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Histologia - Linfonodos e Baço Dinâmica dos Fluidos O líquido que retorna à circulação pelos linfáticos contém substâncias de alto peso molecular. Estrutura especial dos capilares linfáticos: Filamentos de ancoragem ao tecido conjuntivo que circunda - O endotélio se ancora com a matriz extracelular (filamentos) – só é possível pois não tem uma membrana basal contínua Possuem fundo cego Vasos linfáticos maiores possuem válvulas – sentido unidirecional da linfa Circulação Linfática Todos os vasos linfáticos da parte inferior do corpo escoam-se por fim para o ducto torácico que, por sua vez, escoa-se para o sistema venoso de sangue. Antes de desembocar no sistema venoso de sangue, a linfa tem que passar por pelo menos um linfonodo. Células e Organização Histológica Linfócitos – núcleos grandes com pequenos citoplasmas / coloração muito roxa 1.Núcleos organizados em estruturas esféricas Folículo ou nódulo linfoide Borda mais escura – apresentação de antígenos - manto Centro mais claro – germinativo Folículo Primário / Folículo Secundário (com centro germinativo) 2.Núcleos organizados em cordões celulares 3.Núcleos organizados em formato difuso Tecido Linfoide Denso – mais corado Tecido Linfoide Frouxo – menos corado Letícia Avelar MED 105 Órgãos Linfoides Linfonodos Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. Órgãos linfoides secundários ou periféricos. São encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço, e em grande quantidade no tórax e no abdome, especialmente no mesentério. São as dilatações dos vasos linfáticos. A circulação da linfa é unidirecional. Ela atravessa os linfonodos, penetrando pelos vasos linfáticos que desembocam na borda convexa (vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos eferentes). São os “filtros” da linfa, removendo partículas estranhas antes que a linfa retorne ao sistema circulatório sanguíneo. A linfa atravessa pelo menos um linfonodo antes de retornar aos tecidos e ao sangue. Possui cápsula de tecido conjuntivo denso que envia trabéculas, dividindo o parênquima em compartimentos incompletos. O parênquima é sustentado por um arcabouço de células e fibras reticulares. O parênquima se divide em 2 regiões: Córtex Superficial Profundo (Paracortex) Medula A linfa vai fluir nos seis medulares, dela sai o hilo que vai levar a linfa para o próximo vaso linfático. Região Cortical Superficial Constituída por tecido linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e peritrabeculares. Constituída por nódulos / folículos linfáticos Célula predominante – linfócitos B Pode ter, também, alguns macrófagos, plasmocitos, células foliculares e dendriticas. Obs: as células dendríticas não são apresentadoras de antígenos, mas retêm antígenos em sua superfície, onde eles podem ser “examinados” pelos linfócitos B. Região Paracortical – Profunda Não apresenta nódulos linfáticos Predomínio de linfócitos T Pode ter, também, células reticulares e alguns plasmocitos e macrófagos. Vênulas Endoteliais Altas (HEV) Região Medular Constituída pelos cordões medulares, formados principalmente pelos linfócitos B, mas contendo também fibras, células reticulares e macrófagos. Separando os cordões medulares, encontram-se os seios medulares. Eles recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos linfáticos eferentes, pelos quais a linfa sai do linfonodo. Recirculação dos Linfócitos Os linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos eferentes, que confluem com outros vasos linfáticos até se formarem os grandes linfáticos que desembocam em veias. Pelo sangue, os linfócitos retornam aos linfonodos através das vênulas endoteliais altas (HEV), encontradas na região paracortical. Essas vênulas são muito delgadas e seu endotélio é cuboide. Expressão de moléculas de adesão para linfócitos, após atravessarem as vênulas, os linfócitos entram no tecido linfático e saem do linfonodo pelo vaso linfático eferente. Baço Maior acúmulo de tecido linfoide do organismo Interposto na circulação sanguínea Em virtude de sua riqueza em células fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue e essas células, o baço representa um importante órgão de defesa contra microrganismos que penetram o sangue circulante. Destruição de hemácias (eritrócitos senescentes – hematocatarese) Proliferação de células T e B Recoberto por peritôneo no quadrante superior esquerdo da cavidade abdominal Revestido por capsula de tecido conjuntivo denso com algumas células musculares lisas e peritônio visceral, a qual emite trabéculas que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. Arcabouço composto de células e fibras reticulares A superfície medial do baço apresenta o hilo, onde a capsula mostra maior número de trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo as veias originadas no parênquima e os vasos linfáticos. Capilares e Sinusoides Esplênicos 1. A artéria esplênica divide-se ao penetrar o hilo, originando ramos que seguem as artérias trabeculares. 2. Ao deixarem as trabéculas para penetrarem o parênquima, as artérias são imediatamente envolvidas por uma bainha de linfócitos, chamada bainha linfática periarterial (linfócitos B). Esses vasos são chamados de artérias centrais de polpa branca. 3. Ao longo de seu trajeto, a bainha linfocitária, espessa-se diversas vezes, formando nódulos linfáticos / folículos (linfócitos B). 4. Depois de deixar a polpa branca, as arteríolas se subdividem, formando as arteríolas peniciladas. 5. Alguns ramos da arteríola penicilada apresentam um espessamento – espessamento elipsoide. 6. Aos elipsoides seguem-se capilares arteriais que levam o sangue para os sinusoides ou seios da polpa vermelha. 7. Dos sinusoides o sangue passa para as veias da polpa vermelha, que se reúnem umas as outras nas trabéculas, formando as veias trabeculares. 8. Estas dão origem à veia esplênica, que sai pelo hilo do baço. Polpa Branca Constituída pelo tecido linfático que cimpõe as bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamento dessas bainhas. No tecido linfático das bainhas predomina os linfócitos T. Nos nódulos predomina os linfócitos B. Entre a polpa branca e a vermelha existe uma zona, constituída pelos seios marginais. Polpa Vermelha Formada por cordões esplênicos – cordões de Billroth - separados por sinusoides. Constituído por uma rede foruxa de células e fibras reticulares que contem outras células como macrófagos, linfócitos e outras células sanguíneas. Polpa Branca Polpa Vermelha