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LANA-PAOLA-DA-SILVA-CHIDICHIMA

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XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
 
REAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHETO A MELOIDOGYNE JAVANICA 
 
Lana Paola da Silva Chidichima1* e Shalene da Silva Santos2 
 
1 Discente do Programa de Pós Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Brasil. Bolsista CAPES. 
lana_pchidichima@hotmail.com*. Autor correspondente e apresentador. 
2 Mestre, Programa de Pós Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Brasil. shaleness@gmail.com 
 
RESUMO 
O nematoide das galhas composto pelo gênero Meloidogyne está entre os principais nematoides causadores 
de injúrias em plantas cultivadas. Trata-se de um patógeno de solo de difícil controle, causando perdas em 
diversas culturas devido ao seu hábito de alimentação. Entre as medidas para controlar a população está a 
resistência que algumas plantas apresentam ao seu ataque, diminuindo a quantidade deste microrganismo 
no local onde estão inseridos. Desta maneira, este trabalho teve como objetivo identificar a reação de três 
cultivares de milheto ao ataque do nematoide Meloidogyne javanica. Foram utilizados 3 cultivares de milheto 
(ADR 300, ADR500 e BRS1501) os quais foram plantados em vasos em casa de vegetação e, com 10 
repetições para cada cultivar mais a soja como testemunha. Todos os vasos foram inoculados com uma 
solução de 5 mL contendo 2000 nematoides (ovos+juvenis). Após 60 dias as raízes foram retiradas e 
procedeu-se a extração e contagem dos nematoides em câmara de Peters. Todas as cultivares apresentaram 
fator de reprodução menor que 1 e a soja apresentou fator de reprodução de 3,46 onde conclui-se que o 
milheto, neste experimento, pode ser considerado resistente ao ataque de Meloidogyne javanica. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Suscetibilidade; Resistência, Meloidogyne. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A produção agrícola brasileira vive um grande momento de expansão e produção, 
em todas as suas vertentes, visando em sua grande parte a alimentação humana. Esta 
atividade também está contando com um amplo leque de ferramentas para que seu manejo 
seja satisfatório, garantindo ótimas produtividades no campo. Entretanto, é visível como as 
culturas cultivadas são castigadas pelo ataque de pragas e doenças em todos os estádios 
de desenvolvimento e como a pressão destes organismos tem crescido nos últimos anos, 
mesmo com diversas técnicas que são utilizadas no seu combate. 
Dentre os patógenos que causam grandes prejuízos a culturas estão os nematoides, 
os quais são constituinte de um diverso grupo dos invertebrados, abundantes como 
parasitas ou na forma livre em solos, em ambientes aquáticos ou marinhos (RITZINGER et 
al., 2010). Estes microrganismos possuem diversos gêneros e espécies e entre todos 
encontra-se os nematoides das galhas, Meloidogyne spp. Este gênero engloba cerca de 
100 espécies (HUNT; HANDOO, 2009), e tem como hospedeiros centenas de espécies de 
plantas, incluído frutíferas, gramíneas, hortaliças e inúmeras plantas daninhas 
(MITKOWSKI; ABAWI, 2003). 
É considerado o gênero mais importante na agricultura mundial, porque além de 
afetar diversas culturas pode ser o causador de elevadas perdas, além de tornar os 
produtos agrícolas inviáveis a comercialização (SILVA et al., 2016). No Brasil, além das 
quatro espécies mais conhecidas, M. incógnita (Kofoid and White) Chitwood, M. javanica 
(Treub) Chitwood, M. arenaria (Neal, 1889) Chitwood, 1949 e M. hapla Chitwood, 1949, 
podem ser encontradas ainda M. exígua Goeldi, M. coffeicola Lordello e Zamith, 1960, M. 
graminicola Golden e Birchfield, 1965, M. hispânica Hirschmann, 1986, M. ethiopica 
Whitehead, 1968, M. enterolobii Yang & Eisenback, 1983, M. paranaenses Carneiro, 
Carneiro, Abrantes, Santos & Almeida, M. petuniae Charchar, Eisenback e Hirschmann, 
1999 e M. morocciensis Rammah e Hirschmann, 1990 (CARNEIRO et al., 2001; TENENTE 
et al., 2002). 
Para entender a enorme preocupação relacionada ao controle deste gênero, há de 
se saber que todo o prejuízo advém do seu hábito de alimentação, pois trata-se de um 
fitonematóide endoparasita, que invade completamente a raiz, estabelecendo sítio 
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especializado de alimentação, fazendo com que as plantas parasitadas fiquem de maneira 
geral fracas, onde podem ser visualizadas murchas nas horas mais quentes do dia, 
manchas em reboleiras com plantas pequenas e amareladas, formação de galhas nas 
raízes em tamanho e números variados (DIAS et al., 2010), em consequência da retirada 
de nutrientes. Estes sítios de alimentação ocorrem geralmente próximos aos tecidos 
vasculares, o que acaba por reduzir a capacidade das raízes em absorver nutrientes e água 
(OLIVEIRA et al., 2016). 
O manejo e o controle destes fitonematóides se dá basicamente através do uso de 
nematicidas, variedades de culturas resistentes e rotação de culturas, entretanto estas 
técnicas são limitadas. Os nematicidas químicos se usados de maneira inadequada, podem 
causar contaminações ambientais severas, desiquilibram a microbiota do solo, além de 
serem caros, onerando o produtor; já a utilização de variedades resistentes é uma ótima 
ferramenta, entretanto, existem poucas disponíveis ao produtor e em muitos casos, quando 
há uma alta população no solo ocorre a quebra desta resistência (FERRAZ; FREITAS, 
2008). 
 Já a rotação de culturas trata-se de uma prática cultural que pode ser considerada 
eficaz, não onerosa e sem danos ao meio ambiente, pois as plantas utilizadas nesta técnica, 
podem reduzir a população de fitonematóides, onde tais plantas podem comportar-se como 
más hospedeiras, onde não permitem a penetração e/ou multiplicação em suas raízes, ou 
pela produção de aleloquímicos e/ou pelo aumento de antagonistas no solo, equilibrando 
de certa maneira a quantidade da população sobrevivente fazendo com que a próxima 
cultura a ser colocada não sofra com a sua presença. (GARDIANO et al., 2014). 
Como sugestão de espécie de planta para ser utilizada em rotação de culturas 
visando o balanceamento de altas populações de Meloidogyne spp., a cultura do milheto 
(Pennisetum glaucum (L.) R. Brown) tem ganhado destaque no cenário agrícola. Trata-se 
de uma gramínea anual adaptada a diversas regiões, e tem um enorme potencial de uso 
como planta de cobertura de solo em sistema de plantio direto, uso de forrageira na 
atividade pecuária de corte ou leiteira, além da produção de grãos (RESENDE et al., 2016). 
O milheto forrageiro (Pennisetum glaucum) é uma planta anual de verão, de alto 
valor nutritivo e grande capacidade de se adaptar aos solos ácidos, os quais são 
inadequados para o cultivo das culturas “padrão”, apresenta facilidade de implantação 
quando semeado no fim do verão e princípio do outono, curto ciclo fenológico, além de se 
ter a possibilidade de cultivo como segunda safra justificando, portanto, seu uso no 
processo da ensilagem, quando comparado às culturas tradicionalmente utilizadas, tais 
como milho, sorgo e cana-de-açúcar (AMER; MUSTAFA, 2010). 
No Brasil, ainda não se utiliza o milheto na alimentação humana, mas devido as suas 
características agronômicas de alta resistência à seca, adaptação a solos de baixa 
fertilidade, crescimento rápido e boa produção de biomassa, esta cultura tem-se 
apresentado como uma das melhores opções como cobertura do solo em áreas de 
semeadura direta no Brasil (MARTINS NETO; DURÃES, 2005). 
O milheto é uma cultura interessante para gerar palhada e compor o sistema de 
plantio direto (BASTOS FILHO et al., 2007). Ribeiro et al. (2002), estudando diferentes 
genótipos de milheto, observaram que todos comportaram-se como resistente a M. javanica 
e M. incognita raça 3. Contudo, Inomoto et al. (2008), estudando o comportamento de dois 
diferentes híbridos de milheto frente a M. javanica, observaram que o híbrido ‘BN 2’ foi 
resistente ao nematoide (FR=0,56), sendo estatisticamente igual a C. spectabilis, e o 
híbrido ‘BRS 1501’ se comportoucomo suscetível (FR=2,77). 
O milheto também é relatado como eficiente no controle de outros nematoides 
importantes na cultura da soja, como P. brachyurus, em que os híbridos ‘ADR 300’, ‘ADR 
500’ e ‘Nutrifield’ se comportaram como resistentes ao nematoide (NEVES, 2013). Outros 
híbridos também são relatados como resistentes à P. brachyurus,como o ‘HGM 100’ e 
‘TifGrain 102’, mesmo frente à diferentes densidades populacionais do nematoide 
 
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(TIMPER; HANA, 2005). 
Sendo assim, a resposta do milheto ao controle de nematoides pode variar de acordo 
com as espécies, bem como está relacionado diretamente ao híbrido utilizado, visto que 
nem todos possuem o mesmo comportamento (SANTOS; RUANO, 1987; CARNEIRO et 
al., 1998). 
Desta maneira, este trabalho teve como objetivo identificar a reação de três cultivares 
de milheto ao ataque do nematoide Meloidogyne javanica. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Este trabalho foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Estadual de 
Maringá, sendo as avaliações realizadas no Laboratório de Nematologia sob coordenadas 
geográficas de 23°24’17,39” S e 51°56’27,00” O., no Campus localizado na cidade de 
Maringá – PR, no período de setembro a dezembro de 2018. 
O delineamento experimental empregado no experimento foi inteiramente 
casualizado utilizando-se dez repetições por tratamento. Para isso, foram avaliadas 3 
cultivares de milheto (Pennisetum glaucum) ADR 300 e ADR 500 e a BRS 1501 em relação 
a reação ao nematoide-das-galhas Meloidogyne javanica, cujas características encontram-
se na Tabela 1. 
 
Tabela 1. Principais características das cultivares de milheto utilizadas no experimento, Maringá – 
PR, 2018. 
Variedade ADR 300 ADR 500 BRS 1501 
Ciclo Precoce Tardio Médio 
Florescimento 45-50 dias 53-58 dias 50 dias 
Maturação 92 dias 100 dias 120 dias 
Finalidade 
Produção de 
massa e grãos 
Produção de massa e 
grãos 
Produção de 
palhada, 
fornecimento de 
volumoso 
Outras características 
Ótimo colmo, 
difícil de acamar, 
grande produção 
de grãos 
Boa tolerância a 
ferrugem, ciclo mais 
longo, bom 
perfilhamento 
Bom 
perfilhamento, 
bom teor de 
proteína nos 
grãos (12%) 
Adaptado de Pereira Filho et al. (2003). 
 
O plantio das sementes das diferentes cultivares foi realizada em bandejas plásticas 
de 128 células contendo substrato do tipo turfa. Em cada vaso contendo 500 cm³ de solo e 
areia autoclavados (2:1), foi transplantado uma plântula com 13 dias de idade e após cinco 
dias realizou-se a inoculação de M. javanica. Para os tratamentos em que foram avaliados 
os nematoides-das-galhas, foi inoculado uma população inicial de 2000 ovos + juvenis de 
segundo estágio (J2), que foram adicionados em dois orifícios feitos próximos ao colo das 
plantas numa solução de 5 mL. 
Como controle para comprovar a viabilidade dos inóculo, foram utilizadas plantas de 
soja (Glycine max L.) da cultivar M6210 IPRO, as quais foram inoculadas respectivamente 
com o mesmo nível de inóculo de M. javanica. As plantas foram mantidas em casa de 
vegetação com irrigação controlada conforme necessidade das plantas. As avaliações 
ocorreram aos 60 dias após a inoculação, quando as raízes foram separadas da parte aérea 
da planta, e submetidas às avaliações. 
Nas raízes, procedeu-se à extração dos ovos e juvenis de segundo estágio (J2), 
empregando-se a técnica proposta por Hussey e Barker (1973), modificada por Boneti e 
 
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Ferraz (1981). Com os valores de ovos e juvenis obtidos no sistema radicular calculou-se 
o fator de reprodução (FR = população final/população inicial), conforme Oostenbrink 
(1966). 
A resistência de cada cultivar de milheto a M. javanica foi determinada com base no 
fator de reprodução proposto por Canto-Sáenz (Sasser et al., 1985), em que o grau de 
resistência corresponde a: hipersuscetíveis (FR ≤ 1), suscetíveis (FR > 1), tolerantes (FR > 
1), resistentes (FR ≤ 1) ou imunes (FR = 0). 
Os valores das diferentes variáveis obtidos em cada repetição foram submetidos à 
análise de variância, sendo as médias de cada tratamento comparadas entre si pelo teste 
de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o software SISVAR (FERREIRA, 2011). 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os resultados obtidos neste experimento quanto ao número de nematoides por 
grama de raiz, número total de nematoides e fator de reprodução, estão apresentados na 
Tabela 2. 
 
Tabela 2. Valores referentes ao número de nematoides por grama de raiz, número total de 
nematoides e fator de reprodução, Maringá-PR, 2018. 
Cultivares 
Utilizadas 
Nematoide total Nematoide/ g de raiz Fator de Reprodução (FR) 
BRS 1501 567 b 17,24 b 0,57 b 
ADR 300 513 b 16,66 b 0,52 b 
ADR 500 497 b 20,66 b 0,50 b 
SOJA 3463 a 338,19 a 3,46 a 
CV % 39,49 40,37 39,43 
*Médias referentes a avaliação de dez amostras por tratamento. Médias seguidas de mesma letra nas 
colunas, não diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade 
 
Neste experimento, para o número total de nematoides nas plantas avaliadas das 
três cultivares de milheto e por grama de raiz, não ocorreram diferenças estatísticas 
significativas entre as mesmas, mas houve a redução em comparação com a soja, fator 
que preconiza uma possível interação antagonista entre o nematoide e as cultivares de 
milheto testadas. 
Todas as cultivares de milheto comportaram-se como resistentes a M. javanica 
(Tabela 2), em comparação com a soja, a qual obteve FR de 3,46, número 6 vezes maior 
que os obtidos pelas cultivares de milheto utilizadas. 
Carneiro et al. (2007), em seu experimento, testou 7 genótipos de milheto para o 
controle de M. javanica e outras espécies; verificaram que os genótipos de milheto POP 80, 
Takashi, ADR 300 e ADR 500 foram suscetíveis ao ataque de M. javanica; e os demais 
BN2, 90 e 1449 foram resistentes. 
Já Dias-Arieira et al. (2003) verificaram que a espécie de milheto utilizada, favoreceu 
a reprodução de M. javanica igualmente ou superior a testemunha. Bernado et al. (2018), 
ao avaliar a reação da variedade de milheto BRS 1502 e aveia preta no manejo de plantas 
de cobertura para a cultura do pessegueiro, com o intuito de verificar se ocorreria a redução 
de Meloidogyne spp., concluiu que foram encontrados valores de FR inferiores a 1,00 para 
a variedade de milheto utilizada, indicando resistência da cobertura verde comparada a 
testemunha suscetível. 
 
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Gabriel et al. (2018) avaliaram a reação de espécies de gramíneas forrageiras 
(Avena strigosa, Lolium multiflorum, Pennisetum glaucum e Sorghum sudanense) que são 
utilizadas no sistema de plantio direto, com potencial uso na rotação de culturas com o 
objetivo de utilizá-las no manejo de M. javanica, M. incognita, M ethiopica e Prathylenchus 
brachyurus. Para o milheto utilizou-se a cultivar BRS 1501. Como resultado para a reação 
da cultivar frente ao nematoide da galha, concluiram que ocorreu redução expressiva da 
população, onde considerou o milheto testado resistente frente as variáveis analisadas 
(Índice de galhas ≤ 2 e Fator de reprodução ≤ 1). 
Santos e Ruano (1987) observaram que o milheto comportou-se como não 
hospedeiro dos nematoides M. incognita e M. javanica corroborando com os resultados 
encontrados. Inomoto et al., (2008) e Asmus et al. (2005), ao contrário, encontraram como 
resultado a suscetibilidade da cv. BRS 1501 para as populações de M. javanica. 
Em revisão bibliográfica, Jain (2009) discute sobre a não utilização de milheto como 
planta de cobertura, onde relata que para esta cultura, cinco espécies de Meloidogyne 
causam infecção considerada de moderada a grave, com agravante para infecções 
causadas por M. incognita. 
Em experimento realizado com 17 cultivares africanas de milheto, Timper e Wilson 
(2006) analisaram a ocorrência de resistência a M. incognita e a existência de 
heterogeneidade para resistência nascultivares selecionadas e concluíram que todas 
apresentaram algum nível de resistência, onde as estimativas de herdabilidade foram 
moderadas a altas, indicando que os dados desses estudos controlados tendem a ser um 
bom preditor do desempenho da progênie, e sinal de progresso na seleção para resistência 
a M. incognita. 
Diversos estudos têm demonstrado que a resistência ou suscetibilidade do milheto 
varia em função das cultivares e das espécies de nematoide (SILVA;CARNEIRO, 1992; 
DIAS-ARIEIRA et al., 2003; LIMA ET AL., 2009). 
Em diversos experimentos em condições controladas, o fator de reprodução do 
nematoide Meloidogyne spp. ficou próximo de 1,0, o que gera dúvidas e controvérsias na 
classificação dos genótipos quanto a resistência ou susceptibilidade, principalmente com 
dados referentes a resposta de milheto escassos e contraditórios (BORGES, 2009). 
Desta maneira, informações exatas sobre a reação das plantas frente ao ataque 
deste nematoide é de grande importância, essencialmente no manejo de áreas infestadas. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A utilização de materiais resistentes ao nematoide da galha torna-se uma ferramenta 
interessante no cultivo com rotação de culturas em áreas infestadas. Este trabalho permitiu 
avaliar alguns materiais que poderão ser utilizados em programas de melhoramento 
genético para que ocorra a incorporação de resistência em outras cultivares com 
características agronômicas mais vantajosas ao produtor. Mais pesquisas devem ser 
realizadas visto que há muitas informações contrastantes referentes a susceptibilidade e 
resistência do milheto ao ataque do nematoide da galha M. javanica. 
 
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XI EPCC 
Anais Eletrônico 
29 e 30 de outubro de 2019 
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