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Instrumental de Periodontia

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Universidade de São Paulo 
 
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto 
Sérgio Luís Scombatti de Souza 
 
Depto. de CTBMF e Periodontia 
Disciplina de Periodontia 
 
Instrumental 
usado em 
Periodontia 
Instrumental - Classificação 
 Instrumentos para diagnóstico 
 Instrumentos para raspagem e 
alisamento radicular 
 Instrumentos cirúrgicos 
 Instrumentos auxiliares 
Instrumentos para Diagnóstico 
 Sondas milimetradas 
 Sondas de Nabers 
 Explorador clínico (sonda no 5) 
Sondas Milimetradas 
 Sonda UNC 
 University of North Carolina 
 Marcações de milímetro em 
milímetro até 15 mm 
 Milímetros 5, 10 e 15 em destaque 
Sondas milimetradas 
 Sonda Williams 
 Marcações 
1 mm 
2 mm 
3 mm 
5 mm 
7 mm 
8 mm 
9 mm 
10 mm 
Sondas milimetradas 
 Sonda Goldman-Fox Williams 
 Marcações 
1, 2, 3, 5, 7, 8, 9 e 10 milímetros 
Extremidade achatada 
Extremidade cilíndrica 
Sondas milimetradas 
 Sonda OMS 
 Utilizada para levantamentos 
epidemiológicos, exame PSR 
 Esfera de 0,5 mm 
 Marcações 
3,5 mm 
5,5 mm 
8,5 mm 
11,5 mm 
 
Sondas de Nabers 
 Finalidade: diagnóstico de lesões de furca 
Sonda Nabers 1N 
Sonda Nabers 2N 
Sondagem 
Sondagem 
Sondagem da Bifurcação 
3 mm 
Componente horizontal 
Sondagem da Bifurcação 
Componente vertical 
Explorador Clínico no 5 
 Utilizado para verificar a efetividade da raspagem 
Obs: 
Instrumentos manuais de raspagem 
 Cabo: deve oferecer conforto e firmeza 
no manuseio do instrumento 
 Haste: conecta o cabo à ponta ativa. 
Pode ser ou não angulada, para permitir 
melhor acesso à região da boca à qual 
se destina o instrumento 
 Ponta ativa: é a parte funcional do 
instrumento. Seu desenho determina o 
tipo de uso. Os instrumentos podem ter: 
1 ponta ativa 
2 pontas ativas 
Intrumento Manual - Partes 
Cabo 
Haste 
Ponta Ativa 
Foices 
 Utilizadas na raspagem supragengival 
e subgengival em bolsas rasas 
 Possuem secção transversal 
triangular, pontas afiladas e dois 
bordos cortantes 
 Maior possibilidade de criar sulcos na 
superfície radicular, em função da 
ponta afilada 
Foice 
Ângulo entre a 
 face e a haste 
bordo cortante bordo cortante 
ponta afilada 
Curetas 
 Utilizadas na raspagem supra e subgengival, 
bem como no alisamento radicular 
 Possuem pontas arredondadas e secção 
transversal no formato de casco de navio 
 Em relação aos bordos cortantes, podem ter: 
1 bordo cortante (curetas área-específicas) 
2 bordos cortantes (curetas universais) 
Cureta - Ponta Ativa 
Dorso 
Face 
Bordo 
cortante 
Face 
Bordo 
cortante 
Dorso 
70o a 80o 
Extremidade 
Lateral 
Lateral Lateral 
Cureta Universal 
bordo cortante bordo cortante 
Ângulo entre a 
 face e a haste 
Curetas Universais 
Curetas Columbia 
Curetas Indiana 
Cureta de Gracey 
Ângulo entre a 
 face e a haste 
bordo cortante 
bordo não 
cortante 
Dr. Clayton Gracey 
 Professor da 
Universidade de 
Michigan na 
década de 40 
Curetas de Gracey 
 1/2 e 3/4: dentes anteriores 
 5/6: dentes anteriores e pré-molares 
 7/8 e 9/10: faces vestibular e lingual de 
dentes posteriores 
 11/12 e 15/16: faces mesiais de dentes 
posteriores 
 13/14 e 17/18: faces distais de dentes 
posteriores 
Curetas de Gracey 
7/8 
5/6 
11/12 
13/14 
Curetas de Gracey After five 
Alongadas em 3 
mm para melhorar 
o acesso a bolsas 
profundas (5 mm 
ou mais) 
Curetas de Gracey Mini five 
Alongadas em 3 mm 
para melhorar o acesso 
a bolsas profundas (5 
mm ou mais) 
Ponta ativa com 
metade do comprimento 
das curetas After five, 
para melhor adaptação 
em bolsas estreitas e 
em furcas 
 
Curetas para Implantes 
Curetas para Implantes 
 
Instrumentos Ultra-sônicos 
 Úteis para eliminação inicial de grandes 
depósitos de cálculo, notadamente supra-
gengivais 
 Raspagem subgengival - somente em 
bolsas rasas, com bastante cautela 
 São também utilizados para 
descontaminação radicular trans-cirúrgica 
 
Jato de Bicarbonato 
 Utilizado para profilaxia bucal, 
eliminando a placa supra-
gengival 
 Utilização correta: jato incidindo 
sempre de cervical para incisal 
Afiação 
 Por que afiar ? 
 Quando afiar ? 
 Técnicas de afiação 
 Como avaliar a afiação ? 
Por que afiar ? 
 Os instrumentos devem ser mantidos afiados e 
com a forma original 
 Instrumentos afiados aumentam a efetividade: 
reduzem a fadiga 
facilitam a remoção do cálculo 
reduzem o tempo de trabalho 
aumentam a sensibilidade tátil do operador 
reduzem o desconforto do paciente 
Quando afiar ? 
 Uso repetido do instrumento desgasta o 
metal, causando o arredondamento do 
bordo cortante 
 Instrumental “cego” desliza sobre a 
superfície dentária, fazendo com que o 
profissional perca a sensibilidade tátil 
 Idealmente deve ser afiado após cada uso 
ou assim que notar perda de efetividade 
ou contorno 
Afiação de Instrumentos 
Técnica 
Pedra Fixa - Instrumento Móvel: 
 Instrumento na mão de trabalho 
 Pedra na outra mão 
 Pedra adaptada à ponta ativa do 
instrumento 
 O instrumento se move, e a pedra 
fica imóvel 
Afiação de Instrumentos 
Técnica 
Pedra Móvel - Instrumento Fixo: 
 Pedra na mão de trabalho 
 Instrumento na outra mão 
 Pedra adaptada à ponta ativa do 
instrumento 
 A pedra se move, e o instrumento 
fica imóvel 
Como avaliar a afiação ? 
 Técnica do reflexo 
com o instrumento sob a luz do refletor 
realizar pequenos movimentos de 
rotação até o bordo cortante ficar 
iluminado 
 instrumental sem corte irá refletir a luz, 
devido ao arredondamento após uso 
 Técnica do teste 
 testar o instrumento sobre uma 
superfície plástica (tubetes anestésicos) 
Instrumentação 
em Periodontia 
Conceitos 
 Raspagem: é a remoção de cálculo, 
placa e pigmentações das superfícies 
coronárias e radiculares. 
 
 Alisamento Radicular: é a remoção de 
cemento e/ou superfície de dentina que 
estejam contaminados com cálculo, 
toxinas e microorganismos. 
Necessidade da remoção do cálculo 
 É uma superfície irregular e porosa, que 
favorece a retenção de placa (está quase 
sempre recoberto por uma camada de 
placa não mineralizada) 
 Dificulta a higiene oral do paciente 
 É um depósito de produtos tóxicos 
patogênicos aos tecidos periodontais 
Conceitos biológicos da raspagem 
 O cemento contaminado por 
lipopolissacarídeos bacterianos é danoso 
aos tecidos periodontais 
 O cálculo é um fator de retenção de placa 
bacteriana, dificultando a limpeza mecânica 
 Os mecanismos de defesa do periodonto não 
conseguem alcançar a placa bacteriana na 
superfície radicular 
 Uma superfície radicular lisa e não 
contaminada é compatível com o periodonto 
normal 
Adequação do meio bucal 
RASPAGEM SUPRAGENGIVAL 
 fase inicial da terapia (uma sessão) 
 instrumentos manuais e ultra-sônicos 
 permite ao paciente iniciar o controle 
mecânico 
 facilita a instrumentação subgengival 
 
 
 Lindhe & Nyman, 1998 
 facilitar a remoção de placa e cálculo 
 restabelecer uma forma anatômica adequada 
à superfície dentária 
 
Lindhe & Nyman, 1998 
Remoção dos fatores de retenção de placa 
INSTRUMENTOS ULTRA-SÔNICOS 
 curetas ultra-sônicas (Cavitron) 
 25.000 a 50.000 ciclos/segundo 
 movimentos de varredura com vibração paralela à 
superfície dental 
Rateitschak et al., 1989 
Adequação do meio bucal 
Tiras de Lixa para Limpeza Interproximal 
Adequação do meio bucal 
POLIMENTO 
taças de borracha 
pedra-pomes 
pastas para polimento 
Jato de bicarbonato 
Adequação do meio bucal 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
Lindhe & Nyman, 1998 
CAMPO ABERTO 
 CAMPO FECHADO Instrumentação subgengival sem o 
afastamento intencional da gengiva 
Exposição da superfície 
radicular pelo afastamento do 
tecido gengival 
RaspagemSubgengival e 
Alisamento Radicular 
A raspagem em campo 
fechado sempre precede a 
eventual necessidade de 
raspagem em campo aberto 
Instrumentação 
Raspagem subgengival e alisamento radicular 
 Procedimentos independentes com objetivos 
diferentes, porém nem sempre podem ser 
separados 
 Instrumento manual 
 Remoção de depósitos moles e duros 
 Cemento e dentina: remoção em lascas 
Lindhe & Nyman, 1998 
Instrumentação 
RASPAGEM SUBGENGIVAL E 
ALISAMENTO RADICULAR 
 
anestesia local 
sonda exploradora: 
profundidade de sondagem 
anatomia da superfície radicular 
localização dos depósitos 
 
Lindhe & Nyman, 1998 
Rateitschak et al., 1989 
Rateitschak et al., 1989 
Instrumentação 
RASPAGEM SUBGENGIVAL E 
ALISAMENTO RADICULAR 
empunhadura modificada de caneta 
apoio digital deve satisfazer os seguintes 
requisitos: 
 ponto estável 
 angulação ótima da lâmina 
 movimento punho-antebraço 
Lindhe & Nyman, 1998 
 
 
 
 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
 lâmina paralela à superfície radicular 
 identificação da base da bolsa 
 posição de corte 
 golpes de trabalho - golpes de acabamento 
Lindhe & Nyman, 1998 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
Rateitschak et al., 1989 
CURETAS DE GRACEY 5 e 6 
 
 
 
 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
Rateitschak et al., 1989 
CURETAS DE GRACEY 7 e 8 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
Rateitschak et al., 1989 
CURETAS DE GRACEY 11 e 12 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
Rateitschak et al., 1989 
CURETAS DE GRACEY 13 e 14 
Raspagem Subgengival e 
Alisamento Radicular 
 
 
 
avaliação: sonda exploradora 
superfície LISA e DURA 
 
Lindhe & Nyman, 1998 
Doença Periodontal 
Terapia Periodontal Básica 
2 meses pós-raspagem 
Protocolo de Raspagem 
 Periodontite Crônica 
Sessões de raspagem por sextantes ou 
quadrantes, semanais 
Sessão final retocando a raspagem em 
todos os quadrantes 
Sem uso de antibióticos ou 
quimioterápicos 
Controle de placa por 4 semanas até a 
reavaliação 
Protocolo de Raspagem 
 Periodontite Agressiva 
Antibioticoterapia: Amoxicilina 500 mg 
(3x ao dia) + Metronidazol 400 mg (2x 
ao dia), ambos por 10 dias 
Sessões de raspagem durante o efeito 
dos antibióticos 
 Bochechos com digluconato de 
clorexidina a 0,12 % por 15 dias 
Controle de placa por 4 semanas até a 
reavaliação 
Protocolo de Raspagem 
 Diabetes Mellitus 
Antibioticoterapia: Doxiciclina 100 mg 
2 x ao dia, por 15 dias 
Sessões de raspagem durante o efeito 
dos antibióticos 
 Bochechos com digluconato de 
clorexidina a 0,12 % por 15 dias 
Controle de placa por 4 semanas até a 
reavaliação 
Profilaxia antibiótica 
pré-tratamento periodontal 
 Pacientes que necessitem de 
profilaxia antibiótica em função de 
disfunções cardíacas (febre 
reumática, defeitos valvulares, etc.) 
 Antibiótico: 2 g de Amoxicilina ou 
600 mg de Clindamicina uma hora 
antes do procedimento periodontal 
(sondagem, raspagem, cirurgia), em 
todas as sessões 
Relação entre Tratamento 
e Profundidade de Bolsa 
 Waerhaugh (1978): bolsas maiores 
que 5 mm - predominam as chances 
de permanecer placa após raspagem 
 Rabbani et al. (1981): alta correlação 
entre o percentual de cálculo residual 
e a profundidade da bolsa 
Cicatrização Após Raspagem 
Waerhaugh (1978): 
Neoformação de Epitélio 
Juncional Longo 
Universidade de São Paulo 
 
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto 
Sérgio Luís Scombatti de Souza 
 
Depto. de CTBMF e Periodontia 
Disciplina de Periodontia

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