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PRÁTICAS VETERINÁRIAS II 
@FURURADRAVET 
Exame Físico em Cães e Gatos
 O exame físico é de extrema importância pois 
nossos pacientes não são capazes de se comunicar 
verbalmente. Também, as informações reveladas 
pelo tutor como queixa principal podem não 
necessariamente ter relação com o sistema 
acometido. 
 Começamos a examinar o animal logo que entra 
no consultório. Já na anamnese observamos o andar 
do paciente, sua respiração. Este método de 
exploração clínica é muito importante e utilizado 
desde o início da medicina. 
 Usamos quase todos nossos sentidos, exceto o 
paladar. Com os ouvidos podemos auscultar pulmões 
e coração. Com o nariz sentir prováveis cheiros que 
algumas doenças podem causar. Com os olhos 
observar e com a mão apalpar e sentir possíveis 
alterações no físico do animal. 
 
NÍVEL DE CONSCIENCIA 
 Alerta: resposta normal aos estímulos 
ambientais. 
 Delírio (confuso ou desorientado): responde aos 
estímulos ambientais de maneira inapropriada, sem 
direcionamento. 
 Depressão: sonolência, desatenção e pouco 
responsivo aos estímulos ambientais. 
 Estupor: estado de inconsciência com respostas 
reduzidas aos estímulos externos, mas pode ser 
despertado por um estímulo doloroso. 
 
 Coma: estado de inconsciência com ausência de 
respostas a qualquer estímulo ambiental incluindo 
dor. 
 
ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL – ECC 
 Escore de condição corporal (ECC) estima o 
estado nutricional dos animais por meio de avaliação 
visual e/ou tátil. 
 Possui 9 classificações, sendo elas: 
 1, 2 e 3: muito magro 
 
 4 e 5: ideal 
 
 6: sobrepeso 
 
 7, 8 e 9: obeso 
 
PRÁTICAS VETERINÁRIAS II 
@FURURADRAVET 
 
AVALIÇÃO DA CABEÇA 
 Verificar se há secreções, hemorragias, 
presença de ulcerações e ver a coloração das 
mucosas. Avaliar: nariz, olhos, ouvidos, boca e 
dentes. 
Coloração das mucosas: oculopalpebrais, oral, nasal, 
vulvar e prepucial/peniana. 
 Normocoradas ou róseas: mucosas normais 
 
 Ictéricas: hepatopáticas, hemólise, estase biliar 
 
 Hiperêmicas ou congestas: inflamação, infecção, 
febre. 
 
 
 Cianóticas: alterações de oxigenação 
 
 Pálidas: anemia, choque 
 
 
Tempo de Preenchimento Capilar - TPC 
 Avalia a circulação periférica, pressionado a 
mucosa e ver quanto tempo demora para a 
circulação voltar ao normal. 
 É normal voltar ao normal em 2seg 
 Maior que 2seg = vasoconstrição, baixo débito 
cardíaco, desidratação 
 
Inspeção da cavidade oral 
 Devemos abrir a boca do paciente e avaliar bem 
a cavidade oral para que nada passe despercebido. 
Podem haver ossos, fendas palatinas (filhotes e por 
trauma), lesões sublinguais, lesões no fundo da boca. 
PRÁTICAS VETERINÁRIAS II 
@FURURADRAVET 
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS 
 Ver o tamanho, formato, consistência, simetria 
(bilaterais), mobilidade e sensibilidade. 
 Os linfonodos podem se alterar em processos 
infecciosos, inflamatórios e neoplásicos. 
 Em um animal saudável, que não tem aumento 
dos linfonodos, é possível apalpar somente os 
mandibulares e os poplíteos. 
 1 – Mandibular 
 2 – Pré-escapular 
 3 – Poplíteo 
 4 – Inguinal superficial (cão macho) 
 5 – Axilar 
 
 Como apalpar os linfonodos: posicionar o dedo 
indicador e polegar como pinça, “pescar” o linfonodo 
pois eles ficam mais fundos nos tecidos. 
 
AVALIAÇÃO DO PESCOÇO 
 Podemos avaliar a região da traqueia. Quando o 
animal tem uma inflamação na região traqueal, a 
palpação pode desencadear uma tosse, quando isso 
acontece, falamos que o animal possui um reflexo 
de tosse positivo. 
 Palpação de glândula tireoide é muito importante 
nos felinos pois eles podem sofrer com aumento 
das glândulas tireóideas. 
 Também avaliamos se o animal apresenta pulso 
jugular, que é quando a veia jugular pulsa, o que não 
deveria acontecer. Se a veia jugular está pulsando 
há um problema cardíaco. Podemos avaliar 
observando o pescoço do animal. 
 
AVALIAÇÃO DA HIDRATAÇÃO 
 Teste de turgor cutâneo: fazemos uma prega 
com um pouco de pele do animal e vemos quanto 
tempo demora para voltar ao normal. Se ela volta 
imediatamente, o animal está normohidratado. Mas 
se a prega demora pra voltar ele está desidratado 
e em alguns casos severos a pele nem volta ao 
normal. 
 
PRÁTICAS VETERINÁRIAS II 
@FURURADRAVET 
 Examinar o aspecto das mucosas, que devem 
estar brilhantes. 
 Tempo de preenchimento capilar, o adequado é 
menor que 2seg. 
 Posição do globo ocular, se o animal está 
desidratado ele fica profundo na órbita 
 
 
AUSCUTA CARDIORRESPIRATÓRIA 
 Devemos estar em um ambiente calmo e 
silencioso. Definir os locais adequados para aferir as 
frequências cardíaca e respiratória. 
 Também devemos avaliar se os sons cardíacos 
e respiratórios estão normais ou anormais. 
 
Ausculta Respiratória 
 Deve-se auscultar no MÍNIMO 3 áreas distintas 
de cada lado do tórax, pois pode ter uma lesão 
muito localizada e se examinarmos apenas um local 
pode passar despercebido. 
 Dica: traçar um triangulo na região 
pulmonar, e cada pontinho vai ser auscultado. 
 
 
 Frequência respiratória (FR) – um ciclo 
respiratório é feito por uma expiração e uma 
inspiração. 
 MPM – movimento por minuto 
 FR em Cães: 15 a 40 mpm 
 FR em Gatos: 20 a 40 mpm 
Dica: para contar a frequência cardíaca e 
respiratória, contamos por 15s e multiplicamos 
o resultado por 4, que dará o total de mpm. 
 
Sons Respiratórios 
 Vesiculares= normais, ar passando pelo trato 
respiratório 
 Adventícios = anormais 
 Crepitação – quando líquido dentro do 
alvéolo, pode ser em pneumonia ou caso de edema 
pulmonar. O som parece que é um papel sendo 
amassado 
 Sibilos – quando ar passa por um trato 
respiratório obstruído, pode ser asma ou outra 
doença que obstrua os pulmões. O som parece um 
assovio. 
 
 
PRÁTICAS VETERINÁRIAS II 
@FURURADRAVET 
Ausculta Cardíaca 
 Existem 4 pontos de ausculta cardíaca. Esses 
pontos são as valvas cardíacas: Mitral, Tricúspide, 
Aórtica e Pulmonar. 
Lado esquerdo – PAM 1, 4, 5 
Pulmonar, Aórtica e Mitral, Espaços 
intercostais 1, 4 e 5 
Lado direito – T4 
 Tricúspide, Espaço intercostal 4 
 
 Como achar os espaços: colocar o animal em 
estação como mostra na foto abaixo e colocar a 
mão no tórax até sentir o batimento cardíaco. A 
região se sentimos o coração batendo na mão, 
chamamos de Choque Precordial, que é a valva 
mitral. 
 
 Frequência cardíaca (FC): um batimento é igual a 
duas bulhas, ou seja, “tu-dum” 1 batimento. 
 BPM – batidas por minuto 
 
 
 FC em Cães: 
 Filhotes até 200 bpm 
 Pequeno e médio porte 70 a 160 bpm 
 Porte grande e gigante 60 a 140 bpm 
 FC em Gatos: 120 a 240 bpm 
Sons Cardíacos 
 Som normal: duas bulhas, “tu-dum” 
 Sopro: alteração mais comum, faz um som “tu-
dum shh” 
 
PALPAÇÃO DO PULSO ARTERIAL 
 Podemos medir com dois dedos na face medial 
do membro pélvico (esquerdo ou direito), vamos 
palpar e sentir o pulso da artéria femoral. 
 Classificar: 
Síncrona: pra cada batimento cardíaco tem 
uma pulsação. Ficamos com o estetoscópio 
no coração e ao mesmo tempo com os 
dedos no lugar certo para podermos sentir 
se há sincronia. 
Intensidade: avaliar se a intensidade do fluxo 
está adequada (normocinético) 
 
 
 
PRÁTICAS VETERINÁRIAS II 
@FURURADRAVET 
PALPAÇÃO ABDOMINAL 
 Avaliação da sensibilidade mais tentativa de 
identificação e delimitação de órgãos e estruturas 
anormais 
 Regiões: 
Epigástrica: inicio do intestino delgado, 
fígado (quando aumentado), estômago (quando 
distendido). Região mais próxima do tórax. 
Mesogástrica: intestinos delgado e grosso, 
linfonodos mesentéricos (quando aumentados), rins 
(especialmente em felinos), baço, estômago (quando 
distendido) 
Hipogástrica: intestino delgado, colo 
descendente ou reto, útero (quando distendido), 
bexiga(quando moderadamente distendida), 
próstata (quando muito aumentada). Mais caudal, 
próxima a pelve. 
 Cão x Gato 
 Não esquecer da palpação das cadeias 
mamárias nas fêmeas. 
 
 
TEMPERATURA 
 Temperatura retal: 
 Cão: 37,5 a 39,2ºC 
 Gato: 37,8 a 39,2ºC 
 Cuidados com: 
 Contenção adequada do animal 
 Encostar o termômetro na mucosa retal 
 Pode lubrificar o termômetro com gel a 
base de água 
 Antissepsia com álcool 70% após utilizar. 
 Febre: cetro termorregulador -> hipotálamo 
ex.: processo de infecção, neoplasia 
 Hipertermia: Quando o animal está mais quente 
que o normal, mas é por que foi exposto a calor ou 
estresse térmico. Não tem a ver com doenças. 
 
PERCUSSÃO ABDOMINAL OU TORÁCICA 
 Quando fazemos uma manobra pra produzir um 
som, e dependendo da estrutura sairá um som 
diferente. 
Dígito-digital método mais utilizado em pequenos. 
Uma das mãos colada ao animal e vamos dando 
toques na região. 
 
 Som timpânico: estruturas ocas 
 Som maciço: estruturas preenchidas, órgãos 
parenquimatosos. 
Ex.: fazemos isso quando achamos que o estômago 
do animal está dilatado, e se ele estiver dilatado, 
terá som timpânico.