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SAUDE DO IDOSO CASO CLINICO 2 ALZHEIMER

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MEUS ESTUDOS 
Enfermagem 
Elisiane R. Silva 
SAÚDE DO IDOSO 
CASO CLINICO 2 
J.L.B. - 80 anos – Aposentada - Idosa com esquecimento – febre – constipação 
- capacidade funcional reduzida 
Anamnese 
Queixa principal: idosa com capacidade funcional reduzida devido à Doença de 
Alzheimer 
Histórico do problema atual 
Srª J.L.B., 80 anos, iniciou quadro de esquecimento há três anos, o qual está 
influenciando diretamente na sua qualidade de vida. Foi diagnosticada com 
Doença de Alzheimer (DA), há um mês, a partir de então está com dificuldade 
de realizar algumas atividades da vida diária. O esposo da idosa procurou a 
equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) para obter algumas orientações de 
como proceder com sua companheira e para conhecer esta patologia. A equipe 
então agendou uma Visita Domiciliar com o idoso. Ao chegar na casa da Sra 
J.L.B. a equipe encontra a idosa deitada na cama do casal, prostrada, pouco 
comunicativa e com tosse produtiva que iniciou há cerca de três dias atrás, 
segundo seu esposo. O companheiro da idosa relata que há seis dias a idosa 
começou apresentar esquecimentos mais frequentemente, também relata que 
ela quer passar o dia na cama, sem disposição sequer para tomar banho. A idosa 
teve febre de 39°C no dia anterior, está constipada há cinco dias devido à 
mobilidade reduzida. 
 
Histórico 
História social 
Srª. J.L.B. vive há 50 anos com seu esposo (75 anos) em uma casa de alvenaria, 
na zona urbana do município. Não tiveram filhos por opção. A casa é grande, 
apresenta seis cômodos, com tapetes não aderentes ao chão espalhados e, uma 
escada na porta de entrada da residência. O casal tem uma horta nos fundos da 
casa, com variedade de legumes e verduras. As refeições eram preparadas pela 
idosa, que não abria mão de fazer este serviço, porém vinha esquecendo a 
chama do fogão ligada por diversas vezes. Também fazia as tarefas de lavar, 
passar e guardar as roupas. A Sra. J.L.B. cuidava de sua aposentadoria. As 
compras da casa eram feitas pelo casal. Durante três dias na semana a idosa 
realizava caminhada sozinha, pois o seu companheiro tem dificuldade para 
deambular por sequela de Acidente Vascular Cerebral. Atualmente só atende ao 
telefone sem ajuda, pois fica ao lado da cama. Certo dia a idosa se esqueceu do 
seu endereço e foi parar na UBS. 
 
Antecedentes pessoais 
Srª. J.L.B. está em tratamento para Diabetes Mellitus tipo 2 há 40 anos e há um 
mês para Doença de Alzheimer. Osteopenia detectada em densitometria óssea 
realizada há cerca de seis meses. 
Medicações em uso 
Rivastigmina 1 cp 1,5 mg, duas vezes ao dia. 
Metformina 1 cp de 500mg, no café da manhã e na janta. 
Vitamina D 400 UI 1 cp uma vez ao dia. 
Cálcio 1 cp 1g uma vez ao dia. 
Alendronato sódico 1 cp 10 mg, uma vez ao dia.. 
 
Antecedentes familiares 
Pai e mãe tinham Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus Tipo 
2. Seu pai faleceu devido a Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico com 58 nos 
e sua mãe aos 78 anos devido às complicações de fratura de fêmur, tinha 
osteoporose. 
 
Exame Físico 
 
Sintomas gerais: Idosa parcialmente orientada, pouco comunicativa, prostrada, 
mucosas coradas, e com tosse produtiva. Na ausculta pulmonar a equipe detecta 
presença de murmúrios vesiculares diminuídos em base pulmonar direita, 
estertores e leve esforço respiratório. Idosa taquicárdica e hipertérmica - 
Temperatura Axilar: 37,5°. Tem controle sobre as funções de urinar e evacuar, 
porém está com o abdome distendido e doloroso à palpação. 
PA: 130/90 mmHg 
FC: 88 bpm 
FR: 24 mrpm 
HGT: 156 mg/dl 
Peso: 58 Kg 
Altura: 1,75 m 
IMC: 18,95 kg/m2 
 
Cuidados com administração de Alendronato 
ALENDRONATO 
Reação Adversa - Esofagite química 
Via de administração 
- Oral 
Reações Adversas observadas 
- Esofagite química 
- Úlcera esofágica 
- Erosão esofagiana 
Fatores de risco 
- Problemas gastrointestinais (disfagia, doenças esofagianas, gastrite, duodenite 
ou úlceras) 
Recomendações 
- Ingerir com um copo cheio d'água potável (não utilizar água mineral, sucos, 
cafés, ou qualquer outro líquido), para que o medicamento seja conduzido 
diretamente ao estômago e assim reduzir o potencial de irritação esofagiana. 
- Para uma melhor absorção do alendronato, ingerir com um intervalo de 30 
minutos antes das primeiras refeições ou ingestão de qualquer medicamento. 
- Não deitar por, pelo menos 30 minutos, após a ingestão do alendronato. 
- Não ingerir o medicamento na hora de dormir ou antes de se levantar. 
(ANVISA, 2001) 
Questão 1 comentada 
 
Quais os problemas levantados pela equipe na Visita Domiciliar à Sra 
J.L.B.? 
Doenças crônicas - Capacidade funcional reduzida - Risco para queda- 
Constipação intestinal 
Com o estabelecimento do quadro demencial a paciente teve comprometimento 
da sua capacidade funcional como está descrito no caso. O esforço evacuatório 
associado a imobilidade é compatível com um quadro de constipação conforme 
é informado na história do problema atual. Os seguintes fatores estão associados 
a um risco aumentado de queda: imobilidade, alteração cognitiva, e efeitos 
adversos da medicação, no caso, a Rivastigmina. O IMC da paciente é de 18,95 
Kg/m2, classificando-se como baixo peso (Lipschitz, 1994). Os sinais e sintomas 
como tosse, expectoração, esforço respiratório e taquipneia sugerem um quadro 
de infecção respiratória. 
 
Questão 2 - comentada 
 
Quais orientações a equipe poderá realizar ao esposo da Sra. J.L.B. sobre 
cuidados diários? 
 Não permitir que a idosa saia sozinha de casa 
 Supervisionar o uso do ferro de passar roupa 
 Supervisionar a preparação das refeições 
 Achar um meio de remover a escada na entrada da porta ou colocar 
barras de apoio 
 Retirar os tapetes ou trocá-los por aqueles aderentes ao chão ou colocar 
fita adesiva 
 Incentivar ingesta hídrica e inserir fibras na alimentação 
A idosa está com sua capacidade funcional reduzida devido à presença de uma 
doença incapacitante, a Doença de Alzheimer (DA), logo é fundamental que as 
suas atividades da vida diária sejam supervisionadas pelo seu companheiro, 
prevenindo possíveis lesões ou acidentes. Uso de chinelos e andar descalço 
aumenta o risco de queda em pessoas idosas. Assim deve ser indicado um 
calçado fechado com solado aderente. 
Capacidade funcional e o Processo Incapacitante 
 
Quando se avalia a funcionalidade da pessoa idosa é necessário diferenciar 
desempenho e capacidade funcional. O desempenho avalia o que o idoso 
realmente faz no seu dia-a-dia, e a capacidade funcional avalia o potencial que 
a pessoa idosa tem para realizar a atividade, ou seja, sua capacidade 
remanescente, que pode ou não ser utilizada. A capacidade funcional é avaliada 
pela realização das atividades básicas da vida diária, como alimentar-se, vestir-
se, banhar-se, etc; e, as atividades instrumentais da vida diária, como pagar 
contas, fazer compras, utilizar meios de transportes, dentre outros. O processo 
incapacitante corresponde à evolução de uma condição crônica que envolve 
fatores de risco – demográficos, sociais, psicológicos, ambientais, estilo de vida, 
comportamentos e características biológicas dos indivíduos (BRASIL, 2007, p. 
38-39). 
 
 
Questão 3 - comentada 
Quais recomendações, aplicáveis neste caso, como forma de prevenção ao 
agravo ou cronicidade da Doença de Alzheimer? 
 Atividades que estimulem a cognição, como leitura de jornais e livros, 
assistir TV, jogar cartas, palavras cruzadas e tocar instrumento musical. 
 Controle do nível de colesterol 
 Aumentar o consumo de ácidos graxos ômega 3 
 Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina D3 
O aumento da atividade cognitiva associou-se a redução de risco de 64% de DA 
(OR de 0,36, IC95%: 0,20-0,65). O consumo em quantidade de ácidos graxos 
ômega 3 pode diminuir o risco para a Doença de Alzheimer. A ingestão de ácidos 
graxos ômega 3 e de vitamina D3, abundantes em peixes e nozes, podem 
aumentar a capacidade do sistema imunológico de conter o desenvolvimento 
das placas amiloides. As placasamiloides podem aumentar o risco para a 
Doença de Alzheimer. Existe a relação direta entre altos níveis de colesterol 
sanguíneo e o aumento de risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer 
(SERENIKI; VILTAL, 2008). 
 
Doença de Alzheimer (DA) 
A DA é uma condição neurodegenerativa caracterizada por deteriorização de 
memória e de outras funções cognitivas, comprometimento progressivo das 
atividades de vida diária e uma multiplicidade de alterações comportamentais e 
psicológicas que mais comprometem a qualidade de vida na velhice. À medida 
que a saúde se deteriora, os pacientes têm menos capacidade para comunicar-
se, menos mobilidade, desenvolvem apraxia, agnosia e sintomas 
neuropsiquiátricos, necessitando de quantidades crescentes de cuidados 
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, 2011, p.3). 
 
A equipe de atenção domiciliar deve estar preparada para reconhecer os indícios 
precoces de deterioração cognitiva em pessoas idosas. Diagnosticada a 
demência, devem ser definidas várias medidas para assegurar o bem-estar da 
pessoa. 
 
Medidas de enfrentamento à deterioração cognitiva em pessoas idosas: 
 
Discutir o diagnóstico com a pessoa e seus cuidadores; 
Eliminar medicações que possam interferir com a cognição; 
Informar a pessoa/família sobre as implicações legais da doença; 
Avaliar a capacidade da pessoa para conduzir e assumir ou manter outras 
responsabilidades ainda vigentes; 
Encaminhar a pessoa e seus cuidadores à atenção especializada, mantendo-se 
corresponsável; 
Fornecer tratamento sintomático para o déficit cognitivo; 
Conduzir o cuidador a estimular as capacidades remanescentes da pessoa idosa. 
Monitorar e tratar os sintomas neuropsiquiátricos; 
Propor opções de apoio para o cuidador; 
Avaliar a saúde e o bem estar do cuidador; 
Orientar quanto às características de progressão da doença e os cuidados em 
fases de dependência. 
 
Questão 4 – comentada 
Quais informações sobre a Doença de Alzheimer a equipe deverá dar ao 
esposo da Sra J.L.B.? 
 A doença causa perda gradual da autonomia e da independência 
 No início a pessoa apresenta dificuldade para lembrar-se de fatos 
recentes e para aprender coisas novas. 
 É uma doença cerebral degenerativa, que ainda não existe cura, apenas 
tratamento para aliviar os sinais e sintomas. 
 Tem como fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes, processos 
isquêmicos cerebrais e dislipidemia. 
Ainda que não esteja claramente demonstrada, estimular os idosos a manter sua 
mente ativa pode ser uma medida profilática. Deve-se estimular a leitura de 
jornais, revistas, palavras cruzadas, jogos de cartas, entre outras atividades. 
Sinais e sintomas de demência 
 
Quanto aos principais sinais e sintomas de demência encontram-se: 
 
Falha na memória, a pessoa se lembra perfeitamente de fatos ocorridos há 
muitos anos, mas esquece o que acabou de acontecer; desorientação, como 
dificuldade de se situar quanto à hora, dia e local e perder-se em lugares 
conhecidos; dificuldade em falar ou esquece o nome das coisas. Para superar 
essa falha, descreve o objeto pela sua função, ao não conseguir dizer caneta, 
diz: Aquele negócio que escreve; dificuldade em registrar na memória fatos 
novos, por isso repete as mesmas coisas várias vezes; alterações de humor e 
de comportamento: choro, ansiedade, depressão, fica facilmente zangada, 
chateada ou agressiva, desinibição sexual, repetição de movimentos, como abrir 
e fechar gavetas várias vezes; dificuldade de compreender o que lhe dizem, de 
executar tarefas domésticas e fazer sua higiene pessoal; comportar-se de 
maneira inadequada fugindo a regras sociais como sair vestido de pijama, andar 
despido, etc; esconder ou perder coisas e depois acusar as pessoas de tê-las 
roubado; ter alucinações, ver imagens, ouvir vozes e ruídos que não existem. 
 
São possíveis complicações de doenças neurodegenerativas, entre elas o 
Alzheimer: 
 
Físicas: anorexia, síndrome da imobilidade, dispneia, tosse, escarro e aspiração, 
infecção respiratória, falta de autocuidado, úlceras de pressão, 
incontinências/Infecções urinárias, fecaloma e convulsões; 
Psicossociais: isolamento social, alta dependência, estresse do cuidador, 
depressão, confusão mental, custo financeiro e social, maus-tratos e abuso. 
(BRASIL, 2008, p.54)

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