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Educação Ambiental IV

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Prévia do material em texto

Curso de 
Educação Ambiental 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
170 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
 
MÓDULO IV 
 
Introdução 
 
Neste módulo, abordaremos as aplicações da Educação Ambiental Formal, 
isto é, a aplicabilidade no ambiente escolar. 
Temos que compreender que a Educação Ambiental está inserida nos 
Parâmetros Curriculares como um assunto Transversal que deve ser abordado por 
todas as disciplinas e não ficar a cargo somente da disciplina de Ciências ou 
Biologia, tendo assim um enfoque interdisciplinar. 
Diversas escolas já inseriram com sucesso projetos de Educação Ambiental, 
citaremos algumas no decorrer do módulo. Também iremos sugerir exemplos de 
projetos, formação da Agenda 21 na escola e diversas dinâmicas para aplicar com 
os alunos. Bom estudo! 
 
 
27. Educação Ambiental Formal 
 
Entende-se como Educação Ambiental Formal a educação compreendida no 
âmbito escolar (ensino regular), cujos objetivos estão compreendidos nos 
referenciais curriculares, abordados por todas as matérias, sendo assim um assunto 
interdisciplinar. 
A Educação Ambiental é outra concepção de educação que toma o espaço 
da gestão ambiental como elemento estruturante na organização do processo de 
ensino-aprendizagem, construído com os sujeitos nele envolvidos, para que haja de 
fato controle social sobre decisões que afetam o destino de muitos, senão de todos, 
destas e de futuras gerações. 
Esta proposta é substancialmente diferente da chamada Educação 
Ambiental convencional cujo elemento estruturante da sua prática pedagógica é o 
funcionamento dos sistemas ecológicos. A proposta praticada pelo IBAMA refere-se 
 
 
 
 
 
171 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
à Educação Ambiental Crítica que, segundo Capra (2002) é um processo educativo, 
eminentemente político, que visa ao desenvolvimento, nos educandos, de uma 
consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de 
riscos e respectivos conflitos sócios ambientais. 
As características específicas da Educação Ambiental, tanto em nível 
temático como metodológico, exigem processos específicos de capacitação dos 
professores, para que a EA ser implementada na escola. 
Quando a proposta é introduzir inovações educativas nas escolas, tal como 
sucede com a definição das novas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
e, em especial, com os temas transversais de relevante interesse social, que visam à 
atualização e adequação dos currículos às complexas e dinâmicas condições do 
mundo contemporâneo, a capacitação dos responsáveis pela execução dessas 
inovações é absolutamente imprescindível. 
Uma educação inovadora atravessada por conceitos complexos e não 
unívocos, como ambiente e desenvolvimento sustentável, que pretende fornecer 
uma compreensão crítica e transformadora e desenvolver valores e atitudes que 
conduzam os sujeitos da educação a se inserirem em processos democráticos de 
transformação das modalidades de uso dos recursos naturais e sociais e de 
entender a complexidade das relações econômicas, políticas, culturais, de gênero, 
entre outras, e ainda agir em consequência com as análises efetuadas como 
cidadão responsável e participativo, exige a realização efetiva de processos de 
formação em serviço, a fim de que esta capacitação teórico-prática se reflita 
posteriormente nas ações a serem implementadas. 
As diversas dificuldades existentes devem-se, muitas vezes, às formas 
simplistas com que tem sido concebida e aplicada a Educação Ambiental, reduzindo-
a a processos de sensibilização ou percepção ambiental, geralmente, orientados 
pela inserção de conteúdos da área biológica, ou a atividades pontuais no Dia do 
Meio Ambiente, do Índio, da Árvore, ou visitas a parques ou reservas. Essas 
atividades têm sim sua importância, mas apenas assinalam que elas são 
necessárias, porém não suficientes, para desenvolver conhecimentos e valores, tais 
como eles são postulados nos PCN de Meio Ambiente e de Ética. 
 
 
 
 
 
172 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
A sensibilização é uma etapa inicial da Educação Ambiental, assim como o 
entendimento das relações ecológicas e dos conteúdos da biologia é imprescindível 
para avançar nos processos da Educação Ambiental, mas não é Educação 
Ambiental. A percepção das belezas da natureza ou dos graves problemas 
ambientais de lixo ou contaminação constitui elemento importante para a 
compreensão da temática ambiental; mas quando essas noções ficam simplesmente 
na ação de sensibilização, não produzem avanços significativos para uma 
compreensão mais abrangente da sociedade, nem se refletem em mudanças de 
atitudes e, muito menos, ajudam a construir uma nova forma de racionalidade 
ambiental, que consideramos o objetivo final do processo de Educação Ambiental 
para o desenvolvimento sustentável. 
A questão ambiental, quando abordada na Escola, a partir de práticas 
interdisciplinares facilita a aprendizagem de valores e atitudes, aspecto que até 
então vinha sendo pouco explorado. 
O indivíduo, a sociedade e a espécie não são inseparáveis, mas interligam-
se de tal forma que se tornam co-produtores um do outro. 
 
28. Educação Ambiental e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) 
 
O tratamento da Educação Ambiental, tema transversal, como é sugerido 
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que surgiram com a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação (LDB), nº 9394/96, de 20 de Dezembro de 1996, no currículo 
da Escola, permite aprofundar as fontes teóricas que permeiam as práticas 
pedagógicas vigentes. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, colocando a Educação Ambiental 
como um tema transversal, permitem promover o exercício da cidadania na busca de 
uma melhoria da qualidade de vida individual e coletiva, colocando como ponto 
relevante as relações socioambientais decorrentes das ações humanas, abrindo 
novas perspectivas ao desenvolvimento de habilidades para participar desses novos 
tempos que se iniciam. 
 
 
 
 
 
173 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, quando sugerem o estudo do meio 
ambiente como um dos temas transversais, defendem um estudo dependente da 
qualidade, em um respeito mútuo cuidando do que é de todos. Percebe-se aí a 
necessidade da humanidade viver o cotidiano em relação harmônica com os outros 
seres do planeta. 
A Educação Ambiental ganhou uma nova abordagem a partir da LDB, que 
determinou a elaboração do Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172 de 2001). O 
ensino da Educação Ambiental também é lembrado na Constituição Federal de 
1988, especialmente no Artigo 225, §1º, VI: promover a educação ambiental em 
todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio 
ambiente. 
Uma das maiores contribuições para a educação moderna foi a introdução 
dos Temas Transversais, sugeridos pelo PCN, que abrem novas perspectivas para a 
conquista de novas habilidades por parte dos alunos. 
Essa disciplinas, permitem a constante reconstrução de conceitos, valores e 
posturas diante dos fatos. Proporcionam visões diferentes do assunto em questão. 
Trata-se de construir diálogos fundados nas diferenças,abraçando concretamente a 
riqueza da diversidade. 
 
Alguns pontos polêmicos no debate ambiental segundo o PCN 
 
• A questão ecológica ou ambiental deve se restringir à preservação dos 
ambientes naturais intocados e ao combate da poluição; as demais questões 
(envolvendo saneamento, saúde, cultura, decisões sobre políticas de energia, de 
transportes, de educação, ou de desenvolvimento) são extrapolações que não 
devem ser da alçada dos ambientalistas. 
 
• Os que defendem o meio ambiente são pessoas radicais e privilegiadas, 
não necessitam trabalhar para sobreviver, mantêm-se alienadas da realidade das 
exigências impostas pela necessidade de desenvolvimento; defendem posições que 
 
 
 
 
 
174 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
só perturbam quem realmente produz e deseja levar o país para um nível melhor de 
desenvolvimento. 
• É um luxo e um despropósito defender, por exemplo, animais ameaçados 
de extinção, enquanto milhares de crianças morrem de fome ou de diarreia na 
periferia das grandes cidades, no Norte ou no Nordeste. 
• Quem trabalha com questões relativas ao meio ambiente pensa de modo 
romântico e ingênuo; acredita que a natureza humana é intrinsecamente “boa” e não 
percebe que, antes de tudo, vem a dura realidade das necessidades econômicas. 
Afinal, a pior poluição é a pobreza, e para haver progresso é normal algo ser 
destruído ou poluído. 
• Idealiza-se a natureza, quando se fala da “harmonia da natureza”. Como 
se pode falar em “harmonia”, se na natureza os animais se atacam violentamente e 
se devoram? Que harmonia é essa? 
 
É essa visão, que erroneamente as pessoas fazem sobre as questões 
ambientais, que um educador ambiental deve combater; e é na escola que inicia 
esse processo, sensibilizando para a conservação da água, a situação do lixo, o 
desperdício dos alimentos, o zelar com o espaço que está ocupando no momento. 
A nova LDB afirma, em várias ocasiões, a necessidade de se trabalhar 
educativamente o conceito de realidade, trabalhar o contexto em que o aluno está 
envolvido, o que faz parte da sua realidade. 
 
28.1 Educação ambiental – uma visão interdisciplinar 
 
A questão ambiental, quando abordada na escola, a partir de práticas 
interdisciplinares facilita a aprendizagem de valores e atitudes, aspecto que até 
então vinha sendo pouco explorado. 
 
A interdisciplinaridade está presente na Política Nacional de Educação 
Ambiental, Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999, Art. 2º, que diz: “a educação 
ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, 
 
 
 
 
 
175 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do 
processo educativo, em caráter formal e não-formal”. 
As práticas interdisciplinares devem ter como objetivos desenvolver a 
postura crítica e trabalhar sobre atitudes e valores do educando. O desenvolvimento 
de um pensamento ético-ambiental pode aproximar a ação humana do próprio 
homem como força atuante na natureza. Esse homem deve deixar a compaixão em 
detrimento da racionalidade humana, pois é em um exercício de renúncia voluntária 
ao centralismo antropológico que se aproxima da Natureza. 
Os professores, inseridos no trabalho interdisciplinar, proporcionam ao aluno 
a construção de conceitos fundados nos mais variados pontos de vista, buscando, 
dentro da realidade de suas comunidades, explicações para fatos globais. 
Educação Ambiental, como tema transversal, resulta na articulação de 
diversas disciplinas e práticas educativas, deve superar pontos críticos que, por 
muito tempo, foram ignorados, por vários motivos, e atinge a dimensão ética que 
perpassa todo o currículo. 
A prática interdisciplinar está ligada a uma soma de conteúdos, proveniente 
de atividades conjuntas que buscam a interação de temas geradores de polêmica. 
Deve-se considerar que os integrantes dessas atividades precisam buscar a 
conexão entre o ambiente exterior e o interior. 
Assim, o professor, assume seu papel como um pesquisador; para que isso 
aconteça, ele necessita de estudos, leituras, reflexões sistematizadas para poder 
atuar com segurança na própria realidade. Prepara-se, assim, para trabalhar com o 
imprevisto, com o desconhecido - deixando de lado sua posição de simples treinador 
para assumir a parceria e a cumplicidade com seus colegas e alunos. 
 
28.2 A formação dos professores em Educação Ambiental 
 
Como qualquer outra área de conhecimento, a Educação Ambiental possui 
especificidades conceituais que devem ser compreendidas com clareza para um 
correto desempenho de suas atividades. Soma-se a isto, ainda, uma problemática 
maior, que não se apresenta nas disciplinas tradicionais. 
 
 
 
 
 
176 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
A Educação Ambiental é um campo de conhecimento em formação, 
permeado por contradições e com um histórico que lamentavelmente torna mais 
complexo o seu processo de assimilação. 
Estamos partindo do pressuposto de que o conceito de Educação Ambiental 
que permeia a educação em geral consiste em: 
 
A Educação Ambiental como processo que consiste em propiciar às 
pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar 
valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição 
consciente e participativa a respeito das questões relacionadas com a 
conservação e a adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria 
da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo 
desenfreado. A Educação Ambiental visa à construção de relações sociais, 
econômicas e culturais capazes de respeitar e incorporar as diferenças 
(minorias étnicas, populações tradicionais), à perspectiva da mulher e à 
liberdade para decidir caminhos alternativos de desenvolvimento 
sustentável, respeitando os limites dos ecossistemas, substrato de nossa 
própria possibilidade de sobrevivência como espécie (Medina,1998). 
 
Em outros termos, entendemos a Educação Ambiental como a resposta, no 
âmbito da educação, aos desafios atuais. Os conteúdos abordados objetivam a 
homogeneização de conceitos básicos da dinâmica ambiental e a discussão/reflexão 
sobre o conflito existente entre esta dinâmica e as tendências comportamentais de 
uso irracional do meio, a fim de proporcionar aos participantes a possibilidade de 
escolha consciente de quais caminhos de desenvolvimento devem ser seguidos e 
quais as consequências dessa escolha. 
 
Os princípios gerais que a Educação Ambiental segue são apresentados a 
seguir: 
• Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o 
pensamento sistêmico sobre a dimensão ambiental e educativa. 
Práticas relacionadas à sensibilização: percepção ambiental (meio físico, 
biológico e antrópico). 
 
 
 
 
 
177 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
• Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que 
regem o sistema natural. 
Práticas relacionadas à compreensão: delimitação da área de estudo, 
visualização de relevo, definição de ocupação e uso do solo, determinação das 
áreas verdes e porcentagem de impermeabilização do solo, levantamento histórico-
econômico da ocupação, determinação dos eixos de expansão, grau de impactos 
ambientais (água, solos, vegetação, fauna, resíduos sólidos) e possíveis limites de 
recuperação. 
• Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal 
protagonista para determinar e direcionar a manutenção do planeta. 
Práticas relacionadas à responsabilidade:estudo e interpretação das 
Constituições (federal e estadual), das legislações ambientais (federal, estadual, 
municipal), dos códigos específicos (florestal, pesca), das políticas públicas 
(recursos hídricos, meio ambiente, resíduos sólidos), das normas e resoluções 
(federal, estadual) e da Lei Orgânica Municipal. 
• Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema. 
Práticas relacionadas à competência: elaboração e aplicação de projetos de 
atuação direta no meio (recuperação, manutenção, criação de áreas verdes), 
viabilização de uma ação de fiscalização integrada da comunidade com os órgãos 
executivos competentes (Polícia Florestal, DEPRN, Sanesul, Prefeitura Municipal). 
• Cidadania: capacidade de participar ativamente, resgatando os direitos e 
promovendo uma nova ética capaz de conciliar a natureza e a sociedade. 
Práticas relacionadas à cidadania: efetivação de ações comunitárias, 
elaboração de metas, programas e políticas locais. 
 
No processo de formação dos educadores para trabalhos educativos 
relacionados com a temática ambiental, o Ministério da Educação, as secretarias 
estaduais de educação e as universidades devem ser, sem dúvida alguma, as 
instituições que garantam a elaboração e a implementação de políticas e o 
cumprimento das responsabilidades por parte do Estado nessa área. No entanto, é 
um grande risco concentrar todos os nossos esforços apenas nesses espaços 
 
 
 
 
 
178 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
institucionais. Na verdade, é extremamente recomendável que, nesta tarefa, sejam 
envolvidas as diferentes instituições governamentais e não-governamentais. É por 
meio da articulação entre os diferentes níveis do Estado e das instituições da 
sociedade civil que a complexidade e a riqueza quanto às diferentes dimensões que 
esse processo demanda poderão ser consideradas. 
 
Desenvolvimento do Plano de Aula de Educação Ambiental 
 
Todo processo de planejamento deve ter necessariamente quatro etapas: 
 
1. O conhecimento da realidade; 
2. A concepção de um plano; 
3. A execução do plano; 
4. O acompanhamento, o monitoramento e a avaliação das ações. 
 
Na prática, essa sequência é um ciclo continuado, com o acompanhamento 
reordenando a concepção e a execução do plano. Essas etapas se integram, 
envolvem-se e ocorrem simultaneamente. O conhecimento da realidade é um 
processo permanente. 
Essa estratégia de planejamento, em que há a necessidade de um ajuste 
contínuo, envolvendo uma sucessão de mudanças incrementais, permitindo que a 
cada passo se possa aprender com base nas consequências das decisões 
anteriores, denomina-se incrementalismo disjunto. Se, em conjunto com esse ajuste 
contínuo, ocorrer um processo de aprendizado participativo em que as ações de 
diversas partes do sistema social sofram uma mudança na direção da colaboração, 
essa estratégia passa a ser denominada de incrementalismo articulado. Nessa 
concepção, o futuro estado desejável pode ser modificado, pois a transformação de 
um sistema social é gradual, e cada mudança real que ocorre no sistema modifica a 
definição do futuro estado desejado. 
 
 
 
 
 
179 
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O processo de planejar sempre envolve um conjunto de aspectos 
considerados intrínsecos ao seu desenvolvimento. São as dimensões racional, 
política, valorativa e técnico-administrativa. 
Para o desenvolvimento de um projeto educacional devem-se seguir alguns 
passos, tais como: 
• Tema: é o que vou pesquisar, abrange um aspecto ou uma área de 
interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Também pode ser 
um assunto interessante para o pesquisador (educador), educando, instituição, 
comunidade. Por exemplo: será que os resíduos sólidos causam muito impacto no 
meio ambiente? 
• Objetivos: nesse item, o professor deve deixar explícita sua intenção na 
realização do projeto. Por exemplo: reconhecer os impactos ambientais causados 
por resíduos sólidos. 
• Introdução: revisão sobre o assunto a ser trabalhado de forma sucinta 
para situar o leitor, mostrando o que já foi feito sobre o tema. Passos que auxiliam 
na revisão de literatura: quem já pesquisou algo semelhante, buscar trabalhos 
semelhantes ou idênticos, demonstrar a necessidade de desenvolver o trabalho, e 
relatar grandes feitos de outros pesquisadores. Por exemplo: "Jogue o lixo no lixo", 
pedem as campanhas educativas. Saber que uma pessoa gera em média 25.000 
quilos de detritos ao longo da vida assusta qualquer um. Estaria a Terra condenada 
a tornar-se um colossal depósito de refugos? O texto de VEJA abre uma boa 
perspectiva para você examinar, em sala de aula, o impacto ambiental causado 
pelas formas de disposição do lixo. 
• Caracterização do problema: são a proposições específicas, as respostas 
que estou disposto a responder, a definição clara do problema e a delimitação em 
termos de tempo e espaço. 
 
• Justificativa: por que eu devo estudar esse tema? Quais são as vantagens 
e benefícios que a pesquisa irá proporcionar? Qual é a importância 
pessoal/comunidade/município/estado/país? Além de responder a essas perguntas, 
 
 
 
 
 
180 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
a justificativa também tem que ser convincente e delimitar razões de ordem teórica e 
prática que justifiquem o desenvolvimento da pesquisa. 
• Metodologia: é o plano detalhado de como alcançar o(s) objetivo(s), deve 
responder todas as questões propostas durante a elaboração do projeto. Lembrem-
se, deve destacar: o local de execução do projeto, os materiais e métodos utilizados, 
a caracterização da amostra (turma), a listagem de conteúdos articulados e a forma 
de avaliação. 
• Cronograma de atividades: deve apresentar o cronograma de execução 
do projeto, a esquematização, de forma objetiva das atividades previstas no seu 
desenvolvimento e deve considerar o período de duração do projeto (mês e ano do 
início e do término). 
• Orçamento: deve constar o material de consumo, o material permanente e 
os recursos humanos que ao decorrer do projeto você irá utilizar. 
• Referências bibliográficas: as referências bibliográficas auxiliam o leitor a 
interpretar melhor o trabalho, conhecendo suas fontes, e o desenvolvimento feito 
pelo autor. 
 
Exemplos de projetos 
 
Projeto água 
 
A água é um recurso natural e essencial para a sobrevivência de todas as 
espécies que habitam a Terra. No organismo humano a água atua, entre outras 
funções, como veículo para a troca de substâncias e para a manutenção da 
temperatura, representando cerca de 70% de sua massa corporal. Além disso, é 
considerada solvente universal e é uma das poucas substâncias que encontramos 
nos três estados físicos: gasoso, líquido e sólido. É impossível imaginar como seria o 
nosso dia-a-dia sem ela. 
O projeto água pode ser trabalhado com os alunos mostrando-lhes algumas 
curiosidades, tais como: 
 
 
 
 
 
 
181 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
• Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água. 
• As algas produzem a maior parte do oxigênio da Terra. 
• O corpo humano possui na sua composição 3/4 de água. 
• O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem 
beber água. 
• Na água originaram os primeiros organismos vivos que surgiram na Terra, 
há mais de 3 bilhões de anos. 
• São alguns exemplos de doenças de veiculação hídrica: febre, disenteria, 
cólera, hepatite, poliomielite, malária, dengue. 
• O gotejamento de uma torneira desperdiça 46 litros por dia. Isto é,1.380 
litros por mês. 
• Um filete de 2 milímetros totaliza 4.140 litros em um mês. E um filete de 4 
milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício. 
• Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício 
de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d'água. 
• A água é um recurso vital. 
• Todos podem colaborar fazendo a sua parte: agricultores, poder público, 
empresas, instituições e a sociedade. 
 
 
Também pode trabalhar esse assunto na matéria de português por meio de 
diversas músicas que mencionam em suas letras a dinâmica da água. Temos alguns 
exemplos: 
 
Asa Branca (Luiz Gonzaga) 
 
Quando olhei a terra ardendo 
Qual fogueira de São João 
Eu preguntei a Deus do céu, uai 
Por que tamanha judiação 
Que braseiro, que fornaia 
 
 
 
 
 
182 
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Nem um pé de prantação 
Por farta d'água perdi meu gado 
Morreu de sede meu alazão 
Inté mesmo a asa branca 
Bateu asas do sertão 
"Intonce" eu disse adeus Rosinha 
Guarda contigo meu coração 
Hoje longe muitas léguas 
Numa triste solidão 
Espero a chuva cair de novo 
Para eu voltar pro meu sertão 
Quando o verde dos teus oio 
Se espalhar na prantação 
Eu te asseguro não chore não, viu 
Que eu voltarei, viu 
Meu coração 
 
Planeta Água (Guilherme Arantes) 
 
Água que nasce na fonte serena do mundo 
E que abre o profundo grotão 
Água que faz inocente riacho e deságua 
Na corrente do ribeirão 
Águas escuras dos rios 
Que levam a fertilidade ao sertão 
Águas que banham aldeias 
E matam a sede da população 
Águas que caem das pedras 
No véu das cascatas ronco de trovão 
E depois dormem tranquilas 
No leito dos lagos, no leito dos lagos 
 
 
 
 
 
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Água dos igarapés onde Iara mãe d'água 
É misteriosa canção 
Água que o sol evapora 
pro céu vai embora 
Virar nuvens de algodão 
Gotas de água da chuva 
Alegre arco-íris sobre a plantação 
Gotas de água da chuva 
Tão tristes são lágrimas na inundação 
Águas que movem moinhos 
São as mesmas águas 
Que encharcam o chão 
E sempre voltam humildes 
Pro fundo da terra, pro fundo da terra 
Terra planeta água...terra planeta água 
Terra planeta água. 
 
Nesses dois exemplos de música, o professor pode trabalhar a situação da 
seca e a necessidade da chuva para a economia e para a agricultura. A segunda 
música aborda um rio, desde sua nascente até quando ele deságua em outro rio, o 
caminho percorrido por esse rio e o ciclo da água. Pode-se trabalhar com cartazes e 
desenhos produzidos pelos alunos. 
Também se pode trabalhar a carta escrita no ano de 2070, que demonstra o 
cuidado que devemos ter em conservar os reservatórios de água e como irá ficar a 
vida com a escassez da água. 
 
 
Carta escrita no ano 2070 
 
Estamos no ano 2070 e acabo de completar 50 anos, mas a minha 
aparência é de alguém de 85. 
 
 
 
 
 
184 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta 
pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. 
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas 
árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um 
banho de chuveiro por cerca de uma hora. 
Agora, usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele. Antes, todas as 
mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora, devemos raspar a cabeça 
para mantê-la limpa sem água. 
Antes, o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. 
Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que 
haviam muitos anúncios que diziam CUIDE DA ÁGUA, só que ninguém se 
importava; pensávamos que a água jamais podia terminar. 
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão 
irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada 
como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje, só posso 
beber meio copo. 
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; 
tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado 
porque as redes de esgotos não se usam por falta de água. 
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela 
desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas, já que não temos a 
capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a 
paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrointestinais, 
enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. 
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas 
dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-te com água potável em 
vez de salário. 
Os assaltos por um galão de água são comuns nas ruas desertas. A comida 
é 80% sintética. Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos parece como se 
tivesse 40. A idade média é de 35 anos. 
 
 
 
 
 
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Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar 
água. O oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o 
coeficiente intelectual das novas gerações. 
Alterou-se a morfologia dos espermatozoides de muitos indivíduos, como 
consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. 
O governo já nos cobra pelo ar que respiramos: 137m³ por dia/ por habitante 
adulto. As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas", que 
estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, 
não são de boa qualidade, mas pode-se respirar. 
Em alguns países existem manchas de vegetação com o seu respectivo rio 
que é fortemente vigiado pelo exército. A água é agora um tesouro muito cobiçado, 
mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui já não há árvores porque quase nunca 
chove, e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as 
estações do ano têm sido severamente transformadas pelos testes atômicos e da 
indústria contaminante do século XX. Advertia-se que havia que cuidar o meio 
ambiente e ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando 
era jovem descrevo o quão bonitos eram os bosques, a chuva, as flores, falo como 
era agradável tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água 
que quisesse e o quão saudável que as pessoas eram. 
Ela pergunta-me: "papai, porque acabou a água?" Então, sinto um nó na 
garganta; não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço à geração que 
destruiu o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. 
Agora, os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na 
Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do 
meio ambiente chegou a um ponto irreversível. 
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade 
compreendesse isto quando ainda podíamos fazer alguma coisa para salvar o nosso 
Planeta Terra! 
 
Extraído da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos". 
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se desenvolver uma campanha contra o desperdício de água na 
escola. Os alunos poderão desenvolver o slogan, uma frase de efeito e o símbolo da 
campanha com um texto explicativo. Pode também montar um diário com relatos dos 
próprios alunos sobre os passos do projeto desenvolvido; depoimentos dos 
professores, pais, funcionários da escola, coordenação e direção, não se esqueça 
das fotos,pois o registro é uma parte fundamental de qualquer projeto. 
 
Montar um mural com o título “Faça uma gota feliz”, desenhar uma gota 
d’água enorme como essa a seguir. 
 
Cadernos de Educação Ambiental – água para a vida, água para todos (WWF). 
 
Desenhe outra gota d’água com um rosto triste, pedindo socorro, como essa. 
 
 
Cadernos de Educação Ambiental – água para a vida, água para todos (WWF). 
 
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Pedir que os alunos sentem-se em um grande círculo, onde irão ouvir as 
explicações do jogo. Dentro do círculo coloca-se, de um lado, a cartolina com a gota 
triste e a gota feliz. Ao som da música, entrega-se um saquinho para cada 
participante, que será passado adiante, rapidamente, até que a música pare ou soe 
o apito. 
Neste instante, quem estiver com o saquinho na mão, retira apenas um 
papel dobrado. A partir do que estiver escrito no papel e da correlação com o tema 
“água”, o participante cria uma frase, dizendo-a em voz alta para o grupo. 
Por exemplo: “A poluição dos rios prejudica a vida dos peixes”. Em seguida, 
o grupo decide se a frase deixa a gota feliz ou triste, e o participante posiciona a tira 
na cartolina correspondente. A frase mencionada deixa a gota triste. 
Outro exemplo: “A mata ciliar protege as margens dos rios da erosão”. A tira 
vai para a gota feliz. O jogo continua. Quando a música recomeça, o saquinho 
continua a ser passado, de mão em mão, até a música parar. 
Quando as tiras de papel acabarem, analisaremos a posição das palavras 
em cada gota, promovendo um debate. Podemos estimular o relato do que os 
participantes observam no dia-a-dia da cidade, do bairro, da casa, da escola, do 
trabalho, do campo, entre outros locais. 
Como produto final, selecionaremos as tiras da gota triste e pensaremos nas 
ações para mudar a sua posição para a gota feliz. 
Também se pode trabalhar com filmes como a era do gelo. 
 
Alimentos 
 
O ser humano sempre dependeu da natureza para se alimentar. Em sua 
fase nômade, que ocupou mais de 90% da história da humanidade, comia frutas 
silvestres, nozes, raízes e a carne dos animais que caçava. Consumia apenas aquilo 
que era possível extrair da natureza, sem destruir ou modificar significativamente os 
ecossistemas. Há cerca de 12 mil anos, quando a humanidade passou a adestrar 
animais e a plantar, homens e mulheres se fixaram à terra; era o início da produção 
 
 
 
 
 
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de alimentos, ainda em pequenas quantidades, que supriam apenas as 
necessidades básicas. 
 
Utilização de insumos químicos na agricultura 
 
Para melhorar a produtividade ou tentar assegurar os índices já obtidos de 
produção, os agricultores costumam usar algum tipo de adubo ou fertilizante, isso 
ocorre até mesmo em solos que, por sua natureza química, não necessitariam da 
aplicação desse recurso, e cuja produção é baixa em função de outros problemas 
não percebidos pelo produtor, tais como, problemas como a água, a luz, o ar e o 
calor. Por entender que a fertilidade está no solo e não no conjunto de relações 
existentes entre todos os componentes do ambiente em que o alimento é produzido, 
os produtores passaram atribuir aos fertilizantes papel de destaque no processo 
fertilizantes papel de destaque no processo produtivo. Porém, no conceito de 
agricultura sustentável, a produção de alimento deve considerar a fertilidade do 
agroecossistema, de modo que o foco esteja em todas as etapas do sistema 
produtivo e não apenas no solo. 
Nesse contexto pode-se trabalhar com os alunos medidas corretas adotadas 
na agricultura e no consumismo com esse quadro: 
 
O que você pode fazer? 
 
Como produtor 
 
• Adotar e apoiar práticas de cultivo que minimizem o uso de insumos 
químicos; 
• Usar as partes não aproveitadas das plantas como adubo orgânico; 
• Consorciar a criação de animais e o cultivo de plantas, utilizando o 
excremento dos primeiros na compostagem; 
• Fazer igualmente a compostagem a partir de resíduos agrícolas e 
domiciliares, para que sejam aproveitados como fertilizantes; 
 
 
 
 
 
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• Aplicar sistemas de rotação dos cultivos, a fim de não empobrecer a terra 
e aumentar a incidência de pragas e doenças; 
• Diversificar o sistema produtivo, introduzindo espécies consorciáveis a 
partir de princípios de alelopatia (estudo que estabelece que plantas se 
adaptam à presença de outras); 
• Preservar a biodiversidade, as fontes de água, as áreas de preservação 
permanentes e reservas legais da propriedade; 
• Associar o cultivo de árvores e alimentos; 
• Contribuir com a geração de empregos, renda e educação para a 
população rural especialmente os mais jovens; 
• Estimular o associativismo e o cooperativismo, de maneira a facilitar a 
conversão coletiva dos produtores de uma região para a agricultura 
sustentável. 
 
Como consumidor 
 
• Informar-se sobre a importância da agricultura sustentável e seus 
benefícios para a produção de alimentos, inclusive em relação à saúde 
dos indivíduos e ambientes; 
• Apoiar propostas de produção regional, especialmente a familiar e 
associada, com o objetivo de fortalecer a segurança alimentar local e 
reduzir o desperdício de energia no transporte; 
• Exigir que os produtores respeitem as leis ambientais, assim como a 
legislação trabalhista, e que utilizem métodos menos impactantes ao meio 
ambiente, adquirindo produtos elaborados com esse diferencial; 
• Demandar que os vendedores de alimentos estimulem a produção 
ecológica, inclusive solicitando a certificação dos produtores por um 
organismo independente, para que se possa ter certeza de que os 
mesmos cumprem todas as exigências ambientais; 
• Organizar-se em cooperativas de consumo que estimulem a produção 
sustentável local e regional. 
 
 
 
 
 
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Implantando uma horta na escola 
 
Também pode abordar esse assunto de uma forma prática, como a 
construção de uma horta na escola. 
A horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas. 
Além disso, o seu preparo oferece várias vantagens para a comunidade. Dentre 
elas, proporciona uma grande variedade de alimentos a baixo custo, no lanche das 
crianças, permite que toda a comunidade tenha acesso a essa variedade de 
alimentos por doação ou compra e também se envolva nos programas de 
alimentação e saúde desenvolvidos na escola. Portanto, o consumo de hortaliças 
cultivadas em pequenas hortas auxilia na promoção da saúde. 
Há várias atividades que podem ser utilizadas na escola com o auxílio de 
uma horta, nas quais o professor relaciona diferentes conteúdos e coloca em prática 
a interdisciplinaridade com os seus alunos. A matemática pode ser um exemplo, com 
o estudo das diferentes formas dos alimentos cultivados, além disso, o estudo do 
crescimento e desenvolvimento dos vegetais pode ser associado com o próprio 
desenvolvimento. Isto é, a importância da terra ter todos os nutrientes para que a 
semente se desenvolva em todo o seu potencial, livre de qualquer doença. Essas 
atividades também asseguram que a criança e a escola resgatem a cultura alimentar 
brasileira e, consequentemente, estilos de vida mais saudáveis. 
 
Colocando a mão na massa. 
 
Caso seja possível, o preparo da hortadeve ser feito, sob orientação de um 
agrônomo ou técnico agrícola. Porém, se a escola já tem algum pai, professor ou 
funcionário com conhecimento prático sobre cultivo de hortaliças, essa pessoa 
poderá ajudar. A escolha das hortaliças deve ser de forma diversificada, garantindo 
uma grande variedade de cores, formas e, assim, diferentes nutrientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Passos para o preparo da horta 
 
1º Passo - O local apropriado para o cultivo das hortaliças deve apresentar 
as seguintes características: 
• Terreno plano; 
• Terra revolvida (“fofa”); 
• Boa luminosidade e voltada para o nascente; 
• Disponibilidade de água para irrigação e sistema de drenagem, por 
exemplo, canaletas; 
• Longe de sanitários e esgotos; 
• Isolado, com pouco trânsito de pessoas e animais. 
 
2º Passo - Algumas ferramentas são essenciais para o preparo da terra e 
plantio das hortaliças: 
• Enxada: é utilizada para capinar, abrir sulcos e misturar adubos e 
corretivos como serragem à terra. 
• Enxadão: é utilizado para cavar e revolver a terra. 
• Regador: serve para irrigar a horta. 
• Ancinho: é utilizado para remover torrões, pedaços de pedra e outros 
objetos, além de nivelar o terreno. 
• Sacho: é uma enxada menor que serve para abrir pequenas covas, 
capinar e afofar a terra. 
• Carrinho de mão: é utilizado para transportar terra, adubos e ferramentas. 
 
3º Passo: Preparo do canteiro - Antes de iniciar a preparação dos canteiros, 
deve-se limpar o terreno com auxílio de algumas ferramentas como enxada, ancinho 
e carrinho de mão. 
• Com auxílio de uma enxada, revira-se a terra a uns 15 cm de 
profundidade. 
• Com o ancinho, desmancham-se os torrões, retirando pedras e outros 
objetos, nivelando o terreno. 
 
 
 
 
 
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• Iniciar a demarcação dos canteiros com auxílio de estacas e cordas com a 
seguinte dimensão; 1,20m x 2 a 5m e espaçamento de um canteiro a 
outro de 50cm. 
• Caso o solo necessite de correção, podem ser utilizadas cal hidratada ou 
serragem. 
 
4º Passo: Adubação dos canteiros 
Como fazer adubo natural? 
 
Resíduos vegetais e animais, tais como palhas, galhos, restos de cultura, 
cascas e polpas de frutas, pó de café, folhas, esterco e outros, quando acumulados 
apodrecem e, com o tempo, transformam-se em adubo orgânico ou húmus, também 
conhecido por composto ou natural. 
Essa transformação é provocada por microrganismos aeróbicos (bactérias 
que necessitam de oxigênio para viver). Eles decompõem a celulose das plantas e 
quanto mais nitrogênio tiverem à sua disposição, mais rápido atuarão, pelo calor que 
se produzirá no material depositado. Por isso, deve ser fornecido aos 
microrganismos aquilo de que mais necessitam: ar, umidade e nitrogênio. 
Procedimentos: 
1. Em um espaço fechado, como uma caixa, coloca-se no chão uma fileira 
de tijolos, cujos intervalos devem ser cobertos por sarrafos, para deixar 
passar o ar. 
2. Em seguida, acumulam-se várias camadas (cerca de 20 cm cada um) de 
matéria vegetal, espalhando sobre cada uma delas, uma camada de ureia 
que contém nitrogênio. 
3. Mantém-se o composto sempre úmido, sem ensopá-lo, molhando 
seguidamente com um regador. 
4. Quando o composto começar a se aquecer, deve ser protegido da chuva, 
coberto com tábuas velhas ou com plástico. 
5. Cerca de 1 ou 2 meses mais tarde, o composto deve ser revolvido; as 
partes que estavam em cima e dos lados devem ser colocados no centro. 
 
 
 
 
 
6. Após 1 ou mais meses, o composto estará pronto para ser usado na horta 
ou na lavoura, para posteriormente fazer as covas e os canteiros. 
 
5º Passo: Covas e seu preparo 
 
 
Preparando a cova para o plantio das mudas. 
http://www.portalshalom.com.br/images/topics/horta.png 
 
 
• As covas devem ser feitas com antecedência, no mínimo, 18 dias antes 
do plantio ou transplantio. 
• O espaçamento entre as covas varia de acordo com a hortaliça a ser 
plantada. 
• As covas deverão ter a seguinte dimensão: 20x20cm ou 30x30cm de 
largura e 20 a 30cm de profundidade. 
 
6º Passo: Como cuidar da horta 
 
A horta deve ser regada duas vezes ao dia, mas lembre-se que isso varia de 
região para região, pela diferença de clima entre elas. O solo não pode ficar 
encharcado para evitar o aparecimento de fungos. A horta tem que ser mantida 
limpa, as ervas daninhas e outras sujidades devem ser retiradas diariamente com a 
mão. A cada colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a qualidade 
da terra e das hortaliças. 
 
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Exemplos que deram certo 
 
Diversas escolas implantaram o projeto da horta educativa e desenvolveram, 
com grande sucesso, suas hortas. Podemos citar como exemplo a U.M.E.F. Alger 
Ribeiro Bossois - Vila Velha. 
 
Antes 
 
 
Depois 
 
http://www.hortaviva.com.br/EMPRESA/portfolio_cst/0002/escolas_01.htm 
 
Caso a escola não tenha espaço para o desenvolvimento de uma horta, 
utilize vasos de garrafa pet. Corte a garrafa pet no sentido do comprimento, use terra 
adubada e sementes. Essa técnica possibilita cultivar temperos, como salsinha e 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
 
 
 
 
 
cebolinha (foto), ervas medicinais e flores, todas as plantas com pouca raiz. Embora 
seja uma horta compacta, seus produtos podem ser consumidos. Aproveite-os no 
enriquecimento da merenda escolar.
 
 
Canteiros de garrafa pet. Horta suspensa. 
 
Reciclagem 
 
Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os 
detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. É o resultado de uma 
série de atividades, pelas quais os materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, 
são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como 
matéria-prima na manufatura de novos produtos. 
Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o 
reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, 
por alguma razão, foi rejeitado. Reciclar, outro termo usado, significa na verdade 
fazer a reciclagem. 
O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, 
embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de 
operações envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as 
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preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente 
após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. 
As indústrias recicladoras são também chamadas secundárias, por processarem 
matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é 
completamente diferente do produto inicial. 
 
Aplicando os 3 Rs 
 
Trabalhando consumo consciente com os alunos, pode-se passar a 
definição dos 3 Rs. 
• Reduzir: consiste em tentarmos reduzir a quantidade que produzimos de 
lixo, como por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los 
por qualquer novidade no mercado. 
• Reutilizar: procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas 
mais de uma vez, como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, 
criar novas utilidades paraas que você não precisa mais. 
• Reciclar: o mais conhecido dos 3 R’s; consiste em transformar um 
produto-resíduo em outro, para diminuir o consumo de matéria-prima 
extraída da natureza. 
 
É importante lembrar que, para obtermos um bom resultado na melhoria do 
meio-ambiente, os 3 R’s devem ser trabalhados igualmente. Apresentaremos 
algumas ideias práticas para a aplicação do assunto com seus alunos. 
 
Trabalhando com reciclagem - Papel Reciclado Artesanal 
 
O papel nada mais é que um emaranhado de fibras vegetais. Ao transformar 
papel usado em novo, estamos na verdade desfazendo essa trama e entrelaçando 
as fibras novamente. A partir do papel artesanal, é possível confeccionar papéis de 
carta, marcadores de livros, porta-retratos, porta-lápis, capas de caderno, livros, 
 
 
 
 
 
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cartões de visitas, envelopes, convites, papeis e embalagens de presentes, entre 
muitas outras possibilidades. 
Entre os tipos de papel que podem ou não ser reciclados, temos: 
 
RECICLÁVEIS 
Jornais e revistas, folhas de caderno, formulários de computador, 
envelopes, rascunhos, caixas em geral, aparas de papel, fotocópias, papel de 
fax, cartazes e folhetos. 
NÃO RECICLÁVEIS 
Papel carbono, fita crepe, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis 
plastificados, papéis sanitários, "papel" de bala, embalagens de biscoitos, papéis 
sujos, etiqueta adesiva, tocos de cigarro e fotografias. 
 
O que você precisa: 
• Papel e água. 
• Bacias: rasa e funda. 
• Balde. 
• Moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta. 
• Moldura de madeira vazada (sem tela). 
• Liquidificador. 
• Jornal ou feltro. 
• Pano (ex.: morim). 
• Esponjas ou trapos. 
• Varal e pregadores. 
• Prensa ou duas tábuas de madeira. 
• Peneira côncava (com "barriga"). 
• Mesa. 
 
Etapas: 
 
 
 
 
 
 
A - Preparando a polpa: 
 
Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa, 
para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes 
de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e 
bata novamente por mais dez segundos. A polpa está pronta. 
 
B - Fazendo o papel: 
 
1º passo - Deixe uma quantidade grande de papel de molho de um dia para 
o outro. Quanto mais mole ele ficar, melhor para bater. 
2º passo - Para cada copo americano de água, a mesma medida de papel. 
 
 
 
1º e 2º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/ 
 
 
3º passo - Bata por alguns segundos a mistura no liquidificador. Lembre-se: 
cuidado para não queimar o aparelho. 
4º passo - Veja como fica a polpa. Se quiser um papel mais grosso, coloque 
mais papel. Se quiser um papel mais fino, mais água. 
 
 
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3º e 4º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/ 
 
 
5º passo - Encha a bacia (banheira ou o tanque) de água para cobrir a tela. 
Jogue a mistura que você bateu no liquidificador nesta bacia. 
6º passo - Pegue a tela e mergulhe-a na vertical até o fundo. 
 
 
 
5º e 6º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/ 
 
 
7º passo - Faça um movimento com a tela como se fosse juntar sujeira com 
uma pá. 
8º passo - Deixe a tela na horizontal, leve até o fundo e comece a levantá-
la. 
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7º e 8º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/ 
 
 
9º passo - Retire a tela totalmente da água. 
10º passo - Coloque um jornal sobre uma pia, por exemplo. 
 
 
 
9º e 10º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/ 
 
 
11º passo - Vire a tela sobre o jornal. 
12º passo - Pressione a tela com o pano ou esponja (não esfregue!) até 
retirar o máximo de água da tela. 
 
 
200 
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11º e 12º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/
 
 
13º passo - Dê umas leves batidas para desgrudar o jornal e o papel 
reciclado da tela. 
14º passo - Como o papel reciclado grudou no jornal, pendure-o no varal 
para secar. Assim, você aproveita a tela para fazer vários papéis ao mesmo tempo. 
 
 
 
13º e 14º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/ 
 
 
15º passo - Assim que secar desgrude o papel reciclado do jornal e dê o 
formato que quiser como envelopes, sacolas, e outros. 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/
 
 
 
 
 
 
15º passo para reciclar papel. 
http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/
 
 
C - Prensando as folhas 
 
Para que suas folhas de papel artesanal sequem mais rapidamente e o 
entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte 
forma: 
• Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis 
folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do 
jornal com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel 
artesanal. 
• Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver 
prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço 
de madeira. 
• Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que 
sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim 
e faça uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas 
ou dentro de um livro pesado por uma semana. 
 
 
Efeitos decorativos 
 
Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de alho, chá 
em saquinho, pétalas de flores e outras fibras. 
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http://www.acessa.com/mulher/arquivo/artesanato/2005/11/29-papel/
 
 
 
 
 
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Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de 
cebola ou de alho. 
Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano 
de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é necessário 
pressionar com o pedaço de madeira. 
Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e junte 
essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à 
polpa. 
 
Dicas importantes: 
 
• Tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas 
ou grampos. 
• Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no 
liquidificador. 
• Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano. 
Guarde ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em 
saco de algodão). A polpa deve ser ainda conservada em temperatura 
ambiente. 
 
 
Cadeira com garrafas pet 
 
É fácil montar móveis com garrafas PET? Agora que a técnica foi 
desenvolvida, a resposta é sim. Se hoje a confecção de móveis com garrafas PET já 
está se tornando uma prática conhecida, isto se deve ao espírito inventivo e ao 
pioneirismo do Prof.Sebastião Feijó, criador da técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material necessário 
 
• Garrafas plásticas de dois litros (200 a 250 para a poltrona e 40 a 50 
para o pufe). 
• Tesoura. 
• Fita adesiva larga (ou barbante nº 6/8) . 
 
Etapas 
 
1 - Montando a peça de resistência 
1.1 Separe uma garrafa limpa, vazia e sem rótulo. Vamos chamá-la de peça 
"a": 
 
Fonte de todas as imagens: http://www.recicloteca.org.br/passo.asp?Ancora=3 
 
 
1.2 Pegue uma garrafa e corte-a ao meio. Vamos chamar a parte de baixo 
de peça "b" e a de cima de peça "c": 
 
 
 
 
204 
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1.3 Corte outra garrafa ao meio. Vamos chamar a parte de baixo de peça "d" 
e a de cima de peça "e": 
 
 
 
 
1.4 Encaixe a peça "c" dentro da peça "b": 
DICA: use uma chave de fenda para ajudar a encaixar as peças. 
 
 
 
 
 
1.5 Encaixe a peça "a" dentro da peça "b+c": 
 
 
 
 
 
 
 
205 
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1.6 Encaixe a peça "d" por cima da peça "a+b+c": 
 
 
 
 
Está pronta a PEÇA DE RESISTÊNCIA 
 
2 - Montando o assento da cadeira 
2.1. Faça 16 peças de resistência e prenda-as, duas a duas, com fita 
adesiva, formando oito duplas: 
 
 
 
 
2.2. Junte novamente os conjuntos de dois em dois, formando quatro grupos 
de quatro peças de resistência: 
 
 
 
 
206 
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2.3. Mais uma vez amarre de dois em dois, formando dois grupos de oito 
peças de resistência: 
 
 
 
2.4. Amarre os dois grupos de oito peças de resistência para formar o 
ASSENTO DA CADEIRA: 
 
 
 
 
 
3 - Montando o encosto da cadeira 
3.1. Encaixe três peças "b+c" por cima da peça de resistência, formando um 
tubo. Faça dois tubos dessa maneira. 
 
 
 
 
207 
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3.2. Faça mais dois tubos, dessa vez, encaixando quatro peças "b+c" sobre 
a peça de resistência. Amarre os quatro tubos com fita adesiva para formar o 
ENCOSTO DA CADEIRA: 
 
 
 
 
3.3. Faça mais dois tubos, dessa vez encaixando quatro peças "b+c" sobre a 
peça de resistência. Amarre os quatro tubos com fita adesiva para formar o 
ENCOSTO DA CADEIRA: 
 
 
 
 
3-4. Junte o ENCOSTO ao ASSENTO com várias voltas de fita adesiva para 
ficar bem firme. 
 
 
ESTÁ PRONTA A CADEIRA! 
 
 
 
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Cestaria com jornal 
 
Material necessário: 
• Jornal (ou revista). 
• Tesoura. 
• Verniz. 
 
Etapas
 
1. Corte uma folha inteira de jornal em quatro partes, ao comprido. Enrole 
cada uma das quatro partes a partir da ponta, na diagonal, para fazer os canudos de 
jornal. 
Dica: deixe uma das pontas do canudo mais apertada que a outra. 
 
 
Fonte de todas as imagens: http://www.recicloteca.org.br/passo.asp?Ancora=4
 
 
2. Separe sete canudos de jornal para começar a trançar. Coloque na mesa 
ou bancada quatro canudos (canudos 1 a 4), um ao lado do outro, com uma 
distância de aproximadamente 2 cm entre eles. 
Traçando: 
Pegue o canudo 5 e comece a trançar perperdicularmente aos outros quatro, 
na porção central. Passe por cima do canudo 1, por baixo do canudo 2, por cima do 
canudo 3 e por baixo do canudo 4. 
Pegue o canudo 6 e repita a operação, dessa vez começando por baixo do 
canudo 1, por cima do 2, por baixo do 3 e por cima do 4. 
Trance o canudo 7 da mesma maneira que fez com o canudo 5. 
 
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http://www.recicloteca.org.br/passo.asp?Ancora=4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Pegue uma das pontas do canudo 1 e comece a trançar, passando por 
baixo do canudo 2, por cima do 3, por baixo do 4, por cima do 5, por baixo do 6, e 
assim sucessivamente. 
 
 
 
 
4. Quando o canudo 1 estiver quase todo trançado, pegue um novo canudo 
e emende nele para continuar a trançar. 
Dica: encaixe a ponta do canudo novo por dentro ou por fora da ponta do 
canudo 1 (lembre-se que os canudos têm uma ponta mais justa que a outra). 
 
 
 
 
 
 
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5. Continue trançando até atingir o tamanho da cesta que você quer. 
Dica: para fazer cestas mais altas você pode emendar novos canudos nos 
canudos da base (2, 3, 4, 5, 6 e 7). 
 
6. Quando alcançar o tamanho desejado faça os arremates escondendo as 
pontas que sobrarem. 
Dica: passe verniz na cesta para impermeabilizá-la. Se preferir, use verniz 
incolor para depois poder dar um acabamento com tintas coloridas. 
 
 
Cesta de jornal pronta. 
http://www.recicloteca.org.br/images/cestaria/cesta.gif 
 
 
28.3 Elaborando a Agenda 21 na escola 
 
A Agenda 21 é um processo de planejamento participativo no qual o governo 
e a sociedade definem e pactuam um plano de ação para o desenvolvimento 
sustentável, além de propor uma reflexão sobre as condições de vida do planeta. Tal 
reflexão tem sido feita em vários segmentos da sociedade e pode estender-se às 
escolas: a Agenda 21 Local pode ser feita a partir da Agenda 21 na Escola. 
A Agenda 21 na Escola incentiva e soma esforços com o Grêmio Estudantil, 
a Associação de Pais e Mestres, o Conselho da Escola, a comunidade escolar, além 
de outras organizações, para discutir e realizar ações de proteção do meio ambiente 
211 
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e da promoção de ações que venham contribuir para a melhoria da qualidade de 
vida e a construção de sociedades sustentáveis. 
É, portanto, um processo que, assim como a Educação Ambiental, deve ser 
inserido de forma transversal em todas as disciplinas da escola e nos projetos que 
envolvam a comunidade. Na prática, um grupo de professores e alunos interessados 
pode começar a construir a Agenda 21 na Escola. 
O primeiro passo é a criação de uma comissão para mobilizar, desenvolver 
ações, acompanhar as atividades de Educação Ambiental e incentivar a construção 
da Agenda 21 na Escola. Mais de 4 mil escolas no País criaram Comissões de Meio 
Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), que são espaços de debates nos quais 
se definem as responsabilidades que a escola vai assumir para contribuir com a 
sustentabilidade da comunidade local e construir a sua Agenda 21. 
 
Começando a implantar a agenda 21 
 
Oficina de Futuro: 
No dicionário, oficina significa “um lugar onde ocorrem grandes 
transformações”. Oficina de Futuro é uma técnica que ajuda a conduzir os passos de 
preparação da Agenda 21 na Escola. Consiste em uma série de passos ou etapas 
com duração que pode variar de acordo com o ritmo e o aprofundamento que o 
grupo deseje. 
 
Árvore dos Sonhos 
 
Para realizar algo de valor é preciso ter espaço para sonhar. Durante a Eco-
92 foi construída uma imensa árvore na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. 
Nesse local, onde era realizada a conferência da sociedade civil, as pessoas 
escreviam em folhas de papel seus sonhos de um futuro digno para a humanidadee 
penduravam nessa árvore. Para criar Agenda 21 na Escola, podemos realizar a 
Árvore dos Sonhos. Uma árvore grande pode ser desenhada na lousa ou recortada 
em cartolina. As pessoas devem se reunir em pequenos grupos para responder a 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
uma pergunta: como é a escola dos nossos sonhos? Outra pergunta que podem 
responder: como é a comunidade dos nossos sonhos? Cada grupo escreve os seus 
sonhos em um papel em forma de folha e prega na Árvore dos Sonhos. A 
negociação coletiva dos sonhos vai mostrar quais são os objetivos da Agenda 21 na 
Escola. 
 
As Pedras no Caminho 
 
Falar das pedras no caminho serve para a turma desabafar e pensar nas 
dificuldades que terá de enfrentar para chegar aos sonhos. Um grande caminho de 
pedras pode ser desenhado na lousa, no chão ou sobre uma cartolina. Novamente, 
os participantes são divididos em pequenos grupos para facilitar a conversa. O 
facilitador ou facilitadora pergunta: quais são os problemas que dificultam chegarmos 
aos nossos sonhos? Cada grupo debate escolhe e escreve um problema sobre uma 
das “pedras” desenhadas. 
Depois de examinarem todas as dificuldades, os participantes da oficina 
escolhem quais desejam ver resolvidas em primeiro, em segundo e em terceiro 
lugar. 
Os resultados obtidos na dinâmica realizada na escola são entregues ao 
grupo responsável pelo projeto, para que o conteúdo já se transforme no primeiro 
documento da Agenda 21 da unidade escolar. 
O processo que merece maior atenção e cuidado é a elaboração do Plano 
de Ação, pois este é feito em grupo e deve obedecer a questões chaves: 
Ações organizadas a serem tomadas para a concretização das propostas 
colocadas na “Árvore dos Sonhos”. Para isto, é necessário responder às seguintes 
questões: 
• Quais ações devem ser realizadas? 
• O que é necessário para realizá-las? 
• Quando cada ação será realizada? 
• Quem se responsabiliza por elas? 
• Como avaliar se o grupo conseguiu realizar o que planejou? 
 
 
 
 
 
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O Plano de Ação é um mapa de orientação. Por isso, não se deve esquecer 
de que as soluções propostas devem ser FACTÍVEIS. 
 
Jornal Mural: viagem ao passado e ao presente 
 
Todos os problemas e dificuldades têm uma razão de existir. Por isso, o 
terceiro passo da Oficina de Futuro consiste em reunir informações para conhecer a 
história da nossa escola e da nossa comunidade. Um caminho é responder às 
perguntas: 
• Como esses problemas surgiram? 
• Como era a escola e a comunidade antes? 
 
As pessoas mais velhas podem contar como as coisas eram antigamente. 
Coletar fotos, desenhos, filmes e outras informações sobre o passado ajudam a 
compor essa memória. Mas é preciso também conhecer a situação atual. 
Novamente, vale a pena reunir todo tipo de informação e de documentos. 
• Que experiências interessantes já aconteceram por aqui? 
 
Toda a documentação coletada pode virar um Jornal Mural na Escola. O 
jornal mural vai facilitar a divulgação e a compreensão da situação local. 
 
Colocando em prática 
 
Agora é preciso organizar as ações e preparar um plano. Esta parte da 
Agenda 21 vai ajudar o grupo a tomar uma atitude para transformar a sua situação 
atual e chegar aos sonhos. Para isso, é preciso responder a novas perguntas: 
• Quais ações devem ser realizadas? 
• O que será necessário para realizá-las? 
• Quando cada ação será realizada? 
• Quem se responsabiliza por elas? 
• Como avaliar se o grupo conseguiu realizar o que planejou? 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
Ação - Significa aquilo que deve ser feito para realizar a meta. 
Materiais e custos - É preciso lembrar de todo material e mão-de-obra 
necessários para realizar determinada ação. Cada produto e serviço têm um custo. 
Prazo - Quando cada ação deve ser realizada? 
Responsáveis - Quem faz o quê? É preciso que cada grupo ou pessoa se 
responsabilize pela ação. 
Como avaliar - O grupo escolhe coisas que possam ser avaliadas e que 
indiquem se está conseguindo ou não realizar a ação. Um plano de ação é como um 
mapa de orientação. Ele, às vezes, pode demorar para ser construído, mas se for 
cuidadoso e completo pode evitar muita dor de cabeça. Vale lembrar que os planos 
existem para serem executados. Portanto, é importante acompanhar e avaliar a 
realização de todos os passos, perguntando sempre se os sonhos da Árvore dos 
Sonhos estão sendo alcançados. 
 
Dinâmicas ambientais 
 
Jogos e dinâmicas podem ter um papel fundamental nos programas de 
Educação Ambiental das Escolas, pois fogem do esquema de aula ao qual os alunos 
estão acostumados. Sendo dinâmicos e fora da rotina das escolas, fazem com que a 
participação dos alunos nas atividades seja motivada por eles mesmos. 
Ao ar livre, nas quadras de esportes ou nos ginásios, os jogos fazem com 
que os participantes aprendam brincando. Mais importante do que isto, quando bem 
aplicados permitem que os jogadores formulem seus próprios conceitos sobre o 
tema tratado. Além de tudo, estimulam o desenvolvimento motor, intelectual, 
perceptivo e a sociabilidade. 
Os Programas de Educação Ambiental devem mostrar para o público-alvo 
que as ações individuais atingem sempre o coletivo. Um bom exemplo para se 
trabalhar isso são as dinâmicas, que podem ser feitas antes, durante e depois da 
execução do Programa. Algumas delas são sugeridas abaixo. Dê preferência para 
as dinâmicas onde o individual afete o coletivo, onde todos devam trabalhar na 
busca da solução de um problema comum. 
 
 
 
 
 
216 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.
Algumas dinâmicas que podem ser aplicadas 
 
NÓ HUMANO 
 
Objetivo: ajudar o grupo a compreender o processo vivido na solução de um 
determinado problema. Criar novas expectativas com relação a algum problema de 
difícil solução. 
Processo: os participantes formam um círculo e se dão as mãos. É 
importante lembrar que, sempre que for pedido para dar novamente as mãos, 
deverão repetir exatamente como estão: a mão esquerda para quem segura a mão 
esquerda e a direita para quem segura a direita. 
- Após esta observação, o grupo deverá caminhar um pouco, livremente. 
- A um sinal do facilitador, o grupo forma um único bloco no centro do círculo 
e, sem sair do lugar, cada participante deverá dar novamente a mão direita e a mão 
esquerda para quem segurava cada uma (como no início). Com certeza ficará um 
pouco difícil devido à distância entre aqueles que estavam próximos no início, mas o 
facilitador tenta motivar para que ninguém mude de lugar ou troque o companheiro 
com o qual estava de mãos dadas. 
- Assim que todos já estiverem ligados aos mesmos companheiros, o 
facilitador pede que voltem à posição natural, porém sem soltarem as mãos e em 
silêncio. (O grupo deverá desamarrar o nó feito e voltar ao círculo inicial, 
movimentando-se silenciosamente). 
- Após algum tempo, se não conseguirem voltar à posição inicial, o facilitador 
libera a comunicação entre as pessoas e deixa mais alguns minutos. 
- Enfim, partilha-se a experiência vivenciada. Destacar as dificuldades, os 
sentimentos experimentados no início, no momento do nó e no final, após desatá-lo. 
OBS: Sempre é possível desatar o nó completamente. Porém, se o grupo for 
muito numeroso, pode ser mais difícil. Portanto, sugerimos: se o grupo ultrapassar 
quarenta participantes, divida-o em dois para que todos possam participar. 
 
 
 
 
 
 
 
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AMIGOS DE JÓ 
 
Objetivo do Jogo: cantando a música "Amigos de Jó", todo o grupo tem que 
se deslocar na cadência e realizar os movimentos propostos formando uma espécie 
de balé brincalhão. 
 
Propósito: o propósito é fazer do jogo-dança um momento de união do grupo 
e proporcionar um espaço de adequação do ritmo grupal. Podem ser trabalhados 
Valores Humanos como: 
• Alegria e Entusiasmo pela brincadeira do grupo (diversão entre erros 
e acertos); 
• Harmonia na busca do ritmo grupal; 
• Parceria e Respeito para caminhar junto com o outro. 
 
Recursos: 
• Espaço físico mínimo de 35 m2 
• Círculos no chão (bambolês, círculos desenhados de giz ou 
barbantes) em número igual ao de participantes dispostos em um 
grande círculo. 
 
Número de Participantes: pode ser jogado com um mínimo de 16 pessoas 
até quantos o espaço permitir. 
Duração: grupos pequenos jogam em cerca de 15 minutos; grupos maiores 
precisam de mais tempo para administrar a adequação rítmica. 
 
Descrição: 
Cada participante ocupa um bambolê ou círculo desenhado no chão. 
A música tradicional dos "Escravos de Jó" é cantada com algumas 
modificações: 
"AMigos de Jó joGavam caxanGá. Tira, Põe, Deixa Ficar, fesTeiros com 
fesTeiros fazem Zigue, Zigue, Zá (2x)" 
 
 
 
 
 
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O grupo vai fazendo uma coreografia ao mesmo tempo em que canta a 
música. A cadência das passadas é marcada pelas letras maiúsculas na música. 
"aMigos de Jó joGavam caxanGá." : são 5 passos simples em que cada um 
vai pulando nos círculos que estão à sua frente. 
"Tira": pula-se para o lado de fora do círculo. 
“Põe": volta-se para o círculo. 
"Deixa Ficar": permanece no círculo, agitando os braços erguidos. 
"fesTeiros com fesTeiros": 2 passos para frente nos círculos. 
"fazem Zigue, Zigue, Zá" : começando com o primeiro passo à frente, o 
segundo voltando e o terceiro novamente para frente. 
Quando o grupo já estiver sincronizando o seu ritmo, o(a) focalizador(a) 
pode propor que os participantes joguem em pares. Neste caso, o número de 
círculos no chão deve ser igual à metade do número de participantes, as pessoas 
ocupam um círculo e ficam uma ao lado da outra com uma das mãos dadas. Além 
disso, quando o grupo cantar "Tira..." o par pula para fora do círculo, um para cada 
lado e sem soltar as mãos. E por que não propor que se jogue em trios e quartetos? 
 
Dicas: 
Este jogo-dança é uma gostosa brincadeira que exige certa concentração do 
grupo para perceber qual é o ritmo a ser adotado. É prudente começar mais devagar 
e se o grupo for respondendo bem ao desafio, sugerir o aumento da velocidade. 
O respeito ao parceiro do lado e a atenção para não machucar os pés 
alheios são toques interessantes que a pessoa que focaliza o jogo pode dar. 
Quando o grupo não está conseguindo estabelecer um ritmo grupal, o(a) 
focalizador(a) pode oferecer espaço para que as pessoas percebam onde está a 
dificuldade e proponham soluções. Da mesma forma, quando o desafio já tenha sido 
superado e o grupo queira continuar jogando, há espaço para criar novas formas de 
deslocamento e também há abertura para outras coreografias nesta ou em outras 
cantigas do domínio popular. 
 
 
 
 
 
 
 
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CAMINHANDO ENTRE OBSTÁCULOS 
 
Material necessário: garrafas, latas, cadeiras ou qualquer outro objeto que 
sirva de obstáculo, e lenços que sirvam como vendas para os olhos. 
Desenvolvimento: os obstáculos devem ser distribuídos pela sala. As 
pessoas devem caminhar lentamente entre os obstáculos sem a venda, com a 
finalidade de gravar o local em que eles se encontram. As pessoas deverão colocar 
as vendas nos olhos de forma que não consigam ver e permanecerem paradas até 
que lhes seja dado um sinal para iniciar a caminhada. O professor com auxilio de 
uma ou duas pessoas, imediatamente e sem barulho, tirarão todos os obstáculos da 
sala. O professor insistirá em que o grupo tenha bastante cuidado, em seguida 
pedirá para que caminhem mais rápido. Após um tempo o professor pedirá para que 
todos tirem as vendas, observando que não existem mais obstáculos. 
Compartilhar: discutir sobre as dificuldades e obstáculos que encontramos 
no mundo, ressaltando, porém que não devemos temer. 
 
ATUALIDADE 
 
Objetivo: Introduzir tema Atualidade. 
Material: Tiras de papel - Canetas - Flip Chart - Pincel. 
Tempo: 30’ 
 
Instruções 
 
Primeira Etapa - Preparação 
 
Entregar filipetas de papel e canetas para cada participante e solicitar que 
individualmente e sigilosamente pensem e escrevam um assunto relacionado à 
realidade atual (do país, de determinado ou mesmo no mundo). 
Nota: é importante que o assunto seja bem específico, evitando termos 
muito genéricos. 
 
 
 
 
 
220 
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Recolher todos os papéis com os devidos temas e redistribuir para o grupo. 
Nota: pode ocorrer do participante tirar o tema que ele próprio escreveu ou o 
mesmo tema ser indicado mais de uma vez. 
Solicitar que cada um leia silenciosamente o tema que tirou, tomando 
cuidado para que o colega não veja do que se trata. 
 
Segunda etapa – Desenvolvimento. 
 
Explicar para o grupo que nesta etapa, cada um deverá pensar em uma 
forma não verbal de representar para o grupo, o assunto que está descrito no seu 
papel. 
Nota: vale representar por meio de mímicas, desenhos, gestos, e outros. 
Pode-se dar indicativos para o grupo na medida em que este acerta, se aproxima ou 
erra. Ex. sinais de cabeça, como sim ou não - sinais com a mão, como positivo ou 
negativo ou mais ou menos. 
Enquanto um representa os demais tentarão descobrir e dizer o assunto que 
está sendo representado. 
O facilitador deve ir anotando o nome dos acertadores e o número de vezes 
que estes acertaram. 
Nota: o jogo inicia com um voluntário, sendo que todos os participantes, 
inclusive os que tiverem temas já representados, deverão representar, mudando 
neste caso a forma de apresentação. 
 
Terceira Etapa – Fechamento 
 
Após todas as representações, verificar como o grupo se sentiu. 
Qual etapa foi mais fácil e por quê? 
O facilitador promove uma discussão para reflexão do grupo, baseado na 
resposta da questão acima. 
Estar em sintonia com o que a mídia veicula, ter uma vida social participativa 
(teatro, exposições, convenções, Shows, cinemas) e mesmo em atividades 
 
 
 
 
 
221 
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relacionadas ao dia-a-dia do trabalho, nos mantêm atualizados e amplia nossa visão 
do mundo. 
O facilitador inicia a discussão do tema Atualidade - comentando que esta 
dinâmica foi escolhida com o propósito de mostrar a importância de se estar em 
sintonia com os acontecimentos, no sentido de ampliar nossa visão os fatos que 
interferem no nosso dia a dia. 
 
RETIRANDO AS CADEIRAS 
 
Objetivo: é uma dinâmica para exercitar a agilidade, percepção e, quem 
sabe, até o preconceito (sentar no colo do outro). 
Procedimento: formar um círculo com cadeiras, todas voltadas para fora do 
círculo. A quantidade de cadeiras deve ser igual ao número de participantes menos 
uma. Sugerir que todas as pessoas fiquem andando ao redor das cadeiras, ao som 
de uma música bem ritmada. Quando a música pára, todos devem sentar; sobrará 
alguém, que deverá sentar-se, de alguma forma – ninguém pode ficar em pé, fora do

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