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Transtornos mentais na infância e adolescência

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➢ Epidemiologia 
o Muito variável ao redor do mundo e de acordo com 
cada estudo 
o Mais de um informante podem ser considerados 
▪ Professores 
• Identificam menos problemas do que os 
próprios adolescentes e crianças e os pais 
▪ As próprias crianças e adolescentes, 
principalmente acima de 7 anos 
▪ Pais 
 
o Transtornos mentais comuns 
▪ Englobam sintomas de depressão, de 
ansiedade e alguns sintomas físicos 
o A incidência de casos suspeitos de depressão foi 
de 15,3% de crianças na faixa etária de 6 a 9 
anos, usando o short mood and feelings 
questionnaire (SMFQ) 
o Brasil – prevalência de transtornos mentais 
comuns em adolescentes brasileiros – 30% 
▪ Meninos – 21,6% 
▪ Meninas – 38,4% 
▪ 12 a 4 anos – 26,7% 
▪ 15 a 17 anos – 33,6% 
 
o Transtornos mentais comuns em estudantes 
de medicina 
▪ 12,5% no 1º ano para 43,2% no 5º ano 
▪ Fatores associados: 
• Sexo feminino 
• Proveniente das capitais 
• O curso foi menor do que esperavam 
• Desconforto com as atividades do curso 
• Insatisfação com as estratégias de ensino e 
• Sentir que o curso não é uma fonte de 
prazer 
 
o Determinantes dos problemas da saúde 
mental 
▪ Pobreza 
▪ Violência 
▪ Doença mental dos pais 
▪ Ausência do pai 
 
 
➢ Saúde e doença mental 
o Saúde mental 
▪ Aquisição de marcos e habilidades cognitivas, 
sociais e emocionais 
▪ Estabelecimento de relações seguras de apego 
▪ Apego seguro é o apego saudável, a criança vai 
desenvolvê-lo com seu cuidador primário 
(geralmente a mãe, mas também pode ser o pai, 
a babá, etc) 
▪ Se, no início de sua vida, for estabelecido um 
apego desorganizado, a criança leva isso para 
os outros aspectos da sua vida 
▪ Estratégias efetivas para enfrentar as 
adversidades 
▪ Relacionamentos sociais satisfatórios 
 
o Doença mental 
▪ Identificar alterações cognitivas, emocionais e 
comportamentais 
▪ Diagnóstico dos transtornos mentais 
▪ Operacionalizar os critérios diagnósticos 
▪ Prescrição de tratamentos 
▪ Os tratamentos podem ser medicamentosos ou 
psicoterápicos 
▪ Predição do curso 
 
o Sofrimento psíquico 
▪ Mal-estar 
▪ Subjetividade 
▪ Expressão cultural 
▪ Dimensão coletiva 
 
➢ Entendendo os transtornos mentais: 
o Dimensões ou categorias? 
▪ Manual diagnóstico estatístico de TM-V (DSM-V) 
→ Associação Psiquiátrica Americana 
▪ Classificação Internacional de Doenças (CID-
10/11) → Organização Mundial da Saúde 
o A importância do contexto 
 
➢ Modelos etiológicos 
o Transtorno mental 
▪ Fatores genéticos 
▪ Fatores de risco ambiental 
▪ Correlação e interação gene-ambiente 
▪ Continuidade do TM ao longo do 
desenvolvimento 
o Fatores de risco ambiental 
▪ Efeitos neuroendócrinos dos estressores 
ambientais – estresse tóxico 
▪ Ação dos estressores ambientais no período 
perinatal – Origem desenvolvimentista da Saúde 
e Doença (DoHAD) 
▪ Modificação da expressão gênica – epigenética 
 
o Modelos etiológicos e a adolescência 
▪ Negação da subjetividade x psicologização 
demasiada 
▪ Condição móvel na estruturação da 
subjetividade 
▪ História familiar e vínculo com os pais 
▪ Transmissão da suspeita clínica, hipótese ou 
conclusão diagnóstica 
▪ Problemas orgânicos + psíquicos 
▪ Sempre escutar o adolescente 
 
➢ Avaliação clínica e formulação diagnóstica 
o Objetivo da avaliação inicial 
o Funcionamento na família, na escola e com os 
amigos 
o Formular hipóteses → mutáveis e devem ser 
revistas constantemente 
 
o Strenghts and Difficulties Questionnaire (SDQ) 
→ pais, professores, criança/adolescente 
 
▪ Sintomas internalizantes 
• Problemas emocionais 
• Relação com os colegas 
 
▪ Sintomas externalizantes 
• Hiperatividade 
• Problemas de conduta 
 
▪ Comportamento Pró-social 
o Child Behavior Checklist (CBLC) → pais, 
professores, criança/adolescente 
▪ Sintomas internalizantes 
▪ Sintomas externalizantes 
 
o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) → auto 
relato 
▪ Transtornos mentais comuns 
 
 
 
 
o Perguntas essenciais → área avaliada 
▪ Qual o problema? → sintomas 
▪ Quanta angústia, estresse ou prejuízo esse 
problema causa? → impacto 
▪ Quais os fatores que desencadearam e mantêm 
o problema? → fatores de risco 
▪ Quais os pontos fortes que podem ser utilizados 
no tratamento? → capacidades 
▪ Quais crenças e expectativas a família tem? → 
modo explicativo 
 
o Diagnóstico biopsicossocial 
▪ CID-10/11 e DSM-V (Comportamentos externos) 
▪ Diagnóstico fenomenológico (sentimentos e 
vivências) 
▪ Diagnóstico psicodinâmico (atenção psicológica) 
▪ Eixo sociológico (contextualizar cada caso) 
 
➢ Transtornos mentais na infância e 
adolescência 
o Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade 
(TDAH) 
o Transtorno opositivo-desafiador (oposição 
desafiante) 
o Transtorno obsessivo-compulsivo 
o Transtornos de eliminação (enurese e 
encoprese) 
o Esquizofrenia e transtornos psicóticos 
o Transtorno de conduta 
o Transtorno de ansiedade 
o Transtorno do humor 
o Autolesão 
o Suicídio 
 
➢ Transtornos de ansiedade 
o Caracterizam-se por: 
▪ Medo e ansiedade excessivos 
▪ Perturbações comportamentais relacionados 
o Medo é a resposta emocional a ameaça 
iminente, real ou percebida, sendo a mais 
associado a períodos de excitabilidade 
autonômica aumentada, necessária para luta ou 
fuga. 
o Ansiedade é a antecipação de ameaça futura 
sendo mais associada a tensão muscular e 
vigilância em preparação para perigo futuro e 
comportamentos de cautela ou esquiva 
o Os ataques de pânico se destacam dentro dos 
transtornos de ansiedade como um tipo 
particular de resposta ao medo 
o Duração > 4 semanas 
o Desenvolvem na infância e tendem a persistir se 
não forem tratados 
o Sexo: 2F : 1M 
 
➢ Transtorno de ansiedade de separação 
o O indivíduo com TAS é apreensivo ou ansioso 
quanto à separação das figuras de apego (pais) 
até um ponto em que é impróprio para o nível de 
desenvolvimento. 
o Existe medo ou ansiedade persistente quanto à 
ocorrência de dano às figuras de apego e em 
relação a eventos que poderiam levar a perda ou 
separação de tais figuras e relutância em se 
afastar delas, além de pesadelos e sintomas 
físicos de sofrimento. 
o Geralmente, os sintomas se desenvolvem na 
infância, também podem iniciar-se na idade 
adulta. 
➢ Transtorno de pânico 
o O indivíduo experimenta ataques de pânico 
inesperados, recorrentes e está 
persistentemente apreensivo ou preocupado 
com a possibilidade de sofrer novos ataques de 
pânico ou alterações desadaptativas em seu 
comportamento devido aos ataques de pânico 
(p. ex., esquiva de exercícios ou de locais que 
não são familiares). 
o Os ataques de pânico são ataques abruptos de 
medo intenso ou desconforto intenso que 
atingem um pico em poucos minutos, 
acompanhados de sintomas físicos e/ou 
cognitivos. 
o Os ataques de pânico com sintomas limitados 
incluem menos de 4 sintomas. 
o Os ataques podem ser esperados, como em 
resposta a um objeto ou situação normalmente 
temido, ou inesperados, significando que o 
ataque não ocorre por uma razão aparente. 
o Eles funcionam como um fator prognóstico para 
a gravidade do diagnóstico ocorrendo em várias 
comorbidades como os transtornos de 
ansiedade, transtornos por uso de substância, 
transtornos depressivos e psicóticos. 
o O ataque de pânico pode ser usado como um 
especificador descritivo para qualquer transtorno 
de ansiedade. 
 
➢ Agorafobia 
o Os indivíduos com agorafobia são apreensivos 
e ansiosos acerca de 2 ou mais das seguintes 
situações: 
▪ Usar transporte público; 
▪ Estar em espaços abertos; 
▪ Estar em lugares fechados; 
▪ Ficar em uma fila; 
▪ Estar no meio de uma multidão; ou 
▪ Estar fora de casa sozinho em outras 
situações 
o O indivíduo teme essas situações devido aos 
pensamentos de que: 
▪ Pode ser difícil escapar ou 
▪ Pode não haver auxílio disponível, caso 
desenvolva sintomasdo tipo pânico ou 
▪ Outros sintomas incapacitantes ou 
constrangedores. 
o Essas situações são evitadas ou requerem a 
presença de um acompanhante. 
 
➢ Transtorno de ansiedade social (fobia social) 
o O indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva 
de interações e situações sociais que envolvem 
a possibilidade de ser avaliado. Tais como: 
▪ Encontrar-se com pessoas que não são 
familiares, 
▪ Situações em que o indivíduo pode ser 
observado comendo ou bebendo e 
▪ Situações de desempenho diante de outras 
pessoas 
o A ideação cognitiva associada é a de ser 
avaliado negativamente pelos demais, ficar 
embaraçado, ser humilhado ou rejeitado ou 
ofender os outros. 
 
➢ Transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade 
o Determinar o subtipo: 
▪ Apresentação combinada 
▪ Apresentação predominantemente 
desatenta 
▪ Apresentação predominantemente 
hiperativa/impulsiva 
o O TDAH é um transtorno do 
neurodesenvolvimento definido por níveis 
prejudiciais de desatenção, desorganização 
e/ou hiperatividade-impulsividade. 
o Desatenção e desorganização envolvem 
incapacidade de permanecer em uma tarefa, 
aparência de não ouvir e perda de materiais em 
níveis inconsistentes com a idade ou o nível de 
desenvolvimento. 
o Hiperatividade-impulsividade implicam atividade 
excessiva, inquietação, incapacidade de 
permanecer sentado, intromissão em atividades 
de outros e incapacidade de aguardar – 
sintomas que são excessivos para a idade ou o 
nível de desenvolvimento. 
o Na infância, o TDAH frequentemente se 
sobrepõe a transtornos em geral considerados 
“de externalização”, tais como o transtorno de 
oposição desafiante e o transtorno da conduta. 
o O TDAH costuma persistir na vida adulta, 
resultando em prejuízos no funcionamento 
social, acadêmico e profissional. 
 
➢ Transtorno opositivo-desafiador 
o É um padrão de comportamento negativista, 
hostil e desafiador com duração mínima de 6 
meses, durante os quais pelo menos 4 
características estão presentes: 
▪ Raiva 
▪ Rancor 
▪ Irritabilidade 
▪ Provocações 
▪ Insubmissão 
▪ Responsabilização alheia para os seus 
erros 
 
➢ Transtorno de conduta 
o É um padrão repetitivo e persistente de 
comportamento, no qual são violados os direitos 
individuais dos outros, normas ou regras sociais 
importantes e próprias da idade, manifestado 
pela presença de 3 ou mais dos 15 critérios 
comportamentais nos últimos 12 meses, com 
presença de pelo menos 1 deles nos últimos 
6 meses: 
▪ Agressões a pessoas e animais 
▪ Destruição de patrimônio 
▪ Defraudação ou furto 
▪ Sérias violações de regras 
 
➢ Transtorno opositivo desafiador e transtorno 
de conduta 
o Etiologia 
▪ Individuais 
• Temperamento agressivo e impulsivo 
• Déficits em funções executivas, 
habilidades verbais e de cognição social 
▪ Familiares 
• Práticas de parentagem disfuncionais 
▪ Extrafamiliares 
• Associação a amigos desviantes 
• Escolas de má qualidade 
• Vizinhança com altos níveis de 
criminalidade 
• Exposição precoce a drogas 
o Clínica 
▪ Manifestação de comportamentos do TOD na 
idade pré-escolar e escolar ou TC antes da 
puberdade 
▪ 50% das crianças com TOD têm evolução 
favorável e a outra metade tende a evoluir 
com TC na adolescência 
▪ Dos adolescentes com TC, metade evolui 
com melhora espontânea do quadro e a outra 
metade evolui para o transtorno de 
personalidade antissocial na idade adulta 
▪ Transtorno da Conduta 
• Tipo com início na infância < 10 anos 
• Tipo com início na adolescência > 10 anos 
▪ Transtorno da Personalidade Antissocial 
>18 anos 
o Comorbidades 
▪ TDAH, 
▪ transtornos do humor, 
▪ ansiedade, 
▪ abuso e dependência de substâncias, 
▪ déficit de aprendizado e 
▪ retardo mental 
o Tratamento 
▪ Equipe multiprofissional 
▪ Atividades terapêuticas para os cuidadores, 
que visam modificar práticas parentais 
inadequadas 
▪ Abordagem pedagógica para as dificuldades 
escolares 
▪ Psicoterapia 
▪ Terapia multissistêmica (familiar sistêmica, 
cognitivo-comportamental e ecologia social) 
▪ Medicamentoso 
 
➢ Transtornos do humor 
o Caracterizam-se por uma desregulação global 
do humor e da atividade psicomotora, bem como 
por perturbações relacionadas ao biorritmo 
(sono e apetite) 
o Transtorno unipolar (depressão) 
o Transtorno bipolar (humor depressivo, maníaco 
ou hipomaníaco) 
o Transtorno misto (episódios maníacos e 
depressivos simultâneos) 
 
➢ Transtornos do humor - depressão 
o Transtornos depressivos constituem um grupo 
de TH formado pela depressão maior e menor e 
pela distimia. 
o Características: 
▪ Humor deprimido 
▪ Apatia 
▪ Anedonia (perda de prazer) 
▪ Choro fácil 
▪ Alterações do sono e apetite 
▪ Queixas físicas (dores e fadiga) 
▪ Alterações cognitivas (pensamentos lentos e 
mórbidos e falta de concentração) 
o Sintomas atípicos em crianças: 
▪ Irritabilidade 
▪ Agressividade 
▪ Sintomas ansiosos 
▪ Hiperatividade 
▪ A irritabilidade, diferentemente da depressão 
no adulto, pode ser um sintoma de depressão 
na criança 
o Diagnóstico diferencial: 
▪ Transtorno opositivo-desafiador / conduta 
▪ TDAH 
▪ Transtorno de ansiedade 
 
o Evolução 
 
➢ Transtornos do humor – transtorno bipolar 
o Quadro clínico 
▪ Mania 
• Autoestima inflada 
• Necessidade de sono diminuída 
• Mais loquaz que o habitual (Logorreia) 
• Fuga de ideias 
• Atenção desviada com facilidade 
(Distratibilidade) 
• Agitação psicomotora 
• Envolvimento excessivo em atividade 
prazerosas 
▪ Depressão 
▪ Misto 
o Associação: 
▪ Uso e dependência de drogas 
▪ Problemas legais 
▪ Aumento da taxa de uso dos serviços de 
saúde 
▪ SUICÍDIO (MAIOR RISCO), com altas taxas 
de ideação e tentativa de suicídio) 
• Crianças – 44% 
• Adolescentes – 72% 
• Adultos – 25 a 50% 
o Diagnóstico diferencial 
▪ Sintomas psicóticos (delírios de grandeza, 
persecutórios e alucinações auditivas) 
▪ Medicamentos que causam sintomas 
maníacos (corticoides, estimulantes, 
aminofilina) 
▪ Epilepsia 
▪ Hipertireoidismo 
▪ TCE 
▪ LES 
▪ Comportamento hipersexualizado (abuso 
sexual) 
o Comorbidades 
▪ TDAH 
▪ Transtornos ansiosos 
▪ Transtorno opositivo-desafiador / conduta 
o Evolução 
▪ Recuperação: 40 – 100% 
▪ Tempo: 1 – 2 anos 
▪ Recaída em 2 a 5 anos: 60 – 80% 
o Pior prognóstico 
▪ Idade de início precoce 
▪ Duração dos sintomas 
▪ Episódios mistos 
▪ Ciclagem rápida 
▪ Sintomas psicóticos 
▪ Comorbidades 
▪ Baixa condição socioeconômica 
▪ Eventos de vida negativos 
▪ Baixa adesão aos medicamentos 
▪ Falta de psicoterapia 
▪ TM na família 
▪ Uso de álcool 
o Alterações associadas à depressão e à mania 
 
o Tratamento 
▪ Psicoterapia 
• Individual 
• Cognitivo-comportamental 
• Terapia de grupo 
• Terapia familiar 
▪ Abordagem psicopedagógica 
▪ Reabilitação neurocognitiva 
▪ Psicoeducacional 
▪ Farmacológico 
• Estabilizadores do humor (Lítio >12a) 
• Antipsicóticos atípicos (Risperidona) 
▪ Internação 
 
➢ Autolesões 
o Sinônimos 
▪ Automutilações 
▪ Autoflagelação 
▪ Autoagressões não suicidas 
(Non-suicidal self-injury - NSSI) 
▪ “Parassuicídio” 
o Definição 
▪ Comportamentos intencionais, auto-
induzidos e diretos de agressão ao próprio 
corpo (ou partes dele), mas sem ‘intenção’ 
suicida consciente. 
o Tipos 
▪ Cortes 
▪ Cutucar ferimentos 
▪ Queimaduras 
▪ Socos em si próprio ou em algo (parede) 
▪ Bater partes do corpo (cabeça na parede) 
▪ Beliscões 
▪ Arranhões 
▪ Mordidas 
▪ Ingestão de substâncias ou objetos para se 
machucar 
o Padrão 
▪ Repetitivo 
▪ Várias vezes no mesmo dia 
▪ Diferentes partes do corpo 
▪ Grave (amputação dos próprios dedos, cortes 
em músculos, queimaduras de 2º e 3º graus), 
▪ Estereotipada (bater a cabeça, morder-se ou 
arrancar os cabelos), 
▪ Superficial (cortar-se, arranhar-se ou 
introduzir agulhas na pele).o Fatores de risco: biológicos, sociais e 
psicodinâmicos 
o Motivações 
▪ Rebeldia 
▪ Correr riscos 
▪ Contrariar e/ou punir os pais e/ou seus 
valores e crenças 
▪ Para aceitação em um grupo 
▪ Desespero, raiva ou frustração 
▪ Conseguir atenção para seu sofrimento 
▪ Para alívio do sofrimento 
▪ Por pensamentos suicidas 
o Associações 
▪ Transtornos do humor (depressão, 
Transtorno bipolar) 
▪ TEPT 
▪ Estados psicóticos 
▪ Abuso sexual 
▪ Maus-tratos 
▪ Retardo mental 
▪ Autismo 
o Diagnóstico diferencial 
▪ Transtorno da personalidade borderline 
(comportamentos perturbados agressivos e 
hostis) 
▪ Transtorno do comportamento suicida 
(desejo de morrer) 
▪ Tricotilomania (transtorno de arrancar o 
cabelo). 
▪ Autolesão estereotipada (está em geral 
associada a intensa concentração ou a 
condições de baixa estimulação externa) 
▪ Transtorno de escoriação (beliscar uma 
mancha). 
 
➢ Suicídio 
o Definição 
▪ Latim: sui cadere (matar a si próprio) 
▪ É o ato de uma pessoa, intencionalmente, 
acabar com a sua vida. 
▪ Vários países: crime 
▪ Brasil: agravo à saúde de notificação 
compulsória 
o Epidemiologia 
▪ 2016 – 2ª causa de morte (15-29a) 
• 75% dos casos (LMIC) 
▪ Brasil – 5,8 casos / 100.000 hab 
▪ 1 morte / 10-40 tentativas 
▪ 2-4 ♀ / 1 ♂ (formas mais violentas) 
o Epidemiologia 
▪ Influências 
• Geográfica 
• Cultural 
• Religiosa 
• Social 
• Forma de notificação 
▪ Comportamento suicida 
• Ideação (início da adolescência) 
• Tentativa (final da adolescência) 
• Mortes (início da vida adulta) 
o Fatores de risco 
▪ História de ameaças e tentativas prévias de 
suicídio 
▪ Álcool e drogas 
▪ Mulheres 
▪ Exposição à violência (física, sexual e 
psicológica) 
▪ Bullying 
▪ Sentimento de desesperança e de sentir-se 
inútil 
▪ Apoio familiar inadequado 
▪ Poucas relações interpessoais 
▪ Desmoralização 
▪ Perdas recentes 
▪ Baixo rendimento escolar 
▪ Ter doença psiquiátrica (depressão) 
▪ Doença física crônica 
▪ Acesso a formas letais (armas de fogo, 
pesticidas) 
▪ História familiar de suicídio 
▪ História familiar de transtorno mental 
▪ História familiar de drogas 
▪ Sexualidade 
• > LGBT 
• Revelação e não tem apoio familiar 
▪ Religião 
• > agnósticos 
• < mulçumanos 
▪ Mídia 
 
➢ Automutilação e suicídio 
o Frequentemente associados 
o Clinicamente relacionados 
o Adolescentes que se mutilam 
▪ Tentativa de suicídio 
▪ Suicídio 
o Automutilação 
▪ 70% / 1 tentativa de suicídio 
▪ 55% / várias tentativas 
▪ Até 6m > risco de suicídio 
▪ > 6m diminui o risco de suicídio 
▪ > variedade de métodos 
▪ > frequência 
▪ > risco de tentativa de suicídio 
o Modelos explicativos 
 
o Características de automutilação que 
sugerem > risco de intenção suicida 
▪ Isolamento 
▪ Evitar ser descoberto 
▪ Tempo para que não ocorra 
▪ Deixar instruções 
▪ Deixar carta 
▪ Planejamento prévio 
▪ Letalidade do método 
o Avaliação do paciente 
▪ Fatores de risco 
• Apoio familiar 
• Apoio social 
▪ Fatores estressores 
• Rompimento de um relacionamento, 
• Gravidez 
▪ Sobre o ato 
• Impulsivo 
• Frequência 
▪ Postura do adolescente 
▪ Credibilidade dos dados 
▪ Omissão/atenuação pelo paciente e/ou 
família 
▪ Negação do fato 
▪ Antecedentes familiares e pessoais 
 
▪ Planos para o futuro? 
o Tratamento

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