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Pratica de HAM - Manguito rotador

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Kamilla Galiza / 5º Período / HAM 
 
 
 
 
 
 
 
Caso clínico 
Paciente encaminhado da UBS para ambulatório especiali-
zado em traumato-ortopedia da IESVAP, devido à complexi-
dade do quadro. 
Identificação: Sexo feminino, 63 anos de idade, microempre-
sária do ramo de floricultura e jardinagem há 40 anos. 
Queixa principal: Dor no ombro e na coluna. 
História da moléstia atual: O paciente queixa-se de dor no 
ombro direito há cerca de cinco meses. A dor se iniciou após 
várias partidas de Beach-tênis. Diz que estava precisando 
emagrecer e que uma amiga lhe convidou para praticar a 
moda do momento em Parnaíba. Ela gostou e durante um fi-
nal de semana, chegou a jogar três partidas consecutivas. 
 
Logo após começou a sentir uma dor intensa, mas foi melho-
rando com anti-inflamatórios que fazia para dor de coluna, 
até que conseguiu suportá-la. Fez fisioterapia durante um 
mês, mas não sentiu uma melhora significativa. Nos últimos 
dois meses, a dor piorou de intensidade. No trabalho sempre 
foi acostumada a pegar algum peso (saco de terra vegetal, 
estrume, jarros com mudas), mas a dor que sentia na coluna 
associada a dor no ombro não a deixam mais fazer nada. Du-
rante os dois últimos meses usou anti-inflamatórios não-hor-
monais, fez fisioterapia, mas não teve melhora da dor. 
Quando interrogada sobre a dor na coluna, a paciente referiu 
dor na coluna lombar há 10 anos. Nos últimos 2 anos, houve 
uma piora da intensidade com irradiação para a região pos-
terior dos membros inferiores, principalmente membro infe-
rior esquerdo até a região plantar. A dor piora com hiperex-
tensão do tronco. Referiu melhora parcial com repouso e fle-
xão do tronco. O médico sempre lhe recomendava perder 
peso. Chegou a tomar três injeções de "beta trinta", com me-
lhora importante e resolveu fazer atividade física, quando a 
amiga lhe convidou para o Beach-tênis (5 meses atrás). 
 
Antecedentes Pessoais: Paciente refere ser portadora de hi-
pertensão arterial e diabetes melito controlados com medi-
cações. Nega outras patologias. Tabagista de dois maços/dia 
há 30 anos. Não tem relatos anteriores de problemas no om-
bro. 
 
Exame físico 
• Paciente em bom estado geral, corada, eupneica, afe-
bril, sobrepeso. 
• A pressão arterial de 140x 90 mmHg. 
• Na inspeção do ombro, não se nota qualquer deformi-
dade ou cicatriz sugestiva de lesão. Apesar de referir dor 
na face anterolateral do braço direito, durante a palpa-
ção não se notaram anormalidades, inclusive na região 
da articulação acromioclavicular. 
• Os movimentos foram considerados normais em ambos 
os lados. Contudo, a elevação do braço direito foi dolo-
rosa, principalmente durante o arco doloroso para o 
manguito rotador. 
• Os testes de Neer e Jobe foram positivos. 
• Apresenta o tronco levemente descompensado para a 
direita e postura antálgica em discreta flexão do tronco. 
• Apresenta dor à palpação da região lombar paraverte-
bral bilateral, sem crepitações ou abaulamentos. 
• Manobra de Giordano negativa. 
• A sensibilidade e a força muscular estão preservadas, 
todavia, apresenta limitação dolorosa em movimentos 
do braço direito (o que prejudica a avaliação da força 
de alguns grupos musculares do MSD) 
• Manobra de Lasègue positiva a 40° 
• Boa perfusão periférica. 
 
Exames de imagem 
• As radiografias simples do ombro não apresentavam 
alterações importantes, além de lesões degenerativas 
compatíveis com a idade. 
• Radiografias ortostáticas em anteroposterior (AP) e per-
fil da coluna lombrossacral: 
• A radiografia AP demonstra uma osteoporose vertebral. 
Observam-se complexos osteofitários em L2, L3, L4 e L5 
associados à diminuição assimétrica dos espaços dis-
cais com escoliose degenerativa no segmento. 
• A radiografia em perfil confirma a osteopenia. Observa-
se ainda uma subluxação entre as vértebras (listese). 
denotando instabilidade vertebral no segmento. Pode-
se observar também osteófitos de L2 a L5 e uma apa-
rente diminuição do diâmetro do canal vertebral e dos 
forames radiculares. 
• A ressonância magnética de ombro mostrava uma ro-
tura em toda a espessura do tendão do músculo supra-
espinal, com retração de aproximadamente 1,5 cm. 
• Ressonância magnética de coluna: o corte sagital de-
monstra nitidamente a instabilidade vertebral, evidenci-
ada pela listese entre as vértebras. 
• Observam-se ainda osteófitos marginais e degenera-
ções discais em todos os níveis. 
• O corte axial evidencia hipertrofia das facetas e liga-
mento amarelo determinando estenose do canal verte-
bral e dos forames radiculares bilateralmente. 
 
Hipótese diagnóstica 
• Rotura do tendão do músculo supraespinal. 
• Osteoartrose da coluna. 
 
Anatomia do manguito rotador 
O manguito rotador é um conjunto de 4 tendões que se loca-
lizam no ombro e envolvem a cabeça do úmero. Os tendões 
são: 
• Supraespinal 
• Infraespinal 
• Redondo menor 
• Subescapular 
 
prática 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / HAM 
 
 
Testes relacionados com sindrome do impacto e avaliação 
do manguito rotador 
Teste do impacto de Neer 
O membro superior (MS), em extensão e rotação neutra, é ele-
vado passiva e rapidamente no plano da escápula, pelo exa-
minador; nessa situação, o tubérculo maior do úmero (TM) 
projeta-se contra a face anteroinferior do acrômio reproduz 
o Impacto, coma dor característica provocada pela com-
pressão da bursa e do tendão supraespinhal. 
 
Teste de Jobe 
É semelhante ao teste do SE, mas é feito com o MS em rotação 
interna, posição que sensibiliza a tensão exercida no tendão 
do SE. A resposta poderá ser apenas dor na face anterolateral 
do ombro acompanhada ou não de diminuição da força ou 
mesmo da incapacidade de elevar ativamente (pseudopa-
ralisia) o MS, que indica desde tendinites, até rupturas parciais 
ou completas do tendão. 
 
Teste do infraespinhal 
É feito com o MS ao lado do tórax e o cotovelo em 90o de fle-
xão, pedindo-se para o paciente fazer ativamente a rotação 
externa do braço contra a resistência oposta pelo examina-
dor e as respostas são avaliadas como nos testes anteriores. 
 
Teste do subescapular de Gerber 
O paciente coloca o dorso da mão ao nível de L5, como na 
prova funcional "mão/costas" e procura ativamente afastá-la 
das costas; a incapacidade de fazê-lo ou de manter o afas-
tamento, se feito passivamente pelo examinador, indica 
grave lesão do subescapular. 
 
Teste de Speed 
Realizar a flexão ativa do MS, em extensão e em rotação ex-
terna, contra a resistência oposta pelo examinador: o paci-
ente acusa dor ao nível do sulco intertubercular com ou sem 
Impotência funcional associada. (Cabo longo do bíceps) 
 
 
Tipos de acrômio 
 
Dor lombar 
 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / HAM 
Teste de Schober 
Auxilia na identificação dos pacientes que apresentam limi-
tação verdadeira dos movimentos da coluna lombar. Com o 
paciente na posição ortostática é delimitado um espaço de 
15cm (0cm acima e 5cm abaixo do processo espinhoso de 
L5), e o teste é considerado positivo se não ocorrer aumento 
de pelo menos 6cm na flexão máxima. 
 
 
Teste de Lasègue 
Sinal de Lasègue - o paciente reage com manifestação de 
dor à movimentação passiva da coxa sobre a bacia (man-
tendo a perna estendida). Secundariamente, há flexão ativa, 
concomitante, da outra coxa sobre a bacia. 
 
 
Exame neurológico 
 
 
 
 
 
Teste / Sinal de Bragard 
Após a realização do EMI, o membro inferior pode ser abai-
xado até a posição em que os sintomas desaparecem, e en-
tão é realizada a dorsiflexão passiva do tornozelo, que pro-
voca o reaparecimento dos sintomas. 
 
Sinal do tripé 
A realização da extensão passiva do joelho com o paciente 
na posição sentada resulta na inclinação do tronco do paci-
ente para trás. Esse sinal está associado com a presença de 
ciática ou contratura dos músculos posteriores da coxa. 
 
Teste de Patrick ou fabere 
É realizado na posição supina, com o quadril e o joelho flexio-
nados, e o pé apoiado sobre o joelho contralateral. A pelve é 
fixada com uma dasmãos, enquanto a outra exerce pressão 
sobre o membro realizando sua abdução e rotação externa. 
O teste positivo quando a dor que aparece ou é exacerbada 
e na região sacroilíaca superior medial da nádega.

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