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Cynthia Antunes do Nascimento Costa (Voluntário-PIBIC/UNESA) GUIA FARMACOTERAPÊUTICO PARA ACOMPANHAMENTO DE PACIENTE COM CÂNCER DE CÓLON E RETO EM USO DE OXALIPLATINA Natalia Ferreira da Cruz Esteves (Voluntário-PIBIC/UNESA) O Câncer colorretal é um dos tipos mais incidentes em todo mundo com aproximadamente 1 milhão de novos casos anuais. No Brasil, estima-se 34 mil casos novos deste tipo de câncer. Na região sudeste do país é o 2º tumor mais incidente. Diante dessa incidência, faz-se necessário um olhar mais profundo para esta patologia. As linhas de tratamento para esta doença são traçadas a partir do seu estadiamento e à medida que o grau aumenta significa uma maior evolução da doença. Nesta pesquisa destacam-se os estadios III e IV onde o tumor se disseminou para linfonodos e/ou para outros órgãos e tecidos, tendo maior utilização de protocolos terapêuticos fazendo uso do antineoplásico oxaliplatina. Este medicamento é indicado no tratamento mais avançado do câncer colorretal sendo intensamente tóxico. Possui um fator dose-limitante trazendo aos pacientes neurotoxicidade cumulativa, sendo o efeito colateral que mais atrai atenção, pois dependendo do grau de intensidade causa muito desconforto, limitação de doses, podendo impedir a continuação do tratamento. Seu uso deve ser visto de forma cautelosa, requerendo alternativas que venham prevenir e diminuir sua toxicidade, contribuindo para o sucesso da terapêutica e segurança do paciente. O conhecimento técnico e específico do farmacêutico acerca dos diversos medicamentos utilizados neste tipo de tratamento, e das possíveis reações adversas e seu manejo clínico, é de suma importância. Então o objetivo deste estudo é desenvolver um guia farmacoterapêutico onde possa orientar farmacêuticos e enfermeiros quanto ao manejo das intercorrências dos efeitos adversos que possam apresentar os protocolos que utilização a oxaliplatina, afim de trazer maior segurança e adesão ao paciente diagnosticado com câncer colorretal. Logo coletou-se dados retrospectivos referentes ao período de julho de 2016 a junho de 2017, no sistema integrado de prescrição eletrônica do paciente em uma clínica privada localizada no Rio de Janeiro, no qual foi buscado a evolução da farmácia, que mostra as reações adversas e interações no tratamento, e na evolução da enfermagem, que mostra a graduação e reações adversas para cada atendimento, conforme CTC (Common Terminology Criteria for Adverse Events - AE Versão 4.0), com base na análise de 310 prontuários de pacientes com câncer colorretal, totalizando 2599 atendimentos com 418 intercorrências em uma clínica de oncologia do RJ, submetidos a infusão com oxaliplatina. Estes dados foram tabulados em planilha Excel, onde serviram para a elaboração do guia farmacoterapêutico. Os dados mostraram que a incidência deste tipo de câncer é de 58% em mulheres contra 42% em homens. A faixa etária dos 51 aos 80 anos de idade é a mais acometida com 70% dos pacientes. Os protocolos mais prescritos foram FOLFOX 6 Modificado (51%), FOLFOX 6 Modificado + Bevacizumab (22%), Xelox (3%), Xelox + Avastin (3%) e FOLFOX 6 Modificado + Cetuximab (3%). Destes, o Xelox foi o que mais apresentou evento adverso de grau 3. Tal intercorrência é recomendada notificação de farmacovigilância. As maiores reações adversas foram: náusea, reações relacionadas a infusão, prurido, hiperglicemia, hipertensão, dor, dispneia e êmese. Fica assim evidente que é de suma importância a intervenção dos sintomas, afim de melhorar a qualidade de vida e desta forma trazer adesão do paciente ao tratamento. Diante do exposto, tais dados corroboram para a elaboração do guia farmacoterapêutico, no intuito de orientar as equipes de farmácia e enfermagem na melhor conduta clínica nos diferentes protocolos no tratamento do câncer de cólon e reto. O presente trabalho mostra a importância de uma equipe interdisciplinar, valorizando o cuidado ao paciente oncológico. Palavras-Chaves: Oxaliplatina, câncer colorretal, cardiotoxicidade Orientador(a): Cristiane Paiva Coelho Soares Curso: Farmácia Saúde Saúde Farmácia