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Exame fisico genital pediatrico

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Abordagem em doenças infantis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 O exame da genitália na pediatria inicialmente 
consiste no reconhecimento e classificação, 
respectivamente, da genitália em feminina, masculina 
ou ainda, ambígua. 
 
Genitália masculina 
1. Exame Físico da Genitália Masculina 
 Os testículos devem ser inspecionados e 
posteriormente, palpados. Deve-se verificar se eles se 
encontram na bolsa escrotal e caso contrário, 
procurar essa outra localização, visto que em 80% das 
vezes é possível identificá-la. 
→ localizações mais prováveis de um testículo fora 
da bolsa escrotal: 
 a) canais intracanaliculares (na região inguinal, em 
processo de descida). 
b) testículo ectópico→ localiza-se em uma região que 
não a bolsa escrotal, por exemplo no abdome. 
Observação: a descida dos testículos para a bolsa 
escrotal pode ocorrer até os 3 meses de vida do 
recém-nascido, assim, durante esse período é 
possível palpá-los na região inguinal. 
 
Alterações no testículo 
CRIPTOQUIRDIA → Ausência do testículo na bolsa 
escrotal após os 3 meses de vida. Mais comum nos 
prematuros. Em geral sua localização é unilateral e à 
direita. O tratamento cirúrgico é indicado e deve ser 
realizado entre os 6 e 12 meses, não ultrapassando os 
18 meses de vida. Após esse período, caso a 
criptorquidia não tenha sido corrigida, há grandes 
chances de malignização ou de evolução para 
infertilidade 
 
Tratamento da criptorquidia→ deve ser orientado 
pelo pediatra/endocrinologista→ inicialmente ser 
indicada a realização de terapia hormonal através de 
injeções de testosterona ou hormônio gonadotrofina 
coriônica = amadurecimento do testículo fazendo 
com que ele desça até ao escroto--> resolve até 50%. 
 
 
TESTÍCULOS ASCENDENTES - quando testículos que 
inicialmente possuíam localização tópica, 
apresentam migração cranial. Geralmente acontece 
por volta dos 8 a 10 anos de idade, em meninos com 
histórico de criptorquidia com desfecho espontâneo 
ou ainda, possuem testículo retrátil. Isto é, um testículo 
cuja mobilidade é aumentada, geralmente palpáveis 
na raiz da bolsa escrotal, mas facilmente levados para 
a base da bolsa escrotal com a palpação. 
semiologia infantil 
genitais 
Abordagem em doenças infantis 
 
Conduta cirúrgica → reservada para os casos de 
testículos retráteis que evoluíram para testículos 
ascendentes ou quando há redução no diâmetro do 
testículo. 
Testículo ectópico→ quando o testículo está 
localizado fora do trajeto normal da descida (p. ex. 
região inguinal e perineal). Nas situações em que os 
testículos são palpáveis, é possível colocá-los na bolsa 
testicular na cirurgia. Já nos casos em que os testículos 
não são palpáveis, o cirurgião pediátrico precisa 
realizar uma videolaparoscopia. Além disso, pode ser 
necessária uma segunda cirurgia, em média 6 meses 
depois da primeira. 
 
 
 
Patologias do testículo 
HIDROCELE 
pais ou responsáveis pela criança relatam o aumento 
do volume da bolsa escrotal. 
 Pode ser: 
a) comunicante→ implicando em comunicação com 
a cavidade peritoneal, refletida pelo acúmulo de 
líquido e aumento de volume na bolsa escrotal. 
b) não comunicante→ sem a comunicação não há 
acúmulo de líquido nem o consequente aumento de 
volume da bolsa escrotal do menino. 
OBS.: na maioria dos casos, a hidrocele se resolve 
espontaneamente até o 1º ano de vida, sendo o 
tratamento cirúrgico reservado apenas para os 
casos em que a hidrocele persiste além do período 
esperado. 
Diagnóstico → baseado na história clínica, na queixa 
de aumento do volume da bolsa escrotal, na 
palpação, onde a presença de líquido é sentida pelo 
examinador, e o teste de transiluminação pode ser 
realizado. 
Teste de transiluminação→ colocar um foco de luz na 
bolsa escrotal e visualizar a individualização do 
testículo e do cordão espermático. 
Parâmetro de tamanho da bolsa escrotal→ testículos 
são medidos com o auxílio de um instrumento 
chamado Orquidômetro 
Verificar → Aspecto e tamanho do pênis, exposição 
da glande e exame do prepúcio. 
 
 
 
FIMOSE 
É uma condição considerada normal até os 3 anos de 
idade, sendo presente em até 95% dos meninos. A 
fimose é dita patológica apenas quando sua duração 
excede os 3 anos. 
→ tratamento inicial = tentativa de resolução do 
quadro com o uso de cremes tópicos. 
→ tratamento cirúrgico é indicado → caso não haja a 
resposta esperada. 
PARAFIMOSE → ocorre quando uma retração é 
realizada no prepúcio e este não consegue retornar 
para sua posição inicial → leva a um estrangulamento 
e edema da glande = emergência pediátrica. 
Balanopostite pode estar presente =condição 
caracterizada pela infecção e inflamação da glande 
e do prepúcio. 
 
Localização do orifício uretral (normal, epispádia ou 
hipospádia), além de checar quanto a presença de 
aderências. 
HIPOSPÁDIA pode ser classificada de acordo com o 
local de saída da uretra: 
a) anterior (DISTAL) → é denominada coronal; 
b) penial (PENIANA) → denominada média; 
c) posterior (PROXIMAL) → chamada de penoescrotal. 
 
Diferença entre hipospádia e epispádia: 
1. hipospádia → consiste na saída da uretra na face 
ventral do pênis; 
2. epispadia → a saída da uretra ocorre na face dorsal 
do pênis. 
 
 
O corpo do pênis pode ser: 
1. Pênis membranoso → pele da bolsa escrotal se 
estende sobre o ventre do pênis; 
 2. Pênis embutido → o pênis está escondido sobre o 
coxim gorduroso da sínfise púbica (pode ser tanto 
Abordagem em doenças infantis 
 
congênita quanto decorrentes de sobrepeso e 
obesidade em meninos). 
Em geral não necessita de tratamento, embora a 
cirurgia possa ser realizada em detrimento de 
incômodos estéticos. 
3. Pênis incluso: é aquele que se localiza dentro da 
sínfise púbica, como resultado de uma cirurgia de 
circuncisão. 
Observação: Genitália ambígua é definida quando 
não é possível identificar o sexo de nascimento apenas 
pelo aspecto físico da genitália. A conduta baseia-se 
na solicitação de ultrassonografia para verificar se os 
testículos estão na região inguinal, abdominal ou em 
outro local que não na bolsa escrotal 
 
Genitália feminina 
1. Exame físico 
Simetria de grandes lábios, levando em consideração 
que o edema é uma condição natural em recém 
nascidos, devido à grande descarga hormonal de 
estrogênio. 
Sinéquias Vulvares (junções dos pequenos lábios) na 
linha média: 
→ geralmente estão associadas a condições de má 
higiene ou vulvo-vaginites; 
→ quadro clínico costuma cursar com prurido e 
infecções de repetição; 
Tratamento → na maioria dos casos a postura 
conservadora é adotada, aguardando o desfecho 
espontâneo da sinéquia; 
→ caso haja persistência de sintomas como o prurido, 
é passível o tratamento com cremes tópicos a base de 
hormônios e/ou corticoides. 
→ resolução da sinéquia refratária ao tratamento 
conservador→ pode-se realizar a separação 
mecânica dos pequenos lábios. 
 
 
Vulvovagintes 
verificadas por meio da inspeção da vulva, genitália 
externa da menina. 
→ procurar por hiperemia, presença de secreções, 
corrimentos, prurido. 
→ CAUSAS → Pode estar associada a má higiene ou, a 
irritantes químicos, como sabão em pó e sabonete 
NÃO APROPRIADOS PARA ESSA FAIXA ETÁRIA. 
Observação: o corrimento no recém-nascido do sexo 
feminino é uma condição normal durante os primeiros 
dias de vida 
→ pode-se verificar a presença de corrimentos 
esbranquiçados ou até mesmo sangramentos, 
resultantes da descarga hormonal materna. 
→nas meninas em fase pré-púbere, esse corrimento 
branco fisiológico também pode ser observado. 
→ atentar quanto a presença de pilificação ou 
tumoração, visualizar a coloração da mucosa da 
vulva e do introito vaginal, características do clitóris, 
pequenos lábios e hímen da menina. 
→Principais causas: vaginose bacteriana, candidíase 
vulvovaginal e tricomoníase. 
 
Dermatite de fraldas 
 Trata-se de uma dermatite inflamatória frequente no 
primeiro ano de vida dos bebês; 
→ pode estar associada a infecções bacterianas ou 
fúngicas secundárias, principalmente pela Candidaalbicans; 
CAUSAS → uso de fraldas promove o aumento da 
temperatura e umidade locais, tornando a pele do 
bebê, que já é sensível, mais susceptível ao contato 
com as fezes, urina e substâncias irritantes como 
detergentes, lenços umedecidos, amaciantes, entre 
outros. 
DIAGNÓSTICO → a inflamação e eritema são visíveis 
nas áreas cobertas pelas fraldas, entretanto, as dobras 
são poupadas. 
→ associação entre a dermatite de fraldas e a 
Candida albicans → intensificação do eritema, além 
da presença de pústulas (lesões satélites) e 
descamação, não poupando as dobras → quadro 
mais disseminado. 
→ diagnósticos diferenciais para a dermatite de 
fraldas → dermatite irritativa de contato, candidíase 
das fraldas, dermatite seborreica e psoríase. 
 → Variações do quadro de dermatite de fraldas→ 
casos mais graves, podem surgir lesões vesículo-
erosivas ulcerativas, conhecidas como “dermatite de 
Jacquet”. 
→ “dermatite das marés”→lesões nas margens da 
fralda, na área do abdome e das coxas, caracterizado 
com eritema em faixa, condição 
 
Região anal 
 Deve ser realizado tanto em meninas quanto meninos, 
através da inspeção dessa região. Para tanto, 
Método→ com as mãos espalmadas e delicadamente, 
afastar as nádegas da criança a fim de expor o ânus. 
→ observar se há algum tipo de fissura, plicomas, 
escape fecal, fístula; 
→ atentar a presença de dermatites de fralda, assim 
como a possível associação com a candidíase. 
Abordagem em doenças infantis 
 
→ faz-se importante a orientação para os pais ou 
responsáveis da criança quanto as trocas frequentes 
de fraldas e uso de creme de barreira (óxido de zinco); 
→ infecção por cândida (= MONÍLIA) associada, 
associar o uso de Nistatina tópica ao creme de 
barreira. 
 
Constipação intestinal 
Sinais de alerta 
• Retardo na eliminação de mecônio 
• Distensão abdominal 
• Déficit de crescimento 
• Idade de inicio precoce 
• Ausência de comportamento de retenção 
• Ausência de escape fecal 
• Ampola retal vazia 
• Presença de sintomas extraintestinal 
• Febre, vomito, diarreia com sangue 
• Falta de resposta ao tratamento convencional 
 
Definição: ↓ frequência de eliminação das fezes (< 3x 
por semana) associada à dificuldade ao evacuar 
<fezes ressecadas e endurecidas 
Causas: idiopática, dieta pobre em fibras, falta de 
exercícios, hábito intestinal irregular, medicamentosa, 
mecânica 
Tratamento não farmacológico: fluidos e fibras, 
exercício para ↑ tônus intestinal e manter regularidade 
intestinal. 
Exame físico: 
• Massa fecal palpável no abdome 
• Distensão abdominal 
• Fissura anal 
• Fezes impactadas na ampola retal

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