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Exame físico do aparelho respiratório

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Exame físico do aparelho respiratório 
Joyce Emanuelle Moreira
Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais 
• A maior velocidade de transmissão do 
som se da em meio: sólido transmite 
melhor que o meio liquido, que transmite 
melhor que o aéreo 
• A transmissão da onda sonora pode ser 
escutada ou palpada 
• Com um meio liquido ou com ar entre a 
fonte e a palpação ou ausculta, apesar do 
liquido transmitir melhor o som, ele forma 
uma barreira, fazendo com que seja 
diminuído 
Consolidação 
• Maior vibração (sensação tátil) -> aumento 
da intensidade do som 
• Se fora da área de consolidação, a 
vibração é diminuída 
• Ausculta também alterada (intensidade 
aumentada e com qualidade diferente - 
crepitação)
• Fremito mais forte ou som mais audível 
Liquido 
• Pulmão em meio liquido 
• Diminuição da intensidade na vibração 
táti l (agua funciona como isolante 
acústico)
Atelectasia 
• Não ha passagem de ar -> não ha 
transmissão de onda sonora 
Linhas e regiões do tórax 
• Para localização da alteração 
Inspeção 
Estática 
• Observar o tórax e suas eventuais 
anomalias 
• Idealmente realizada com o tronco 
despido 
• Verificar como o paciente é (como se 
fosse uma ectoscopia
Tipos de tórax 
• Tórax chato: diminuição do diâmetro 
antero-posterior e redução da angulação 
normal entre o corpo do esterno e o 
manúbrio 
• Tórax em tonel: aumento do diâmetro 
antero-posterior e latero-lateral do torax -> 
comum na DPOC
• Tórax cifótico: corcunda (doença 
osteoarticular da coluna vertebral)
• Tórax infundiliforme: afundamento da 
parede anterior do torax 
• Tórax cariniforme: projeção grande da 
parede anterior do torax
Tórax em tonel 
• Comum em pacientes com DPOC que 
inalaram fumaça -> tórax assume esse 
padrão cronicamente 
• Dois padrões diferentes: 
• soprador rosa (+ magro): paciente com 
arcos costais mais expostos, longilíneo 
-> alterações relacionadas com o 
parênquima e alvéolo pulmonar (pulmão 
retém o ar e ha dificuldade de 
expiração, por isso sopra)
• pletórico congesto (+ gordo): excesso 
de secreção nas vias aéreas 
Modificação nas curvaturas da coluna 
vertebral 
• Normalmente: 2 lordose (cervical e lombar) 
e 2 cifoses
• A acentuação ou retificação pode 
representar uma anomalia
• Cifose, lordose 
e e s c o l i o s e 
( m o d i fi c a ç ã o 
latero-lateral)
• Além da ja faladas, sempre procurar 
outras alterações, como assimetria, 
abaulamento, lesões, cicatrizes, retrações 
e deformidades da coluna vertebral 
Dinâmica 
Frequência respiratória 
• Contar a frequência quando o paciente 
não perceber que você esta examinando o 
torax/aparelho respiratório 
Ritmos 
Palpação 
Expansibilidade 
• Manobras que auxiliam a comparar os 
lados 
• Expansão simétrica: afastamento dos 
polegares seja equidistante 
Alterações da expansibilidade torácica 
Fremito toracovocal 
• Vibração transmitida a mão-> paciente 
falar 33 
• Pulmão normal: transmissão de forma 
simétrica 
• Aumentado: 
• Pneumonia (consolidação)
• Diminuído: 
• Atelectasia (não há passagem de ar 
naquela área)
• Derrame pleural (reduzido na área do 
derrame)
• E n fi s e m a p u l m o n a r ( r e d u z i d o 
bilateralmente -> ar transmite menos) 
• Derrame pleural bilateral 
• Grande massa muscular, panículo 
adiposo acentuado -> funcionam como 
coxin de isolamento acústico 
• Atenção para a percepção de estar 
aumentado em um lado em comparação 
com o outro lado com atelectasia ou 
derrame pleural 
Percu!ão 
• N a p a re d e a n t e r i o r e p o s t e r i o r, 
comparando um lado com outro e com ele 
mesmo (em zigue-zague)
• Som claro pulmonar: percussão do 
parênquima pulmonar normal, com ar 
• Som timpânico: estômago, bolha gástrica 
• Local com ar 
• Som maciço: órgão sólido 
• Som submaciço: faz imaginar um 
abcesso com parte composta por liquido, 
cavitação 
• Presença de iquido 
Ausculta 
• Sistematizada: parede anterior, posterior, e 
lateral, comparando um lado com outro e 
com ele mesmo (em zigue-zague)
Sons respiratórios normais a ausculta 
pulmonar 
• S o m t r a q u e a l 
(amarelo)
• Som brônquico (roxo)
• Murmúrio vesicular 
(vermelho)
• Som bronco-vesicular 
(verde)
• Atenção: alguns sons normais, se 
auscultados em áreas não esperadas, 
podem ser considerados anormais 
Murmúrio vesicular 
• Som que predomina na maior parte do 
tórax 
• Ruído suave, mais intenso nas bases e 
diminuido ou ausente no precórdio 
• A tecnica deve ser executada com o 
paciente sentado com as mãos no joelho 
e tórax despido 
• Deve-se auscultar as regiões anterior, 
posterior e lateral do toras e as fossas 
supraclaviculares (ápices pulmonares)
Sons anormais 
Descontínuos 
• Estertores crepitantes finos: lembra o 
som do cabelo 
• Audíveis do meio para o final do período 
respiratório -> abertura dos alvéolos 
ocupados por liquido (congestão, 
pneumonia ) ou em doenças do 
interstício 
• Estertores bolhosos grossos: se 
modificam com a tosse 
Contínuos 
Roncos e sibilos 
• São ruídos produzidos quando o ar passa 
pela via area estreitada, como nos 
episódios de broncoespasmo da asma, 
bronquite ou enfisema
• Podem ser monofônico ou polifônicos, 
havendo apenas um ou mais segmentos 
brônquios acometidos, respectivamente 
• Causa: relacionada ao espessamento da 
parede brônquica 
• Passagem do ar pelo bronquio com luz 
reduzida -> som musical ou grave 
dependendo do calibre da via aérea 
• Sibilos: comum na asma e bronquite
• Agudo e musical 
• Frequência acima de 400hz
• Inspiratório e/ou expiratórios
• Roncos:
• Grave e rude
• Frequência acima de 200hz
• Expiratório 
Cornagem ou estridor 
• São sons intensos e agudos muitas vezes 
e s c u t a d o s s e m o e m p r e g o d e 
estetoscópio, secundários a obstrução de 
altas vias areas, como estenose de 
traqueia, corpos estranhos, rolhas de 
secreções, edema de glote 
Sopros 
• Transmissão do som traqueal para o 
parenquima pulmonar condensado, sendo 
resultante da passagem do ar em vias 
aéreas pervincas cercadas por areas de 
condensação extensa
• O som dos sopros varia conforme calibre 
e características das vias aéreas
• É o caso do sopro cavernoso ou cavitário, 
mais grave e rude que o sopro tubário e 
do sopro anafórico, similar ao sopro no 
gargalo de uma garrafa, próprio da 
tuberculose cavernosa
Atrito pleural 
• Som produzido pela ficção entre os 
folhetos pleurais inflamado durante os 
movimentos respiratórios de inspiração e 
expiração, nao se oficiando com a tosse
• Causa: inflamações, neoplasias 
• Quando o derrame pleural se instala, o 
atrito (som) pode diminuir ou desaparecer. 
Assim como a própria dor pleuritica 
Sons vocais aumentados

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