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dffffffffffffffffffffÇL,.LL.L.,,,,,,,..............,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CAMILA SOARES OVANDO DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE MARINGÁ - PR MARINGÁ 2015 CAMILA SOARES OVANDO DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE MARINGÁ - PR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à FAMMA– Faculdade Metropolitana de Maringá, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração Geral. Orientador (a): Profª: Me RENATA CRISTINA DE SOUZA MARINGÁ 2015 FAMMA – Faculdade Metropolitana de Maringá CAMILA SOARES OVANDO DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE MARINGÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Famma – Faculdade Metropolitana de Maringá, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Administração Geral. Orientador (a): Profª: Me: RENATA CRISTINA DE SOUZA BANCA EXAMINADORA _____________________________________ Professor Orientador: Dr. X - FAMMA _____________________________________ Professor: Dr. Y - FAMMA ___________________________________ Professor: Me. Z - FAMMA Data de Aprovação:_____ de ________ de 2015. Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que de alguma forma contribuíram para a realização desse trabalho. AGRADECIMENTOS Primeiramente acima de tudo deixo meus agradecimentos a Deus por proporcionar a chance de cursar o ensino superior. A minha família, em especial, meu pai e minha mãe pelo apoio e carinho incondicional nesses anos em que estive longe. Aos meus amigos e colegas que me proporcionaram momentos alegres nesses longos quatro anos de estudo. A minha orientadora, pela paciência dedicada ao trabalho e a transmissão de conhecimento. Ao gerente do auto posto alvo da pesquisa por permitir que este trabalho fosse realizado em sua empresa e pelo entusiasmo em fornecer todas as informações necessárias. Algum dia, quando tivermos dominado os ventos, as ondas, as marés e a gravidade, utilizaremos as energias do amor. Então, pela primeira vez na humanidade, o homem descobrirá o fogo. Teilhard de Chardin OVANDO, Camila Soares. DIAGNÓSTICO DE PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL NA CIDADE DE MARINGÁ. 39 f. Graduação – FAMMA. Orientador: Renata Cristina de Souza. Maringá, 2015. RESUMO O desenvolvimento social e econômico da humanidade teve um alto custo para o meio ambiente que vem sofrendo com o acúmulo de resíduos diversos que em sua maioria são resultados dos processos industriais e de prestação de serviço. Nesse contexto cabe às empresas geradoras darem a correta destinação a seus resíduos para que suas atividades deixem o mínimo de impacto na natureza. Esse trabalho tem como objetivo realizar um diagnóstico sobre um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos em um posto de combustível da cidade de Maringá – PR, para tanto irá identificar os tipos de resíduos gerados, a destinação final que a empresa emprega e a estrutura física do posto para fazer um comparativo entre o que está sendo realizado e o que pede a legislação vigente. Desta forma se buscará conhecer como funciona um PGRS para postos de combustíveis baseado nas normas vigentes. Palavras-chave: Posto de Combustível, resíduos sólidos, meio ambiente. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 3 2 OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 4 2.1 OBJETIVO............................................................................................................. 4 3 O DESENVOLVIMENTO E O MEIO AMBIENTE......................................................... 5 4 A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS....................................................... 8 4.1 DEFINIÇÕES DOS RESÍDUOS SÓLIDOS........................................................... 10 5 POSTOS DE COMBUSTIVEIS E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS...................... 13 5.1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................... 16 6 METODOLOGIA.......................................................................................................... 18 6.1 QUANTO AO TIPO................................................................................................ 18 6.2 QUANTO A TECNICA.................................................................................... 18 7 RESULTADO E DISCUSSÃO...................................................................................... 20 7.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO....................................................... 20 7.2 ATIVIDADE DESENVOLVIDAS E GESTÃO DE RESÍDUOS........................ 21 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 30 3 1 INTRODUÇÃO Embora tenha trazido um desenvolvimento econômico sem precedentes na história, a Revolução Industrial deixou um legado bastante negativo para as futuras gerações. Melo (2011) afirma que nos séculos passados o meio ambiente era visto como mecânico, infinito e representava o principal obstáculo para o desenvolvimento de uma sociedade. Os recursos naturais foram utilizados de forma inconsequente pelas indústrias, causando danos irreversíveis no meio ou de difícil recuperação que hoje afetam nosso dia a dia de maneira muito expressiva. Essa tomada coletiva de consciência ambiental está requerendo por parte de empresas e governo um novo posicionamento em face de tais questões. Nesse contexto, segundo Machado (2006) em termos políticos a Conferência de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano realizada em 1972 bem como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento realizada em 1992, fizeram com que a questão ambiental ingressasse definitivamente na agenda política dos atores relevantes da cena internacional. No que se referem aos consumidores, as empresas fornecedoras de bens e/ou serviços também tiveram que se adaptar a este novo cenário visto que o chamado consumidor ecologicamente correto está optando por empresas que tenham o mesmo tipo de pensamento, portanto se tornando fator determinante da concorrência. No caso dos postos de combustíveis que apresentam grande potencial de agressão ao meio ambiente ao armazenar combustíveis perigosos e produzir outros tipos de resíduos sólidos é necessário que se faça a implantação de um sistema de gerenciamento de resíduos para que os mesmos não tenham uma destinação final incorreta e acabe trazendo prejuízos à natureza, sociedade e empresa. Nesse contexto este trabalho pretende fazer um diagnóstico sobre um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos em um posto de combustível. Para tanto foi desenvolvida uma pesquisa de campo em um posto de combustível da cidade de Maringá – PR; no qual por meio de visita in loco foram levantados dados sobre as quantidades de resíduos gerados em cada setor –4 escritório, na troca de óleo, loja de conveniência, banheiros, área de abastecimento e lavagem de veículos e formas empregadas de manuseio, coleta, transporte e destinação final. Os resíduos comuns e resíduos de materiais impregnados de óleo foram quantificados e classificados de acordo com o código da NBR 10.004 (ABNT,2004). 2 OBJETIVO GERAL: Analisar o gerenciamento de resíduos sólidos provenientes de um posto de gasolina na cidade de Maringá – PR. 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Conhecer a problemática dos resíduos sólidos; - Realizar um diagnóstico a partir de visita in loco no posto de gasolina; - Verificar se há o cumprimento da legislação ambiental vigente. 5 3 O DESENVOLVIMENTO E O MEIO AMBIENTE O desenvolvimento social da humanidade trouxe grandes mudanças ao meio ambiente. Na medida em que novas tecnologias se desenvolviam, alimentada por uma crescente população consumista, o ambiente natural foi sofrendo drásticas transformações que hoje estão impactando o ecossistema de todo o planeta. Segundo Barbieri (2007, p. 7) “os problemas ambientais provocados pelos humanos decorrem do uso do meio ambiente para obter os recursos necessários para produzir os bens e serviços que estes necessitam e dos despejos de materiais e energia não aproveitados no meio ambiente”. A intervenção humana na natureza e a utilização indiscriminada dos recursos renováveis e não renováveis nos meios de produção além do consumo exagerado estão causando um colapso no planeta (BARBIERI 2007, p. 9). Essa relação negativa entre desenvolvimento e natureza se deu a partir da Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra no começo do século XVIII e rapidamente se espalhou por outros recantos do planeta. De acordo com Telles e Garcia (2004) houve neste século uma intensificação de invenções, especialmente as máquinas a vapor ao qual foi possível estimular o progresso produtivo com a criação de estabelecimentos comerciais e a produção em série gerando assim facilidade de geração de lucros e expansão do capitalismo. Para Melo (2011) a evolução da ciência e da tecnologia no século XX tornou as técnicas de produção muito mais avançadas fazendo com que as indústrias se multiplicassem e fossem cada vez mais ocupando território físico e comprometendo o meio ambiente. Porém toda essa industrialização ocorreu de forma muita acelerada e sem nenhum planejamento o que acabou criando uma série de problemas, tais como aponta Dias (2010, p. 6) “a alta concentração populacional; consumo excessivo dos recursos naturais, a contaminação do solo e ar e o desmatamento”. Segundo Nobre (2011) a urbanização descontrolada foi um dos piores reflexos desse período. O número crescente de indústrias exigia uma grande quantidade de mão de obra e esse fator impulsionou a migração da população rural para as cidades que cresciam desordenadamente, sem conseguir acompanhar a chegada maciça de pessoas que viviam em cidades cobertas por fumaça em 6 condições insalubres e sem os serviços públicos básicos como água encanada e esgoto. Os resíduos gerados por essas cidades fez surgir os primeiros sinais de que a industrialização seria a grande vilã do meio ambiente. A contaminação do ar e das águas causada pela fumaça proveniente das fabricas e os dejetos descartados de modo inadequado provocaram surtos de doenças respiratórias e intestinais além de inúmeras epidemias de cólera, febre tifoide, peste negra sendo, portanto a maior causa de morte no século XIX.(Dias, 2010). A partir desse período, segundo Barbieri (2007) as intensidades dos problemas ambientais aumentaram, pois houve maiores emissões ácidas, de gases de efeito estufa e de substâncias toxicas resultantes das atividades industriais em todo o mundo. Ao longo do século XX os acidentes industriais ganharam as páginas dos jornais e a atenção pública para esse grave problema que trouxeram não só danos para o bioma, mas para toda sociedade humana onde as empresas estavam inseridas. No quadro 01, a seguir podemos ver alguns dos mais famosos acidentes industriais ocorridos na Europa e Ásia. QUADRO 1 - Acidentes industriais euroasiático ANO DESCRIÇÃO 1956 Contaminação na baía de Minamata, Japão registra casos de disfunção neurológica em humanos, gatos e aves, muitos morreram devido a contaminação da água por mercúrio. 1966 Em Feyzin, França, um vazamento de GLP causa morte de 18 pessoas e deixa 56 intoxicadas. 1976 Em Seves, Itália, a fábrica Hoffmann - lá Roche liberou densa nuvem de um desfolhante conhecido como agente laranja, que, entre outras substancias, continha dioxina, altamente venenoso. Em torno de 733 famílias foram retiradas da região 1978 Na cidade de San Carlos, Espanha, caminhão tanque carregado de propano explode causando 216 mortes e deixando mais de 200 feridos. 1984 Um vazamento de 25 toneladas de isocionato de metila, ocorrido em Bhopal, Índia, causou a morte de 3.000 pessoas e a intoxicação de mais de 200.000. O acidente foi causado pelo vazamento de gás da fábrica da Union Carbide. 1986 Um acidente na usina em Chernobyl, na antiga URSS, causado pelo desligamento do sistema de refrigeração com o reator ainda em funcionamento, provocou um incêndio que durou uma semana, lançando na atmosfera um volume de radiação cerca de 30 vezes maior que o da bomba atômica de Hiroshima. A radiação espalhou-se atingindo vários países europeus e até mesmo o Japão. Fonte: Bogo (1998) e Cetesb (apud DIAS, 2003). 7 O quadro 01 demonstra acidentes de grandes proporções que tomaram as páginas dos jornais e viraram notícias em todo o mundo chamando a atenção para a necessidade de leis mais rígidas que estabelecessem critérios de segurança, tanto para o meio ambiente quanto para os trabalhadores e moradores das regiões circunvizinhas a complexos industriais. Esses acidentes também tiveram uma contribuição nos grandes eventos em prol do meio ambiente que ocorreram entre as décadas de 60 e 80. De acordo com Costa; Damasceno e Santos (2012) a necessidade da criação de entidades e conferências internacionais voltadas ao meio ambiente partiu da ralação negativa do homem com a natureza e da ideia que muitos países têm de se desenvolverem a qualquer custo. Para desenvolver um consenso sobre como o homem deve se portar perante o meio ambiente, a Organização das Nações Unidas (ONU) organizou em Estocolmo a primeira conferência mundial sobre o ambiente humano, no qual a partir dali foram estabelecidas diversas normas que serviriam para referenciar as ações ambientais, servir de alerta ao mundo sobre os diversos problemas ambientais e dar início a outras importantes convenções internacionais como Kyoto e Rio 92. Porém, não somente as indústrias são apontadas como principal vilã do meio ambiente, conforme afirma Barbieri (2007) o uso indiscriminado de inseticidas, fertilizantes, herbicidas e outros produtos industrializados fez da agricultura uma atividade intensa em degradação ambiental. Segundo Melo (2011) o uso de inseticidas e outros produtos químicos utilizados na pulverização das lavouras, foi posto em xeque após a publicação do Livro Primavera Silenciosa, escrito pela bióloga americana Rachel Carson e lançado nos Estados Unidos em 1962, onde a autora alerta a sociedade sobre os riscos e as graves consequências decorrentes do uso desordenado de pesticidas e inseticidas nas lavouras, uso este que trouxe enormes e irreparáveis danos ao meio ambiente e á sociedade americana. Além disso, Almeida (2003) aponta a pecuária, silvicultura e as indústrias extrativas de mineral e vegetal como impactantes diretas do meio ambiente. Assim, esses materiais passam por vários processos de transformação para converterem-se em novas matérias primas para as indústrias ou em produtos finais para o consumo da sociedade que acabampor gerar, principalmente, nos grandes centros urbanos a chamada poluição industrial, que aparece em forma de lixo, gás carbônico, esgoto e resíduos descartados de forma irregular. 8 4 A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS O lixo sinônimo de resíduo sólido, representado por materiais produzido pelo homem desde os primórdios dos tempos. Os primeiros homens eram nômades e moravam em cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e formavam uma população minoritária sobre a terra. Quando a comida começava a ficar escassa, eles se mudavam para outra região e os seus "lixos", deixados sobre o meio ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo (GERESOL, 1999, s/p). Na medida em que foram se tornando civilizados, o homem passou a se fixar em um local, desenvolver novos hábitos de moradia e de cultivo e a produzir maior quantidade de lixo (MESSIAS, 2011, p.16). Com o surgimento dos grandes centros urbanos os problemas advindos do lixo começaram a se tornar evidentes. O acúmulo de lixo sem nenhum tipo de tratamento nas ruas das cidades contribuiu para a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças como a peste negra que assolou grande parte da Europa na Idade Média (VELLOSO, 2007, p.1954). Com o processo de industrialização iniciado na Inglaterra no final do século XVIII, o acúmulo de lixo passou a causar malefícios não somente à saúde do homem, mas também à saúde do meio ambiente. A instalação de fábricas e indústrias mecanizadas fez com que surgisse grande necessidade de mão de obra, motivando uma massiva migração de pessoas do campo para centros urbanos causando a aceleração do processo de urbanização (NOBRE, 2011, S/P). Para Lima (2012) é notável que o fenômeno da urbanização realizou-se a partir da Revolução Industrial, visto que foi um marco mundial no século XIX, fazendo desse fenômeno um objetivo social que exprimiu poder e reconhecimento. Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação á população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento urbana é superior ao crescimento da população rural (MIRANDA, S/P.2006). Entretanto, a Revolução Industrial não trouxe somente progresso, como aponta Miranda (2006), o crescimento desordenado das cidades e a falta de 9 planejamento ocasionaram sérios problemas sociais e ambientais, tais como, desemprego, criminalidade, favelização e a poluição do ar e da água. Outro problema de grandes proporções provenientes das indústrias foi a intensa geração de resíduos sólidos, resultado dos processos produtivos e alto consumo de produtos industrializados. O consumo deve ser considerado um dos grandes causadores da degradação ambiental quando não controlada, ou seja, realizada além dos limites da necessidade. Pode comprometer seriamente a sustentabilidade, na medida em que se tornem excessivo e desnecessário, determinando a extração de mais recursos para atender a demanda (MARQUES; 2005 apud PEREIRA, 2011 P.62). Para Pereira (2011) a produção exacerbada de lixo gera problemas de ordem social como, acúmulo em vias públicas, má destinação, surgimento de uma população catadora, dentre outros, e de ordem ambiental, tais como, poluição visual, proliferação de micro e macro vetores, poluição do solo, ar e lençóis freáticos. Além do acúmulo do lixo urbano, os provenientes das indústrias estão entre os que oferecem grandes riscos à natureza por conterem quantidades significantes de substâncias químicas nocivas ao meio ambiente. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em produtos domésticos. Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir níveis perigosos para a saúde. Ademais, o crescimento nos últimos anos da indústria de tecnologia trouxe mais um motivo para os resíduos estarem em discussão. Segundo dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a cada ano a indústria de eletrônico gera cerca de 41milhões de toneladas de lixo eletrônico, derivados de computadores e smartphones. Desse total 90% é comercializado ilegalmente ou descartado em lixo comum e segundo estimativa do programa é previsto um aumento para 51 milhões de toneladas/ano até 2017; fato que traz preocupação ao órgão, já que parte do montante de resíduos não pode ser reciclado e contém agentes contaminantes que representam perigo ao meio ambiente. Mediante ao exposto fica evidente que os resíduos sólidos representam um sério problema do mundo moderno, que está exigindo das autoridades e de todos os cidadãos uma nova abordagem diante do problema. 10 4.1 DEFINIÇÕES DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Segundo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 10.04.2004 resíduos sólidos podem ser definidos como: Resíduos nos estados sólidos e semi-ssólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. Para Machado (2007 apud Lima, 2015, s/p) resíduo sólido significa lixo, refugo e outros materiais sólidos provenientes das indústrias, agricultura e das atividades da comunidade. Ainda segundo o MMA os resíduos sólidos podem ser classificados conforme sua origem sendo: • domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. É muito diversificado, mas contêm principalmente restos de alimentos, produtos deteriorados, embalagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis etc.. • comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc.. • público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das feiras livres e outros. • de serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou odontológicas, laboratórios, farmácias etc.. É potencialmente perigoso, pois pode conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas etc.. • industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo varia de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos; 11 • agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação de animais etc.. • entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações etc... Ainda segundo o órgão, essa classificação é utilizada para calcular a geração de lixo que pode variar conforme o porte populacional dos municípios e o volume de consumo. De acordo com Lima (2012) o consumismo e a geração de resíduos estão diretamente ligados, pois quanto mais a sociedade consome, mais lixo ela irá produzir, sendo o acúmulo de resíduos um efeito negativo da urbanização que afeta gradativamente o meio ambiente. Para Bidone apud Fadini e Fadini (2001) no passado a produção de lixo per capita se resumia a alguns quilos habitante/ano, após a Revolução Industrial esse índice passou a 700 quilos habitante/ano em países altamente industrializados comoos Estados Unidos. No Brasil esse índice chega a 180 quilos habitante/ano. Ainda segundo os autores essa diferença exorbitante ocorre porque o modo como as pessoas consomem se modificou muito ao longo dos anos e também ao fato de que a geração de resíduos está diretamente ligada ao índice de industrialização de cada país. De acordo com dados gerados pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em seu relatório anual denominado Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013 demonstram: A geração total de Resíduos Sólido Urbano (RSU) no Brasil em 2013 foi de 76.387.200 toneladas, o que representa um aumento de 4,1%, índice que é superior á taxa de crescimento populacional no país no período que foi de 3,7% (ABRELPE, 2013, P 28). Os dados analisados no relatório da ABRELPE (2013) apontam para um crescimento exorbitante na produção de resíduos gerados pelo homem e muitas vezes os municípios não estão preparados para lidar com tamanho acúmulo, de acordo com o relatório, no ano de 2013 53% do lixo gerado seguiu para aterro sanitário, enquanto que os outros 41,7% que corresponde a 79 mil toneladas diários de resíduos são descartados de forma irregular. 12 Nesse contexto o lixo gerado pela população e indústrias acaba tendo como destino final o descarte inadequado, provocando enormes danos ao meio ambiente. O acúmulo de resíduos depositados de forma indiscriminada na natureza tem sido objeto de debate político e social, não somente pela agressão ao meio ambiente, como também pela questão sanitária ao colocar em risco a saúde pública. Conforme aponta Jacobi e Ebsen (2011) a gestão e a disposição inadequada dos resíduos sólidos provocam grave impacto socioambiental, visto que podem causar degradação do solo, contaminação das águas, intensificação de enchentes, poluição do ar e a disseminação de insetos e todo tipo de vetores prejudiciais à saúde humana. O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante. Considerando apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é uma ação generalizada das administrações públicas locais ao longo dos anos e apenas afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais absolutamente inadequados, como encostas florestadas, manguezais, rios, baías e vales. Mais de 80% dos municípios vazam seus resíduos em locais a céu aberto, em cursos d'água ou em áreas ambientalmente protegidas, a maioria com a presença de catadores – entre eles crianças –, denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo acarreta (MONTEIRO et al, p. 3, 2001). Perante a situação atual de degradação ambiental que se observa no cenário mundial, está sendo cada vez mais necessário que empresas, sociedade e governo se mobilizem em defesa do meio ambiente. 13 5 POSTOS DE COMBUSTIVEIS E GERENCIAMETO DE SEUS RESÍDUOS Além dos resíduos urbanos, o lixo proveniente de atividades comerciais também geram riscos se forem descartados de forma inadequada, conforme afirma Monteiro et al (2001) os resíduos industriais são temas menos discutidos pela sociedade, porém constituem um problema ainda maior que traz e continuará trazendo sérios problemas ao meio ambiente e à saúde da população. Qualquer atividade seja ela comercial ou industrial é passível de geração de resíduos. Entre muitas atividades poluidoras o ramo de postos de combustíveis é potencialmente perigoso para o meio ambiente, como Lorenzetti et al (2010) afirma ao dizer que as atividades desenvolvidas nos postos estão diretamente ligadas ao meio ambiente através do contato com os compartimentos solo, água e ar; contato que é evidenciado na liberação de gases, derramamento de combustível no solo e na água e a má disposição dos resíduos, causando impactos ambientais tais como, contaminação do ar, das águas superficiais e subterrâneas e do solo. Segundo a resolução Nº 273 de 29 de novembro de 2000, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) posto revendedor de combustível é a instalação onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores. Para Batista (2013) devido ao desenvolvimento econômico ocorrido nas ultimas décadas, houve uma diversificação e significativo aumento no volume de resíduos produzidos pelos postos de combustíveis, o que justificaria a regulamentação dessa atividade pela Resolução CONAMA nº 273, de 29 de novembro de 2000, a qual dispõe sobre prevenção e controle da poluição em postos de combustíveis e serviços e regulamenta a destinação dos resíduos gerados. Segundo Lima e Cabral (2010) normalmente um posto de combustível oferece serviços de comércio de combustíveis e lubrificantes automotores, loja de conveniência e troca de filtro e óleo de veículos. Tais serviços geram resíduos comuns como restos de comida, papel higiênico, lixo proveniente de varrição, e os resíduos perigosos provenientes de atividades como, troca de óleo e lavagem que devem ter destinação correta, uma vez que são nocivos ao meio ambiente. 14 A figura 1 abaixo apresenta um esquema detalhado sobre as atividades normalmente realizadas em postos e combustíveis e os diversos tipos de resíduos que resultam dessas atividades. .Figura 1: Identificação dos resíduos gerados em postos de combustiveis. Fonte: COSTA, Giovane Aparecido; FERREIRA, Osmar Mendes (2008). Esses resíduos podem ser classificados de acordo com a norma da NBR 10.004 (ABNT, 2004) sendo como: Resíduos classe I – Perigosos: São aqueles que apresentam periculosidade, conforme definições norma ABNT NBR 10004. São resíduos que apresentam características como: Corrosividade, Reatividade, Inflamabilidade, Toxicidade, e Patogenicidade. 15 Resíduos classe II – Não perigosos: resíduos classe II A – Não inertes: são aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduo classe I – perigosos ou de resíduo classe II - B – inertes, conforme definição norma ABNT NBR 10004. Os resíduos classe II A - não inertes podem ter propriedades, tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Oriundos dos serviços de limpeza de áreas que não estejam contaminados por resíduos de processo industrial. Resíduos classe II B – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa e submetida a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou desionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, conforme definições norma ABNT NBR 10004, executando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Como exemplo destes materiais, podem-se citar rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente. O descarte inadequado desses resíduos constitui um problema de grandes proporções, visto que os aterros sanitários não podem receber esse tipo de resíduo, pois haveria a contaminação imediata do solo. A alternativa para solucionar esse problema seria a incineração ou a reciclagem, porém esse caminho não é viável a todos os postos devido aos altos custos e a falta de empresas especializadas no país (Guidoni 2005 apud Costa e Ferreira 2008, p. 5). 16 5.1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Para que esses resíduos sobressalentes tenham uma destinação correta é necessário que os postos de combustíveis adotem um sistema de gerenciamento de resíduos visando o bom acondicionamento, armazenamento e a adequação à lei nacional vigente. De acordo com Costa e Ferreira (2008) o gerenciamento dos resíduos sólidos constituiaspecto ambiental fundamental dentro do organograma estrutural das atividades produtivas, comerciais e de prestação de serviço que pode agregar valor à imagem do estabelecimento diante da sociedade. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é o instrumento que busca minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a segregação na origem, reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e destinação final em conformidade com a legislação vigente (BATISTA, 2013, p.54). Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei nº 12.305/10, gerenciamento de resíduos pode ser conceituado como: Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano e gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei (nº BRASIL, 2010). De acordo com o estabelecido no Art. 20 da Lei Federal nº 12.305/2010 os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos estão sujeitos à obrigatoriedade do plano de gerenciamento de resíduos sólidos que deverá ocorrer conforme o Art. 21 da referida lei da seguinte forma: a) cadastramento do empreendimento/empreendedor; b) cadastramento dos representantes legais; c) cadastramento dos setores/obras; d) cadastramento das empresas responsáveis pela coleta, transportes, destinação e disposição final ambientalmente adequada aos resíduos; e) cadastramento dos resíduos gerados por setores/obras; f) apresentação dos relatórios de movimentação dos resíduos. 17 No que se refere ao município de Maringá – PR os planos de gerenciamento devem ser postados em formulários específicos disponíveis no site da Prefeitura, sendo que as informações prestadas serão de total responsabilidade dos representantes legais das empresas ou procuradores habilitados conforme informa Decreto Municipal nº 2000/2011. A partir dessa visão é cada vez mais necessário que os proprietários de postos se adequem à legislação vigente em seus estados, no Paraná, por exemplo, a Lei 12493 - 22 de Janeiro de 1999 estabelecem os princípios, normas e critérios referentes ao acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos, visando minimizar os impactos causados ao meio ambiente. A referida Lei também contempla as punições administrativas aplicadas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em caso de descumprimento do disposto na presente Lei, tais como: a) I - multa simples ou diária, correspondente no mínimo a R$ 500,00 e no máximo a R$ 50.000,00, agravada no caso de reincidência específica; b) II - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público; c) III - perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimento oficial de crédito; d) IV - suspensão da atividade; e) V - embargo de obras; f) VI - cassação de licença ambiental. Portanto, devido ao exposto, o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos se bem aplicado, se mostra uma importante ferramenta na prevenção, controle e destinação dos resíduos, garantindo que a empresa esteja de acordo com a legislação, devidamente licenciada e obtenha resultados satisfatórios na preservação do meio ambiente onde está instalada. 18 6 METODOLOGIA 6.1 QUANTO AO TIPO Embora seja uma atividade comercial extremamente comum nas maiorias das cidades e com grande potencial poluidor pouco se sabe como é feito o descarte dos materiais impregnados de óleo que são tão prejudiciais ao meio ambiente, tais as dificuldades e custos de implantação do plano de gerenciamento de resíduo e o valor que isso agrega a empresa e a sociedade. Para adquirir esse conhecimento as pesquisas são de suma importância, como afirma Barros e Lehfeld (2007) que por meio da pesquisa é possível ao pesquisador descobrir algo que para ele será totalmente novo, obter dados e conhecimento que antes era ignorado muito embora já seja de conhecimentos de outras pessoas, sendo possível também através da pesquisa chegar a uma maior precisão teórica sobre fenômenos ou problemas que se quer conhecer ou resolver. Portanto, para a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa quali - quantitativa que buscou conhecer como funciona um plano de gerenciamento de resíduos sólidos para um posto de combustível. A pesquisa qualitativa é apropiada ao objetivo do trabalho, pois segundo Marconi e Lakatos (2011a) é a mais aberta e flexivél no objetivo de obter respostas para o problema a ser investigado através de questionários e entrevistas. Já a quatitativa recorre à linguagem matematica na busca de explicar as causas de um fenômeno, a utilização dos dois tipos de pesquisas conjuntas permite maior coleta de informações acerca do problema pesquisado. 6.2 QUANTO A TECNICA Foi realizada uma pesquisa de campo com o intuito de conhecer as instalações do posto de gasolina situado na cidade de Maringá e o plano de 19 gerenciamento de resíduos que o autoposto promove para minimizar os impactos causados pelas suas atividades. Por meio de conversa com o gerente do autoposto os resíduos produzidos serão identificados, fotografados, quantificados e classificados. Os dados serão analisados e a partir de um levantamento bibliográfico será possível compreender como se dá um plano de gerenciamento de resíduo para este tipo de estabelecimento comercial. A pesquisa de campo segundo Marconi e Lakatos (2011b) é utilizada para se obter informações e conhecimentos referentes ao problema a ser solucionado, ou a hipótese que se deseja comprovar e também possibilita a descoberta de novos fenômenos, sendo bastante condizente para os objetivos deste estudo. Diante do exposto, para realização deste trabalho, foi feita uma visita in loco em um posto de combustível localizado na cidade de Maringá. Essa visita teve como intuito verificar a real situação dos resíduos sólidos gerados pela empresa, além disso, foi feita uma entrevista com o diretor da empresa para verificar a aplicabilidade do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) que a empresa tem. 20 7 RESULTADOS E DISCUSSÕES 7.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO O empreendimento pesquisado está há 15 anos no mercado, situado em ponto estratégico da cidade de Maringá próximo ao contorno norte e a uma importante rodovia de acesso aos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Tem uma área total de e 60 funcionários prestando serviços de armazenamento e abastecimento de combustível, troca de óleo, lavagem de caminhões, estacionamento, loja de conveniência 24 horas, e escritório administrativo. Por estar anexo a um grupo de transportadoras e pela diversidade de serviços o autoposto é referência para caminhoneiros que estão iniciando sua viagem ou passando pela cidade e precisa pernoitar, abastecer, fazer manutenção ou efetuar troca de carta frete, bem como para viajantes que necessitam parar para descanso e alimentação. Em visita ao estabelecimento o gerente nos apresentou toda a estrutura do autoposto, os serviços, e as ações promovidas em relação ao gerenciamento de resíduos onde foi possível conhecer como funciona o processo para esse tipo de estabelecimento e identificar os resíduos produzidos bem como seu armazenamento e destinação. Pode se perceber com a visita que a empresa tem grande preocupação com a questão ambiental, investindo de aproximadamente R$ 5.000,00 mantém uma grande estrutura para tratamento da água usada e a contratação de empresas especializadas devidamentelicenciadas para coletar e dar a destinação correta para os resíduos provenientes de suas atividades. Os 60 funcionários que a empresa mantém além de utilizarem os equipamentos de segurança necessários para manusear os resíduos perigosos contribuem para o bom desenvolvimento do sistema utilizando as caixas coletoras para depositar os materiais contaminados de óleo, mantendo a água utilizada no pátio dentro das canaletas e fazendo a separação seletiva do lixo. 21 Os clientes por outro lado apesar da disponibilidade de lixeiras identificadas para coleta seletiva poucos contribuem, descartando lixo em lugares inadequados ou não respeitando as lixeiras específicas para cada tipo de lixo. Apesar da consciência ambiental demostrada pela empresa, segundo o gerente foram necessário 8 anos para que o plano de gerenciamento de resíduo fosse aprovado pelo órgão competente. A demora segundo ele ocorre devido a burocracia e a falta de comunicação entre os sistemas da prefeitura municipal e o IAP Instituto Ambiental do Paraná (IAP), há ainda a crítica sobre a falta de fiscalização que nunca foi ao estabelecimento verificar se as condições de funcionamento e as instalações estão de acordo com a legislação ambiental. Esse fato evidencia a preocupação da empresa com o meio ambiente ao desenvolver suas atividades com o menor impacto possível, oferecendo dessa forma um serviço de qualidade para os clientes, ambiente e sociedade em geral. 7.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E GESTÃO DE RESÍDUOS Na visita as atividades observadas foram organizadas na Figura 2 seguida da descrição de como ocorre cada uma delas. FIGURA 2- Atividades desenvolvidas Fonte: Pesquisa de campo (2015) 22 A atividade de número 1 conta com um tanque de armazenamento subterrâneo “jaquetado” considerado mais seguro por ser revestido. Está localizado na parte frontal do posto, fabricado de chapas de aço carbonado na parte interna e fibra de vidro na parte externa, subdivididos em três partes para separar gasolina, álcool e diesel e capacidade máxima para 30 mil litros de combustível. Esse tanque conta com uma entrada chamada de boca de visita com flange reversa onde contém as conexões de sucção, respiro e medição de nível. O controle de vazamento é feito através de sistema de sensores instalados no tanque através de um tubo de monitoramento que se comunica com computadores localizados na administração. Desta forma, se ocorrer um vazamento de grandes proporções, as medidas de contenção necessárias para evitar um desastre ambiental serão tomadas mais rapidamente. O modelo do tanque de armazenamento é de grande importância para que um estabelecimento que atua na área de revenda de combustível obtenha sua licença ambiental, pois a qualquer vazamento pode acarretar em sérios danos ambientais como a contaminação do solo e de lençóis freáticos. Para melhor entendimento de como funciona um tanque de armazenamento “jaquetado”, a Figura 3 mostra um exemplo de como é a parte interna, e a Figura 4 um exemplo de como é esse tipo de tanque na parte externa. FIGURA 3 – Parte interna FIGURA 4 – Parte externa Fonte: CONFAB Equipamentos (2002) A necessidade de o tanque ser revestido de fibra de vidro é para dificultar que haja vazamento, pois o primeiro revestimento de aço-carbono é mais suscetível à corrosão externa que pode prejudicar o bom funcionamento do equipamento, sendo http://www.tenaris.com/shared/documents/files/CB297.pdf 23 o modelo chamado “jaquetado” o mais indicado para armazenagem de derivados de petróleo. Na atividade número 2 o posto conta com 10 bombas de combustível eletrônicas interligadas ao tanque de armazenamento e que são calibradas por valor ou por quantidade de litro, o que permite maior precisão no momento do abastecimento. Essas bombas contam com um sistema de sensores em seus bicos que são acionados quando há excesso de calor ou quando há contato com combustível para dessa forma conter o fluxo de combustível enviado ao tanque evitando vazamento que possam causar acidentes. Para auxiliar nesse processo os funcionários frentistas utilizam flanela próxima ao bico injetor para colher os pingos sobressalentes. As bombas estão divididas em dois locais, sendo seis delas no pátio frontal onde ocorre o abastecimento de veículos leves e quatro na área oposta onde está localizada a área de lavagem e abastecimento dos caminhões e veículos pesados. Na atividade 3 o posto opera com a lavagem de veículos pesados que transportam diversos tipos de carga. A lavagem ocorre em pátio coberto. Os caminhões ficam sob canaletas que recolhem toda água utilizada e envia à unidade de tratamento, onde passa por um processo de purificação através de tratamento químico especialmente formulado por profissional da área, que analisa semanalmente a água contaminada oriunda da lavagem dos veículos, para poder oferecer um tratamento adequado de acordo o ph. Essa ação permite que a água seja reutilizada mais uma vez no processo de lavagem, antes de passar novamente pelo o tratamento e ser descartada com excelente qualidade no ribeirão localizado em uma reserva nas proximidades do posto. A Figura 5 abaixo mostra o pátio de lavagem e manutenção de veículos pesados, no momento do atendimento a diferentes tipos de caminhão, cada um posicionado sobre as canaletas e protegidos pela cobertura metálica. 24 Figura 5 – Pátio de lavagem de caminhões Fonte: Pesquisa de campo (2015) O processo de lavagem também gera resíduos de classe I como os materiais impregnados de óleo que são armazenados primeiramente em tambores metálicos identificados e posteriormente alocados em caçamba para que seja recolhido por empresa especializada e licenciada. O lodo contaminado residual gerado após o tratamento da água, por ser altamente contaminante, é armazenado em caçamba coberta e recolhida trimestralmente por empresa especializada e licenciada que emite ao estabelecimento relatório da destinação desse resíduo. A atividade 4 ocorre de duas formas, na oficina de troca de óleo localizada na parte da frete do posto atendendo especialmente veículos leves para troca de óleo lubrificante e filtros de óleo. O veículo ao entrar na oficina é suspenso por uma plataforma mecânica de modo que facilite ao funcionário a retirada do óleo queimado e seu armazenamento em reservatório apropriado. Nessa área também são feitas as trocas de filtros de óleo e demais componentes que sejam necessários. Todo material que for contaminado por óleo nesse processo, é descartado, armazenado em caçamba e recolhido mensalmente por empresa especializada e licenciada fazer o descarte dentro das normas estabelecidas. Na troca de óleo de caminhões, o óleo queimado é recolhido através de um cano fixado dentro das canaletas que envia os resíduos diretamente para um tanque subterrâneo onde fica armazenado até ser vendido e recolhido por empresa 25 licenciada que faz o reaproveitamento do óleo através do refino emitindo ao posto certificado de destinação do resíduo, os materiais utilizados nesse processo que foram contaminados por óleo também serão recolhidos por empresas licenciadas. A Figura 6 abaixo se destina a demonstrar de forma mais prática as atividades acima citadas, os materiais utilizados, os resíduos gerados e a destinação dos recursos utilizados. Figura 6: Fluxograma dos serviços, materiais usados e destinação. Fonte: Pesquisa de campo (2015). Na parte do escritório onde fica a administração e o faturamento do posto são produzidos basicamente papéis e lixo orgânico. A empresa tem a política de utilizar os dois lados da folha sempre que possível e fazer a separação seletiva dos resíduos produzidos. A loja de conveniência comercializa salgados, bebidas, sorvetes, cigarros, revistas, doces diversos eoutros, porém, não produz nenhum deles, portanto os resíduos gerados são basicamente papeis utilizados na manipulação dos alimentos e resíduos orgânicos. Os papéis tanto do escritório quanto da loja de conveniência são entregues as cooperativas da cidade, o lixo orgânico é armazenados em sacos plásticos e posteriormente levado ao aterro sanitário. Os sacos e embalagens plásticas, os vasilhames de vidro e as lâmpadas são recolhidos pelos próprios fornecedores por meio da logística reversa. 26 A Quadro 1 abaixo representa os dados obtidos na pesquisa de campo realizada em outubro de 2015. Quadro 1 – Quantificação dos resíduos gerados pelo posto Resíduos Origem dos resíduos Códig o confor me NBR 10.004 Estad o físico Quantida de mensal Frequênc ia de coleta Acondiciona mento Destino final Lixo comum Escritório, loja de conveniência , banheiros, área de abasteciment o II - A Sólido 5802,70 kg Semanal Contêiner Aterro Sanitário Plástico Loja de conveniência , área de abasteciment o II - A Sólido _ Semanal _ Fornecedore s levam Papel Loja de conveniência , Escritório II - A Sólido 300 kg Mensal Contêiner Reciclagem Informal Vidro Loja de Conveniênci a II - B Sólido 60 kg Mensal Contêiner Logística reversa Óleo usado Troca de óleo I Líquid o 2000 l Mensal Caixa coletora Venda empresa licenciada Materiais impregnad os de óleo Área de abasteciment o, troca de óleo I Sólido 1340 kg Mensal Contêiner Empresa Terceirizada Licenciada Lodo Lavagem e resíduos de combustível I Semi - Sólido 570 kg Trimestral Contêiner Empresa Terceirizada Licenciada Fonte: Pesquisa de campo (2015). Como pode ser observado na tabela acima, todas as atividades, materiais e resíduos observados na área de estudo foram catalogados e classificados de acordo com as normas estabelecidas bem como a sua destinação final. A Figura 7 facilita a visualização das quantidades dos resíduos gerados mensalmente no autoposto. 27 Figura 7 – Volume mensal de resíduos gerados Fonte: Pesquisa de campo (2015) As quantidades coletadas de material residual foram obtidas por meio de relatórios mensais emitidos pela empresa licenciada que presta serviço para o autoposto. Essa empresa além de fazer a coleta dá a destinação correta para cada resíduo. Enquanto esses resíduos estão em posse do estabelecimento são mantidos em lugares adequados e armazenados de forma correta para que não haja perigo de contaminação da propriedade. Desta forma, mesmo com a falta de fiscalização por parte da Prefeitura, bem como do órgão ambiental apontada pelo gerente, a empresa junto com sua Engenheira Ambiental mantém o plano de gerenciamento de resíduos sólidos em pleno funcionamento, com todos os certificados e relatórios necessários para comprovar sua manutenção de acordo com a lei. QUANTIDADE MENSAL LIXO COMUM PLÁSTICO PAPEL VIDRO ÓLEO USADO MATERIAIS IMPREGNADOS DE ÓLEO LODO 57,6% 3% 0,6% 19,85% 13,3% 5,65% 28 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS A crescente preocupação da sociedade nos ultimos anos com o meio ambiente está fazendo com que as questões ambientais sejam vistas com mais atenção por parte das organizações e rigor pelas autoridades. Apesar dessa consciência a produção de diversos tipos resíduos está crescendo de maneira exponencial, sendo descartado de maneira inadequada e se acumulando no ambiente de maneira perigosa. Pensando nisso este trabalho buscou conhecer como um autoposto de combustível trata os resíduos que são gerados nas suas atividades diarías. No estabelecimento alvo do estudo pode se observar que apesar da demora, dificuldade e alto custo, a empresa conseguiu desenvolver um plano de gerenciamento de resíduos sólidos bastante satisfatórios. Com o auxilio de uma engenheira ambiental o posto adotou medidas para que nenhum resíduo ou material contaminado seja descartado em lugares improprios. O lixo comum que tem o maior volume é coletado separadamente daqueles contaminado com óleo sendo depositado por empresa terceirizada no aterro sanitário municipal. Já os resíduos contaminados têm o seu destino defino de acordo com a sua periculosidade, todo o descarte é feito pela mesma empresa terceirizada devidamente licenciada para a atividade nos ógãos competentes. A empresa não somente faz o gerenciamento do resíduo sólido, há também uma estação de tratamento de água que permite que a água utilizada nas atividades diárias do posto seja tratada e reutilizada por mais uma vez antes de voltar para o tratamento e ser descartada com alto grau de pureza em um corrego proximo a empresa, essa ação permite redução nos custos dos serviços e impede que a água contaminda de óleo, agrotoxicos e demais contaminantes oriundos das cargas dos caminhoes contaminem o solo e as mananciais próximas. A estação de tratamento também permite separação do lodo contaminado proveniente das lavagens dos caminhões, resíduo muito perigoso que não pode ser descatado de qualquer maneira fica armazenado em container até ser coletado pela empresa terceirizada. Pela documentação apresentada e pelo observado na visita à empresa, não foi encontrado nada que desabone o PGRS desenvolvido na mesma. As empresas terceirizadas que prestam serviços de coleta e destinção são legalizadas e licenciadas, eximindo, portanto, a empresa contratante de qualquer procedimento 29 ilegal que esta empresa possa vir a executar no momento do descarte dos resíduos gerados pela contratante. Mesmo sendo um exemplo a empresa não trabalha sob o marketing ambiental para ganhar vantagem competitiva, pois acredita, segundo o gerente, que não exista posto de combustível ecológicamente correto já que o tanque de armazenamento por mais moderno e controlado que seja não consegue evitar que possíveis pequenos vazamentos passem despercebidos pelo sistema de controle. Outra crítica fica por parte das autoridades que deixam a desejar na fiscalização, mesmo sendo a legislação ambiental brasileira uma das mais completas do mundo. Ainda, segundo o gerente a empresa tem o PGRS porque acredita estar contribuindo para a manutenção do meio ambiente já que nunca foi cobrada legalmete para desenvolver o mesmo. Apesar da importância do gerenciamento de resíduos para o meio ambiente e para a sociedade, e o grande número de postos de combustíveis existentes na cidade de Maringá - PR é difícil encontrar algum que tenha um PGRS tão abrangemte quanto o pesquisado, principalmente quando estão localizados na área urbana. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRELPE, Org. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2013. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2013.pdf>. Acesso em: 15 maio., 2015. ALMEIDA, Roberto Schmidt de. A industrialização e a questão ambiental na região do sudeste do Brasil, 2003. Disponível em : <http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/15325/8624> Acesso em: 23 abril., 2015. ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10.004:2004. Disponível em: <http://www.pgrsambiental.com.br/classificacao_residuos.html>. Acesso em 22 maio.; 2015. BARBIERI, José Carlos. 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