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1 - Funções do sistema financeiro Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as funções do sistema financeiro e seus instrumentos. A pri...

1 - Funções do sistema financeiro
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar as funções do sistema financeiro e seus instrumentos.
A principal função do sistema financeiro
Apesar do glamour e da controvérsia em torno do sistema financeiro, sua função é vital para o funcionamento de uma economia capitalista. Como há agentes econômicos (indivíduos, firmas etc.) que necessitam de recursos, além dos que já os possuem e outros que os têm em excesso, é natural que eles queiram realizar trocas. O sistema financeiro tem, portanto, a seguinte função primordial: Canalizar recursos dos poupadores para aqueles que necessitam destes para a sua atividade. Há duas maneiras pelas quais os agentes obtêm recursos no sistema financeiro: Quando o poupador (ou seja, o “dono do dinheiro”) empresta dinheiro para um amigo ou compra ações de uma firma; Quando há um intermediário entre as duas partes. Por exemplo, você deposita seu dinheiro em um banco, que usa esse valor para conceder um empréstimo para outra pessoa. O analista financeiro de um banco trabalha exatamente na avaliação de firmas e projetos, e pode ter capacidade maior que os poupadores comuns para escolher a quem emprestar. Considere uma operação do sistema financeiro na empresa Amazon. Se ela quer investir em mais armazéns de distribuição, mas não possui caixa para tocar o projeto em questão, pode, então, emitir títulos (também chamados de debêntures) no sistema financeiro e captar os recursos necessários junto aos investidores interessados. Ações
Veremos a definição mais à frente. Na prática: quando você compra uma ação, se torna um dos donos da firma. A Amazon terá que devolver esses recursos ao mercado, acrescidos de juros. Ou seja, a empresa recebe hoje recursos de diversas pessoas e assina um compromisso de que devolverá o valor no futuro, mais uma compensação adicional (os juros). Essa dimensão temporal está sempre presente na atuação do sistema financeiro. A existência de um meio para que esse tipo de operação ocorra é bastante importante para que não apenas as empresas, mas governos e até mesmo pessoas possam realizar projetos importantes para a economia do país. Tais projetos podem gerar empregos, impostos e lucro para os empreendedores e para o governo. Sem tal ambiente, agentes que não se conhecem ou que não estão próximos acabariam não trocando recursos. Neste caso, a Amazon teria um custo muito maior na angariação de recursos para tirar os armazéns do papel, de modo que sua construção poderia se tornar inviável. Exemplo de ativo financeiro
Veja neste vídeo outro exemplo que retrata a função do sistema financeiro. Podemos usar esse exemplo para fazer a seguinte classificação do mercado financeiro: Mercado primário
As firmas podem emitir ações e títulos: é como João emprestando dinheiro para Maria. Mercado secundário
As ações e títulos são revendidos aos investidores: é como João vendendo a Helena seu direito a receber um valor no futuro. Títulos
Às vezes chamados simplesmente de papéis. Neste segundo mercado, estão as bolsas de valores, como a B3 (Brasil) e a Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA). Os prazos das negociações também são usados para classificar mercados. Ao passo que: Nos mercados de capitais ocorrem negociações de médio e longo prazo. Nos mercados monetários ocorrem negociações de curto prazo. Veremos adiante como os principais instrumentos do mercado se encaixam em cada um desses grupos. Bolsas de valores
A negociação de ativos financeiros no Brasil tem uma longa história: já ocorreu em uma série de locais, como Rio de Janeiro e Salvador, antes de ficar concentrada na sede da Brasil, Bolsa, Balcão (B3), em São Paulo. Essa empresa nasceu em 2017, após a fusão da BM&FBovespa com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). Instrumentos do mercado financeiro
Mercados monetários
Nesse mercado, os agentes econômicos podem negociar dívidas com duração de, no máximo, um ano: as operações no mercado monetário são de curto prazo. Dessa forma, a liquidez dos papéis negociados tende a ser alta. Liquidez
Capacidade de converter um bem em dinheiro. Quanto mais rápido, maior a liquidez. Com isso, os agentes econômicos podem emitir uma dívida que deve ser paga aos credores em, no máximo, um ano. Vamos observar alguns tipos de dívida que podem ser negociadas no mercado em questão. O Tesouro Nacional, no Brasil, emite títulos de curto prazo como forma de obter recursos junto ao mercado e, com isso, financiar a atuação do Estado. Dessa forma, há uma série de títulos, que podem ser encontrados no site do Tesouro, com os mais variados prazos e tipos de remuneração. Uma nota promissória registra uma obrigação de pagamento entre pessoas ou empresas. É uma forma simples de registrar um empréstimo: o tomador do empréstimo assina um compromisso de pagar de volta um determinado valor em data definida na nota. As operações compromissadas entre bancos são empréstimos de curto prazo que utilizam recursos que os próprios bancos mantêm depositados no Banco Central. As operações compromissadas, também conhecidas como overnight, têm, como garantia, títulos públicos. A operação compromissada entre bancos acontece quando um banco vende seus títulos com garantia de recomprá-los em prazo determinado. Os certificados de depósitos interbancários (CDIs) são títulos emitidos pelos bancos referentes a recursos que eles emprestam uns aos outros. Também são de curto prazo, como as operações compromissadas, mas não têm garantias em títulos públicos. A taxa DI diária, calculada a partir de empréstimos diários referenciados no CDI, indexa diversas operações no mercado financeiro. Os certificados de depósitos bancários (CDBs) são títulos emitidos por bancos para captar recursos por um prazo predeterminado e com pagamento de juros aos investidores que os adquirirem. É a forma tradicional de o banco tomar recursos emprestados para repassá-los a outros tomadores de empréstimos, caracterizando seu papel de intermediário financeiro. No Brasil, o CDB é uma aplicação bastante comum para os investidores. Qualquer poupador pode comprar CDBs de inúmeros bancos, com prazos, taxas de retorno e valores mínimos de aplicação diversos. Aplicações desse tipo são seguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre aplicações com valores até R$250.000,00, limitada a um volume global de R$ 1 milhão por CPF. Tal mecanismo funciona como um produto financeiro.

a) Mercado primário
b) Mercado secundário
c) Títulos
d) Bolsas de valores

Essa pergunta também está no material:

Panorama sobre o sistema financeiro
43 pág.

Artes Visuais Universidade Estácio de Sá - EADUniversidade Estácio de Sá - EAD

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