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Unidade IV - O Currículo Inclusivo e a Elaboração de Itinerários Alternativos Formativos para o Processo de Inclusão dos Alunos

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Psicopedagogia 
e Inclusão 
O Currículo Inclusivo e a Elaboração de Itinerários Alternativos 
Formativos para o Processo de Inclusão dos Alunos
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Tathiane Cecília Enéas de Arruda
Revisão Textual:
Profa. Esp. Marcia Ota
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução
• A Inclusão propriamente dita. Que espaço é esse?
• Material Complementar
Fonte: Thinkstock/Getty Im
ages
Objetivos
• Elaborar um itinerário formativo alternativo de modo a favorecer o processo de 
integração educacional e inclusão social a partir do Currículo Inclusivo.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
O Currículo Inclusivo e a Elaboração 
de Itinerários Alternativos Formativos 
para o Processo de Inclusão dos Alunos
UNIDADE 
O Currículo Inclusivo e a Elaboração de Itinerários Alternativos 
Formativos para o Processo de Inclusão dos Alunos
Contextualização
“o currículo escolar está pautado nas necessidades de cada comunidade onde a 
escola está inserida, devendo ser flexível de forma que atenda a todos os alunos sem 
discriminação, respeitando as diversidades. No contexto da educação inclusiva, esse 
currículo deve contemplar as especificidades das necessidades educacionais especiais, 
por meio de ajustes realizados pelo professor no intuito de oferecer ao aluno pleno 
acesso ao conhecimento”. (Peixoto 2012)
Esta unidade pretende desenvolver a elaboração de um currículo inclusivo que possa 
atender às necessidades de alunos e professores que buscam a aprendizagem efetiva. 
Tal ferramenta possibilita a você, futuro psicopedagogo, um diferencial em seu fazer 
pedagógico-psicopedagógico.
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Introdução
Chegamos ao final de nossa unidade e, de verdade, espero que tenha se “permitido 
viajar” comigo nessa aventura linda e preocupante, que é o fazer psicopedagógico 
frente às questões inclusivas. O objetivo final é que você consiga, enquanto futuro 
psicopedagogo (que pode ou não estar em sala de aula), promover a elaboração de 
um itinerário alternativo formativo para seus futuros sujeitos de aprendizagem. Foi um 
imenso prazer ter estado com vocês!!
Sucesso hoje e sempre!!!
A Inclusão propriamente dita. 
Que espaço é esse?
“O respeito é uma espécie de amizade sem intimidade ou proximidade; é uma 
consideração pela pessoa, nutrida à distância que o espaço do mundo coloca entre nós, 
consideração que independe de qualidades que possamos admirar ou de realizações 
que possamos ter em alta conta”. (Hanna Arendt)
Baseados em tudo o que já lemos a unidade anterior sobre as questões legais que 
envolvem toda a temática de inclusão, creio ser necessário avançarmos do ponto de vista 
da deficiência e dos modelos médicos e holísticos que as envolvem.
Voltando ao conceito de Deficiência, a OMS aponta enquanto definição, como 
sendo qualquer perda ou alteração de estrutura ou de função psicológica, fisiológica ou 
anatômica do ser humano. 
Porém, há, ainda, em acordo com a OMS e com o DSM-IV, outros dois termos 
bastante utilizados nos âmbitos educacionais e sociais, onde o indivíduo está inserido. 
Um deles se chama Incapacidade que, segundo os documentos oficiais citados, refere-se 
a qualquer restrição ou falta (resultante de uma deficiência) da capacidade para realizar 
uma atividade, dentro dos moldes e limites considerados normais e existe também uma 
terceira nomenclatura bastante utilizada, a Desvantagem ou (Handicap) que tem por 
definição ser a condição social de prejuízo, sofrido por um indivíduo, resultante de uma 
deficiência ou incapacidade que limita ou impede o desempenho de uma atividade 
considerada normal para esse indivíduo, considerando-se a idade, sexo e fatores sociais. 
Ao integrar esses conceitos, pode-se sintetizá-los da seguinte maneira:
 · Deficiência: situação intrínseca. A palavra Deficiente se opõe a palavra 
eficiente, de não ser capaz de.
 · Incapacidade: situação objetivada. Ação de não conseguir.
 · Desvantagem (Handicap): situação socializada. Atribuída a valores culturais, 
segundo padrões, regras e normas estabelecidas socialmente. É vista e 
interpretada diferentemente em função de mecanismos sociais e é construída 
socialmente. A pessoa é considerada fora das normas e regras estabelecidas.
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UNIDADE 
O Currículo Inclusivo e a Elaboração de Itinerários Alternativos 
Formativos para o Processo de Inclusão dos Alunos
Exclusão Segregação
Integração Inclusão
Fonte: Adaptado de Filosofiahoje.com.br
Crê-se necessário apontar que o estigma não está na pessoa ou na deficiência e, sim, 
nos valores culturais atribuídos a ela. O que passa a ser fundamental, portanto, é mudar 
a atitude da sociedade e não a pessoa.
Para tal, convém elucidar aqui dois modelos bastante utilizados na compreensão 
da pessoa com deficiência que foram desenvolvidos, paralelamente, à linha do tempo 
relatada na Unidade 3. 
Por visão de deficiência, pode-se entender que existe o modelo médico e o modelo 
social. Ambos possuem compreensões distintas sobre os conceitos aqui tratados de 
deficiência, incapacidade e desvantagem um do outro.
No modelo médico, a deficiência é explicada em termos de sintomas, síndromes e 
desordens. O “problema” está no indivíduo que deve se adaptar à sociedade através da 
reabilitação ou cura, ou seja, a “culpa” está no indivíduo de ser deficiente. As desvantagens 
são atribuídas à própria deficiência e à sua possibilidade de desenvolvimento em relação 
ao parâmetro de normalidade. 
Esse modelo médico tem como objetivo prover o deficiente de algum tipo de serviço 
especializado, o que não propicia sua integração social. Para esse modelo, as escolas especiais 
contribuem, pois demostram que toda criança pode ser educada, uma vez que pode haver a 
incorporação de técnicas especializadas e programas de desenvolvimento individual.
 Porém, esse modelo apresenta algumas limitações, como o não alcance da meta 
que se propunha (propiciar a integração do deficiente na sociedade), implicando em 
segregação e discriminação de um grupo social. 
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Atualmente, há, nesse modelo, uma verdadeira integração não planejada ou inclusão 
incipiente; não existe apoio especializado ou recursos educacionais que atendam às 
necessidades especiais e o acompanhamento das posturas internacionais por meio de 
leis, porém sem ações efetivas.
No modelo Social, a compreensão deste é que os problemas das pessoas com 
deficiência não estão apenas no indivíduo, mas nas características da sociedade. Esta, 
sim, possui ambientes restritivos e discriminatórios e que cria, portanto, a desvantagem!
Esse modelo privilegia um “olhar sensível” ao novo paradigma em relação à 
deficiência, às diferentes possibilidades em termos educacionais, valoriza a integração 
social e cada ser humano, aceitando a diversidade e trabalha com modelo competencial 
e não deficitário do que o sujeito sabe, ou não, realizar. 
No entanto, a escola atual ainda tem o modelo médico como visão predominante. 
Com isso, coloca todo o enfoque na deficiência, embusca de rótulos e padrões das 
patologias e medicamentos para, a partir daí, elaborar estratégias para o processo de 
ensino e aprendizagem e atribui à deficiência, incapacidade e/ou desvantagem toda a 
causa do fracasso escolar.
Voltando à unidade 3, quando discutimos os conceitos de inserção, integração e 
inclusão, a partir do conhecimento dos modelos, observamos que se faz importante a 
concretização desses conceitos à prática educacional. 
A integração é uma intervenção necessária com a criança para que possa estar em 
classes comuns, forma condicional de inserção (a criança precisa adaptar-se); depende 
das características do sujeito e possui uma prática seletiva que privilegia o conceito 
médico de deficiência. 
Já a inclusão ocorre no atendimento das necessidades da criança, buscando um 
currículo adequado para incluí-la; há uma mudança de paradigmas, pois o sistema escolar 
sofre transformações para atender a todas as crianças. A inclusão reconhece e aceita 
as diferenças, posicionando a escola no dever de adaptar-se às necessidades da criança. 
Valoriza a diversidade, privilegiando assim, o conceito social de deficiência. 
A Escola inclusiva
“Não tenho um caminho novo. O que tenho é um novo jeito de caminhar” 
 (autor desconhecido).
Ao pensar nessa escola, Mantoan (2001) define alguns princípios de uma escola 
inclusiva, segundo os quais, todas as crianças podem aprender juntas, independente 
das diferenças, há o desenvolvimento de estratégias para proporcionar igualdade de 
oportunidades e a proposta de propiciar respostas educacionais às necessidades 
educacionais especiais (recursos/apoio).
Como Benefícios da Inclusão, alguns atores desse contexto são diretamente afetados. 
Entre eles, professores e alunos. Como benefício para os alunos sem deficiência, um 
preparo para a vida em comunidade, a aceitação da diversidade, o desenvolvimento 
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UNIDADE 
O Currículo Inclusivo e a Elaboração de Itinerários Alternativos 
Formativos para o Processo de Inclusão dos Alunos
de valores de respeito, solidariedade e cooperação. Para os alunos com deficiência, o 
desenvolvimento da independência e autonomia para vida social, maior desenvolvimento 
pessoal e nas habilidades acadêmicas.
Como benefícios para os professores, Mantoan (2001) afirma a aceitação da 
diversidade humana, maior atualização da prática pedagógica, aquisição de novas 
habilidades, oportunidade de trabalho cooperativo em equipe, desenvolvimento do papel 
do professor, como, de fato, agente de transformação pessoal e social. Para a sociedade, 
ainda há o respeito aos direitos humanos, o valor social da igualdade de oportunidades, 
a valorização da diversidade e a Abolição de preconceitos e estereótipos. 
No encerramento desta unidade de Psicopedagogia e Inclusão, há como objetivo, 
ainda que de forma subliminar, a formação de um novo paradigma em relação à visão da 
deficiência e a possibilidade de “enxergar” formas para a viabilização da inclusão, como o 
conhecimento das reais condições de cada escola em buscar o benefício da criança e sua 
aprendizagem ser considerada num processo gradual, sistemático e planejado. Diante 
desse cenário, espera-se que esse olhar ainda possa envolver toda comunidade escolar 
e propiciar recursos necessários ao desenvolvimento pleno da criança, priorizando os 
contextos e não a deficiência! 
Cabe ainda a esse educador, apoiar o professor e membros da equipe com a criação 
de novas formas de ensino e aprendizagem, contemplando um currículo que atenda à 
diversidade dos alunos na construção do projeto pedagógico.
“Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito de 
sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza” (Boaventura de Souza Santos)
Stainback (2008) afirma que para haver a inclusão propriamente dita, um dos desafios 
da escola passa a ser o de atendimento aos alunos que necessitem respostas educativas 
especiais. Para isso, se faz necessário entender e desenvolver junto à equipe gestora e 
ao corpo docente, reflexões em torno do Projeto Político-Pedagógico (PPP) e Currículo. 
Dessa forma, a dialogicidade entre essas duas questões ficam mais claras para um bom 
desenvolvimento de itinerário alternativo formativo ou currículo adaptado.
O PPP tem que demonstrar qual é o modelo de compreensão que a escola preza, 
ou seja, como a escola vê as diferenças. A partir daí, há a importância de identificar 
as necessidades especiais, determinar auxílios pedagógicos necessários, tendo como 
enfoque as possibilidades e não os déficits, a construção de propostas curriculares que 
atendam às necessidades dos alunos, a possibilidade de organização flexível dos grupos 
e contar com profissionais de apoio e orientação psicopedagógicas.
 O Currículo tem um aspecto político e ideal a partir do momento em que no PPP 
consta qual é a compreensão da visão que a escola apresenta. Coll (1996) afirma que 
o currículo também pode ser visto como um conjunto de experiências que a escola 
oportuniza para o desenvolvimento integral dos alunos, possibilitando um elo entre a teoria 
e a prática, entre o planejamento e a ação; afinal, é no projeto que preside as atividades 
educativas escolares, as ações da escola são definidas e ainda são proporcionados guias 
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de ação adequados e úteis para os professores que são diretamente responsáveis por sua 
execução. Além disso, esse autor destaca que o currículo ainda proporciona informações 
concretas sobre: o quê, quando e como ensinar e avaliar.
Dentre os tipos de currículos, pode-se citar o currículo fechado que apresenta 
vantagens e desvantagens, descritas a seguir:
 · vantagens: a utilização facilitada para o professor e o fato de ser padrão 
para todos os alunos.
 · desvantagens: ele não se adapta a diferentes contextos e não atende às 
necessidades individuais.
 Já o currículo aberto, em oposição ao fechado, apresenta como vantagens: o 
respeito aos diferentes contextos, a estimulação da criatividade para a resolução de 
problemas que os professores possam vir a apresentar e atende às necessidades dos 
alunos. Como desvantagens, o currículo aberto não garante homogeneidade de currículo 
para a população e exige maior formação do professor.
A Adaptação Curricular
Diante do exposto, as adaptações Curriculares segundo Mantoan (2001), passam 
a ser instrumentos que possibilitam maiores níveis de individualização do processo 
ensino-aprendizagem, para atender às respostas às necessidades educativas especiais 
que têm como objetivo não só garantir a participação do aluno com necessidades 
educativas especiais na programação o mais normal possível, mas também considerar 
as especificidades que suas necessidades requerem.
Assim, a avaliação, a partir das necessidades especiais do aluno, verifica seus níveis 
atuais de competência curricular e o desenvolvimento de uma proposta curricular que 
contemple os conteúdos, objetivos e metodologias a serem desenvolvidas a curto e longo 
prazo, bem como o desenvolvimento de critérios de avaliação, com vista à promoção 
do aluno.
Outras questões a serem consideradas em uma adaptação curricular são:
 · as previsões e provisões de recursos técnicos e materiais;
 · a remoção de barreiras arquitetônicas que impeçam ou dificultem o acesso à 
aprendizagem;
 · os meios pessoais de acesso como reforço pedagógico;
 · os tratamentos especializados;
 · a orientação à família;
 · os recursos materiais, tais como: computadores, braile, língua de sinais, 
lupas, próteses auditivas, etc;
 · os recursos ambientais: adaptação das instalações físicas (mobiliário, rampas, 
banheiros).
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Formativos para o Processo de Inclusão dos Alunos
Quanto ao desenvolvimento de objetivos e conteúdo, há a necessidade de prioriza-
ções e adaptações nas atividades de ensino e aprendizagem, primando por:
 · propostas diferenciadas;
 · acréscimo de atividades para o mesmo conteúdo;
 · seleção e adaptação de materialdidático às estratégias de adequação de 
linguagem;
 · adequação de métodos e processo avaliativo, contemplando a diversificação;
 · adequação de critérios;
 · avaliação contínua e formativa. 
Ainda de maneira significativa, Mantoan (2001) e Stainbac (2008) concordam que o 
processo de inclusão compreende também as adaptações curriculares significativas nas 
medidas de caráter excepcional para atender às severas necessidades educacionais, tendo 
como objetivos a eliminação de objetivos básicos e introdução de objetivos específicos 
e nos conteúdos, a eliminação e introdução de novos conteúdos em substituição para 
contemplar os objetivos. Para os casos mais severos, além de prever modificações 
altamente especializadas (braile, língua de sinais), a avaliação deve se pautar em critérios 
relacionados aos objetivos, bem como a temporalidade, podendo ser o prolongamento 
de um ano ou mais na série ou ciclo.
Nas avaliações, as autoras ainda sugerem como critérios, a avaliação do nível de 
competência nos objetivos propostos (individualização), nas estratégias que o aluno 
utiliza para aprender, nos fatores que dificultam ou favorecem a aprendizagem, ao nível 
de auxílio que necessita nos aspectos motivacionais.
Em resumo, para, de fato, haver um currículo adaptado, os conteúdos não devem 
ser um fim em si mesmo, mas um meio para desenvolver a capacidade do indivíduo. 
Para tanto, é preciso que sejam funcionais, adequados às possibilidades, necessidades/
interesses do grupo e amplos, visando ao desenvolvimento global do indivíduo e 
favoreçam a autonomia na aprendizagem e generalização na vida social.
Com isso, para atingir essas mudanças, a metodologia deve ter sua ênfase na forma de 
aprender e não no conteúdo, pois o aluno é o protagonista e o professor é o facilitador. 
Por isso, é imprescindível que haja coerência entre o que aprender e como aprender.
Como visto na unidade 1, para que o sujeito aprenda, é necessário que essa 
aprendizagem seja significativa e possibilite ao aluno agir e refletir sobre a informação. 
Além disso, essa nova informação deve estar relacionada às ideias ou aos conhecimentos 
prévios do aluno.
O papel do professor, nesse contexto, passa a ser o de orientador da aprendizagem, 
pois ele determina os requisitos para aquisição de novos conceitos, prepara atividades e 
materiais necessários para pesquisa, motiva os alunos, levando em conta os interesses e 
organização dos espaços. Para isso, não pode lançar mão de estratégias que contemplem 
os grupos cooperativos, pois estes:
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 · favorecem a interação e troca entre alunos, bem como a aquisição de 
competências e habilidades;
 · estimulam a pesquisa; 
 · facilitam o trabalho autônomo; 
 · ajudam os alunos na construção da própria aprendizagem;
 · criam um clima de cooperação e não de competitividade; 
 · aumentam a motivação;
 · favorecem a aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais.
Na unidade 3, vimos que muitos teóricos, principalmente da área da saúde, pensam 
num processo de inclusão de forma utópica. Entretanto, a inclusão não deve ser vista 
dessa forma e, sim, como realidade possível e desejável. 
Desse modo, há a necessidade de uma mudança ideológica na sociedade e no sistema 
educacional, em que a Educação passe, de fato, a ser vista como fator de mudança e 
transformação do homem, cooperando, então, para que ocorra a mudança ideológica 
na sociedade.
Para Feurstein (2000), o ser humano é um sistema aberto e pode ser modificado. 
O indivíduo que EU, enquanto educador, estou trabalhando é modificável e EU, 
enquanto educador, sou capaz de modificar e para isso, alguns princípios são adotados 
para provocar mudanças (Feurstein, 2000), ou seja, EU, enquanto pessoa, também 
devo modificar-me; a SOCIEDADE também deve ser modificada e a EDUCAÇÃO é um 
meio de mudar a SOCIEDADE.
“A Educação é o ponto em que se decide que se ama suficientemente o mundo 
para assumir responsabilidade por ele (...) e o lugar em que se decide que se amam 
suficientemente as crianças para não as expulsar do nosso mundo” (Hanna Arendt).
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Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
INTERPRETANDO O PROBLEMA - Dificuldades de Aprendizagem
https://youtu.be/2IKlsW15vLY
Maria Teresa Mantoan - Ensinar e Aprender: nem tudo depende da didática
https://youtu.be/ubKm6Ic7Ce8
Por Dentro da Escola - Educação Especial Inclusão
https://youtu.be/w8EDNWyJKg0
 Leitura
O Currículo Escolar na Perspectiva da Educação Inclusiva
https://goo.gl/yMJNM1
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Referências
Coll, C. Psicologia e Currículo. São Paulo, Ed. Ática, 1996. 
Feuerstein, R. Pedagogia e Mediação Em Reuven Feuerstein. Ed. Plexus, 2002.
Mantoan, M. T. Caminhos Pedagógicos da Inclusão. Como estamos implementando 
a educação (de qualidade) para todos nas escolas brasileiras. / São Paulo: 
Memnon, 2001.
Stainback, S. & Stainback. W. Inclusão um guia para educadores. Ed. Porto Alegre: 
Artes Médicas 1999.
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