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Primeiros Socorros para cães e gatos Nenhuma responsabilidade é assumida pela empresa ou instrutor em relação às sugestões, recomendações e ensinamentos no material ou treinamento. De nenhuma maneira os materiais ou treinamentos intendem ser substitutos do próprio cuidado veterinário, mas sim um suplemento. O que são primeiros socorros Primeiros socorros são os cuidados imediatos dados ao pet que sofreu uma injúria ou que, repentinamente, ficou doente. São um pequeno tratamento de emergência que tira o animal de uma situação de risco por um tempo suficiente até que se consiga ajuda médica. Dependendo da gravidade da situação pode incluir, além dos cuidados em casa ou no local, cuidados veterinários. Segundo Shojai, A. (2010), a falta de preparo ou de conhecimento sobre primeiros socorros podem ser paralizantes para as pessoas no local, e o tempo perdido com medos e indecisões pode ser crítico para a recuperação do animal. Às vezes o domínio destas simples habilidades e técnicas pode ser a diferença entre a vida e a morte do animal, deficiências temporárias e permanentes, altas contas médicas e gastos razoáveis com cuidados em casa e rápida e longa recuperação do animal. É indispensável, portanto, que todos os Anjos dominem as técnicas de primeiros socorros para pets, e também, que tenham sempre em mãos o kit de primeiros socorros básicos. Estatísticas indicam que acidentes preveníveis são a principal causa de morte entre cães e gatos pré-idosos. A maioria das situações pode ser prevenida. Quanto mais você souber sobre a saúde do pet, maior a chance de você manter um problemas simples longe de se tornar um grande problema. É importante lembrar que nem todas as situações precisarão de cuidado veterinário, mas no caso de dúvida é importante entrar em contato com a Pet Anjo, que questionará aos veterinários de suporte, auxiliando nos casos específicos. Cuidados com pets, como a maioria dos assuntos, não são sempre "preto e branco”. Existem diversas maneiras diferentes de lidar com a mesma situação de saúde. Nós recomendamos as medidas que funcionam melhor na maior parte das situações. Confie em seu bom senso, na habilidade do pet de se cuidar e consulte um veterinário se necessário. Além de saber os cuidados de primeiros socorros, é importante que o cliente e você adotem os cinco elementos para o bem estar ótimo, manter-se saudável e ativo. Os cinco elementos são: - o laço homem/animal, - conhecer a saúde do pet, - exercício, - nutrição adequada e - suplementação. Uma pesquisa sistemática na cena e cuidado ao se aproximar são ideais para prevenir mais injúrias ao pet, outras pessoas e você mesmo. 1. Proteja o pet, as pessoas e você mesmo: Contenha e/ou coloque a focinheira do pet com segurança, para que nem o cuidador, nem alguém que está passando no local se machuque no processo de assistência. Mas lembre-se: nunca contenha o pet quando ele estiver vomitando, se estiver sufocando, convulsionando ou com problemas de respiração. Além disso, fique atento pois qualquer animal com dor ou que ao ser movimentado sente dor, poderá e irá morder. 2. Entornos: Perigos ameaçadores para a vida dos pets existem em todos os locais. Como um tutor ou cuidador de pets você deve estar atento aos perigos inerentes à cada ambiente, para que você possa estar preparado: prevenindo e controlando a situação. 3. Trânsito: Outra causa comum de injúrias preveníveis aos pets são acidentes provocados por veículos motores. Quando pets saem da casa e quintal, brincam com outros animais e etc, eles estão em risco de serem atropelados por veículos. Além disso, pets também precisam ser adequadamente contidos dentro do carro para evitar injúrias no caso de um acidente. 4. Injúria e bem estar: Dependendo da situação você precisará chamar por ajuda ou por transporte do pet para o hospital veterinário mais próximo. Injúrias que colocam a vida do animal em risco são: - sem batimento cardíaco, - sem respiração, - sangramento persistente ou incontrolável, - ossos quebrados, - perfuração do abdômen ou área do peito, - tentativa de vômito (esforço para vomitar mas não conseguir) que é suspeita de envenenamento ou torção gástrica, - diarréia severa e/ou - perda de consciência. Doenças: Pets podem carregar diversas doenças transmissíveis para seus companheiros humanos e vice e versa. São chamadas de zoonoses. Podem ser contraídas de fluidos corporais como sangue, saliva, excremento ou transmitidas através de feridas abertas como mordidas ou arranhões. Condições sanitárias e cuidados veterinários adequados ajudarão a prevenir a transmissão da maior parte dessas doenças. Prioridades do cuidado de emergência Em uma situação emergencial é importante antes de mais nada, saber dimensionar a gravidade do problema. Este processo é chamado de triagem e prioriza situações e danos no corpo segundo a gravidade, fazendo com que você lide antes com os riscos mais graves, para salvar a vida do animal. Somente depois você cuidará dos outros problemas que não colocam a vida do animal em risco. Siga as prioridades do cuidado de emergência e certifique-se de que está em um local seguro, tanto para você quanto para o animal. Não será bom para nenhum dos dois se você realizar os primeiros socorros no meio de um prédio em chamas ou em uma estrada movimentada. Primeira avaliação do pet R! Como iniciar a avaliação do estado do pet: 1. Fique calmo 2. Se aproxime do animal por trás 3. Bata o pé no chão 4. Chame o animal “Cão, cão, você está bem?” 5. Avalie: O Pet reage? Sim Não Se mexe, move os olhos, vocaliza, etc? Primeiros socorros Específicos – 95% Sem batimento cardíaco? Sem respiração? Em geral os danos internos ou do organismo como um todo, como choque ou intoxicação, têm precedência sobre danos externos, como cortes ou pata quebrada. Apesar de, logicamente, seja sério e doloroso um globo ocular for a da órbita ou uma queimadura, eles não são, necessariamente, uma ameaça de vida e podem ser cuidados depois que damos mais graves tiverem sido tratados. Nao adiantará cuidar da boca queimada caso seu animal tenha mastigado um fio elétrico, se ele tiver parado de respirar por causa do choque. O Pet não reage: emergências A melhor coisa a se fazer em qualquer situação de emergência é manter a cabeça, se manter calmo e ter um sistema pronto para responder à situação. Manter as coisas simples é o melhor curso de ação. Não importa se você é um veterinário, médico, profissional da área de cuidados com animais ou tutor de um pet, existem apenas 3 situações que você vai encontrar: Ø Ressuscitação cardio pulmonar* (sem batimento cardíaco) Essa é uma real emergência, com risco de morte. Clinicamente falando esse paciente esta morto. Apesar disso o paciente pode não estar morto em um nível biológico. Em outras palavras as células do seu coração e do seu cérebro ainda estão vivas. Essas são as celular mais delicadas, eles podem ficar apenas alguns minutos sem o suprimento de oxigénio e sangue antes que ocorram danos irreparáveis as células. Ø Respiração artificial (com batimento cardíaco e sem respiração) O paciente tem pulso, mas não está respirando. Então nós iremos salva-lo respirando por ele. A falta de respiração pode ser causada por muitos fatores incluindo afogamento, trauma, envenenamento, eletrochoque ou ser deixado em um espaço confinado. Ø Primeiros socorros (com batimento cardíaco e respirando) Animal tem batimento cardíaco e está respirando, mas algo não está certo. O pet não estar agindo normalmente. O pet pode estar consciente ou inconsciente. Podem estar presentes: sangramento, choque, mordida de inseto, injuria por calor, como uma queimadura ou insolação, uma injuria por frio como hipotermia, convulsão, mordida de cobra, etc. Esse paciente precisa de primeiros socorros. Você não conseguirá ajudar um pet se tiver machucadoenquanto estiver tentando auxiliá-lo. Quando estiver prestando cuidado a qualquer pet, tenha certeza que fez a contenção da boca e do corpo, quando apropriado. Não contenha com mordaça caso o animal não esteja respirando, esteja vomitando, se estiver sufocando, convulsionando ou com demais problemas de respiração. * O mais importante é o coração voltar a bater, depois vem a respiração. Primeira avaliação do pet Observar o ambiente, para a segurança do pet, do cuidador e das pessoas ao redor é chave para evitar injurias ou causar ainda mais danos. Seja o líder do grupo, tome controle da situação e comece o RCP . Ø Se você não obtiver resposta do pet: • Ajoelhe por trás do animal • Procure por batimento cardíaco: coloque a mão que está mais próxima da cauda no externo do animal; busque pulso na artéria femoral; dê uma leve batida em sua pálpebra; belisque firmemente a pele entre os dedos do animal. Coração funciona? • Coloque a outra mão por baixo da mandíbula do animal e estenda a parte inferior da mandíbula (queixo) para abrir as vias aéreas. Mantendo as mãos no pet... o Olhe por movimentos e subida e descida do peito o Ouça por qualquer troca de ar o Sinta por movimentos e saída de ar quente da boca. • Mantenha a via aérea aberta. Respira? Faça isso com os 2 braços estendidos para manter o perigo apenas na altura dos braços. Faça a sequência acima em 12 segundos. • Chame ajuda de quem estiver ao redor! Mas não perca tempo, comece imediatamente o procedimento de emergência apropriado! Aproxime-se com segurança e avalie: Pare e respire para tomar controle total dos seus recursos, físico e mentais. Se aproxime do paciente animal analisando a cena para qualquer perigo para você, para pet e para as pessoas ao redor. Dê um passo para trás, bata no chão com os pés e fale alto. “Pet, pet, você está bem !?” Ø Se ele responder com respiração, se movendo, ou vocalizando... • Assuma o controle sobre o paciente pet • Contenha a boca (mordaça) e o corpo • Faça a avalição do focinho à cauda • Administre primeiro socorros se necessário • Entre em contato com o veterinário e transporte o animal Se o animal não tiver pulso/ batimento cardíaco: comece imediatamente o RCP! Quanto mais rápido você começar com pressões torácicas e respiração, melhor a taxa de sucesso. Objetivo é começar o RCP dentro de 12 segundos. Continue fazendo 30 compressões com duas respirações por 2 minutos (10 sequências). Depois de 2 minutos, cheque o pulso e reavalie. * As 15 primeiras compressões são apenas um prime, as seguintes é que irão mover o coração. * É muito comum se quebrar uma costela do animal durante as compressões, devido à força. Se não for feita a compressão, porém, o animal tem altas chances de vir à óbito, logo a fratura é colocada em perspectiva. * 2 minutos de sequência 30 compressões + 2 respirações equivale aproximadamente a 10 sequencias de 30 compressões e 2 respirações. Mapa situacional O Pet responde? Sim, responde R! Não responde R! - Ajoelhe por trás do animal. - Procurar por batimento cardíaco (mão no externo, pulso na a. femoral) - Mão por baixo da mandíbula e extenda para abrir vias aéreas. - Mantenha sempre os braços extendidos para manter distância segura. - Assuma controle - Contenha o animal - Avaliação do focinho à cauda - Faça os primeiros socorros necessários. - Protocolo de emergência: hospital, avisar Pet Anjo, ou casa. ?!?! 12 segs 1. Fique calmo 2. Se aproxime do animal por trás 3. Bata o pé no chão 4. Chame o animal “Cão, cão, você está bem?” 5. Avalie: Respiração artificial R! Ressuscitação cardio pulmonar R! 10 x (30 compressões + 2 respirações) Fazer por aproximadamente 2 minutos Checar pulso Tem pulso Não tem pulso Continua RCP - Extenda a cabeça para abrir vias aéreas. - A passagem de ar está limpa? - Puxe a língua para fora (depois dos caninos) - Comprima os lábios e a boca juntos - Ventile uma respiração (por 1 segundo) e observe o torax subir - Mantenha a respiração com a frequência de 10 respirações por minuto e reavialie a cada 1 minuto (10 respirações). Respira? Sim Não Respira? Sim Não Primeiros socorros específicos e protocolos de emergência Continua RA Primeiros socorros específicos e protocolos de emergência Respiração Cardio Pulmonar (RCP) Se o pet não está respirando comece o RCP. Reavalie após 2 minutos: A cada 2 minutos cheque o pulso. Se não houver pulso, continue o RCP. Se estiver cansado reposicione suas mãos ou alterne com outra pessoa. • Sem resposta, sem pulso, sem respiração. • Faça 30 compressões cardíacas. • Puxe a língua do animal mais para fora que os dentes caninos. Segure firmemente o focinho do animal e comprima a boca, mantendo a mandíbula firmemente fechada. • Coloque sua boca e lábios sobre o nariz do animal. Respire sobre o nariz do animal por 1 segundo, tomando cuidado para não superventilar. Observe o tórax subir. Depois de duas respirações... • Continue fazendo sequências de 30 compressões e duas respirações por 2 minutos (aproximadamente 10 sequências). • Depois de 2 minutos cheque o pulso e reavalie a situação. Dicas: Conte as compressões em voz alta, e comprima de metade a um terço da profundidade do tórax do animal. Três tipos de compressão: Lado a lado: Posicione o pet de lado. Comprima o palma de uma das mãos sobre o coração e outra embaixo do peito. Comprima contra o chão. Peito de Barril: Pugs, buldoges e bassets que têm torax largos, devem ser posicionados de costas para o chão e as compressões devem ser similares às de humanos Taco: Para gatos, cães mini e filhotes. Mão ao redor do peito apetando com o dedão e os 2 dedos do meio unidos. Sem pulso 30 compressões Puxe a língua para fora, depois dos caninos Comprima os lábios e a boca, unidos Ventile: 2 respirações em 2 segundos Lado a lado Peito de barril Taco - Compressões fortes e rápidas - Permita que o torax recue por completo - Não se debruce sobre o animal - O ideal é rotacionar com outra pessoa R!Definição: Comprimir externamente o coração para facilitar a função respiratória e inflar mecanicamente os pulmões para mimetizar a função respiratória Causas: Muitas causas externas podem ser atribuídas ao coração parar de bater, incluindo choque elétrico, envenenamento, trauma e reações alérgicas. Sinais: O pet não estará respondendo e não estará respirando. Ações para a sobrevivência: Comece o RCP e transporte o animal imediatamente para o hospital veterinário. Respiração Artificial Definição: Inflar mecanicamente os pulmões para mimetizar a função respiratória. Causas: Muitas causas externas podem ser atribuídas à paradas respiratórias, incluindo choque elétrico, envenenamento, trauma da cabeça, drogas e afogamentos. Sinais: O pet não estará consciente, não estará respirando e terá pulso. Ações para a sobrevivência: Comece a respiração de resgate. Depois de 2 minutos de RCP, reavalie. Se tiver batimento cardíaco/pulso, mas não estiver respirando, comece a respiração de resgate . • Estenda a cabeça do animal para abrir as vias aéreas • A passagem de ar está limpa? • Puxe a língua do animal mais para fora que os dentes caninos. Segure firmemente o focinho do animal e comprima a boca, mantendo a mandíbula firmemente fechada. • Coloque sua boca e lábios sobre o nariz do animal. • Respire sobre o nariz do animal por 1 segundo, tomando cuidado para não superventilar. Observe o tórax subir. • Remova sua boca e olhe o tórax se abaixar. Continue respirando. Cada respiração (subida e descida) deve ter duração de 1 segundo. Mantenha o ritmo de 10 respirações por minuto. O que importa mais é a continuação, e não a frequência. • Transporte o animal para o hospital veterinário. Dicas: - A respiração deve ser feita no focinho e não na boca. -Não levante a cabeça do cão, apenas vire um pouco, pois ele pode ter algum problema no pescoço. - Geralmente os animais sofrem primeiros parada respiratória; seu coração pode continuar batendo por um tempo, mesmo depois de cessada a respiração. - A respiração artificial deve ser iniciada em minutos para salvar a vida do animal. - Inicie a respiração de salvamento imediatamente, mas esteja preparado para continuá- la no carro, a caminho do hospital. - Observe a subida e a descida do peito do animal, ou sinta a sua respiração na palma de sua mão. Se o animal não estiver respirando, suas gengivas se tornarão azuis pela falta de oxigênio. R! Antes de dar início à respiração artificial, verifique se a passagem de ar está limpa. Abra a boca de seu cão e veja se encontra algum corpo estranho. Se a passagem de ar estiver bloqueada, segure sua língua e puxe-a para fora para deslocar o objeto, ou coloque seus dedos, , um pequeno alicate ou uma pinça para agarrá-lo. Se não conseguir pega-louse a manobra de Heimlich. Depois que a passagem estiver desobstruída comece a respiração de salvamento. Estenda a cabeça, abrindo as vias aéreas Puxe a língua para fora, depois dos caninos Comprima lábios e boca Ventile uma respiração por um segundo Olhe o peito subir e descer Os animais, em uma situação normal e quando saudáveis, estão alertas, curiosos e reativos. Veja a tabela abaixo para determinar se o comportamento de seu animal é motivo para preocupação. Nível de consciência Significado Levar ao veterinário? Alerta e reativo ao dono e ao estímulo externo; se você o chama para uma brincadeira, ele deve corresponder Normal Não Abatido; baixa resposta a estímulos visuais ou táteis; pode estar sonolente ou relutante em se mexer Comum a muitas doenças Sim, no dia seguinte, se o estado não melhorar com um primeiro tratamento Desorientado; tromba em objetos, andar incerto ou em círculos, pende para um lado Provável envolvimento neurológico ou do ouvido interno Sim, no mesmo dia Letargia; só desperta com estímulo muito doloroso Problema neurológico ou metabólico; sério Sim, imediatamente Comatoso (incapaz de acordar) ou tendo convulsões Emergência! Grave dano neurológico ou falência por ferimento, doença ou toxina Sim, imediatamente Avaliando reações Avaliando os sinais vitais Checando o pulso: Com a palma da mão ou na artéria femoral (na dobra da pata traseira, na virilha – pressione seus dedos no local). Será mais difícil encontrar se o animal estiver abatido, desidratado ou com baixa pressão sanguínea. Conte o número de pulsos em 15 segundos e multiplique o número por 4. A frequência normal é: Cães adultos: 60-140 batimentos por minuto Cães de raças pequenas ou filhotes: 90-140 batimentos por minuto Gatos: 110-240 batimentos por minuto Checando a respiração: Pode ser checado visualmente ou com as mãos sobre o tórax ou na frente do focinho. Cachorros mais peludos ou que estão em exercício respiram mais rápido e podem até ofegar duzentas vezes por minuto. Nos gatos, uma respiração arquejante e de boca aberta são consideradas sinais de perigo, porque os gatos não ofegam normalmente como uma forma de se resfriar, como os cães. Conte o número de pulso em 30 segundo e multiplique o número por 2. A frequência normal é: Cães: 10-30 respirações por minuto Gatos: 10-40 respirações por minuto Checando gengivas e mucosas: Mucosa oral e ocular. Como regra geral: Rosa: normal Branco/pálido: Anemia ou choque Amarelado: Icterícia (problemas hepáticos) Azul cinza: Falta de oxigénio nas celular (inalação de fumaça ou asfixia) Vermelho cereja brilhante: intoxicação por monóxido de carbono ou insolação Tempo de preenchimento capilar: Os capilares são pequenos vasos sanguíneos que ficam próximos à superfície da pele. Eles são mais fáceis de serem vistos nas gengivas, acima dos dentes. Você poderá avaliar o estado da circulação sanguínea do animal através desse teste. Checando : Levante o lábio superior e aperte o dedão contra a área da gengiva logo acima do dente canino por alguma segundo, ou até que a gengiva fique branca (bloqueio do fluxo normal). Remova o dedão e observe o retorno da cor da gengiva. A cor deve retornar em até 1 ou 2 segundos. 1 - 2 segundos: normal 2 – 4 segundos: moderado a fraco; possível desidratação ou choque Mais de 4 minutos: emergência- problema grave, desidratação ou choque Menos de 1 segundo: emergência- problema grave; insolação, choque Checando a temperatura: Ligue o termômetro digital, aplique lubrificante no termômetro, contenha o pet próximo a você e, mantendo a calda elevada e para o lado, gentilmente gire o termômetro para dentro do anus e segure até que ouça o apito do aparelho. Retire o termômetro e não se esqueça de limpa-lo, preferencialmente com álcool. Temperatura normal: 37,9-39,1 Temperatura abaixo de 35 e acima de 40: levar no veterinário Desidratação: Você pode avaliar o grau de desidratação ou de perda de líquido de seu animal com um simples teste. O primeiro sinal de problema é a falta de elasticidade da pele. Normalmente, cães e gatos hidratados apresentam uma pele extra solta no alto de suas cabeças e na base de seu pescoço, que é fácil de pegar. Quando o equilíbrio líquido do organismo do animal está normal, é possível puxar delicadamente o pelo do pescoço, e, ao solta-lo, a pele voltará imediatamente a uma posição normal. Quanto mais grave a desidratação, mais lento será o movimento de retração da pele. Contenção 1. Protege você de ser mordido ou arranhado por um animal ferido enquanto administra os primeiros socorros. 2. Restringe os movimentos do animal, impedindo-o de tornar o machucado pior. 3. Mantem o animal no mesmo lugar, permitindo que o ferimento possa ser examinado e tratado. Mordaça: Contenção esticada: Contenção com toalha: Contenção ajoelhada: Contenção do abraço: Administração de comprimidos e líquidos Comprimidos: - Mais fácil: escondidos em algum petisco gostoso, como queixo, salsicha ou bolinha de carne. Mas é comum engolirem o petisco e cuspirem o comprimido. Ter certeza de que engoliu. - Colocar no fundo da língua: o Circunde o topo do focinho com a mão, pressionando ambos os lados de sua mandíbula ao longo da linha da gengiva, exatamente atrás dos caninos (maiores). Isso fará com que o cão abra a boca. o Quando o cão abrir a boca, empurre o comprimido para o fundo da língua com a outra mão. o Depois faça carinhos no pescoço até que ele engula. - Esmagar e colocar no meio de alimento. - Utilizar um aplicador de comprimidos. Líquido: Incline a cabeça do animal para trás, depois insira uma seringa sem agulha ou um conta gotas no canto da boca e aplique o medicamento na bochecha. Massageie-o na garganta até que ele engula. Fazendo uma tala • Se desconfiar que houve uma fratura em uma perna, usa uma tala para acomodar e proteger o membro, impedindo que se mova. • Para fazê-lo é preciso que as articulações acima e abaixo da fratura sejam imobilizadas. Logo, fraturas na parte inferior da perna podem ser facilmente presas. • A tala deve cobrir toda a perna e pode ser feita de qualquer material rígido: papelão, jornal enrolado ou até mesmo uma toalha dobrada. Mas um dos melhores materiais para uma tala é plástico-bolha. Ele aconchega e, ao mesmo tempo, protege a perna. • A tala não irá corrigir a fratura, apenas manterá da maneira que está, impedindo maiores danos até que um socorro seja possível. • Para fazer uma tala, coloque delicadamente a perna do seu animal no material de proteção, enrole o material em torno da pata e prenda-o para que fique no lugar. Comece pela pata e vá prendendo aos poucos em direção ao corpo. • Depois leve o animal ao veterinário. Limpeza de feridas • Pele rompida: risco de contaminação e infecção. • O sangramento é um mecanismo de limpeza natural,que auxilia a eliminar a substância perigosa. • Não limpe feridas com sangramento abundante, porque isso apenas fará com que sangrem mais. No entanto, em ferimentos que não sangram, nada melhor do que uma limpeza de pronto atendimento para proteger seu animal contra outros danos. • Se houver pelos longos no local, corte-os com tesoura de pontas arredondadas, para que não grudem no ferimento. Deixe uma borda de pouco mais que 1 cm em torno do machucado. • A melhor forma de limpar uma ferida é enxaguá-la com água corrente, limpa ou soro fisiológico estéril para que saiam todos os detritos. • É interessante utilizar um esguicho de jardim, um chuveirinho ou mesmo o frasco de soro fisiológico. • Depois da limpeza utilize uma solução antisséptica que não provoque ardor, como água oxigenada para desinfetar o ferimento. • E, em seguida, seque-a levemente com pedaços de gaze ou um pano limpo que não tenha fiapos. Técnicas de curativo • Alguns curativos melhoram quando ficam abertos, deixados em contato com o ar. Mas outros se beneficiam com curativos, particularmente quando são curativos temporários, que fazem parte de um primeiro atendimento. • Os curativos: o Mantêm os machucados secos o Absorvem as secreções das feridas no processo de cura o Controlam o sangramento com uma suave pressão o Impedem que o animal lamba ou morda um machucado o Protegem o ferimento contra contaminação • Precisa ser trocado diariamente, ou dia sim dia não, e deve ser mantido seco e limpo entre cada troca. • Se o animal começar a lamber, coçar, mastigar o curativo, ou se surgir mau cheiro, remova o curativo imediatamente para se certificar de que não está surgindo uma infecção ou qualquer outro problema. • Como primeiro tratamento, um curativo geralmente é aplicado de forma temporária para proteger até que se possa ter cuidados veterinários. • Um bom curativo contêm três partes: uma compressa absorvente (gaze), faixa elástica e esparadrapo. Convulsões • Um dano no cérebro que causa como que um curto-circuito na atividade elétrica dos neurônios. Mas, na maioria das vezes, não se sabe ao certo a origem de convulsões recorrentes, o que é chamado de epilepsia idiopática. • Em animais com mais que seis anos, normalmente são consequência de um tumor do cérebro. • Mais comuns em cães do que em gatos • Podem aparecer em qualquer idade • Durante as crises os animais podem cair, chorar, agitar as patas descontroladamente, perder a consciência e urinar e defecar involuntariamente. • Têm aspecto assustador, mas normalmente duram apenas segundos ou minutos e não são perigosas, a não ser que continuem por muito tempo (mais de 5 minutos). Geralmente duram entre 10 segundos a 3 minutos. • Os primeiros socorros têm o objetivo de ajudar o animal a se recuperar mais rapidamente e prevenir ferimentos. • Se o animal tiver mais de uma convulsão em um período de 24 horas, ou se ele tiver uma convulsão ou uma série de convulsões que durem mais de cinco minutos, leve- o imediatamente ao médico veterinário. O que fazer: Ø Leve o animal para um lugar seguro: o Pode se machucar: cair ou bater contra objetos – use toalhas para levanta-lo e move-lo para outro lugar; tirar de locais altos, perto de escada e objetos que possa bater. o Não conseguem engolir a língua, então não tente colocar nada na boca do animal ou poderá ser mordido. Ø Mantenha-o no frio: o Queima muitas calorias o que pode rapidamente superaquecer o animal. o Ligue o ar condicionado ou ventilador para manter o ambiente fresco. Ø Diminua os estímulos: o Ruídos externos ou estímulos visuais podem prolongar a convulsão ou até provocar outra. Não toque ou fale com o animal, exceto se precisar leva-lo para outro local mais seguro. Desligue música, tv, diminua as luzes. o Cubra o animal com um lençol, para eliminar o estímulo externo, e espere a convulsão terminar. Ø Dê mel: o Filhotes muito novos ou jovens de raças toy, comumente têm convulsão por hipoglicemia. Animais mais velhos com diabetes ou que tenham estado doentes por muito tempo podem também apresentar convulsão por hipoglicemia. o Pingue Karo ou mel nas gengivas do animal, será absorvido pelas mucosas. É importante que seja feito isso durante a convulsão. o Use uma colher de chá para animais abaixo de 22kgs. o Cães maiores, entre 22-35 kgs, podem tomar duas colheres de chá. o Cães extra-grandes, acima de 35kgs, podem receber 2 colheres e meia de chá. o Cães gigantes, acima de 50kgs, podem chegar a 3 colheres de chá. Ø Caso a convulsão dure mais que cinco minutos – Status epilepticus: • Convulsão que se prolonga por mais que 10 minutos contínuos ou uma convulsão que se encadeia na outra sem que o animal recupere a consciência. • A temperatura corporal vai continuar a subir, provocando mais convulsões: alto dano cerebral. Ponha sacos de gelo nas virilhas, axilas e na parte de trás do pescoço do animal. E aplique álcool nos coxins das patas e na parte inferior de todas as quatro patas. • Leve o animal imediatamente para o veterinário, mantendo-o frio. Ø Caso a convulsão seja causada por um ferimento na cabeça: • Problema comum decorrente de trauma de cabeça. • Movimente o animal o mínimo possível e leve-o imediatamente para o veterinário. Insolação • Acontece quando os mecanismos normais do corpo não conseguem manter a temperatura em uma variação segura. Podem ficar superaquecidos com muita facilidade, porque não têm um sistema de esfriamento muito eficiente. Não suam para regular a temperatura corpórea. ² Insolação moderada: 40 a 41 graus. Língua e e gengivas vermelho-brilhantes, saliva grossa e pegajosa, e ofegará rapidamente. Recebendo pronto atendimento, a maioria se recupera em uma hora. ² Insolação grave: superiores a 41 graus. Gengivas descoradas, fica desanimado, sangrando pelo nariz e com sangue no vômito, diarréia e entrar em coma como quando o cérebro começa a inchar. Pode ser fatal, entrar em choque, ter falência múltipla dos órgãos. ² Insolação gravíssima: superiores a 41,5 graus. Desenvolve coagulação intravascular disseminada. Morre se não receber um atendimento imediato e cuidados veterinários em poucos minutos. O que fazer: Ø Leve o animal para o veterinário imediatamente e resfrie-o: o Meça a temperatura com termômetro lubrificado para determinar qual o grau de insolação. o Acima de 41 graus, precisam ir a um veterinário imediatamente. o Mantenha o veículo frio durante o transporte (coloque-o na frente da ventilação) e, antes tente pegar uma garrafa de álcool gel e gelo para mente-lo gelado durante todo o percurso, colocando-os nas axilas e virilha. Ø Resfrie-o e monitore a temperatura: o Se o animal estiver consciente ou se você morar muito perto do veterinário (5 minutos), tente baixar a a temperatura abaixo de 41 graus antes de correr para o veterinário. o Use mangueira de jardim, chuveiro, pia... Cheias de água fria. Verifique a temperatura a cada 5 minutos para ter certeza de que está baixando a temperatura. o Preste atenção para o animal ficar com a cabeça fora da água. o Aplique bolsas de gelo, primeiramente com uma toalha molhada e gelada, por trás do pescoço e da cabeça. Depois, coloque também uma bolsa de gelo em cima da toalhinha. Isso também impede o inchaço do cérebro. o Interrompa o processo de resfriamento aos 39,5 graus para que ele não fique com frio. Quando a temperatura voltar ao normal, ele parará de ofegar e sua respiração se tornará mais lenta e menos frenética. o Depois, mantenha-o inativo e longe do sol ou do calor direto. Ø Deixar o animal beber bastante água: o Ofereça bastante líquido, ajudando-o a resfriar a partir de dentro. Ø Fique atento ao choque: o Insolação grave pode levar a choque. Leve imediatamente para o veterinário. o Se o animal estiver entrado em choque, ele pode ter baixa taxa de açúcar no sangue. A elevação daglicemia com uma dose de mel ou Karo pode ajudar. o Esteja pronto para fazer respiração artificial e ressuscitação cardio-pulmonar. Situações especiais: Ø Animais com pelos longos e/ou densos Tende a mudar a maior parte de sua pelagem interna na época do calor. Os pelos auxiliam a isola-lo do calor extremo, enquanto permite que correntes de ar penetrem para refresca-lo. Mas se os pelos estão embaraçados ou com nós, o calor se mantém junto ao corpo impedindo que a circulação de ar chague até a pele, refrescando-a. Portanto manter o animal escovado pode ajudar a prevenir insolação. Ø Animais idosos, gordos ou para os que têm problemas respiratórios São os animais que correm maior risco de insolação, porque até mesmo seu sistema de resfriamento não funciona muito bem. Na época do calor, o ideal é mante-los dentro de casa, no ar condicionado e sem fazer exercícios. Intoxicação • Os tóxicos produzem uma gama ampla de sintomas que podem se desenvolver em minutos ou apenas dias depois. Os sinais dependem do tipo de substância tóxica, da quantidade de exposição e do animal em si. • A intoxicação é uma emergência e exige atenção médica imediata, mas você pode salvar a vida do seu animal com um pronto atendimento, livrando-se do tóxico, neutralizando-o ou diluindo-o, para ter tempo de procurar ajuda. O que fazer: Ø Faça o animal vomitar: o A melhor maneira de tratar a maioria dos tóxicos ingeridos é fazendo o animal vomitar imediatamente – mas somente se ele estiver totalmente consciente e em total controle (um animal zonzo pode inalar conteúdo do vômito). Se o animal souber o que está acontecendo, você pode induzir o vômito até uma hora depois que ele tiver engolido a substância tóxica, mas quanto antes melhor. o Antes, dê uma leve refeição para o animal. Se ele não quiser comer, ofereça alguma coisa especial que ele goste (dilui o tóxico, retardando a absorção, e o fato de ter algo no estômago torna mais fácil provocar o vômito). Ø Dê carvão ativado: o Funciona como bom antídoto para vários tipos de veneno. O melhor preparado é o Enterex (pó). o Não será fácil o animal aceitar pois tem um gosto muito ruim. Forçar a solução boca adentro. o Se estiver muito perto do veterinário, deixar ele aplicar. o Cuidado pois pode manchar tapetes, estofados, roupas e pele. Ø Leve a embalagem para o veterinário: o Muitas substâncias têm antídotos específicos, logo é importante que a substância seja identificada. Leve a embalagem do tóxico ao veterinário. o E, se o animal vomitar, leve o conteúdo ou uma amostra do material vomitado para análise. Situações especiais: Ø Se o animal tiver engolido uma substância cáustica: o Alvejantes e amônias são cáusticas e queimam quando descem a pela garganta e causam o mesmo estrago ao fazerem o caminho de volta. Além disso, produtos derivados do petróleo, como querosene e óleo de motor são facilmente atraídos para os pulmões, quando vomitados. o Logo, nunca provoque vômito se desconfiar que o animal engoliu um desses tipos de tóxicos. o Ao invés de induzir o vômito, embeba um pedaço de pão em duas colheres de óleo mineral ou vegetal e dê para seu animal. O óleo ajuda a revestir a parede do estômago e do intestino, protegendo-os e retardando a absorção do veneno. Para evitar a inalação acidental do óleo, colocamos o óleo em um pedaço de pão. o Se suspeita que o animal tenha experimentado algo cáustico, anime-o para tomar o máximo de água possível, para diluir o veneno e enxaguar sua boca. O leite também tem o mesmo efeito. o Durante o percurso para o veterinário você pode vaporizar água ou leite na boca do animal, para aliviar a queimadura. Intoxicação Induzindo vômito Apenas para animais conscientes quando a substância suspeita não tem natureza cáustica ou não é derivado de petróleo. A identificação da substância suspeita é muito importante para que o tratamento seja rápido e apropriado. Não empurre nada dentro da garganta do animal para induzi-lo ao vômito. Isso é ineficiente e perigoso para você e para o pet. O único método recomendado para indução de vomito em um animal consciente é o peroxido de hidrogênio (água oxigenada) – a ação da espuma e o gosto deverão fazê-lo vomitar em cinco minutos. Outros métodos já foram utilizados mas não são mais recomendados, como a água salgada e xarope de ipeca. Após induzir o vômito, leve imediatamente para o veterinário. Água oxigenada: Com o auxilio de uma seringa sem agulha, coloque no fundo da boca e na bochecha. A dosagem recomendada é aproximadamente um colher de sopa de água oxigenada para cada 7 kgs. Se necessário repita isso duas a três vezes, deixando um espaço de cinco minutos entre as doses. Ø Tóxico no pelo ou na pele: o O melhor pronto atendimento é dar um banho no animal. Pode-se utilizar um xampu para cabelos oleosos ou um detergente para retirar tóxicos tópicos. Depois enxague o animal completamente, embrulhe o animal em uma toalha e leve-o ao veterinário. Ø Tinta, pixe ou óleo de motor na pele: o Não saem com água e sabão e nunca devemos utilizar tiner ou solventes minerais para retira-los da pele pois estes também são tóxicos. o Coloque luvas de borracha e esfregue bastante óleo mineral ou vegetal antes que o material endureça no pelo ou na pele. Deixe o pelo ficar embebido no óleo até que solte. Em seguida use fubá, amido de milho ou farinha para polvilharas regiões contaminadas – o pó absorve as toxinas e pode ser lavado com detergente. Talvez seja precisa ensaboar e enxaguar o animal várias vezes. Ø Fique atento e siga os procedimentos específicos pois o animal pode ter convulsões, o coração pode parar ou pode parar de respirar. Asfixia por corpo estranho • Cães e gatos se sufocam quando algo se aloja em sua garganta ou traquéia. • Se engasgam, têm ânsia e tossem, tentando expelir o objeto, e podem ficar desesperados quando não o conseguem. • Se o objeto preso corta o suprimento de ar, a asfixia pode se tornar perigosa. Mas até mesmo um bloqueio parcial pode fazer o animal desmaiar. O que fazer: Ø Tente tirar rapidamente o objeto: o Se o animal não conseguir retirar o objeto, ele irá desmaiar e poderá morrer em poucos minutos. Logo, você não terá tempo para esperar socorro médico. o Tente rapidamente retirar o objeto: puxe a língua do animal para fora, para liberar a passagem – use um pano para segurar a língua – alcance o objeto e puxe-o. o Se você, mesmo depois de algumas tentativas, não conseguir retirar o objeto, use a manobra de Heimlich. o Se você conseguir enxergar o objeto e seu animal deixar, use uma pinça ou até um alicate para agarrar o objeto e traze-lo para fora da boca. Tente duas ou três vezes, mas tente mais vezes ou poderá piorar a respiração do animal, podendo entrar em colapso. o Enquanto o animal estiver apresentando algum chiado ou barulho com a respiração, ele ainda estará conseguindo respirar e você terá tempo ainda para alguma emergência médica. Ø Imobilize o animal: o Um animal com medo pode morder, portanto não tente olhar dentro da boca do animal até conseguir ajuda para imobiliza-lo. Faça com que outra pessoa o embrulhe em uma toalha, para conter suas patas bambas, ou o envolva em torno do pescoço e do corpo, em uma espécie de chave de braço. Depois disso, você poderá pegar a parte de cima do focinho e, delicadamente, pressionar seu lábio contra seus dentes, colocando o polegar de um lado da boca e os outros dedos do outro, para impeli-lo a escancarar a boca. Ø Use uma variação da manobra de Heimlich: o No caso de objetos de difícil acesso ou difíceis de serem agarrados, você pode utilizar essa manobra. o Com gatos ou com cachorros pequenos, segure-os com as costas contra seu estômago, a cabeça para cima e as patas penduradas. Encaixe seu punho na cavidade macia logo abaixo da caixa torácica e empurre para dentro e para cima, em direção à suabarriga e ao queixo, com um firme golpe. o Quando for um cão maior, deite-o de lado e ajoelhe-se com os joelhos contra a coluna do seu animal. Debruce-se sobre ele, coloque seu punho na cavidade abaixo da caixa torácica e dê um golpe para cima e para dentro, em direção à cabeça do cachorro e a seus joelhos. o Repita esse movimento duas ou três vezes seguidas, depois verifique se o objeto está solto dentro da boca. Se não estiver, você pode continuar com o procedimento no carro, enquanto alguém o leva até o veterinário. * Ao transportar o animal no veículo, ligue o ventilador ou ar condicionado pois os cães se resfriam ofegando e, com algo preso em sua garganta, eles podem ficar superaquecidos muito rapidamente. Mordidas de animais Se o animal for mordido, leve-o ao veterinário, mesmo que o ferimento pareça insignificante. • Risco de infecção alto: bactérias levam cerca de uma hora para se multiplicarem o suficiente para causarem problemas. Por isso os primeiros socorros nessa fase são muito importantes para ajudar a prevenir infecções. O que fazer: Ø Verifique a respiração e o batimento cardíaco do animal: o Se necessário, faça ressuscitação cardio-pulmonar ou respiração artificial Ø Observe se há sinais de choque: o Gengivas pálidas e perdendo consciência: grave perde de sangue externa ou internamente. Ø Controle o sangramento: o As mordidas de animais geralmente não sangram muito, a não ser que um vaso sanguíneo tenha sido cortado. o Para controlar um sangramento, coloque um pano limpo ou uma compressa de gaze sobre o machucado e o pressione. O sangramento deverá parar em cinco minutos ou até menos. o Se a compressa se molhar muito, coloque outra compressa sobre essa primeira e mantenha a pressão. Cuidado: não remova a primeira compressa pois você atrapalhará a coagulação. Você poderá usar um curativo de pressão, enrolando a compressa com uma faixa elástica, tiras de tecido e/ou esparadrapo. Ø Busque socorro médico Ø Contenha o animal Ø Mantenha os olhos úmidos: o Se o animal estiver com os olhos ou um olho fora da órbita, molhe uma compressa com água pura ou com soro fisiológico e cubra o globo ocular para mantê-lo úmido até que você chegue ao veterinário. Ø Limpe a área: o Não limpe ferimentos com grande sangramento pois isso pode impedir a coagulação. o Apenas após ter parado de sangrar, limpe com cuidado o ferimento. o Se o animal tiver pelos longos, corte os pelos ao redor para que as bactérias ali contidas não infeccionem o machucado. o Use uma pequena quantidade de água oxigenada 10 vol. em uma toalhinha limpa ou compressa de gaze para limpar a área em torno dos machucados visíveis; caso não tenha água oxigenada use água limpa. Cuidado: não coloque água oxigenada diretamente sobre machucados abertos pois isso poderá danificar as células vivas e fará com que a cicatrização se torne mais difícil. Ø Limpe a área: o Não use analgésicos pois além de você não saber exatamente qual usar, eles podem interferir na coagulação e piorar o sangramento. Ao invés deles, coloque uma compressa de gelo na primeira meia hora após a mordida, para aliviar a dor. o A compressa também auxilia na redução do edema. o Passe uma toalha ou pano limpo em água gelada e coloque sobre o machucado. Depois coloque por cima uma compressa gelada ou uma bolsa de gelo. Faça isso durante 10 a 30 minutos, várias vezes por dia.