- nologias sociais, etc.; e ampliar a prestação de serviços à comunidade, à captação de recursos, à melhoria de infraestrutura e à geração de benefícios sociais, culturais, econômicos e ambientais. III Fomentar atividades artísticas, culturais, esportivas e científico-tecno- lógicas, promovendo a integração entre as Unidades Universitárias e a comunidade. IV Integrar, no país e no exterior, organismos estratégicos para a definição das políticas e prioridades da extensão universitária, de mecanismos de avaliação e monitoramento de seus resultados, a partir de indicadores criteriosamente definidos. V Desenvolver ampla comunicação das ações extensionistas e seus resul- tados para maior visibilidade da Unesp junto à sociedade, incluindo a A Extensão Universitária na Unesp 19 criação, geração e veiculação de programas educativos, atividades con- juntas de sociabilidade e convivência universitária, uso de tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de interação entre a universidade e a comunidade.Esse conjunto de estratégias, ressalta-se, tem o propósito de contribuir para o debate e aprimoramento da ex- tensão universitária na Unesp, na perspectiva de dar continuidade a um processo em andamento de ressignificação da extensão universitá- ria e sua internalização na Unesp, fortemente apoiado em processos de decisões colegiadas e participativas para institucionalização, avaliação, creditação e valorização da extensão universitária e seus agentes. 3 PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA UNESP: A DIMENSÃO EXTENSÃO No Plano de Desenvolvimento Institucional, a Unesp assume como missão: exercer sua função social por meio do ensino, da pesquisa e da extensão universitária, com o espírito crítico e livre, orientados por princípios éticos e humanísticos; promover a formação profissional com- promissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a sociedade sustentável, a equidade social, os direitos humanos e a participação demo- crática; gerar, difundir e fomentar o conhecimento, contribuindo para a superação de desigualdades e para o exercício pleno da cidadania. Neste documento, a Unesp mostra seu compromisso com a ex- tensão universitária ao afirmar que ela promove a formação profissional compromissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a socie- dade sustentável, a equidade social, os direitos humanos e a participação democrática. Os programas e ações da Dimensão Extensão Universitária no PDI – Unesp, definidos para o período de 2013 a 2016, guardam seme- lhança, mas não correspondem exatamente aos programas definidos na Resolução Unesp nº 11/2012, que trata do Regimento Geral da Extensão Universitária. Isso se deve ao fato que no PDI o propósito foi de sistema- tizar a distribuição dos recursos da Proex em programas. Já a Proex, na sua estruturação, assume o programa como uma das ações de extensão universitária. 20 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 3.1 OBJETIVOS DO PDI – UNESP PARA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA I Consolidar as ações da extensão universitária como processo articula- dor do ensino e da pesquisa; II Consolidar a democratização da cultura científica, artística e humanís- tica como propagadora da Ciência e Tecnologia para viabilizar uma relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade na perspec- tiva da construção ativa, crítica e social transformadora; III Implementar política de arte e cultura na Universidade para promover a integração latino-americana; IV Implementar as ações de extensão universitária que contemplem as grandes questões político-sociais nos temas propostos pela Política Nacional de Extensão Universitária; V Promover a integração com a Comunidade por meio de práticas es- portivas e movimento para a saúde, que apoiem a criação de Centro de Educação para a Saúde, Esporte e Lazer; VI Implementar política de empreendedorismo com as incubadoras, coo- perativas e empresas juniores. 3.2 AÇÕES DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA APOIADAS NO PDI – UNESP Para atender ao compromisso com a extensão universitária, como uma das três dimensões de sua missão, a Unesp contempla em seu Plano de Desenvolvimento Institucional 4 Programas e 12 ações (PDI – Unesp, 2016). 3.2.1 PROGRAMA UNESP DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA: a. Articular projetos, cursos, eventos e atividades de extensão universitá- ria com a estrutura curricular para atingir a creditação; b. Aperfeiçoar o sistema de avaliação dos projetos, cursos, eventos e ativi- dades de extensão universitária; A Extensão Universitária na Unesp 21 c. Ampliar a cooperação por meio de parcerias com outras instituições nacionais e internacionais; d. Incentivar o empreendedorismo e a inovação na extensão universitária. 3.2.2 PROGRAMA UNESP DE EXTENSÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL a. Apoiar o desenvolvimento de programas e projetos sociais; b. Ampliar parcerias institucionais para desenvolvimento da extensão universitária; c. Apoiar ações extensionistas que ampliem a presença da Unesp nos mu- nicípios sedes de unidades universitárias. 3.2.3 PROGRAMA UNESP DE CURSINHOS, DIVULGAÇÃO, ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO PROFISSIONAL a. Ampliar a prestação de serviços à comunidade; b. Apoiar os meios de divulgação dos programas, dos projetos, cursos, eventos e atividades de extensão universitária, integrando com a políti- ca de comunicação institucional. 3.2.4 PROGRAMA UNESP DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS a. Promover ações itinerantes entre os campus para a divulgação da produçãocientífica, artística e cultural (orquestras, grupos musicais, grupos de teatro, corais, mostras científicas, exposições, centros de ciências e documentação e outros); b. Apoiar centros e museus de ciências, de arte e de cultura; c. Apoiar projetos de arte e cultura, que promovam a integração multi- cultural para a internacionalização da extensão universitária. 4 O DESENVOLVIMENTO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA NA UNESP 22 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) A Unesp é uma universidade muito jovem, nasceu em 1976, inse- rindo-se ao processo de construção da extensão universitária no Brasil. As primeiras universidades brasileiras surgiram no final da primeira e começo da segunda década do século passado. Uma época em que a extensão uni- versitária, por influência americana e inglesa, representava oferta de cursos e prestação de serviços. Mais tarde, na década de 1930, a extensão univer- sitária assume papel social, mas ainda impregnado de assistencialismo. É na década de 1950 que na América Latina, sob influência do materialis- mo histórico, a extensão universitária é tomada como processo de cons- trução social e seus atuais princípios têm seus primeiros sedimentos. No Brasil, como em outros países da América Latina, o curso desse processo foi interrompido pelo período de ditadura, para renascer com a abertura política e se firmar na Constituição Brasileira e legislações pertinentes. O FORPROEX, em 1987, lançou as bases da extensão universitária como se concebe hoje, quando se busca estreita parceria da universidade com a so- ciedade e o poder público na solução de questões locais, regionais e globais. Na sua trajetória, a primeira ação de institucionalizar a extensão universitária na Unesp se deu com a Resolução Unesp nº 102/2000, quan- do se estabelece o primeiro Regimento Geral da Extensão Universitária e se assume o conceito de extensão universitária proposto pelo FORPROEX, ainda vigente. A Câmara Central de Extensão Universitária tem suas ati- vidades regulamentadas pelo Regimento que está institucionalizado pela Resolução Unesp nº 02/2000. Em 2005, a Unesp adota Política de apoio financeiro a projetos de extensão universitária e a alunos de graduação para essas atividades. Em 2010, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) é implantado e nele garantem-se recursos para os programas e proje- tos de extensão universitária. Nessa mesma época, as atividades de extensão universitária passam a ser computadas para a progressão da carreira docen- te. Em 2004, a Resolução Unesp nº 53/2004 define as atividades de exten- são universitária, que foram atualizadas, em 2011, pela Resolução Unesp nº 33/2011. Em 2012, a Resolução Unesp nº 11/2012 entra em vigor, atualizando o Regimento Geral da Extensão Universitária na Unesp, con- forme diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária do mesmo ano, e, em decorrência, a Pró-Reitoria de Extensão Universitária passa a atuar conforme diretrizes estabelecidas em Resolução Unesp nº 126/2012. A Extensão Universitária na Unesp 23 Nos últimos quatro anos (2013 a 2016), o processo de institucio- nalização da extensão universitária na Unesp voltou-se para o processo de gestão das ações da extensão universitária, visto que o arcabouço epistemo- lógico já havia sido aprovado, ou seja, em 2012, ao aprovar o Regimento Geral da Extensão Universitária, a Unesp posiciona-se favoravelmente aos princípios e diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária. As ações da extensão universitária são desenvolvidas a partir de programas, projetos e atividades e pressupõem ativa participação da so- ciedade em processos de mútuo aprendizado. Nesse sentido, para concre- tizar esse pressuposto, foi necessário um esforço conjunto da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex), da Câmara Central de Extensão Universitária (CCEU) e das comissões por ela designadas, na direção de revisar e validar o trabalho executado na Unesp. A principal questão em pauta referiu-se às ações voltadas exclusivamente para a comunidade in- terna, muitas das quais com grande potencial para o envolvimento da co- munidade externa, em especial do entorno de cada campus universitário. Outra questão de grande relevância foi fortalecer as ações de extensão uni- versitária no âmbito das políticas públicas e, para isso, uma estratégia foi a integração de ações de docentes de diferentes unidades em Programas, Subprogramas e projetos estruturantes voltados a grandes temas, como água, meio ambiente e segurança alimentar e nutricional. O trabalho de estruturação das ações da extensão universitária exigiu a construção ou apropriação pela comunidade acadêmica do concei- to das ações da extensão universitária classificadas conforme a sua comple- xidade, em programas, subprogramas, projetos e atividades. No contexto dessas ações, foram definidas as estratégias de apoio, gestão dos recursos, critérios de avaliação e sistema de registro. No que diz respeito aos programas definidos no Regimento Geral da Extensão Universitária, em 2012, a operacionalização desses programas foi organizada a partir de 19 subprogramas. Isso envolveu a comunidade acadêmica organizada em comissões para definir o escopo e diretrizes dos subprogramas, planos de trabalho e elaboração de editais. A criação dos subprogramas, a partir dos programas aprovados na Resolução Unesp nº 11/2012, buscou reconhecer e dar visibilidade às 24 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) ações de caráter programático já executadas na Unesp e, ao mesmo tempo, operacionalizá-las de forma integrada no âmbito institucional. Para a gestão das ações de extensão universitária, foi criado o Sis- tema da Pró-Reitoria de Extensão Universitária (SISPROEX). Em 2016, projetos, cursos, eventos e serviços de extensão universitária vêm progressi- vamente sendo cadastrados e avaliados a partir do SISPROEX, permitindo agilidade na gestão das ações da extensão universitária. A criação dos mó- dulos do SISPROEX foi muito além da informatização da gestão das ações de extensão universitária, possibilitando, conjuntamente, a revisão de con- ceitos, formas de apoio e critérios de avaliação. Algumas ações e atividades geraram longos processos de discussão, como foi o caso dos projetos de extensão universitária e da prestação de serviços. Acompanhando as discussões ocorridas no âmbito do FORPROEX, uma comissão da Proex vem trabalhando num sistema de indicadores da extensão universitária para avaliação das ações executadas pela Unesp, para que estejam em consonância com os propósitos institucionais e nacionais. A creditação da extensão universitária no currículo da graduação encontra-se nas diretrizes das políticas nacionais e vem sendo discutida e implementada nas escolas públicas brasileiras, tema este que necessita de amplo debate para que se consigam apreender as especificidades de cada curso de graduação e, ao mesmo tempo, não se percam as oportunidades de fortalecer e reconhecer a dimensão da extensão universitária nos currí- culos de graduação. Essa discussão vem sendo fomentada na Unesp, desde 2015, por meio da produção de documentos, visitas, seminários e oficinas, em um processo amplamente participativo. Para executar suas ações, a Proex buscou apoiar a realização de con- vênios com o poder público municipal, estadual e federal e com a iniciativa privada. Como exemplos desses convênios, podem ser citados o convênio com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, envolvendo docentes da Unesp na execução do plano estadual de resíduos sólido; os projetos de res- tauração ecológica, com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, envolvendo ações de internacionalização; a criação de um Centro de Ci- ência e Tecnologia em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, em Botucatu; e um Centro Vocacional Tecnológico do Bambu, em Itapeva, além de outros, dentre os quais há vários com o Ministério da Educação. Esses convêniossão executados por uma Unidade Universitária com apoio da Proex e APLO, mas, via de regra, envolvem docentes de várias unidades A Extensão Universitária na Unesp 25 universitárias. A internacionalização também foi alvo de ação da extensão uni- versitária na Unesp. A Proex esteve presente em fóruns internacionais de discussão da extensão universitária, em Cuba, Espanha, Chile, Canadá e Argentina, e desenvolveu atividades de cooperação com a AUGM e outras universidades da América Latina e África. Buscando maior inserção nos processos de internacionalização da Unesp, criou o subprograma Centro Integrador dos Centros de Línguas da Unesp. Os Centros de Línguas nas- ceram com a função de divulgar a cultura dos povos e promover a sociali- zação de estrangeiros e brasileiros. As unidades auxiliares da Unesp são estruturas vinculadas às uni- dades universitárias com o objetivo de apoiar as atividades de ensino, pes- quisa e extensão universitária. Há dois anos, a Proex vem gerenciando os recursos do PDI para as unidades auxiliares. Isso tem proporcionado maior aproximação dessas unidades com a extensão universitária e ampliado o escopo de ação dessas unidades na área da extensão universitária. Os centros de apoio à extensão universitária são estruturas es- pecíficas de apoio local à gestão da extensão universitária e fomento de parcerias. Essa é uma iniciativa ainda incipiente na Unesp, mas que vem mostrando bons resultados. O apoio ao Núcleo Negro da Unesp (NUPE) e o fomento à cria- ção da Rede Pró-indígena mostram que a Proex foi sensível às questões postas na atualidade quando se trata de garantir direitos e, mais do que isso, reconhecer e valorizar a cultura dos nossos ancestrais. Um tema de certa forma polêmico, mas que com a evolução das discussões parece estar equacionado, é a gestão pela Proex de ações volta- das à comunidade acadêmica ou que não resultem em efetivas trocas de saberes da academia na sociedade, como é o caso de ações culturais, ações de comunicação, de promoção de bem-estar e sustentabilidade ambiental. A equação foi simples: se a Universidade é um bem público não pode fe- char-se em si, faz parte da sociedade, essas ações devem ser extensivas às comunidades do seu entorno. A Rede Viva Melhor é uma ação inserida no subprograma de integração sociocultural, que, aos poucos, foi integrando todas as unidades 26 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) da Unesp e as ações voltadas ao bem-estar da comunidade e vem atuando em estreita parceria com as ações de arte e cultura. Alguns temas envolveram a criação de Políticas, como foi o caso da Política de Artes e Cultura e a da Política de Idiomas, temas que in- dicavam a necessidade de uma postura mais ostensiva da Unesp. Outros temas demandaram a participação ou o protagonismo da Proex diante da necessidade de intervenção para a garantia do direito ou proteção ao dano, como foi o caso do movimento contra a violência, de prevenção ao abuso de álcool e outras drogas e de defesa dos direitos humanos. Outro processo que envolveu a comunidade acadêmica em dis- cussões polêmicas foi a regulamentação das empresas juniores na Unesp. São empresas e, como tal, têm plena autonomia. No entanto, a Proex as- sumiu o compromisso de apoiar essas iniciativas no que diz respeito a sua organização, formação e funcionamento perante a Unesp. Os cursinhos pré-universitários da Unesp constituem uma das principais ações junto aos seus municípios-sede. A estruturação dessas ações demandou importante atuação da Proex, fomentando a criação de Regulamento e Projeto Político Pedagógico e o desenvolvimento de mate- rial próprio dos cursinhos da Unesp. Isso deu identidade para os Cursinhos e promoveu grande economia de recursos financeiros. Além dos cursinhos pré-vestibulares, a Proex tem apoiado as feiras de profissões e o programa de divulgação do vestibular da Unesp. A Revista de Extensão vem sendo editada pela Unesp desde 2004, e, em 2016, a Revista Ethnos passou a receber apoio. Por meio do selo Cultura Acadêmica e com importante participação das Comissões Locais de Extensão Universitária e da Câmara Central de Extensão Universitária, a Proex tem lançado séries bianuais de livros digitais que têm se prestado ao importante papel de registrar as ações de extensão universitária e refletir sobre elas. Também tem sido bianual a publicação em livro digital dos re- sultados de trabalhos apresentados em congressos de extensão universitária da Unesp. Os museus e centros de ciências são importantes espaços de ex- tensão universitária e, por essa característica, encontram-se vinculados à Proex. A partir do PDI, os museus e centros de ciências vêm recebendo A Extensão Universitária na Unesp 27 apoio da Proex. Ao mesmo tempo, tem-se empreendido esforço no sentido de criar um catálogo dessas ações na Unesp, tornando-as cada vez mais visíveis para a Unesp e para a comunidade. A delimitação do campo da extensão universitária não se esgotou ainda, mas os esforços empreendidos nos últimos quatro anos valeram para construir as bases do arcabouço conceitual da extensão universitária na Unesp. Por outro lado, a estruturação do processo de gestão das ações de extensão universitária, seja por meio de instrumentos legais, seja a partir do SISPROEX, facilitará a materialização desses conceitos e a produção de ganhos significativos para a valorização da extensão universitária na Universidade. 28 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 29 PARTE II AÇÕES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA UNESP As ações de extensão universitária, conforme a sua complexida- de e temporalidade, dividem-se em: Programas, Projetos e Atividades de Extensão Universitária, que constituem a estrutura básica e fundamental de qualquer ação de extensão universitária, devidamente credenciados e comprovados por um sistema de informação da extensão universitária, o SISPROEX. 5 PROGRAMAS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Os programas e seus subprogramas são as ações mais complexas da extensão universitária, seguidos dos projetos e atividades quanto ao grau de complexidade. Segundo a Resolução Unesp nº 11/2012, “Considera-se Programa de Extensão Universitária o conjunto de trabalhos e atividades que articulam ensino, pesquisa e extensão universitária de caráter orgâ- nico institucional, integrados a programas institucionais direcionados às questões relevantes da sociedade.” (UNESP, 2012). Esse conceito deixa claro o caráter institucional dos Programas de extensão universitária, exi- gindo ato legal de criação no contexto do Regimento Geral da Extensão Universitária. O conjunto de Programas Institucionais criados a partir da Resolução Unesp nº 11/2012 é bastante abrangente e permite abarcar todos as áreas e temas da extensão universitária. E por ser tão abrangente, foram criados os subprogramas dentro dos Programas de extensão universitária. Os subprogramas têm caráter programático e sua criação ocorre no âmbito da Câmara Central de Extensão Universitária (CCEU) institu- cionalizada pela Portaria Unesp nº 404/2016. Os subprogramas, criados em 2016, visam incorporar as ações já desenvolvidas pela Proex e as novas demandas. A gestão dos subprogramas pela Proex pode ter caráter ape- 30 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) nas normativo e de apoio, com concessão de recursos do PDI – Unesp. Cada subprograma foi estruturado e deve atuar conforme suas diretrizes de funcionamento, plano anual de trabalho, precedido de relatório conforme metas e indicadores estabelecidos no plano anterior. Para uma parte dos subprogramas incluem-se editais anuais. Os recursos do PDI – Unesp para os subprogramas devem ser uti- lizados em bolsas de extensão para alunos de graduação e outras despesas financiáveis, conforme plano de trabalho ou edital. As bolsas para aluno de graduação, vinculadas aos programas de extensão universitária, são regula- mentadas pela Resolução Unesp nº 08/2016. 5.1PROGRAMA DE RENOVAÇÃO INSTITUCIONAL Conjuga os esforços dirigidos à regulamentação da cooperação Unesp com organismos extra-universitários e à retroalimentação dos fun- damentos, das estratégias, dos próprios projetos e atividades de extensão universitária da Unesp, abrangendo os seguintes Subprogramas: 5.1.1 SUBPROGRAMA DE CREDITAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NOS CURSOS DA UNESP O Subprograma de Creditação da Extensão Universitária nos Cursos da Unesp, vinculado ao Programa de Renovação Institucional, ca- racteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente junto aos colegiados dos cursos de graduação da Unesp, em parceria com a Pró- Reitoria de Graduação (PROGRAD), com vistas à inserção dos princípios da extensão universitária nas práticas curriculares e o reconhecimento ins- titucionalizado dessas ações como créditos curriculares de extensão uni- versitária, em cumprimento à Meta 12.7 do Plano Nacional de Educação. O Subprograma se destina aos colegiados dos cursos de graduação e docentes e, de forma indireta, aos parceiros das ações de extensão universi- tária desenvolvidas no âmbito e integradas dos/aos currículos de graduação. A Creditação da extensão universitária vem se mostrando na Unesp como forma de reconhecer o trabalho desenvolvido pelos cursos da A Extensão Universitária na Unesp 31 Unesp em todos os seus municípios-sede e também como forma de socia- lizar e qualificar essas experiências, em um processo de ressignificação da extensão universitária. Essa ressignificação não poderá se dar apenas no âmbito inter- no, será preciso fortalecer as políticas públicas estaduais e nacionais para a extensão universitária. Pelo papel que ocupa no sistema de educação do Brasil e até de fora dele e pela sua característica multicampus, a Unesp tem o potencial e a responsabilidade social de inserção positiva nesse processo. 5.1.2 SUBPROGRAMA DE ARTICULAÇÃO E COOPERAÇÃO INSTITUCIONAL O Subprograma de Articulação e Cooperação Institucional, vin- culado ao Programa de Renovação Institucional, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente voltadas à institucionaliza- ção da extensão universitária nos processos acadêmicos, articulando-a com o Ensino e com a Pesquisa; busca garantir e ampliar o escopo de ação da extensão universitária na Unesp, como Instituição que se preocupa e age na busca de soluções para os problemas do seu tempo, sem perder de vista o futuro, articulando-se com outras instituições. O público-alvo do Subprograma são as Instituições Públicas ou Privadas e a comunidade acadêmica da Unesp, sejam as Pró-Reitorias ou os Colegiados de Gestão e Planejamento, para o desenvolvimento da extensão universitária. Esse é um Subprograma que tem como principal propósito am- pliar as ações de cooperação e proporcionar fundamentação e projeção às ações da Proex, a partir da interação com as demais instâncias da Unesp e com instituições e organizações externas. Todas essas ações convergem para o fortalecimento da extensão universitária, articulada com o Ensino e a Pesquisa, como uma das dimensões da ação universitária e como espaço próprio de interação com a sociedade. 32 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 5.2 PROGRAMA DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA Destina-se à criação de condições objetivas para a aplicação de conhecimentos gerados na Universidade na resolução de problemas públi- cos e privados, em articulação com organismos governamentais, empresa- riais e do terceiro setor, abrangendo os seguintes Subprogramas: 5.2.1 SUBPROGRAMA DE NACIONALIZAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UNESP O Subprograma de Nacionalização e Internacionalização da Extensão Universitária da Unesp, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, que visa ao fortalecimento das ações de cooperação da Unesp na área da extensão universitária, com foco na socialização do conhecimento gerado na universidade e em centros de Pesquisa. O Subprograma beneficiará docentes, discentes e Pesquisadores da Unesp e de parceiros, tais como Instituições de Ensino Superior, Centros de Pesquisa, Movimentos Sociais, Governos, Igrejas, ONG’s, Empresas, Sindicatos, Grupos Sociais não organizados, etc., do Brasil, especialmen- te das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e de países da América Latina, Caribe e África, prioritariamente. As ações de cooperação acadêmica, científica e tecnológica per- mitem a construção dos saberes. Desta forma, os processos de mobilidade docente, discente e de Pesquisadores na extensão universitária nacional e internacional deverão privilegiar vivências em outras instituições. Por fim, a cooperação no âmbito da extensão universitária deverá preservar o seu caráter equitativo, na busca da integração entre Unesp e, prioritariamente, das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e os países da América Latina, Caribe e África. 5.2.2 SUBPROGRAMA DE EMPRESAS JUNIORES O Subprograma de Empresas Juniores, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de A Extensão Universitária na Unesp 33 atividades de caráter permanente, regulamentadas e supervisionadas pela Proex, com o intuito de contribuir com a formação discente no âmbito da gestão de empresas. Empresas Juniores com funcionamentos perante a Unesp devem ser organizadas nos termos da Lei Federal nº 13.267/2016 e da Portaria Unesp nº 264/2016, constituídas única e exclusivamente por estudan- tes matriculados em cursos de graduação da Unesp, sendo caracterizadas como associação civil com fins educacionais e não lucrativos, de direito privado, com registro próprio no Registro Civil das Pessoas Jurídicas e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, com o propósito de realizar pro- jetos e serviços que contribuam especificamente para o desenvolvimento acadêmico, intelectual e profissional dos associados, capacitando-os para o mercado de trabalho. O Subprograma é destinado às Empresas Juniores na Unesp, para pleno desenvolvimento de suas atividades junto aos setores produtivos e de serviços, prioritariamente às instituições públicas, aos alunos de graduação e à população em geral, conforme suas especificidades. As características deste Subprograma, envolvendo a autonomia do estudante, a relação responsável com o mercado e o empreendedoris- mo, fazem-se estratégicas para a Proex, contribuindo para que se cumpram os princípios da extensão universitária, em especial a transformação social e o impacto na vida do estudante. 5.2.3 SUBPROGRAMA DE EXTENSÃO TECNOLÓGICA O Subprograma de Extensão Tecnológica, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjun- to de atividades de caráter permanente, articuladas e acompanhadas pela Proex, com vistas ao desenvolvimento local, regional e nacional a partir da cooperação tecnológica. O Subprograma é destinado às Empresas, instituições e empre- endedores dos diversos setores da economia interessados em transferência e inovação tecnológica. 34 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) A integração universidade-sociedade é a forma de se promover o Ensino contextualizado e, ao mesmo tempo, contribuir com o desenvol- vimento social a partir do desenvolvimento e democratização do acesso às tecnologias. No Brasil, as relações entre os setores demandantes de tecnolo- gias e a academia não têm uma base sólida e, por vezes, nem transparente. Essa pode ser uma relação muito salutar com ganhos expressivos para a formação do aluno, como é feito em muitas partes do mundo, e para o desenvolvimento econômico e social, local, regional e nacional, se a ino- vação e a transferência de tecnologias no âmbito da Universidade forem pautadas a partir da sua função social e daquilo que se espera da extensão universitária. Para tanto, há que se manter as ações dentro das diretrizes estabelecidas,adotando valores e princípios que sejam constantemente re- vistos e repactuados. 5.2.4 SUBPROGRAMA DE TECNOLOGIAS PARA A INCLUSÃO SOCIAL O Subprograma de Tecnologias para a Inclusão Social, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmente con- templadas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos. Destina-se aos movimentos sociais, povos e comunidades tradi- cionais e aos sujeitos de empreendimentos econômicos solidários, de ma- neira geral. A integração universidade-comunidade é a forma genuína de se promover o ensino contextualizado e, ao mesmo tempo, promover o de- senvolvimento social sustentável. No Brasil das últimas décadas, as polí- ticas sociais vêm ganhando força nas agendas dos governos, sendo que a ciência, a tecnologia e a inovação, ao gerar tecnologias sociais, permitem a ampliação e a manutenção dessas conquistas. Essa pode ser uma relação muito salutar com ganhos expressivos para a formação do aluno e para o desenvolvimento local sustentável. Participa deste Subprograma o Grupo Integrador do Ensino, Pesquisa e Extensão em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da Unesp (GISSAN-Unesp), institucionalizado pela Portaria Unesp nº 109/2016. A Extensão Universitária na Unesp 35 5.2.5 SUBPROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, EDUCAÇÃO PERMANENTE E FORMAÇÃO CONTINUADA O Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação Continuada, vinculado ao Programa de Cooperação Científica e Tecnológica, caracteriza-se como um conjunto de atividades contempladas em projetos regidos por Editais da Proex ou re- cursos externos. Visam apoiar processos de qualificação profissional, edu- cação permanente e formação continuada em todos os setores. O Subprograma é destinado a jovens, adultos e idosos em busca de qualificação e/ou aperfeiçoamento profissional, visando à inserção e/ou permanência no mundo do trabalho e, ainda, à formação continuada de trabalhadores em todos os setores. As formações iniciais e continuadas, bem como a qualificação do processo de trabalho, aparecem como temas estratégicos sempre que o de- senvolvimento social e econômico é colocado em pauta. O Subprograma de Qualificação Profissional, Educação Permanente e Formação Continuada assume elevada relevância ao aglutinar e potencializar as iniciativas da Unesp, nesta área. Ao mesmo tempo em que institucionaliza as ações que já vêm sendo executadas nas Unidades Universitárias, em caráter siste- mático, garante a continuidade das ações, agora em Rede, fortalecendo a atuação da Unesp no âmbito da extensão universitária. Participa deste Subprograma o Projeto CECEMCA, regulamentado pela Portaria Unesp nº 400/2016. 5.3 PROGRAMA DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS Tem por objetivo a execução da Política de Artes Cultura da Unesp2, pelo Comitê de Artes e Cultura, de caráter sistemático, contínuo e relevante, tanto da perspectiva da formação do profissional da área como do universo cultural dos alunos dos diferentes cursos e da comunidade externa, abrangendo os seguintes Subprogramas: 2 Disponível em: <http://www.unesp.br/portal#!/proex/artes-e-cultura/politica-e-diretrizes/>. Acesso em: 31 out. 2016. 36 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 5.3.1 SUBPROGRAMA DE ORQUESTRA ACADÊMICA E DE CORAL DA UNESP O Subprograma de Orquestra Acadêmica e Coral da Unesp, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmen- te contempladas em projetos regulares regidos por Editais da Proex ou com captação de recursos externos, que visa o acesso à produção e à formação musical, bem como à divulgação e à valorização da Música como expressão artística e patrimônio cultural. A Orquestra Acadêmica tem sua institucio- nalização na Resolução Unesp nº 61/2007 e Portaria Unesp nº 530/2008, e o Coral da Unesp, na Portaria Unesp nº 21/1998. O Subprograma envolve as comunidades interna e externa da Unesp, interessadas na música como exercício dos sentidos ou de habilid ade musical. A democratização do acesso à Cultura é um importante pres- suposto para a extensão universitária, especialmente em um contexto participativo. 5.3.2 SUBPROGRAMA DE MUSEUS E CENTROS DE CIÊNCIA O Subprograma de Museus e Centros de Ciências, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmente contem- pladas em projetos regulares regidos por Editais da Proex ou mantidos por recursos externos. Visam conservar, investigar, comunicar, interpretar e expor, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contempla- ção e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural. Essas atividades são abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, enfatizando a preservação da memória regional no Estado de São Paulo e a oferta de am- bientes demonstrativos e interativos para a promoção e popularização de Ciência, Tecnologia, Cultura e Artes. Os museus, de modo específico, pos- suem Política de Museus da Unesp3 e Comitê de Atividades Museológicas. 3 Disponível em: <http://www.unesp.br/portal#!/proex/cam/eventos/>. Acesso em: 31 out. 2016. A Extensão Universitária na Unesp 37 O Subprograma atende ao público, com ênfase na educação de crianças, adolescentes e da comunidade em geral. As ações deste Subprograma viabilizam a presença da comunida- de nos ambientes da universidade e criam meios de popularização da arte, da ciência e da cultura. Ao mesmo tempo, a manutenção desses espaços auxilia no resgate e preservação da memória local ou regional. Essas atividades têm grande impacto na vida do estudante da Unesp, dos professores e estudantes do Ensino público, seja pela possibili- dade de aprendizado significativo a partir de vivências práticas, seja porque esses ambientes contribuem com o resgate da história e fortalecimento da identidade coletiva. 5.3.3 SUBPROGRAMA INTEGRAÇÃO SOCIOCULTURAL O Subprograma de Integração Sociocultural, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um con- junto de atividades de caráter sistemático e permanente, preferencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex, ou com recursos externos advindos de convênios e auxílios, com vistas à criação e manutenção de ambiente favorável para a interação sociocultural da comu- nidade da Unesp em diferentes contextos. Envolve comunidades internas e externas, aprendendo e ensinando a conviver e viver sempre melhor, a comunidade da Unesp, no seu cotidiano, em interação com a diversidade da população brasileira, bem como com pessoas de outras nacionalidades. Esse Subprograma representa uma ação estratégica para sua ino- vação e autoformação, ao buscar um enfoque sistêmico de suas ações, inte- grar alunos, docentes e demais servidores com as comunidades de diferen- tes cenários, na perspectiva do diálogo de saberes e valorização das relações humanas, transcendendo o enfoque utilitarista. Fazem parte deste Subprograma o Núcleo Negro da Unesp para pesquisa e extensão (NUPE) (Resolução Unesp nº 43/2012), a Rede Pró- Indígena, o Projeto Rondon (Resolução Unesp nº 23/2006) e a Rede Viva Melhor. 38 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) 5.3.4 SUBPROGRAMA DE INTEGRAÇÃO DOS CENTROS DE LÍNGUAS DA UNESP O Subprograma de Integração dos Centros de Línguas da Unesp, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, é caracteriza- do, conforme Resolução Unesp nº 82/2016, como um conjunto de ações que visa atender à demanda pelo conhecimento de línguas estrangeiras no mundo atual e promover a integração cultural por meio do acesso à comunicação. O Subprograma é destinado às comunidades dos municípios se- des da Unesp,comunidade internacional e comunidade acadêmica interes- sadas no Ensino de línguas. Os Centros de Línguas da Unesp representam um espaço pri- vilegiado para diversas ações extensionistas da universidade. Envolvem Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, alunos de Graduação e Pós- Graduação, intercâmbio com estrangeiros, professores, Pesquisadores, pes- soal técnico-administrativo, além do público externo, que inclui alunos do Ensino Público. A dinâmica que se estabelece nesse espaço aproxima o co- nhecimento produzido na universidade das realidades educacionais em di- ferentes contextos (Escolas Públicas, Universidades e Centros de Pesquisa) e atividades, seja na sala de aula, na convivência cotidiana e em eventos acadêmicos com a participação da equipe de alunos bolsistas e professores orientadores e em diferentes mídias. Os Centros de Línguas têm papel fundamental na “Política de Idiomas da Unesp” instituída pela Resolução Unesp nº 83/2016, que será executada pelo Comitê Central de Idiomas da Unesp pela Portaria Unesp nº 443/2016. 5.3.5 SUBPROGRAMA DE AÇÕES ARTÍSTICAS O Subprograma de Ações Artísticas, vinculado ao Programa de Atividades Artísticas e Culturais, caracteriza-se como um conjunto de ati- vidades de caráter permanente, preferencialmente contempladas em pro- jetos regulares regidos por Editais da Proex ou com recursos captados ex- ternamente. As atividades visam conservar, investigar, comunicar, interpretar e expor, com o objetivo de preservar conjuntos, coleções e ações de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cul- A Extensão Universitária na Unesp 39 tural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. Buscam enfatizar a preservação da memória regional no Estado de São Paulo e a oferta de ambientes para a promoção e popularização de Ciência, Tecnologia, Cultura e Artes. O Subprograma tem como público-alvo a comunidade de todas as unidades da Unesp e a população em geral dos municípios nos quais a Universidade está inserida. Esse Subprograma busca fomentar a cultura em todas as suas di- mensões a partir da produção e popularização da arte. Tem entre seus pres- supostos a ação dialógica para o desenvolvimento local, proporcionando maior inserção regional e nacional da Unesp. 5.4 PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO, ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO PROFISSIONAL Destina-se à orientação e à informação profissional de alunos da 1º série do Ensino Médio, potenciais candidatos aos cursos de graduação ofertados pela Unesp, graduandos concluintes e graduados desta, abran- gendo os seguintes Subprogramas: 5.4.1 SUBPROGRAMA DE CURSINHOS PRÉ-UNIVERSITÁRIOS O Subprograma de Cursinhos Pré-Universitários, vinculado ao Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional, se carac- teriza como um conjunto de atividades de caráter permanente voltadas à formação do estudante do ensino médio de escolas públicas (ou bolsistas de escolas privadas), preferencialmente contempladas em projetos perió- dicos regidos por Editais da Proex ou por meio de recursos externos. Os cursinhos Pré-Universitários da Unesp são oferecidos gratuitamente e vi- sam ao preparo dos educandos para o ingresso no Ensino superior, público ou privado, e também para concursos públicos. Constituem-se, ainda, em espaço educativo e acadêmico de formação integral e humanizada, articu- lados ao Ensino e à Pesquisa. O Subprograma de Cursinhos Pré-Universitários, conforme Resolução Unesp nº 14/2016, é destinado prioritariamente aos estudan- 40 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) tes que cursam ou que concluíram o Ensino Médio público e/ou privado com bolsa e que desejam se preparar para processos seletivos para o ensino superior em Instituições Públicas ou Privadas, assim como para concursos públicos em diferentes setores. Os Cursinhos Pré-Universitários da Unesp representam um dos principais Subprogramas da Proex, haja vista sua estreita relação com a mis- são da Universidade Pública ao cumprir, na extensão universitária, a sua fun- ção social. Ao mesmo tempo, é um espaço ímpar para as práticas pedagógicas e sociais, proporcionando à Unesp grande oportunidade de inserção local. 5.4.2 SUBPROGRAMA DE INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO O Subprograma de Informação e Divulgação do Conhecimento, vinculado ao Programa de Divulgação, Informação e Orientação Profissional, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter per- manente, preferencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos, visando ao registro e à divulga- ção de informação e conhecimento, com ênfase nas ações da extensão uni- versitária e na popularização da produção acadêmica, incluindo diferentes produtos de comunicações científicas, tecnológicas, artística e cultural, em especial os periódicos Ciência em Extensão e Ethnos Brasil, apoiados pela Pró-Reitoria de Extensão da Unesp. O Subprograma visa ao atendimento de grupos da população com pouco ou nenhum acesso aos resultados da produção acadêmica e da comunidade acadêmica, dentro e fora da Unesp. A proposição deste Subprograma vem ao encontro de ampliar a divulgação das atividades de extensão universitária no Brasil, garantindo o cumprimento da periodicidade das publicações e a qualificação progressiva dessas mesmas, bem como buscando processos mais democráticos de dis- tribuição dos recursos e socialização do conhecimento. A regularidade de investimentos neste Subprograma promoverá a extensão universitária e a Unesp como uma Instituição comprometida com ela. De um lado, estará a comunidade acadêmica, que precisa cada vez mais se apropriar da temática e ser valorizada nas ações que executa; A Extensão Universitária na Unesp 41 e de outro, a parcela da população excluída do conhecimento científico, tecnológico artístico e cultural. 5.4.3 SUBPROGRAMA DE DIVULGAÇÃO DO VESTIBULAR UNESP E INCLUSÃO DOS MELHORES ALUNOS DA ESCOLA PÚBLICA NA UNIVERSIDADE O Subprograma de Divulgação do Vestibular Unesp e Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública na Universidade, vinculado ao Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional, caracte- riza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, articula- das e acompanhadas pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária – Proex, em parceria com a Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Fundação Vunesp), com vistas a divulgar a Unesp e seu vestibular e implementar uma ação afirmativa de inclusão dos melhores alunos das escolas públicas nos cursos de graduação da Unesp. O Subprograma é destinado aos Alunos da Rede Pública de Ensino Médio do Estado de São Paulo. O Subprograma atende ao que especifica a Resolução Unesp nº 11/2012, em seu capítulo VIII, artigo 41, § 5º: “O Programa de Divulgação, Orientação e Informação Profissional destina-se à orientação e à informação profissional de alunos da 1ª série do ensino médio, poten- ciais candidatos aos cursos de graduação ofertados pela Unesp, graduandos concluintes e graduados desta.” (UNESP, 2012). Envolvem docentes e alunos da Unesp em número considerável, atende a demandas específicas da sociedade, cumpre papel social e gera dados de interesse para pesquisa. Vai ao encontro das ações afirmativas, visando à inclusão dos alu- nos da escola pública na universidade. Muitos alunos agora unespianos só o são em razão de terem sido despertados para a possibilidade de virem a cursar a Unesp. Promove a inclusão também em razão da concessão de subsídio na taxa de inscrição para o vestibular e na concessão de bolsas de estudos pela Fundação Vunesp. 42 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) Interfere na unidade acadêmica, uma vez que agrega professores e alunos unespianos que, juntos, retornam às escolas públicas de Ensino Médio. A possibilidade de contato com outra realidade escolar e os víncu- los que se estabelecem entre as escolas e a Unesp possibilitam o desenvolvi-mento de outras ações que não as diretamente ligadas ao objetivo principal do Subprograma. Promove o aprimoramento da formação discente e a articulação Ensino/Pesquisa/Extensão Universitária, quer através da participação de discentes nas atividades fins do Subprograma, quer através da concessão de bolsas de estudo condicionadas à execução de Plano de Atividades (ativi- dades de iniciação científica, técnicas, de extensão universitária, aprimora- mento de estudos), sob orientação docente. O Subprograma tem impacto externo, uma vez que atende às demandas específicas da comunidade: demanda por informações acerca da continuidade de estudos; informações acerca da universidade; infor- mações acerca dos programas de apoio aos alunos carentes ingressantes na universidade. 5.5 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA Reúne um conjunto de projetos institucionais de extensão uni- versitária, formulados ou executados pelas Unidades Universitárias ou pela Proex, voltados para o apoio das ou coparticipação nas atividades e inicia- tivas relevantes e facilitadoras da interação entre a Unesp e a comunidade, abrangendo os seguintes Subprogramas: 5.5.1 SUBPROGRAMA DE ATUAÇÃO DA UNESP NOS MUNICÍPIOS SEDES DE SUAS UNIDADES UNIVERSITÁRIAS O Subprograma de Atuação da Unesp nos Municípios Sedes de suas Unidades Universitárias, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, caracteriza-se como um conjunto de atividades de cará- ter permanente, que podem ser contempladas em projetos regidos por Editais da Proex ou com recursos externos, que visam contribuir com o Desenvolvimento Local, Regional e Estadual, por meio do apoio aos pro- A Extensão Universitária na Unesp 43 cessos de gestão das políticas públicas, em constante interação com o poder público e as organizações sociais atuantes nesses territórios, podendo con- tar com a parceria da iniciativa privada. O Subprograma atuará junto aos gestores públicos dos municípios onde há presença da Unesp, no âmbito local e regional, com as organizações sociais e junto à população beneficiária das políticas públicas, com destaque para as políticas de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda, Cultura, Meio Ambiente, Cidadania, Agricultura, entre outras. Esse é um Subprograma estruturante, que visa fortalecer e dar visibilidade às ações da Unesp nos municípios sedes e suas unidades uni- versitárias; busca a interlocução com o poder público e a sociedade; busca a organicidade das ações; busca reconhecer, valorizar, respeitar e confe- rir identidade e autonomia às ações regionais desenvolvidas nas diferentes Unidades da Unesp. 5.5.2 SUBPROGRAMA DE CENTROS LOCAIS DE APOIO À EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA O Subprograma de Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, caracteriza-se como uma estratégia de institucionalização para a gestão dos processos locais de extensão universitária nas unidades da Unesp, propor- cionando apoio às ações de extensão universitária e fomentando novas ações, bem como a integração Universidade, Comunidade e outros parcei- ros Públicos e Privados. Os Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária represen- tam o espaço de encontro entre a Unidade Universitária e os parceiros das ações de extensão universitária. Desta forma, o seu público-alvo é repre- sentado por todos envolvidos com a e na extensão universitária na Unesp. Os Centros Locais de Apoio à Extensão Universitária da Unesp representam um importante passo rumo à ampla institucionalização da extensão universitária na Unesp. Ao agregarem as ações de extensão universitária em um mesmo espaço, os centros facilitam a integração com a unidade acadêmica e a atu- 44 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) ação interdisciplinar; promovem maior visibilidade para a extensão univer- sitária; potencializam o uso de recursos; e podem atrair mais oportunidades para o financiamento da extensão universitária na Unidade Universitária. 5.5.3 SUBPROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E DA TERCEIRA IDADE O Subprograma de Educação de Jovens, Adultos e da Terceira Idade, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, carac- teriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, prefe- rencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos. Visa à formação integral e vivências sociais dirigidas a educandos jovens e adultos, que não tiveram oportunidade anterior, ou àqueles com mais idade, que queiram retomar experiências passadas de ensino e aprendizagem como forma de exercício da cidadania. O Subprograma é destinado a Jovens e Adultos em processos de escolarização tardia e saberes constituídos e Idosos em atividades de Ensino e socialização de bens culturais ao longo da vida. As ações deste Subprograma se configuram como das mais im- portantes ações de interação social e comunitária da Unesp no contexto de suas unidades. Além disso, contribuem com duas grandes questões para o desenvolvimento brasileiro e garantia da qualidade de vida da população: a necessidade de ampliar a discussão acerca da escolarização tardia e sabe- res constituídos, entre jovens e adultos; e o envelhecimento digno e com qualidade. Ao mesmo tempo, constituem-se em espaço privilegiado para as ações integradas de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária, com im- pacto de grande relevância na formação do estudante. Fazem parte deste Subprograma a Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), regulamentada pela Portaria Unesp nº 148/2006, e o Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA), regulamentado pela Portaria Unesp nº 580/2000. A Extensão Universitária na Unesp 45 5.5.4 SUBPROGRAMA DE INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE E COMUNIDADE NO ENFRENTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA O Subprograma de Integração Universidade e Comunidade no Enfrentamento de Emergências em Saúde Pública, vinculado ao Programa de Integração Social e Comunitária, caracteriza-se como um conjunto de atividades de caráter permanente, preferencialmente contempladas em projetos periódicos regidos por Editais da Proex ou recursos externos. O público-alvo são as comunidades adstritas nos Municípios Sede da Unesp, bem como trabalhadores da saúde envolvidos em ações de transformação da realidade e promoção da autonomia para o enfrentamen- to de emergência em Saúde Pública. O Subprograma aqui apresentado se insere nas metas do PDI – Unesp, permitindo apoio ao desenvolvimento de programas e projetos sociais, ampliando a presença da Unesp nos Municípios Sede e a parceria com setores do Poder Público e da Sociedade Civil, envolvendo Docentes e Alunos da Unesp, em grande número. Atenderá a demandas específicas da sociedade, sendo particularmente oportuno diante das recorrentes epide- mias dos últimos tempos. O projeto prevê ações contra novas emergências epidemiológicas, um risco permanente que decorre da extrema adaptabili- dade dos microrganismos e das mudanças na interação entre o ser humano e o ambiente que o cerca. Propõem-se ações de promoção da saúde e prevenção e controle de doenças infecciosas, realizadas em consonância com atividades de divul- gação científica responsável, que permitirá à população uma maior com- preensão da magnitude dos agravos e de seu papel no combate às emergên- cias em saúde pública. Espera-se o empoderamento de comunidades que busquem soluções criativas para situações epidemiológicas de risco. Ressalte-se o caráter agregador do Subprograma e a sua impor- tância na inserção do corpo discente na realidade social, quer através de participações de discentes nas atividades fins do Subprograma, quer atra- vés da concessão de bolsas de estudo condicionadas à execução de Plano de Atividades, sob orientação docente. Deverá, portanto, ser estimulada a articulação Ensino/Pesquisa/Extensão Universitária, além de ser ampliada 46 FUJITA, M.S.L.; OLIVEIRA, M.R.M.; LEAL, A.C. (Org.) a participação