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Clarice Souza, medicina veterinária UFPA Parasitologia e Zoologia SUBORDEM METASTIGMATA (Ixodida) 1. Reino Animalia 2. Filo Arthopoda 3. Classe Arachinida 4. Subclasse Acari 5. Ordem Parasitiformes 6. Subordem metastigmata (ixodida) > carrapatos Subordem metastigmata Estigma respiratório localizado no ultimo par de patas (4) Gnatossoma especializado no corte da pele e na fixação do parasita na pele do hospedeiro Quelíceras com quelas nas pontas > corte Entre a quelícera e o hipostômio forma um canal alimentar Hipostômio > fixação Todos são hematófagos Argasidae Ixodidae Escudo dorsal ausente Escudo dorsal presente Pouco dimorfismo sexual Dimorfismo sexual acentuado Gnatossoma ventral nas ninfas e adultos Gnatossoma anterior em todos os estágios Posturas parceladas Postura única Procuram o hospedeiro p/ repastos curtos Fixam-se no hospedeiro por períodos prolongados Clarice Souza, medicina veterinária UFPA Mais de estágio ninfal Um único estágio ninfal Família Argasidae Família Ixodidae FAMÍLIA ARGASIDAE Gêneros: Argas miniatus Ornithodorus spp. Otobius megnini Ciclo biológico desses gêneros: Adultos > fêmea (várias posturas) > larvas eclodem > larvas se fixam no hospedeiro por 7 dias > desprendimento > ninfas. Gnatossoma ventral Realizam posturas parceladas, 120-200 ovos Carrapato mole, baixo dimorfismo sexual Clarice Souza, medicina veterinária UFPA ARGAS MINIATUS: Principalmente em galinhas > criações caseiras Hábitos noturnos Procuram o hospedeiro somente para a alimentação Se escondem em locais escuros Sempre deixa ponto hemorrágico Queda de produtividade do animal (estresse) Espoliação sanguínea Transmissão de Borrelia anserina (espiroquetose aviária) Ovos > larvas (ficam no hospedeiro por 7 dias) > desprendimento > protoninfa > repasto sanguíneo > deutoninfa > repasto sanguíneo > adultos > cópula fora do hospedeiro, procedida de repasto sanguíneo Clarice Souza, medicina veterinária UFPA ORNITHODOROS SPP. Carrapato do chão Tocas de animais silvestres Suínos Larvas não se alimentam Superfície corporal rugosa Sem limites laterais nítidos Atacam os hospedeiros principalmente quando deitados, voltando a se esconder no solo quando esses se locomovem Relato de infestações em pescadores e caçadores Clarice Souza, medicina veterinária UFPA OTOBIUS MEGNINI: Animais silvestres Parasistismo no pavilhão auricular Dermatite Estresse Infecção bacteriana secundária Miíase Monóxeno Apenas larvas e ninfas se alimentam (hematofagia prolongada) > adultos tem vida livre Posturas no solo Dor e prurido, feridas > infecção bacteriana secundária Suínos: o Morte de leitões o Diminuição no ganho de peso o Manchas hemorrágicas na pele o Diminuição do valor da carcaça o Transmissão de Borrelia sp. Clarice Souza, medicina veterinária UFPA FAMÍLIA IXODIDAE Mais importantes, carrapato duro A fêmea tem o escudo incompleto para facilitar a dilatação ao receber um grande volume de sangue Gnatossoma anterior, antes do idiossoma Uma única postura de ovos > morte Ciclo biológico: Monóxeno > realizam todo o ciclo biológico com uma única passagem em um hospedeiro Heteróxeno > realizam mais de uma passagem diferente em um hospedeiro Principais espécies: Rhipicephalus Boophilus microplus > monóxeno Dermacentor nitens > monóxeno Amblyomma spp. > heteróxeno Rhiphicephalus sanguineus > heteróxeno Clarice Souza, medicina veterinária UFPA Espoliação sanguínea Transmissão de patógenos > protozoários, bactérias e vírus Inoculação de toxinas Danos a pele e ao couro Monóxeno: a oviposição ocorre no ambiente, a fêmea se desprende para realizar a postura > morre depois. Larva procura o hospedeiro> hematofagismo> ecdise > ninfa > hematofagismo > ecdise > adulto. As ecdises acontecem sempre com o parasita fixado no hospedeiro Heteróxeno: As fêmeas caem no solo e realizam a oviposição > as larvas eclodem dos ovos > larvas procuram o hospedeiro > quando estão prontas para realizar a ecdise, elas se desprendem > ninfas > as ninfas voltam para um hospedeiro e realizam o hematofagismo > desprendimento e ecdise > adultos. Todas as ecdises são no ambiente RIPHICEPHALUS MICROPLUS Carrapato comum do boi *monóxeno Base do gnatossoma hexagonal; rostro curto Importância econômica: ingestão de sangue e transmissão de agentes infecciosos o Babesia bovis o Babesia bigemina > tristeza parasitária bovina o Anaplasma marginale Danos ao couro Custo do combate aos carrapatos Tratamento e controle da TPB Raças com elevado teor de sangue europeu (bos taurus taurus) Controle: cruzamento de raças mais resistentes Diagnostico de resistência à acaricidas Predadores: formigas, vespas, pássaros (Egretta ibis-garça-vaqueira) Clarice Souza, medicina veterinária UFPA Vacinas DERMACENTOR NITENS Pavilhão auricular de equinos *monóxeno Gnatossoma retangular Pode habitar o períneo, base da causa, etc. > altas infestações Efeitos do parasitismo sobre o pavilhão auricular > mutilação Transmissão de Babesia caballi Mutilação e deformação da cartilagem da orelha > Cavalo troncho Clarice Souza, medicina veterinária UFPA AMBLYOMMA SPP. Carrapato estrela *heteróxeno Carrapatos de baixa especificidade Rostro longo > conjunto de peças alongado Escudo ornamentado; 11 festões Amblyomma cajennense: Uma única geração por ano Irritação, espoliação Clarice Souza, medicina veterinária UFPA Transmissão de agentes infecciosos o Febre maculosa > Rickettsia rickettsii o Doença de lyme > Borrelia burgdorferi Carrapatos grandes > principalmente as fêmeas quando ingurgitadas Clarice Souza, medicina veterinária UFPA RIPHICEPHALUS SANGUINEUS Carrapato marrom do cão *trioxeno Pode parasitar gatos Gnatossoma hexagonal, rostro curto Vetor biológico de: Babesia canisEhrlichia canis Hepatozoon canis Anaplasma platys Clarice Souza, medicina veterinária UFPA Teleógena: ainda não colocaram os ovos Quenogenas: amareladas, já colocaram os ovos