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gerenciamento de resíduos sólidos de um posto de gasolina

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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
CAMILA SOARES OVANDO 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA 
CIDADE DE MARINGÁ - PR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2015 
 
 
CAMILA SOARES OVANDO 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE MARINGÁ - PR 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
FAMMA– Faculdade Metropolitana de Maringá, 
como parte dos requisitos para obtenção do título 
de Bacharel em Administração Geral. 
 
Orientador (a): Profª: Me RENATA CRISTINA DE 
SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2015 
FAMMA – Faculdade Metropolitana de Maringá 
 
CAMILA SOARES OVANDO 
 
 
DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE MARINGÁ 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Famma – Faculdade Metropolitana de Maringá, 
como parte dos requisitos para obtenção do título 
de Bacharel em Administração Geral. Orientador 
(a): Profª: Me: RENATA CRISTINA DE SOUZA 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
_____________________________________ 
Professor Orientador: Dr. X - FAMMA 
 
 
_____________________________________ 
Professor: Dr. Y - FAMMA 
 
 
___________________________________ 
Professor: Me. Z - FAMMA 
 
 
Data de Aprovação:_____ de ________ de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos 
que de alguma forma contribuíram para a 
realização desse trabalho. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Primeiramente acima de tudo deixo meus agradecimentos a Deus por 
proporcionar a chance de cursar o ensino superior. 
A minha família, em especial, meu pai e minha mãe pelo apoio e carinho 
incondicional nesses anos em que estive longe. 
Aos meus amigos e colegas que me proporcionaram momentos alegres 
nesses longos quatro anos de estudo. 
A minha orientadora, pela paciência dedicada ao trabalho e a transmissão de 
conhecimento. 
Ao gerente do auto posto alvo da pesquisa por permitir que este trabalho 
fosse realizado em sua empresa e pelo entusiasmo em fornecer todas as 
informações necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Algum dia, quando tivermos dominado os ventos, 
as ondas, as marés e a gravidade, utilizaremos as 
energias do amor. 
Então, pela primeira vez na humanidade, o homem 
descobrirá o fogo. 
Teilhard de Chardin 
OVANDO, Camila Soares. DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE 
RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE 
MARINGÁ. 39 f. Graduação – FAMMA. Orientador: Renata Cristina de Souza. 
Maringá, 2015. 
 
 
RESUMO 
 
O desenvolvimento social e econômico da humanidade teve um alto custo para o 
meio ambiente que vem sofrendo com o acúmulo de resíduos diversos que em sua 
maioria são resultados dos processos industriais e de prestação de serviço. Nesse 
contexto cabe às empresas geradoras darem a correta destinação a seus resíduos 
para que suas atividades deixem o mínimo de impacto na natureza. Esse trabalho 
tem como objetivo realizar um diagnóstico sobre um sistema de gerenciamento de 
resíduos sólidos em um posto de combustível da cidade de Maringá – PR, para tanto 
irá identificar os tipos de resíduos gerados, a destinação final que a empresa 
emprega e a estrutura física do posto para fazer um comparativo entre o que está 
sendo realizado e o que pede a legislação vigente. Desta forma se buscará 
conhecer como funciona um PGRS para postos de combustíveis baseado nas 
normas vigentes. 
 
Palavras-chave: Posto de Combustível, resíduos sólidos, meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 3 
2 OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 4 
 
2.1 OBJETIVO............................................................................................................. 4 
3 O DESENVOLVIMENTO E O MEIO AMBIENTE......................................................... 5 
4 A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS....................................................... 8 
 
4.1 DEFINIÇÕES DOS RESÍDUOS SÓLIDOS........................................................... 10 
5 POSTOS DE COMBUSTIVEIS E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS...................... 13 
 
5.1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................... 16 
6 METODOLOGIA.......................................................................................................... 18 
 
6.1 QUANTO AO TIPO................................................................................................ 18 
 
6.2 QUANTO A TECNICA.................................................................................... 18 
7 RESULTADO E DISCUSSÃO...................................................................................... 20 
 
7.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO....................................................... 20 
 
7.2 ATIVIDADE DESENVOLVIDAS E GESTÃO DE RESÍDUOS........................ 21 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 28 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 30 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Embora tenha trazido um desenvolvimento econômico sem precedentes na 
história, a Revolução Industrial deixou um legado bastante negativo para as futuras 
gerações. Melo (2011) afirma que nos séculos passados o meio ambiente era visto 
como mecânico, infinito e representava o principal obstáculo para o desenvolvimento 
de uma sociedade. 
Os recursos naturais foram utilizados de forma inconsequente pelas 
indústrias, causando danos irreversíveis no meio ou de difícil recuperação que hoje 
afetam nosso dia a dia de maneira muito expressiva. 
Essa tomada coletiva de consciência ambiental está requerendo por parte de 
empresas e governo um novo posicionamento em face de tais questões. Nesse 
contexto, segundo Machado (2006) em termos políticos a Conferência de Estocolmo 
sobre Meio Ambiente Humano realizada em 1972 bem como a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento realizada em 1992, 
fizeram com que a questão ambiental ingressasse definitivamente na agenda política 
dos atores relevantes da cena internacional. 
 No que se referem aos consumidores, as empresas fornecedoras de bens 
e/ou serviços também tiveram que se adaptar a este novo cenário visto que o 
chamado consumidor ecologicamente correto está optando por empresas que 
tenham o mesmo tipo de pensamento, portanto se tornando fator determinante da 
concorrência. 
No caso dos postos de combustíveis que apresentam grande potencial de 
agressão ao meio ambiente ao armazenar combustíveis perigosos e produzir outros 
tipos de resíduos sólidos é necessário que se faça a implantação de um sistema de 
gerenciamento de resíduos para que os mesmos não tenham uma destinação final 
incorreta e acabe trazendo prejuízos à natureza, sociedade e empresa. 
Nesse contexto este trabalho pretende fazer um diagnóstico sobre um 
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos em um posto de combustível. 
Para tanto foi desenvolvida uma pesquisa de campo em um posto de 
combustível da cidade de Maringá – PR; no qual por meio de visita in loco foram 
levantados dados sobre as quantidades de resíduos gerados em cada setor –4 
 
escritório, na troca de óleo, loja de conveniência, banheiros, área de abastecimento 
e lavagem de veículos e formas empregadas de manuseio, coleta, transporte e 
destinação final. 
Os resíduos comuns e resíduos de materiais impregnados de óleo foram 
quantificados e classificados de acordo com o código da NBR 10.004 (ABNT,2004). 
 
2 OBJETIVO GERAL: 
 
Analisar o gerenciamento de resíduos sólidos provenientes de um posto de 
gasolina na cidade de Maringá – PR. 
 
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
- Conhecer a problemática dos resíduos sólidos; 
- Realizar um diagnóstico a partir de visita in loco no posto de gasolina; 
- Verificar se há o cumprimento da legislação ambiental vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3 O DESENVOLVIMENTO E O MEIO AMBIENTE 
 
O desenvolvimento social da humanidade trouxe grandes mudanças ao meio 
ambiente. Na medida em que novas tecnologias se desenvolviam, alimentada por 
uma crescente população consumista, o ambiente natural foi sofrendo drásticas 
transformações que hoje estão impactando o ecossistema de todo o planeta. 
Segundo Barbieri (2007, p. 7) “os problemas ambientais provocados pelos humanos 
decorrem do uso do meio ambiente para obter os recursos necessários para 
produzir os bens e serviços que estes necessitam e dos despejos de materiais e 
energia não aproveitados no meio ambiente”. 
 
A intervenção humana na natureza e a utilização indiscriminada dos 
recursos renováveis e não renováveis nos meios de produção além do 
consumo exagerado estão causando um colapso no planeta (BARBIERI 
2007, p. 9). 
 
Essa relação negativa entre desenvolvimento e natureza se deu a partir da 
Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra no começo do século XVIII e 
rapidamente se espalhou por outros recantos do planeta. De acordo com Telles e 
Garcia (2004) houve neste século uma intensificação de invenções, especialmente 
as máquinas a vapor ao qual foi possível estimular o progresso produtivo com a 
criação de estabelecimentos comerciais e a produção em série gerando assim 
facilidade de geração de lucros e expansão do capitalismo. 
Para Melo (2011) a evolução da ciência e da tecnologia no século XX tornou 
as técnicas de produção muito mais avançadas fazendo com que as indústrias se 
multiplicassem e fossem cada vez mais ocupando território físico e comprometendo 
o meio ambiente. 
Porém toda essa industrialização ocorreu de forma muita acelerada e sem 
nenhum planejamento o que acabou criando uma série de problemas, tais como 
aponta Dias (2010, p. 6) “a alta concentração populacional; consumo excessivo dos 
recursos naturais, a contaminação do solo e ar e o desmatamento”. 
Segundo Nobre (2011) a urbanização descontrolada foi um dos piores 
reflexos desse período. O número crescente de indústrias exigia uma grande 
quantidade de mão de obra e esse fator impulsionou a migração da população rural 
para as cidades que cresciam desordenadamente, sem conseguir acompanhar a 
chegada maciça de pessoas que viviam em cidades cobertas por fumaça em 
6 
 
condições insalubres e sem os serviços públicos básicos como água encanada e 
esgoto. 
Os resíduos gerados por essas cidades fez surgir os primeiros sinais de que a 
industrialização seria a grande vilã do meio ambiente. A contaminação do ar e das 
águas causada pela fumaça proveniente das fabricas e os dejetos descartados de 
modo inadequado provocaram surtos de doenças respiratórias e intestinais além de 
inúmeras epidemias de cólera, febre tifoide, peste negra sendo, portanto a maior 
causa de morte no século XIX.(Dias, 2010). 
A partir desse período, segundo Barbieri (2007) as intensidades dos 
problemas ambientais aumentaram, pois houve maiores emissões ácidas, de gases 
de efeito estufa e de substâncias toxicas resultantes das atividades industriais em 
todo o mundo. 
Ao longo do século XX os acidentes industriais ganharam as páginas dos 
jornais e a atenção pública para esse grave problema que trouxeram não só danos 
para o bioma, mas para toda sociedade humana onde as empresas estavam 
inseridas. 
No quadro 01, a seguir podemos ver alguns dos mais famosos acidentes 
industriais ocorridos na Europa e Ásia. 
QUADRO 1 - Acidentes industriais euroasiático 
ANO DESCRIÇÃO 
1956 Contaminação na baía de Minamata, Japão registra casos de 
disfunção neurológica em humanos, gatos e aves, muitos morreram devido a 
contaminação da água por mercúrio. 
1966 Em Feyzin, França, um vazamento de GLP causa morte de 18 
pessoas e deixa 56 intoxicadas. 
1976 Em Seves, Itália, a fábrica Hoffmann - lá Roche liberou densa nuvem 
de um desfolhante conhecido como agente laranja, que, entre outras 
substancias, continha dioxina, altamente venenoso. Em torno de 733 famílias 
foram retiradas da região 
1978 Na cidade de San Carlos, Espanha, caminhão tanque carregado de 
propano explode causando 216 mortes e deixando mais de 200 feridos. 
1984 Um vazamento de 25 toneladas de isocionato de metila, ocorrido em Bhopal, 
Índia, causou a morte de 3.000 pessoas e a intoxicação de mais de 200.000. 
O acidente foi causado pelo vazamento de gás da fábrica da Union Carbide. 
1986 Um acidente na usina em Chernobyl, na antiga URSS, causado pelo 
desligamento do sistema de refrigeração com o reator ainda em 
funcionamento, provocou um incêndio que durou uma semana, lançando na 
atmosfera um volume de radiação cerca de 30 vezes maior que o da bomba 
atômica de Hiroshima. A radiação espalhou-se atingindo vários países 
europeus e até mesmo o Japão. 
Fonte: Bogo (1998) e Cetesb (apud DIAS, 2003). 
 
7 
 
O quadro 01 demonstra acidentes de grandes proporções que tomaram as 
páginas dos jornais e viraram notícias em todo o mundo chamando a atenção para a 
necessidade de leis mais rígidas que estabelecessem critérios de segurança, tanto 
para o meio ambiente quanto para os trabalhadores e moradores das regiões 
circunvizinhas a complexos industriais. 
Esses acidentes também tiveram uma contribuição nos grandes eventos em 
prol do meio ambiente que ocorreram entre as décadas de 60 e 80. De acordo com 
Costa; Damasceno e Santos (2012) a necessidade da criação de entidades e 
conferências internacionais voltadas ao meio ambiente partiu da ralação negativa do 
homem com a natureza e da ideia que muitos países têm de se desenvolverem a 
qualquer custo. Para desenvolver um consenso sobre como o homem deve se portar 
perante o meio ambiente, a Organização das Nações Unidas (ONU) organizou em 
Estocolmo a primeira conferência mundial sobre o ambiente humano, no qual a partir 
dali foram estabelecidas diversas normas que serviriam para referenciar as ações 
ambientais, servir de alerta ao mundo sobre os diversos problemas ambientais e dar 
início a outras importantes convenções internacionais como Kyoto e Rio 92. 
Porém, não somente as indústrias são apontadas como principal vilã do meio 
ambiente, conforme afirma Barbieri (2007) o uso indiscriminado de inseticidas, 
fertilizantes, herbicidas e outros produtos industrializados fez da agricultura uma 
atividade intensa em degradação ambiental. Segundo Melo (2011) o uso de 
inseticidas e outros produtos químicos utilizados na pulverização das lavouras, foi 
posto em xeque após a publicação do Livro Primavera Silenciosa, escrito pela 
bióloga americana Rachel Carson e lançado nos Estados Unidos em 1962, onde a 
autora alerta a sociedade sobre os riscos e as graves consequências decorrentes do 
uso desordenado de pesticidas e inseticidas nas lavouras, uso este que trouxe 
enormes e irreparáveis danos ao meio ambiente e á sociedade americana. 
Além disso, Almeida (2003) aponta a pecuária, silvicultura e as indústrias 
extrativas de mineral e vegetal como impactantes diretas do meio ambiente. Assim, 
esses materiais passam por vários processos de transformação para converterem-se 
em novas matérias primas para as indústrias ou em produtos finais para o consumo 
da sociedade que acabampor gerar, principalmente, nos grandes centros urbanos a 
chamada poluição industrial, que aparece em forma de lixo, gás carbônico, esgoto e 
resíduos descartados de forma irregular. 
 
8 
 
4 A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
O lixo sinônimo de resíduo sólido, representado por materiais produzido pelo 
homem desde os primórdios dos tempos. Os primeiros homens eram nômades e 
moravam em cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e 
formavam uma população minoritária sobre a terra. Quando a comida começava a 
ficar escassa, eles se mudavam para outra região e os seus "lixos", deixados sobre 
o meio ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo (GERESOL, 1999, 
s/p). 
Na medida em que foram se tornando civilizados, o homem passou a se fixar 
em um local, desenvolver novos hábitos de moradia e de cultivo e a produzir maior 
quantidade de lixo (MESSIAS, 2011, p.16). Com o surgimento dos grandes centros 
urbanos os problemas advindos do lixo começaram a se tornar evidentes. O 
acúmulo de lixo sem nenhum tipo de tratamento nas ruas das cidades contribuiu 
para a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças como a peste 
negra que assolou grande parte da Europa na Idade Média (VELLOSO, 2007, 
p.1954). 
Com o processo de industrialização iniciado na Inglaterra no final do século 
XVIII, o acúmulo de lixo passou a causar malefícios não somente à saúde do 
homem, mas também à saúde do meio ambiente. A instalação de fábricas e 
indústrias mecanizadas fez com que surgisse grande necessidade de mão de obra, 
motivando uma massiva migração de pessoas do campo para centros urbanos 
causando a aceleração do processo de urbanização (NOBRE, 2011, S/P). 
Para Lima (2012) é notável que o fenômeno da urbanização realizou-se a 
partir da Revolução Industrial, visto que foi um marco mundial no século XIX, 
fazendo desse fenômeno um objetivo social que exprimiu poder e reconhecimento. 
 
Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação á 
população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o 
crescimento urbana é superior ao crescimento da população rural 
(MIRANDA, S/P.2006). 
 
 
Entretanto, a Revolução Industrial não trouxe somente progresso, como 
aponta Miranda (2006), o crescimento desordenado das cidades e a falta de 
9 
 
planejamento ocasionaram sérios problemas sociais e ambientais, tais como, 
desemprego, criminalidade, favelização e a poluição do ar e da água. 
Outro problema de grandes proporções provenientes das indústrias foi a 
intensa geração de resíduos sólidos, resultado dos processos produtivos e alto 
consumo de produtos industrializados. 
 
 O consumo deve ser considerado um dos grandes causadores da 
degradação ambiental quando não controlada, ou seja, realizada além dos 
limites da necessidade. Pode comprometer seriamente a sustentabilidade, 
na medida em que se tornem excessivo e desnecessário, determinando a 
extração de mais recursos para atender a demanda (MARQUES; 2005 apud 
PEREIRA, 2011 P.62). 
 
Para Pereira (2011) a produção exacerbada de lixo gera problemas de ordem 
social como, acúmulo em vias públicas, má destinação, surgimento de uma 
população catadora, dentre outros, e de ordem ambiental, tais como, poluição visual, 
proliferação de micro e macro vetores, poluição do solo, ar e lençóis freáticos. 
Além do acúmulo do lixo urbano, os provenientes das indústrias estão entre 
os que oferecem grandes riscos à natureza por conterem quantidades significantes 
de substâncias químicas nocivas ao meio ambiente. Segundo o Ministério do Meio 
Ambiente (MMA) estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos 
sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em produtos 
domésticos. Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, 
chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir 
níveis perigosos para a saúde. 
Ademais, o crescimento nos últimos anos da indústria de tecnologia trouxe 
mais um motivo para os resíduos estarem em discussão. Segundo dados divulgados 
pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a cada ano a 
indústria de eletrônico gera cerca de 41milhões de toneladas de lixo eletrônico, 
derivados de computadores e smartphones. Desse total 90% é comercializado 
ilegalmente ou descartado em lixo comum e segundo estimativa do programa é 
previsto um aumento para 51 milhões de toneladas/ano até 2017; fato que traz 
preocupação ao órgão, já que parte do montante de resíduos não pode ser reciclado 
e contém agentes contaminantes que representam perigo ao meio ambiente. 
Mediante ao exposto fica evidente que os resíduos sólidos representam um 
sério problema do mundo moderno, que está exigindo das autoridades e de todos os 
cidadãos uma nova abordagem diante do problema. 
10 
 
4.1 DEFINIÇÕES DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 
Segundo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 10.04.2004 
resíduos sólidos podem ser definidos como: 
 
Resíduos nos estados sólidos e semi-ssólido, que resultam de atividades de 
origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e 
de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de 
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e 
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas 
particularidades tornem inviável o seu exijam para isso soluções técnicas e 
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 
 
Para Machado (2007 apud Lima, 2015, s/p) resíduo sólido significa lixo, 
refugo e outros materiais sólidos provenientes das indústrias, agricultura e das 
atividades da comunidade. 
Ainda segundo o MMA os resíduos sólidos podem ser classificados conforme 
sua origem sendo: 
• domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. 
É muito diversificado, mas contêm principalmente restos de alimentos, 
produtos deteriorados, embalagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel 
higiênico, fraldas descartáveis etc.. 
• comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos 
comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, 
restaurantes etc.. 
• público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como 
restos de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e 
galerias pluviais, resíduos das feiras livres e outros. 
• de serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas 
ou odontológicas, laboratórios, farmácias etc.. É potencialmente perigoso, pois pode 
conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos 
químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas 
etc.. 
• industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de 
lixo varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a 
maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos; 
11 
 
• agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por 
embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação 
de animais etc.. 
• entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de 
escavações etc... 
Ainda segundo o órgão, essa classificação é utilizada para calcular a geração 
de lixo que pode variar conforme o porte populacional dos municípios e o volume de 
consumo. 
De acordo com Lima (2012) o consumismo e a geração de resíduos estão 
diretamente ligados, pois quanto mais a sociedade consome, mais lixo ela irá 
produzir, sendo o acúmulo de resíduos um efeito negativo da urbanização que afeta 
gradativamente o meio ambiente. 
Para Bidone apud Fadini e Fadini (2001) no passado a produção de lixo per 
capita se resumia a alguns quilos habitante/ano, após a Revolução Industrial esse 
índice passou a 700 quilos habitante/ano em países altamente industrializados comoos Estados Unidos. No Brasil esse índice chega a 180 quilos habitante/ano. Ainda 
segundo os autores essa diferença exorbitante ocorre porque o modo como as 
pessoas consomem se modificou muito ao longo dos anos e também ao fato de que 
a geração de resíduos está diretamente ligada ao índice de industrialização de cada 
país. 
De acordo com dados gerados pela Associação Brasileira das Empresas de 
Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em seu relatório anual 
denominado Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013 demonstram: 
 
A geração total de Resíduos Sólido Urbano (RSU) no Brasil em 2013 foi de 
76.387.200 toneladas, o que representa um aumento de 4,1%, índice que é 
superior á taxa de crescimento populacional no país no período que foi de 
3,7% (ABRELPE, 2013, P 28). 
 
 
Os dados analisados no relatório da ABRELPE (2013) apontam para um 
crescimento exorbitante na produção de resíduos gerados pelo homem e muitas 
vezes os municípios não estão preparados para lidar com tamanho acúmulo, de 
acordo com o relatório, no ano de 2013 53% do lixo gerado seguiu para aterro 
sanitário, enquanto que os outros 41,7% que corresponde a 79 mil toneladas diários 
de resíduos são descartados de forma irregular. 
12 
 
Nesse contexto o lixo gerado pela população e indústrias acaba tendo como 
destino final o descarte inadequado, provocando enormes danos ao meio ambiente. 
 O acúmulo de resíduos depositados de forma indiscriminada na natureza tem 
sido objeto de debate político e social, não somente pela agressão ao meio 
ambiente, como também pela questão sanitária ao colocar em risco a saúde pública. 
Conforme aponta Jacobi e Ebsen (2011) a gestão e a disposição inadequada 
dos resíduos sólidos provocam grave impacto socioambiental, visto que podem 
causar degradação do solo, contaminação das águas, intensificação de enchentes, 
poluição do ar e a disseminação de insetos e todo tipo de vetores prejudiciais à 
saúde humana. 
 
O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante. 
Considerando apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é 
uma ação generalizada das administrações públicas locais ao longo dos 
anos e apenas afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por 
vezes em locais absolutamente inadequados, como encostas florestadas, 
manguezais, rios, baías e vales. Mais de 80% dos municípios vazam seus 
resíduos em locais a céu aberto, em cursos d'água ou em áreas 
ambientalmente protegidas, a maioria com a presença de catadores – entre 
eles crianças –, denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo 
acarreta (MONTEIRO et al, p. 3, 2001). 
 
Perante a situação atual de degradação ambiental que se observa no cenário 
mundial, está sendo cada vez mais necessário que empresas, sociedade e governo 
se mobilizem em defesa do meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
5 POSTOS DE COMBUSTIVEIS E GERENCIAMETO DE SEUS RESÍDUOS 
 
Além dos resíduos urbanos, o lixo proveniente de atividades comerciais 
também geram riscos se forem descartados de forma inadequada, conforme afirma 
Monteiro et al (2001) os resíduos industriais são temas menos discutidos pela 
sociedade, porém constituem um problema ainda maior que traz e continuará 
trazendo sérios problemas ao meio ambiente e à saúde da população. 
Qualquer atividade seja ela comercial ou industrial é passível de geração de 
resíduos. Entre muitas atividades poluidoras o ramo de postos de combustíveis é 
potencialmente perigoso para o meio ambiente, como Lorenzetti et al (2010) afirma 
ao dizer que as atividades desenvolvidas nos postos estão diretamente ligadas ao 
meio ambiente através do contato com os compartimentos solo, água e ar; contato 
que é evidenciado na liberação de gases, derramamento de combustível no solo e 
na água e a má disposição dos resíduos, causando impactos ambientais tais como, 
contaminação do ar, das águas superficiais e subterrâneas e do solo. 
Segundo a resolução Nº 273 de 29 de novembro de 2000, do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) posto revendedor de combustível é 
a instalação onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveis 
líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis 
automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de 
combustíveis automotivos e equipamentos medidores. 
Para Batista (2013) devido ao desenvolvimento econômico ocorrido nas 
ultimas décadas, houve uma diversificação e significativo aumento no volume de 
resíduos produzidos pelos postos de combustíveis, o que justificaria a 
regulamentação dessa atividade pela Resolução CONAMA nº 273, de 29 de 
novembro de 2000, a qual dispõe sobre prevenção e controle da poluição em postos 
de combustíveis e serviços e regulamenta a destinação dos resíduos gerados. 
Segundo Lima e Cabral (2010) normalmente um posto de combustível oferece 
serviços de comércio de combustíveis e lubrificantes automotores, loja de 
conveniência e troca de filtro e óleo de veículos. Tais serviços geram resíduos 
comuns como restos de comida, papel higiênico, lixo proveniente de varrição, e os 
resíduos perigosos provenientes de atividades como, troca de óleo e lavagem que 
devem ter destinação correta, uma vez que são nocivos ao meio ambiente. 
14 
 
A figura 1 abaixo apresenta um esquema detalhado sobre as atividades 
normalmente realizadas em postos e combustíveis e os diversos tipos de resíduos 
que resultam dessas atividades. 
 
.Figura 1: Identificação dos resíduos gerados em postos de combustiveis. 
Fonte: COSTA, Giovane Aparecido; FERREIRA, Osmar Mendes (2008). 
 
Esses resíduos podem ser classificados de acordo com a norma da NBR 
10.004 (ABNT, 2004) sendo como: 
Resíduos classe I – Perigosos: São aqueles que apresentam periculosidade, 
conforme definições norma ABNT NBR 10004. São resíduos que apresentam 
características como: Corrosividade, Reatividade, Inflamabilidade, Toxicidade, e 
Patogenicidade. 
15 
 
Resíduos classe II – Não perigosos: resíduos classe II A – Não inertes: são 
aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduo classe I – perigosos 
ou de resíduo classe II - B – inertes, conforme definição norma ABNT NBR 10004. 
Os resíduos classe II A - não inertes podem ter propriedades, tais como: 
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Oriundos dos 
serviços de limpeza de áreas que não estejam contaminados por resíduos de 
processo industrial. 
Resíduos classe II B – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados 
de forma representativa e submetida a um contato estático ou dinâmico com água 
destilada ou desionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização, 
não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores 
aos padrões de potabilidade de água, conforme definições norma ABNT NBR 10004, 
executando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Como exemplo destes 
materiais, podem-se citar rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que 
não são decompostos prontamente. 
O descarte inadequado desses resíduos constitui um problema de grandes 
proporções, visto que os aterros sanitários não podem receber esse tipo de resíduo, 
pois haveria a contaminação imediata do solo. A alternativa para solucionar esse 
problema seria a incineração ou a reciclagem, porém esse caminho não é viável a 
todos os postos devido aos altos custos e a falta de empresas especializadas no 
país (Guidoni 2005 apud Costa e Ferreira 2008, p. 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
5.1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Para que esses resíduos sobressalentes tenham uma destinação correta é 
necessário que os postos de combustíveis adotem um sistema de gerenciamento de 
resíduos visando o bom acondicionamento, armazenamento e a adequação à lei 
nacional vigente. 
De acordo com Costa e Ferreira (2008) o gerenciamento dos resíduos sólidos 
constituiaspecto ambiental fundamental dentro do organograma estrutural das 
atividades produtivas, comerciais e de prestação de serviço que pode agregar valor 
à imagem do estabelecimento diante da sociedade. 
 
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é o instrumento 
que busca minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a segregação 
na origem, reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio 
e destinação final em conformidade com a legislação vigente (BATISTA, 
2013, p.54). 
 
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei nº 
12.305/10, gerenciamento de resíduos pode ser conceituado como: 
 
Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, 
transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente 
adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada 
dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de 
resíduos sólidos ou com plano e gerenciamento de resíduos sólidos, 
exigidos na forma da Lei (nº BRASIL, 2010). 
 
De acordo com o estabelecido no Art. 20 da Lei Federal nº 12.305/2010 os 
estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos 
perigosos estão sujeitos à obrigatoriedade do plano de gerenciamento de resíduos 
sólidos que deverá ocorrer conforme o Art. 21 da referida lei da seguinte forma: 
a) cadastramento do empreendimento/empreendedor; 
b) cadastramento dos representantes legais; 
c) cadastramento dos setores/obras; 
d) cadastramento das empresas responsáveis pela coleta, transportes, 
destinação e disposição final ambientalmente adequada aos resíduos; 
e) cadastramento dos resíduos gerados por setores/obras; 
f) apresentação dos relatórios de movimentação dos resíduos. 
 
17 
 
No que se refere ao município de Maringá – PR os planos de gerenciamento 
devem ser postados em formulários específicos disponíveis no site da Prefeitura, 
sendo que as informações prestadas serão de total responsabilidade dos 
representantes legais das empresas ou procuradores habilitados conforme informa 
Decreto Municipal nº 2000/2011. 
A partir dessa visão é cada vez mais necessário que os proprietários de 
postos se adequem à legislação vigente em seus estados, no Paraná, por exemplo, 
a Lei 12493 - 22 de Janeiro de 1999 estabelecem os princípios, normas e critérios 
referentes ao acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e 
destinação final dos resíduos sólidos, visando minimizar os impactos causados ao 
meio ambiente. A referida Lei também contempla as punições administrativas 
aplicadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em caso de descumprimento do 
disposto na presente Lei, tais como: 
a) I - multa simples ou diária, correspondente no mínimo a R$ 500,00 e no 
 máximo a R$ 50.000,00, agravada no caso de reincidência específica; 
b) II - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos 
 pelo Poder Público; 
c) III - perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em 
estabelecimento oficial de crédito; 
d) IV - suspensão da atividade; 
e) V - embargo de obras; 
f) VI - cassação de licença ambiental. 
Portanto, devido ao exposto, o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos 
se bem aplicado, se mostra uma importante ferramenta na prevenção, controle e 
destinação dos resíduos, garantindo que a empresa esteja de acordo com a 
legislação, devidamente licenciada e obtenha resultados satisfatórios na 
preservação do meio ambiente onde está instalada. 
 
 
 
 
18 
 
6 METODOLOGIA 
 
 
6.1 QUANTO AO TIPO 
 
 
Embora seja uma atividade comercial extremamente comum nas maiorias das 
cidades e com grande potencial poluidor pouco se sabe como é feito o descarte dos 
materiais impregnados de óleo que são tão prejudiciais ao meio ambiente, tais as 
dificuldades e custos de implantação do plano de gerenciamento de resíduo e o 
valor que isso agrega a empresa e a sociedade. 
Para adquirir esse conhecimento as pesquisas são de suma importância, 
como afirma Barros e Lehfeld (2007) que por meio da pesquisa é possível ao 
pesquisador descobrir algo que para ele será totalmente novo, obter dados e 
conhecimento que antes era ignorado muito embora já seja de conhecimentos de 
outras pessoas, sendo possível também através da pesquisa chegar a uma maior 
precisão teórica sobre fenômenos ou problemas que se quer conhecer ou resolver. 
Portanto, para a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa quali - 
quantitativa que buscou conhecer como funciona um plano de gerenciamento de 
resíduos sólidos para um posto de combustível. 
A pesquisa qualitativa é apropiada ao objetivo do trabalho, pois segundo 
Marconi e Lakatos (2011a) é a mais aberta e flexivél no objetivo de obter respostas 
para o problema a ser investigado através de questionários e entrevistas. Já a 
quatitativa recorre à linguagem matematica na busca de explicar as causas de um 
fenômeno, a utilização dos dois tipos de pesquisas conjuntas permite maior coleta 
de informações acerca do problema pesquisado. 
 
 
6.2 QUANTO A TECNICA 
 
 
Foi realizada uma pesquisa de campo com o intuito de conhecer as 
instalações do posto de gasolina situado na cidade de Maringá e o plano de 
19 
 
gerenciamento de resíduos que o autoposto promove para minimizar os impactos 
causados pelas suas atividades. 
Por meio de conversa com o gerente do autoposto os resíduos produzidos 
serão identificados, fotografados, quantificados e classificados. Os dados serão 
analisados e a partir de um levantamento bibliográfico será possível compreender 
como se dá um plano de gerenciamento de resíduo para este tipo de 
estabelecimento comercial. 
A pesquisa de campo segundo Marconi e Lakatos (2011b) é utilizada para se 
obter informações e conhecimentos referentes ao problema a ser solucionado, ou a 
hipótese que se deseja comprovar e também possibilita a descoberta de novos 
fenômenos, sendo bastante condizente para os objetivos deste estudo. 
Diante do exposto, para realização deste trabalho, foi feita uma visita in loco 
em um posto de combustível localizado na cidade de Maringá. Essa visita teve como 
intuito verificar a real situação dos resíduos sólidos gerados pela empresa, além 
disso, foi feita uma entrevista com o diretor da empresa para verificar a 
aplicabilidade do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) que a 
empresa tem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 
7.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 
 
 
O empreendimento pesquisado está há 15 anos no mercado, situado em 
ponto estratégico da cidade de Maringá próximo ao contorno norte e a uma 
importante rodovia de acesso aos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Tem 
uma área total de e 60 funcionários prestando serviços de armazenamento e 
abastecimento de combustível, troca de óleo, lavagem de caminhões, 
estacionamento, loja de conveniência 24 horas, e escritório administrativo. 
Por estar anexo a um grupo de transportadoras e pela diversidade de serviços 
o autoposto é referência para caminhoneiros que estão iniciando sua viagem ou 
passando pela cidade e precisa pernoitar, abastecer, fazer manutenção ou efetuar 
troca de carta frete, bem como para viajantes que necessitam parar para descanso e 
alimentação. 
Em visita ao estabelecimento o gerente nos apresentou toda a estrutura do 
autoposto, os serviços, e as ações promovidas em relação ao gerenciamento de 
resíduos onde foi possível conhecer como funciona o processo para esse tipo de 
estabelecimento e identificar os resíduos produzidos bem como seu armazenamento 
e destinação. 
Pode se perceber com a visita que a empresa tem grande preocupação com a 
questão ambiental, investindo de aproximadamente R$ 5.000,00 mantém uma 
grande estrutura para tratamento da água usada e a contratação de empresas 
especializadas devidamentelicenciadas para coletar e dar a destinação correta para 
os resíduos provenientes de suas atividades. 
Os 60 funcionários que a empresa mantém além de utilizarem os 
equipamentos de segurança necessários para manusear os resíduos perigosos 
contribuem para o bom desenvolvimento do sistema utilizando as caixas coletoras 
para depositar os materiais contaminados de óleo, mantendo a água utilizada no 
pátio dentro das canaletas e fazendo a separação seletiva do lixo. 
21 
 
 Os clientes por outro lado apesar da disponibilidade de lixeiras identificadas 
para coleta seletiva poucos contribuem, descartando lixo em lugares inadequados 
ou não respeitando as lixeiras específicas para cada tipo de lixo. 
Apesar da consciência ambiental demostrada pela empresa, segundo o 
gerente foram necessário 8 anos para que o plano de gerenciamento de resíduo 
fosse aprovado pelo órgão competente. A demora segundo ele ocorre devido a 
burocracia e a falta de comunicação entre os sistemas da prefeitura municipal e o 
IAP Instituto Ambiental do Paraná (IAP), há ainda a crítica sobre a falta de 
fiscalização que nunca foi ao estabelecimento verificar se as condições de 
funcionamento e as instalações estão de acordo com a legislação ambiental. Esse 
fato evidencia a preocupação da empresa com o meio ambiente ao desenvolver 
suas atividades com o menor impacto possível, oferecendo dessa forma um serviço 
de qualidade para os clientes, ambiente e sociedade em geral. 
 
7.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E GESTÃO DE RESÍDUOS 
 
Na visita as atividades observadas foram organizadas na Figura 2 seguida da 
descrição de como ocorre cada uma delas.
 
FIGURA 2- Atividades desenvolvidas 
Fonte: Pesquisa de campo (2015) 
22 
 
 
A atividade de número 1 conta com um tanque de armazenamento 
subterrâneo “jaquetado” considerado mais seguro por ser revestido. Está localizado 
na parte frontal do posto, fabricado de chapas de aço carbonado na parte interna e 
fibra de vidro na parte externa, subdivididos em três partes para separar gasolina, 
álcool e diesel e capacidade máxima para 30 mil litros de combustível. 
Esse tanque conta com uma entrada chamada de boca de visita com flange 
reversa onde contém as conexões de sucção, respiro e medição de nível. O controle 
de vazamento é feito através de sistema de sensores instalados no tanque através 
de um tubo de monitoramento que se comunica com computadores localizados na 
administração. Desta forma, se ocorrer um vazamento de grandes proporções, as 
medidas de contenção necessárias para evitar um desastre ambiental serão 
tomadas mais rapidamente. 
O modelo do tanque de armazenamento é de grande importância para que 
um estabelecimento que atua na área de revenda de combustível obtenha sua 
licença ambiental, pois a qualquer vazamento pode acarretar em sérios danos 
ambientais como a contaminação do solo e de lençóis freáticos. 
Para melhor entendimento de como funciona um tanque de armazenamento 
“jaquetado”, a Figura 3 mostra um exemplo de como é a parte interna, e a Figura 4 
um exemplo de como é esse tipo de tanque na parte externa. 
 
FIGURA 3 – Parte interna FIGURA 4 – Parte externa 
Fonte: CONFAB Equipamentos (2002) 
 
A necessidade de o tanque ser revestido de fibra de vidro é para dificultar que 
haja vazamento, pois o primeiro revestimento de aço-carbono é mais suscetível à 
corrosão externa que pode prejudicar o bom funcionamento do equipamento, sendo 
http://www.tenaris.com/shared/documents/files/CB297.pdf
23 
 
o modelo chamado “jaquetado” o mais indicado para armazenagem de derivados de 
petróleo. 
Na atividade número 2 o posto conta com 10 bombas de combustível 
eletrônicas interligadas ao tanque de armazenamento e que são calibradas por valor 
ou por quantidade de litro, o que permite maior precisão no momento do 
abastecimento. Essas bombas contam com um sistema de sensores em seus bicos 
que são acionados quando há excesso de calor ou quando há contato com 
combustível para dessa forma conter o fluxo de combustível enviado ao tanque 
evitando vazamento que possam causar acidentes. Para auxiliar nesse processo os 
funcionários frentistas utilizam flanela próxima ao bico injetor para colher os pingos 
sobressalentes. 
As bombas estão divididas em dois locais, sendo seis delas no pátio frontal 
onde ocorre o abastecimento de veículos leves e quatro na área oposta onde está 
localizada a área de lavagem e abastecimento dos caminhões e veículos pesados. 
Na atividade 3 o posto opera com a lavagem de veículos pesados que 
transportam diversos tipos de carga. 
A lavagem ocorre em pátio coberto. Os caminhões ficam sob canaletas que 
recolhem toda água utilizada e envia à unidade de tratamento, onde passa por um 
processo de purificação através de tratamento químico especialmente formulado por 
profissional da área, que analisa semanalmente a água contaminada oriunda da 
lavagem dos veículos, para poder oferecer um tratamento adequado de acordo o ph. 
Essa ação permite que a água seja reutilizada mais uma vez no processo de 
lavagem, antes de passar novamente pelo o tratamento e ser descartada com 
excelente qualidade no ribeirão localizado em uma reserva nas proximidades do 
posto. 
A Figura 5 abaixo mostra o pátio de lavagem e manutenção de veículos 
pesados, no momento do atendimento a diferentes tipos de caminhão, cada um 
posicionado sobre as canaletas e protegidos pela cobertura metálica. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Figura 5 – Pátio de lavagem de caminhões 
Fonte: Pesquisa de campo (2015) 
 
O processo de lavagem também gera resíduos de classe I como os materiais 
impregnados de óleo que são armazenados primeiramente em tambores metálicos 
identificados e posteriormente alocados em caçamba para que seja recolhido por 
empresa especializada e licenciada. O lodo contaminado residual gerado após o 
tratamento da água, por ser altamente contaminante, é armazenado em caçamba 
coberta e recolhida trimestralmente por empresa especializada e licenciada que 
emite ao estabelecimento relatório da destinação desse resíduo. 
A atividade 4 ocorre de duas formas, na oficina de troca de óleo localizada na 
parte da frete do posto atendendo especialmente veículos leves para troca de óleo 
lubrificante e filtros de óleo. O veículo ao entrar na oficina é suspenso por uma 
plataforma mecânica de modo que facilite ao funcionário a retirada do óleo 
queimado e seu armazenamento em reservatório apropriado. Nessa área também 
são feitas as trocas de filtros de óleo e demais componentes que sejam necessários. 
Todo material que for contaminado por óleo nesse processo, é descartado, 
armazenado em caçamba e recolhido mensalmente por empresa especializada e 
licenciada fazer o descarte dentro das normas estabelecidas. 
Na troca de óleo de caminhões, o óleo queimado é recolhido através de um 
cano fixado dentro das canaletas que envia os resíduos diretamente para um tanque 
subterrâneo onde fica armazenado até ser vendido e recolhido por empresa 
25 
 
licenciada que faz o reaproveitamento do óleo através do refino emitindo ao posto 
certificado de destinação do resíduo, os materiais utilizados nesse processo que 
foram contaminados por óleo também serão recolhidos por empresas licenciadas. 
A Figura 6 abaixo se destina a demonstrar de forma mais prática as 
atividades acima citadas, os materiais utilizados, os resíduos gerados e a destinação 
dos recursos utilizados. 
 
Figura 6: Fluxograma dos serviços, materiais usados e destinação. 
Fonte: Pesquisa de campo (2015). 
 
Na parte do escritório onde fica a administração e o faturamento do posto são 
produzidos basicamente papéis e lixo orgânico. A empresa tem a política de utilizar 
os dois lados da folha sempre que possível e fazer a separação seletiva dos 
resíduos produzidos. 
A loja de conveniência comercializa salgados, bebidas, sorvetes, cigarros, 
revistas, doces diversos eoutros, porém, não produz nenhum deles, portanto os 
resíduos gerados são basicamente papeis utilizados na manipulação dos alimentos 
e resíduos orgânicos. Os papéis tanto do escritório quanto da loja de conveniência 
são entregues as cooperativas da cidade, o lixo orgânico é armazenados em sacos 
plásticos e posteriormente levado ao aterro sanitário. 
Os sacos e embalagens plásticas, os vasilhames de vidro e as lâmpadas são 
recolhidos pelos próprios fornecedores por meio da logística reversa. 
26 
 
A Quadro 1 abaixo representa os dados obtidos na pesquisa de campo 
realizada em outubro de 2015. 
Quadro 1 – Quantificação dos resíduos gerados pelo posto 
Resíduos 
 
Origem dos 
resíduos 
 
Códig
o 
confor
me 
NBR 
10.004 
 
Estad
o 
físico 
 
Quantida
de 
mensal 
 
Frequênc
ia 
de coleta 
 
Acondiciona
mento 
 
Destino final 
 
Lixo 
comum 
 
Escritório, 
loja de 
conveniência
, banheiros, 
área de 
abasteciment
o 
 
II - A 
 
Sólido 
 
5802,70 
kg 
 
Semanal 
 
Contêiner 
 
Aterro 
Sanitário 
 
Plástico 
 
Loja de 
conveniência
, área de 
abasteciment
o 
 
II - A 
 
Sólido 
 
_ 
 
Semanal 
 
_ 
 
Fornecedore
s levam 
 
Papel 
 
Loja de 
conveniência
, Escritório 
 
II - A 
 
Sólido 300 kg Mensal Contêiner Reciclagem 
Informal 
Vidro 
 
Loja de 
Conveniênci
a 
II - B Sólido 60 kg Mensal Contêiner Logística 
reversa 
Óleo 
usado 
 
Troca de 
óleo 
I Líquid
o 
2000 l Mensal 
Caixa 
coletora 
Venda 
empresa 
licenciada 
Materiais 
impregnad
os de óleo 
 
 Área de 
abasteciment
o, troca de 
óleo 
I Sólido 1340 kg Mensal Contêiner Empresa 
Terceirizada 
Licenciada 
Lodo 
 
Lavagem e 
resíduos de 
combustível 
I Semi -
Sólido 
570 kg Trimestral Contêiner Empresa 
Terceirizada 
Licenciada 
Fonte: Pesquisa de campo (2015). 
 
 Como pode ser observado na tabela acima, todas as atividades, materiais e 
resíduos observados na área de estudo foram catalogados e classificados de acordo 
com as normas estabelecidas bem como a sua destinação final. 
A Figura 7 facilita a visualização das quantidades dos resíduos gerados 
mensalmente no autoposto. 
 
27 
 
 
Figura 7 – Volume mensal de resíduos gerados 
Fonte: Pesquisa de campo (2015) 
 
As quantidades coletadas de material residual foram obtidas por meio de 
relatórios mensais emitidos pela empresa licenciada que presta serviço para o 
autoposto. Essa empresa além de fazer a coleta dá a destinação correta para cada 
resíduo. Enquanto esses resíduos estão em posse do estabelecimento são mantidos 
em lugares adequados e armazenados de forma correta para que não haja perigo de 
contaminação da propriedade. 
Desta forma, mesmo com a falta de fiscalização por parte da Prefeitura, bem 
como do órgão ambiental apontada pelo gerente, a empresa junto com sua 
Engenheira Ambiental mantém o plano de gerenciamento de resíduos sólidos em 
pleno funcionamento, com todos os certificados e relatórios necessários para 
comprovar sua manutenção de acordo com a lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTIDADE MENSAL 
LIXO COMUM
PLÁSTICO
PAPEL
VIDRO
ÓLEO USADO
MATERIAIS
IMPREGNADOS DE ÓLEO
LODO
57,6% 
3% 
0,6% 
19,85% 
13,3% 
5,65% 
28 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A crescente preocupação da sociedade nos ultimos anos com o meio 
ambiente está fazendo com que as questões ambientais sejam vistas com mais 
atenção por parte das organizações e rigor pelas autoridades. Apesar dessa 
consciência a produção de diversos tipos resíduos está crescendo de maneira 
exponencial, sendo descartado de maneira inadequada e se acumulando no 
ambiente de maneira perigosa. 
Pensando nisso este trabalho buscou conhecer como um autoposto de 
combustível trata os resíduos que são gerados nas suas atividades diarías. No 
estabelecimento alvo do estudo pode se observar que apesar da demora, dificuldade 
e alto custo, a empresa conseguiu desenvolver um plano de gerenciamento de 
resíduos sólidos bastante satisfatórios. Com o auxilio de uma engenheira ambiental 
o posto adotou medidas para que nenhum resíduo ou material contaminado seja 
descartado em lugares improprios. O lixo comum que tem o maior volume é coletado 
separadamente daqueles contaminado com óleo sendo depositado por empresa 
terceirizada no aterro sanitário municipal. Já os resíduos contaminados têm o seu 
destino defino de acordo com a sua periculosidade, todo o descarte é feito pela 
mesma empresa terceirizada devidamente licenciada para a atividade nos ógãos 
competentes. 
A empresa não somente faz o gerenciamento do resíduo sólido, há também 
uma estação de tratamento de água que permite que a água utilizada nas atividades 
diárias do posto seja tratada e reutilizada por mais uma vez antes de voltar para o 
tratamento e ser descartada com alto grau de pureza em um corrego proximo a 
empresa, essa ação permite redução nos custos dos serviços e impede que a água 
contaminda de óleo, agrotoxicos e demais contaminantes oriundos das cargas dos 
caminhoes contaminem o solo e as mananciais próximas. A estação de tratamento 
também permite separação do lodo contaminado proveniente das lavagens dos 
caminhões, resíduo muito perigoso que não pode ser descatado de qualquer 
maneira fica armazenado em container até ser coletado pela empresa terceirizada. 
Pela documentação apresentada e pelo observado na visita à empresa, não 
foi encontrado nada que desabone o PGRS desenvolvido na mesma. As empresas 
terceirizadas que prestam serviços de coleta e destinção são legalizadas e 
licenciadas, eximindo, portanto, a empresa contratante de qualquer procedimento 
29 
 
ilegal que esta empresa possa vir a executar no momento do descarte dos resíduos 
gerados pela contratante. 
Mesmo sendo um exemplo a empresa não trabalha sob o marketing 
ambiental para ganhar vantagem competitiva, pois acredita, segundo o gerente, que 
não exista posto de combustível ecológicamente correto já que o tanque de 
armazenamento por mais moderno e controlado que seja não consegue evitar que 
possíveis pequenos vazamentos passem despercebidos pelo sistema de controle. 
Outra crítica fica por parte das autoridades que deixam a desejar na 
fiscalização, mesmo sendo a legislação ambiental brasileira uma das mais 
completas do mundo. Ainda, segundo o gerente a empresa tem o PGRS porque 
acredita estar contribuindo para a manutenção do meio ambiente já que nunca foi 
cobrada legalmete para desenvolver o mesmo. 
Apesar da importância do gerenciamento de resíduos para o meio ambiente e 
para a sociedade, e o grande número de postos de combustíveis existentes na 
cidade de Maringá - PR é difícil encontrar algum que tenha um PGRS tão 
abrangemte quanto o pesquisado, principalmente quando estão localizados na área 
urbana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ABRELPE, Org. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2013. Disponível em: 
<http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2013.pdf>. Acesso em: 15 maio., 
2015. 
 
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região do sudeste do Brasil, 2003. Disponível em : 
<http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/15325/8624> 
Acesso em: 23 abril., 2015. 
 
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