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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIRREITO DO ______ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Pedro, engenheiro, estado civil, nacionalidade, naturalidade, portador de Registro Geral nº ___, inscrito sob o CPF nº ____, residente e domiciliado no endereço _____, CEP___ , cidade/UF por seu advogado, portador da OAB nº ____, com procuração com poderes especiais anexada, nos termos do artigo 44 do Código de Processo Penal, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 100 parágrafo 2º do Código Penal e artigo 30 do Código de Processo Penal, oferecer QUEIXA – CRIME Em face de Helena, profissão, estado civil, nacionalidade, naturalidade, portadora de RG nº _____, inscrita sob o CPF ____, residente e domiciliada no endereço _____, CEP nº ______, cidade/UF, em razão dos fatos e fundamentos que passa a expor: I – DOS FATOS No dia 19 de abril de 2016, aniversário do querelante, o mesmo planejou para a ocasião uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data , em uma famosa churrascaria, enviando o convite para todos os amigos, por meio de sua rede social no mesmo dia. A querelada, vizinha e ex namorada do querelante, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos do querelante, soube da festa e a comemoração. Assim, do seu computador pessoal, publicou na rede social a seguinte mensagem no perfil do querelante : “ Não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha “. Não satisfeita, a querelada, com o propósito de prejudicá-lo e denegrir a sua reputação perante os colegas de trabalho, acrescentou : “ ele trabalha todo o dia embriagado. No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado na hora do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo “. O querelante tomou ciência das ofensas na mesma data, na presença dos seus amigos Marcos, Miguel e Manuel. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS Portanto, Excelência, é inegável que a querelada praticou os crimes de difamação e injúria em concurso formal , senão vejamos: DO CRIME DE INJÚRIA O querelante foi chamado de “idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha “, em sua página pessoal em uma rede social, estando evidente a intenção da querelada em injuriá-lo, isto porque, o animus do agente era atingir a sua honra subjetiva (pessoal da vítima), ofendendo-lhe a dignidade ou decoro, externando desprezo, conforme dispõe o artigo 140 do Código Penal. DO CRIME DE DIFAMAÇÃO Ato contínuo à injúria, o animus passou a ser atingir a honra objetiva ( social da vítima), dizendo que o mesmo andava bêbado pelas ruas do Rio e vestindo saia, restando configurado o crime de difamação, nos termos do artigo 139 do Código Penal. DA INCIDÊNCIA DA CAUSA DE AUMENTO DE PENA Deve-se ressaltar, que os crimes ocorreram por meio da internet, meio que facilita a divulgação da injúria e da difamação, sendo imperiosa a incidência da causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III do Código Penal. DO CONCURSO FORMAL DE CRIMES Verifica-se ainda, a existência do concurso formal de crimes, conforme se depreende do disposto no artigo 70 do Código Penal. É inegável que a querelada, ao proferir xingamentos na rede social do querelante, mediante uma só ação, praticou dois crimes, quais sejam, difamação e injúria, devendo portanto, ser exasperada a pena. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer à Vossa Excelência, a designação da audiência preliminar nos termos do artigo 72 da lei 9099/95 e em caso de impossibilidade de conciliação e transação penal, requer o recebimento da presente queixa crime, citando a querelada para que a mesma ofereça resposta no prazo legal, e ao final, que se julgue procedente o pedido para condenar a querelada como incursa nas penas do artigo 139 c/c 140 e 141 , inciso III, na forma do artigo 70 ambos do Código Penal. Requer ainda, a fixação de um valor mínimo a título de indenização, nos termos do artigo 387, inciso IV do Código de Processo Penal, bem como a condenação das custas e demais despesas do processo. Por fim, requer a notificação das testemunhas abaixo arroladas. Nestes termos, Pede Deferimento. Niterói, data Advogado / OAB nª DO ROL DE TESTEMUNHAS 1 – MARCOS __________________________ 2 – MIGUEL ___________________________ 3 – MANUEL ___________________________